Pov. Ally

— Não, eu não vou te beijar moleque. Falei rindo

— Hum, ok então.

— Então, qual é o plano agora?

— Bom, hoje a noite é a festa da Trish, você vai né?

— Claro que sim, ela é minha melhor amiga, dã.

— Então, se Elliot ir, podemos botar o plano em ação.

— Boa ideia.

— Quer carona?

— Pode ser.

— Te pego as 19.

— Ta.

Austin levantou-se do sofá e ia em direção à porta.

— Aus, espera.

— O que foi Ally?

Levantei, corri em sua direção e lhe dei um beijo na bochecha.

— OBRIGADA POR ME AJUDAR.

— Não agradeça. Devolveu o beijo em minha bochecha, sorriu e foi embora.

Fiquei com um sorriso bobo nos lábios, o resto do dia, não sei qual o motivo, realmente estava enganada sobre o Austin, mesmo depois de tanto tempo, ele ainda continua sendo aquele amigo de quem eu lembrava. AI MEU SENHOR JÁ SÃO 17 HORAS PRECISO ME ARRUMAR!

Corro em direção ao banheiro dou uma olhada rápida pela janela e vejo Austin saindo do banho, nossa quando foi que ele ganhou aquela barriga sarada ali? Oque que eu to dizendo, cale-se Ally. Tomei um banho e sai enrolada na toalha, abri as portas do meu armário e apesar de ontem eu ter feito compras eu não tenho nada para vestir. Olho atentamente e opto por um vestido vermelho de cintura marcada e soltinho ate a altura das coxas, um salto preto, acessórios dourados e um colar de nota musical, faço uma maquiagem bem marcante e um batom vermelho, vou optar pelas lentes de contato hoje, fiz uma trança de lado. Prontinha, sorri e desci.

Pov. Austin

Depois de sair da casa da Ally, passei o dia todo tocando violão e pensando nela, sério Austin qual é o seu problema? Enfim, vou me arrumar, entro em meu quarto e separo uma roupa, uma calça jeans preta, uma camisa branca e uma jaqueta preta, meu all star também preto, entro no banho e começo a pensar no que aconteceu hoje a tarde, por que eu disse pra ela me beijar? Não sei, não sei, sorri meio sem graça. Saio do banho e olho de relance para a janela e vejo Ally com uma cara de confusa, visto minha roupa e bagunço meu cabelo.

— Você ta um gato. Digo para mim mesmo.

Pego as chaves do carro, a carteira e o celular, desço as escadas e dou um beijo na minha mãe, cutuco a barriga de meu pai que lia o jornal atentamente.

— Filho qual o motivo dessa alegria toda? Perguntou meu pai.

— Motivo nenhum pai, eu acho. Quer dizer, não sei ainda. Tchau!

—Tchau. Os dois falaram em uníssono.

Estacionei o carro na frente da casa da Ally e buzinei, em menos de um minuto ela saiu e UAUUU, UAAAUUU QUE ISSO MEU SENHO? POR QUE FAZER ISSO COMIGO?

— Oi Aus.

— Oi Ally. Pronta?

— Já nasci pronta, querido.

Ri e liguei o carro, o caminho todo em silencio ate que Ally resolve se pronunciar:

— Então, você e a Kira? O que são?

— Hum, amigos coloridos, assim como eu e Cassidy e eu e a Brooke.

— Nossa pegador. Tenho até medo de ser sua amiga hahaha

— Ally, você não é como elas, por isso somos amigos.

— Está dizendo que eu não sou “namorável”?

— Não Ally, não é isso, eu to dizendo que se eu fosse algo a mais com você, seria algo sério, não uma amizade colorida, você é a garota mais “namorável” que eu conheço.

— Isso é um elogio, Moon?

— Sim.

— Obrigada, eu acho.

Chegamos à festa, e cada um foi para um lado, procurei Trish para lhe entregar seu presente e me surpreendo com a cena: Dez e Trish no maior amasso, eu já suspeitava que toda aquela implicância deles ia acabar virando amor, mas hoje confirmei minhas suspeitas.

