Um ladrão em nossas vidas escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Fala galera, aqui é o Gabriel e este capítulo está bem divertido!

Boa leitura!



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 Chaveco...

Depois de ter deixado Jackson sozinho na portaria com a garota, subi para o apartamento e fiquei na sala assistindo televisão, eu esperava que ele chegasse com alguma notícia boa, que teria conseguido finalmente falar com ela já que a primeira tentativa falhou. Depois de alguns minutos ele entra em casa com um sorriso no rosto.

—Pelo jeito a conversa com a garota foi boa né garotão? - ri vendo ele chegar.

—Sim, foi. Ela não estava me achando um idiota como eu pensava, até achou graça e rimos bastante. - sorriu ele.

—Que bom que deu certo, eu disse que iria conseguir.

—Pois é, graças à você né? - sorriu ele sentando ao meu lado.

—E quando vai sair com ela? - ri.

—Eu não chamei ela pra sair, não acha que se chamasse agora estaria sendo rápido demais?

 —Não, não mesmo. Eu sempre chamava as mulheres pra sair logo assim que conhecia, mas claro que entre amigos. 

—Bom, eu não chamei. - suspirou ele.

—Não se preocupe, quando você quiser chamar eu te ajudo. 

Sorrimos e ficamos ali assistindo televisão e conversando até a hora que Mário e Marcelina chegaram e fomos jantar. Jackson se acomodou no quarto e logo todos dormimos. Até que o Jackson, embora muito novo, parece bem maduro pra idade e depois de hoje, tenho certeza que seremos bons amigos. Na manhã seguinte, acordei e me levantei para tomar café, mas só tinha Marcelina e Jackson.

—Bom dia. - falei entrando na cozinha.

—Bom dia Chaveco, aproveitando que está aqui, pode me fazer um favor? - perguntou Marcelina.

—Claro, que favor? - perguntei normalmente.

—Eu tenho que sair, pois eles me contrataram e hoje é o meu primeiro dia, mas se levar o Jackson pra escola vou acabar me atrasando pois não é a caminho.

—Espera um pouco, mas ele já não sabe andar sozinho. - respondo eu.

—Sim, mas hoje é o primeiro dia dele lá e eu preciso que você verifique em qual sala ele caiu. diz ela com um pouco de pressa.

—Ah tá, agora entendi. - respondo normalmente.

—Então, você me faz esse favor? 

—Claro que levo, onde fica a escola? - sorri.

Logo ela escreveu o endereço em um papel e eu o guardei no bolso do casaco.

—Ótimo, só vou terminar o café e levo ele. - sorri sentando na mesa tomando um gole de café.

—Tá bom então, tchau Jackson, se cuida e respeite o Chaveco viu? - sorriu ela dando um beijo na testa do menino.

—Claro madrinha, pode deixar. - sorriu ele terminando o café.

Assim que terminamos o café, me levantei e Jackson pegou sua mochila indo comigo para o elevador. Enquanto esperávamos o mesmo, vimos a garota de ontem aparecer na porta.

—Oi Jackson! - sorriu ela animada.

—Oi Ramona, tudo bem? - sorriu cumprimentando ela com um beijo no rosto.

—Muito bem e você? Oi pro senhor também! 

—Sou Chaveco, oi Ramona. - sorri acenando.

—Até que você está bem animada para uma segunda feira. - riu Jackson.

—É só pra disfarçar minha cara de tédio, não quero ser mais uma daquelas alunas que adoram dar mal exemplo na escola reclamando por ter aula. - sorriu ela.

—Então somos dois, eu também preferia estar em casa assistindo seriado ou dormindo. - bufou Jackson e eu sorri.

—Ah, podemos dar um jeito nisso! - sorri, era a chance perfeita.

—Como assim Chaveco? - perguntou Jackson enquanto entramos no elevador.

—Bom, ao invés de eu levar vocês pra escola, que tal eu ensinar vocês a cabular aula e aí vamos para algum lugar legal e nos divertirmos? - sugeri.

—Mas aí estaremos encrencados Chaveco. - respondeu Jackson.

—É, seria uma boa se não tivéssemos aula agora. - disse Ramona.