Soltei um pigarro e vejo que os dois ficaram meio constrangidos, Trish limpava seu batom borrado e Dez sorria como um bobão.

— Aqui seu presente Trish. Disse e dei um abraço nela e lhe desejei parabéns.

— Obrigada Austin, você viu a Ally?

— Hum, ela veio comigo, mas foi em direção ao bar, dou uma olhada rápida pela pista e não gosto nenhum pouco do que vejo.

Pov. Ally

Chegamos à festa e minha conversa com Austin sobre eu ser “namorável” me deixou mais animada, cheguei ao bar e pedi para o Bart tender um refrigerante, sim sou careta não bebo, vejo alguém se aproximando de mim, era ele ELLIOT estava do meu lado.

— Oi, é qual é seu nome?

— Oi, Allycia, mas pode me chamar de Ally, e o seu?

— Elliot, prazer.

— O prazer é meu.

Conversamos um tempo e ele parece ser bem legal, não acredito que consegui falar com um garoto e ele se interessou por mim, fiz uma nota mental de agradecer Aus depois.

— Então Ally, me daria à honra de dançar com você?

— Claro, vamos.

Ao som de I FEEL SO CLOSE, começamos a dançar, estava tudo divertido até Elliot começar a se esfregar demais em mim, me afasto um pouco e ele se aproxima de novo, suas mãos começam a percorrer meu corpo e eu me sinto enjoada, tento me afastar dele e ele beija meu pescoço e começa a sussurra em meu ouvido.

— Qual é Ally, eu sei que você ta me querendo, vejo você me observar nas aulas, vai lá.

— Sai, para eu não quero nada com você.

— Mas eu quero.

Ele tentou me beijar a força e eu tentei me soltar dele, mas ele era mais forte e as lagrimas já escorriam por meus olhos e o bafo de álcool dele me dava nojo.

— Para sai daqui, sai!

— Não vou agora eu te quero!

— SOLTA ELA!

Pov. Austin

— SOLTA ELA! Rosnei.

— Sai daqui Austin sua namoradinha Kira tava procurando você.

— Austin me ajuda, por favor.

Não pensei duas vezes e parti pra cima dele, lhe dei um empurrão e abracei Ally que chorava descontroladamente, sai com ela e avisei Trish e Dez o que aconteceu, ouvi Kira chamar meu nome mas não dei atenção fomos para rua e eu tentei acalmar Ally e me acalmar, pois eu estava tão cheio de raiva que tudo o que eu enxergava parecia um borrão.

— Calma baixinha, eu estou aqui com você. A abracei e ela se aninhou em meu peito.

Senti meu corpo relaxar com seu toque e minha respiração foi desacelerando, minha visão aos poucos voltava ao normal.

— Obrigada Aus, eu estava tão feliz que tudo tava dando certo e esse idiota acabou fazendo tudo isso comigo. Disse com a voz abafada em meu peito e fungou.

— Tudo bem, você quer ir pra casa?

— Não queria estragar a festa pra você.

— Não tem problema, eu não tava muito a fim de festa mesmo. Vamos?

— Vamos.

Fomos para casa de Ally, quando chegamos encontramos um bilhete de seu pai: “FUI A UM ENCONTRO, NÃO SEI SE VOLTO HOJE, CUIDE-SE. BEIJOS PAPAI.”.

— Huum, a vida amorosa do seu pai ta melhor que as nossas, Ally.

— Verdade. E deu uma gargalhada.

— To com fome.

—Quer uma pizza?

—Claro.

Ela saiu e pegou o telefone, ligou para pizzaria e fez o pedido. Logo começou a mexer nos DVDs e me olhando perguntou:

— Então, Supernatural, Arrow ou The Flash?

— Maratona?

— Você não quer?

— Claro que sim.

Corri em casa tomei um banho e coloquei uma roupa mais confortável, quando cheguei à casa da Ally de volta, ela já estava com a pizza, dois copos de coca- cola o DVD ligado e cobertas em cima do sofá. E assim começou nossa noite, depois de um beijo forçado, uma briga e minha baixinha magoada, eu não poderia negar isso a ela.