—Relaxa, ninguém vai saber, qualquer coisa eu falo que a gente se perdeu. - falei sorrindo.

Assim que o elevador saiu, os levei pra fora do apartamento e vi Dona Nachita me olhando.

—Oi Chavequinho, vai ser titio hoje? - sorriu ela me olhando.

—Levar as crianças pra passear Dona Nachita. - falei e saí os olhando. - Ela não toma jeito mesmo.

—Ah cara, eu shippo você com ela. - sorriu Jackson.

—Sim, ela não é tão feia quanto parece. - sorriu Ramona.

—Você faz o quê? - perguntei olhando Jackson.

—Eu shippo, não sabe o que é isso? 

—Não, o que significa?

—É quando a gente aprova um casal e mistura o nome de um com o outro para ficar um só, entendeu? - explicou ele.

—Sim, mas sai fora garoto, nem se pagassem eu ficaria com aquela senhora. - digo eu com nojo de só pensar a Nachita e eu juntos.

—Ah que pena, mas vamos então. - diz Ramona.

Então, em pouco tempo chegamos na esquina do colégio e nesse momento os olhei.

—E aí? Topam cabular aula ou não? 

—Claro, vamos sim, mas temos que ser rápidos antes que nos vejam! - disse Jackson me puxando com Ramona para longe.

No caminho, Ramona sugeriu que fôssemos no cinema, pois estava passando um filme que ela queria ver faz um tempo, então fomos ver esse mesmo. Chegando na bilheteria, vi uma velha conhecida lá e sorri.

—Olá. - falei.

—Olá Chaveco, quanto tempo! - sorriu ela dando aquela piscadinha.

—Muito tempo mesmo, será que poderia nos entregar três entradas para esse filme aqui? - apontei para o filme na tela do computador.

—Se é para você, porque negar algo - diz ela dando um sorriso um pouco galanteador e olha percebe o Jackson e a Ramona e pergunta - Quem são esses dois? - perguntou olhando eles.

—Afilhado da mulher que estou morando de favor e uma amiga, fiquei encarregado de levar eles na escola, mas chegando lá descobrimos que não vai ter aula pra turma deles hoje, então resolvi trazê-los ao cinema.

—Ok. Bom, para vocês aproveitarem o dia não achando que acordaram pra ir à escola à toa e por você ser um amigo que não vejo á um tempo, posso deixar vocês entrarem de graça, só escolher a carteira. - sorriu.

—Ah sim, muito obrigado. - sorri e logo ela nos entregou as entradas quando escolhemos as carteiras.

—Mas não contem para ninguém que deixei entrar de graça. - sussurrou ela.

—Relaxa, não vamos contar. - garantiu Jackson e logo fomos comprar a pipoca e o refrigerante.

Assim que sentamos em nossas poltronas, posicionamos as pipocas e começamos a comer. Bufei quando os trailers começaram a passar e não acabavam nunca, se eu soubesse tinha ficado mais um tempo lá fora até começar. Sorri quando começou e confesso que até gostei do filme, mas era muito mais normal do que eu esperava. Era focado num romance e drama. Mas o que mais me chamou atenção foi uma cena em que a personagem principal aparece de biquíni na casa dela, pois era muito rica, bonita e gostosa.

—Fiu fiu - assobiei quando apareceu ela se bronzeando e todos fizeram um "shiii" pra mim, mas ignorei todos e continuei assistindo o filme.

Não sei quanto tempo se passou, mas devia ter passado da metade do filme quando a minha pipoca acabou, enquanto Jackson e Ramona ainda comiam as suas. Como eu não queria ficar com aquele saco grande de pipoca vazio no colo, minha primeira reação foi jogar longe o saquinho e focar no filme.

—Ei cara, cuidado! - falou um rapaz atrás de mim.

—Tá maluco é? - disse uma garota ao lado dele.

—Desculpa aí gente, foi sem querer. - falei e ouvi mais um "shii" vindo do pessoal.

Depois de um tempo.

—O Botijão tava me falando que assistiu esse filme no outro dia, ele falou que o casal vai acabar terminando por causa desse cara. - digo contando ao Jackson e a Ramona.

—Ai Chaveco, cala boca meu, eu não quero saber o que vai acontecer!. - diz Ramona.

—Mas então porquê quis assistir esse filme?. - pergunto sem entender.

—O quê eu quis dizer é que eu descobrir o que vai acontecer só na hora, tá bom?. - diz Ramona se irritando um pouco.

—Bom Jackson, também vai rolar um assassinato aí. - digo eu pro Jackson.

—Aí moço, cala essa boca, eu não quero saber o que vai acontecer. - diz o rapaz da fila de trás se levantando.

—Fica na sua aí mané, eu estou falando com o menino aqui . - digo eu me referindo ao Jackson.

—Mas eu também não quero saber o que vai acontecer, e é melhor você se sentar, se não vão tirar a gente daqui. - diz o Jackson impaciente.

A partir dali, não falei mais nada, só esperei o filme acabar, o que não levou muito tempo a acontecer e logo saímos da sala. 

—E aí Jackson, gostou do filme? - perguntou Ramona.

—Adorei, e você? - sorriu ele.

—Gostei também. 

—E você Chaveco? - perguntou Jackson.

—Gostei também, acham que valeu a pena cabular aula pra... - ia falar e Jackson logo fez um "shii" pra eu falar mais baixo e então eu abaixei o tom de voz - Valeu a pena vir aqui pra assistir o filme? 

—Valeu muito a pena. - sorriu Ramona. 

—Valeu mesmo. - sorriu Jackson e começamos a sair do shopping.

Quando chegamos em casa, já era uma da tarde, ou seja, Jackson e Ramona já teriam como sair do colégio, porém, quando abri a porta da sala vi Marcelina sentada no sofá e gelei. Eu sabia que ela voltaria pra casa para almoçar e depois iria pro trabalho de novo, mas que desculpa eu invento pra ela agora?

—Onde estavam? A escola me ligou falando que vocês não foram pro colégio. - perguntou ela nos olhando desconfiada.

—Ah, desculpa madrinha, é que o Chaveco e eu estávamos indo pro colégio mas na metade do caminho ficamos com medo, pois vimos umas pessoas um pouco assustadas e quando perguntamos o que houve, elas nos avisaram que de tinha umas pessoas estranhas, talvez sequestradores, no caminho e então tentamos pegar outro, mas nos perdemos. - disse Jackson e Marcelina me olhou.

—Isso é verdade Chaveco? 

—Sim Marcelina, aí entramos decidimos pegar outro caminho e acabamos nos perdendo. - suspirei.

Ela apenas assentiu e se aproximou.

—Então tudo bem, mas na próxima vez me avisa tá bom? - disse ela.

—Pode deixar, avisamos sim. - sorri.

—Ok, venham almoçar. - chamou ela e fui pro banheiro tomar banho pro almoço.

Depois de almoçar, Marcelina voltou ao trabalho e Jackson foi para o quarto dele e eu fiquei na sala assistindo televisão.
Quando anoiteceu, Mário e Marcelina chegaram do trabalho juntinhos e sorridentes.

—Oi, como foi no trabalho Marcelina? - perguntei.

—Ah, foi ótimo. E o Jackson, se comportou? - sorriu ela.

—Sim, ficou no quarto o tempo todo, não deu nenhum trabalho. 

—Ótimo, querido, pode ir tomar banho que eu vou me arrumar pra fazer o jantar. 

—Claro meu bem. - sorriu e deram um selinho e me concentrei no filme que passava na televisão. Eu já estava todo animado com o filme pois era muito bom quando, do nada, a tela ficou com aquelas listras em preto e branco e começou a chiar.

—Argh, por quê essas coisas sempre acontecem no melhor do filme? - resmunguei me levantando pra tentar consertar a tela. Peguei a televisão e tentei dar uns tapinhas, mas nada adiantou. Então, tirei o cabo da tomada e comecei a mexer atrás da televisão, onde tinha toda a parte elétrica. Já tinha usado essa técnica para roubar uma televisão no passado e quando estava tentando descobrir o motivo, acabei sem querer mexendo num dos fios e tudo se apagou.

— Marcelina, Marcelina, a luz acabou! - gritou Mário, do banheiro.

— Eu sei querido, nem consigo cozinhar direito! - disse Marcelina, pegando umas velas.
Eu já estava assustado por não conseguir resolver o problema e decidi ajudar.

—Madrinha, me empresta uma dessas velas para colocar no meu quarto? - pediu Jackson, entrando na cozinha.

—Claro, toma aqui querido.

— Na certa deve ter sido a chuva não é? . - disse o Jackson falando ao sair, fiquei aliviado por estar chovendo porque imagina se eles descobrem que fui que ocasionei esse problema

—Gente, vou tentar resolver isso, quem sabe algum vizinho saiba consertar o problema e trazer a luz de volta? - sugeri e todos assentiram.
Então abri a porta de casa com certa dificuldade por não enxergar o buraco da fechadura e quando abri a mesma, levei um susto: as luzes do corredor estavam apagadas.

—Meu deus, acho que o prédio inteiro ficou sem luz! - levei as mãos à cabeça olhando tudo enquanto as pessoas saíam de seus apartamentos com velas.

Chimoltrufia...

Eu estou assistindo um filme de terror na televisão, eu estou com muito medo, mas quero ver o que vai acontecer.

— Ai meu amor, se vc tem tanto medo desses filmes, porque não tira de uma vez só. - disse o Botijão entrando tomando um copo de água.

— Mas Boti, eu quero ver o que vai acontecer. - digo eu e ele bufa.

— Depois não vai reclamar se tiver pesadelos viu?. - diz ele saindo do quarto e ele não dou muito a mínima

Dizem que a Chorona costuma pegar e matar todos numa noite escura e chuvosa, isso acontece quando a energia acaba. — diz o narrador do filme.

Nesse mesmo momento, a televisão e a luz do quarto se apagam.

— Aaahhhh!. - grito assustado e o Botijão vem correndo.

— O que foi meu amor?. - diz o Botijão assustado.

— O narrador do filme disse que a Chorona matar todos numa noite escura e chuvosa. -  diz eu assustada.

— E o que tem isso?. - pergunta ele cruzando os braços.

— Você não entendeu?, a energia acabou nesse mesmo momento, então ela deve estar muito perto.

— Aí meu amor, deixa de ingenuidade, a energia acabou por conta da chuva. - disse o Botijão calmamente.

— Não é ingenuidade Boti... - tento explicar.

— Olha Chimoltrufia, porquê você não vai dar uma volta por aí, a chuva já passou e a energia voltará logo, aí você poderá comprovar que não existe nenhuma Chorona. - disse ele me entregando uma vela e eu com receio concordo.

—Olha Boti, talvez você tenha razão, eu vou dar uma volta pelo prédio para confirmar. - digo e eu saio com um pouco de medo, e quando eu estou passando num dos corredores escuros, vejo uma sombra de uma mulher, que não consigo identificar.

—Aaahhh!. - grito eu e saio correndo pra chorona não me pegar.

Eu entro correndo no meu apartamento e o Botijão se assusta denovo.

—Boti, Boti, Boti... - digo eu gaguejando enquanto tento falar.

—O que foi?. - Diz ele se aproximando de mim.

— E-e-e-u-u... - tento falar, mas não consigo.

— Fala direito meu deus. - diz ele impaciente.

— E-eu vi a Chorona! . - finalmente consigo falar.

— Denovo essa história de Chorona meu deus. - diz ele bufando e cruzando os braços.

— Mas não é história Botijão, eu vi com os meus próprios olhos. - digo eu.

— Ah sim, acredito... - disse ele ironicamente.

— Se você não acredita, vai lá ver então.

— Eu não tenho que perder meu tempo com bobagens. - disse ele indo em direção a cozinha.

— Então você deve estar com medo dela. - digo eu atiçando na intenção de faze-lo ir pra ver com os próprios.

— Como é que é? você está me chamando de medroso. - disse ele com uma cara de bravo.

— Entenda da forma que quiser, mas se não está querendo ver, é porque deve estar assim.

— Quer saber de uma coisa? Eu vou mesmo, eu vou provar para você que não sou nenhum medroso e que tudo isso é imaginação sua. - disse ele saindo.

Botijão...

Ahh, mas eu vou provar a ela que tudo isso não passa de imaginação, ah se vou.

Eu passo perto do terraço e vejo uma sombra de uma mulher na escuridão e ouço uma voz

— Onde estará meu Chavequinho... - diz ela e eu fico muito assustado, a Chimoltrufia tinha razão, a Chorona existe mesmo, mas existe algo de errado, normalmente a Chorona diz Onde estará meus filhos e ela falou o nome do Chaveco, mas isso não importa agora, o importante agora é eu escapar dela e saio correndo.

Esbarro com o Chaveco num dos corredores e puxo ele rapidamente.

— Chaveco, venha cá, não vai pra lá.

— Osh, é porquê não?. - disse ele cruzando os braços.

— É que estão atrás de você.

— A polícia?. - disse ele se escondendo atrás de mim.

— Não seu idiota, a Chorona. - digo eu.

— A quem?. - disse ele estranhando.

— A Chorona. - digo eu e ele começa a rir.

— Hahaha Botijão, como vc é ingênuo, não me diga que você acredita nessas histórias. - diz ele gargalhando.

— Depois diga que eu não avisei. - digo saindo correndo.

Chaveco...

Achei muito estranha a reação do Botijão, ele sempre tão forte, tão valente, como que ele pode acreditar numa história dessas e até ficar com tanto medo? Ri enquanto ele entrava rapidamente em seu apartamento e comecei a ouvir uma voz conhecida falando num tom meio sonolento:

— Onde estará meu Chavequinho... - era Nachita, eu não sabia que era a Chorona, mas com certeza não deve ser tão feia quanto a Nachita, principalmente enquanto estiver dormindo. Mas mesmo assim, não vacilei e fui correndo pra longe dali, vai que ela esteja fingindo ser sonâmbula para me agarrar para me beijar.

 Entrei no apartamento para me esconder.

— Chaveco, você que sabe que gritaria é essa que está ocorrendo aí no corredor? - pergunta a Marcelina, então ela deve ter escutado os gritos da Chimoltrufia e do Botijão.

— Sinceramente não sei, devem ter visto algum rato ou coisa do tipo por aí. -  digo mentindo e a Marcelina sobe em cima de uma cadeira e começa a gritar.

— Calma Marcelina, eu não disse que eles viram um rato e sim que eles "devem" ter visto um. - digo e ela desce da cadeira aliviada.

— Eu vou dar uma olhada. - ela diz saindo e eu me lembro do porquê de eu estar fugindo e decido me esconder no quarto trancando a porta, alguns momentos depois.

 — Ei Chaveco, onde está a Marcelina?.  - disse o Mário batendo na porta com uma lanterna.

— Ela foi verificar que gritaria toda foi essa de agora pouco. - respondo atrás dela.

— Vamos lá ver o que está acontecendo, eu também quero saber que escândalo todo é esse. - responde ele e eu com receio concordo.

Jackson...

Puxa, porquê será que os vizinhos estão gritando dessa forma, eu decidi dar uma verificada no que está havendo e eu escuto alguém me chamando e eu vejo a Ramona assustada.

— Ramona, o quê foi?. - eu pergunto estranhando.

— Eu acho que vi um monstro rondando por aqui. - disse ela.

— Sério que você acredita nessas coisas. - digo eu ironicamente me segurando para não rir.

— Eu não estou brincando, é sério. - disse ela.

— Está bem, vou supor que seja verdade, fala aí como é esse tal "monstro".

— Bom, parece bastante com a Chorona... olha ela ali. - disse ela, eu me viro e vejo e eu acabo apagando.

Ramona...

Meu deus, ele desmaiou, o que eu faço. Já sei, eu com dificuldade consigo levantar do chão e coloco ele no sofá da minha casa e rapidamente pego um copo de água pra acorda-lo.

— Ai me deus, o que aconteceu? - disse ele acordando assutado.

— Calma, você desmaiou ao ver a Chorona e eu te trouxe aqui pra dentro do apartamento para te acordar. - digo acalmando ele.

— Obrigado, e agora o que fazemos, eu preciso voltar pro apartamento e não quero cruzar com ela. - disse ele com medo.

— Então vamos lá. - digo eu com medo também, mas vamos encarar o desafio.

 Botijão...

Eu escutei mais gritos vindo dos pisos superiores, provavelmente viram a Chorona também.

— Boti, você ouviu esses gritos?. - disse a Chimoltrufia aparecendo assustada.

— Sim, provavelmente os outros vizinhos viram a Chorona.

— O que acha de irmos protege-los. - disse ela pegando um rolo de macarrão.

— Nós dois?. - digo com medo.

— Sim, mesmo que ela nos pegue, não acho justo ela pegar outros. - disse ela saindo pela porta e resolvo segui-la.

Chaveco...

Nós chegamos ao corredor do quinto andar e vemos a Marcelina inconsciente.

— Meu amor!!!, o que foi? - disse o Mário desesperado tentando acorda-la, nós conseguimos reanima-la em alguns instantes.

— O que foi aconteceu? - disse ela acordando.

— Eu é que te pergunto Marce, nós viemos aqui e te vimos desmaiada. - disse o Mário.

— Ah, é que eu vi uma coisa terrível rondando por aqui. - disse ela.

— Coisa terrível? Não será que você viu o Botijão por aqui?. - digo tentando fazer piada e derrepente sinto uma mão tocar meu ombro, tomara que não seja a Nachita.

— O que foi que você disse. - Eu ouço alguém dizer atrás e eu vejo que é o Botijão com uma cara nada agradável segurando o pente.

— Nada mal, é que ela desmaiou agora pouco. - digo tentando escapar de levar uma bofetada.

— Escuta vizinha, se é verdade o que ele disse, porquê você desmaiou. - disse o Botijão guardando o pente

— É porque eu acho que vi a Chorona. - disse ela e o Mário começa a rir

— Aí Marce, você não está falando sério. - disse o Mário.

— Não é mentira, também vimos. - disse o Jackson, aparecendo junto com a Ramona ali.

— Nós dois também vimos. - disse o Botijão se referindo a ele e a Chimoltrufia.

— Espera gente, deixa eu explicar... - decido explicar tudo, só que a Nachita aparece novamente e todos se assustam se escondendo um atrás do outro, e a energia volta.

— Que bom, a energia voltou. - comemora a Chimoltrufia.

— Espera um pouco, essa não a Chorona, é a Dona Nachita. - disse o Botijão apontando pra ela.

— É isso que eu estava querendo dizer, vocês acabaram vendo a Dona Nachita e não a Chorona. - disse eu.

— Olha Nachita, porquê... - disse a Chimoltrufia em direção a ela, até que o Botijão tapa a boca dela.

— Espera meu amor, ela está sonâmbula e é perigoso acordar um sonâmbula. - responde o Botijão.

— Porquê isso? . - disse a Chimoltrúfia coçando a nuca.

— Outro dia te explico, o importante agora é leva-la de volta pro apartamento dela. - disse o Botijão.

— Deixa que eu faço isso, não demoro. - disse Mário saindo e guiando ela com cuidado pra não acorda-la e o pessoal suspira aliviado.

— Puxa, ainda bem que tudo acabou bem. - disse a Chimoltrufia sorrindo.

— Nem tão bem, eu quero saber porquê você Chaveco sabia que era a Nachita e não nos avisou. - disse o Botijão irritado se aproximando.

— É porquê não deu tempo... - digo tentando explicar, mas não consigo, pois ele logo começou a me pentear e logo me acerta um tabefe, como de costume.

— E da próxima vez, eu faço sua barba. - disse ele e eu não dou muito importância - Mas é com um ralador de queijo! - disse ele terminando de falar me assustando um pouco, pois ele é bem capaz de fazer isso.

— Bom, que horas são?. - disse a Chimoltrufia.

— Deixa eu ver, meu deus do céu, é 3 da manhã. - disse a Marcelina olhando no relógio dela.

— Ainda bem que é madrugada de sábado viu. - disse o Botijão e rimos um pouco e acabamos indo dormir.

 


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Notas finais do capítulo

É isso, até o próximo!



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