— Que tal irmos comemorar nossa festa em lugar mais aconchegante? – falou a loira ao ouvido da morena, enquanto elas estavam dançando – Em um lugar mais reservado... Só nós duas!

— Se não te conhecesse muito bem Comandante Swan, diria que você está tentando me levar para a cama. – brincou Regina quando olhou para os verdes olhos a sua frente.

— Longe de mim isso! – riu a loira travessamente – Eu fiquei muito tempo longe de você... – beijou levemente o rosto da morena em seus braços – E gostaria de aproveitar todo o tempo que tenho para ficar junto a você. – mais um beijo, só que agora no pescoço, arrancando um leve suspiro de Regina.

— Olhando por esse lado... – murmuro a morena soltando outro suspiro quando novamente a loira beijou seu pescoço e começou a deslizar as mãos sobre suas costas – Acho que devemos ter uma comemoração particular.

Emma levantou o rosto do pescoço de sua esposa e a olhou – Então vamos aproveitar que não tem ninguém nos observando... – olhou ao redor e viu que todos estavam entretidos e ninguém estava prestando atenção nelas - E vamos sair de fininho. – sugeriu Emma que no instante seguinte estava puxando Regina pela mão para dentro do castelo em direção ao quarto da morena, que a partir de hoje seria das duas.

— E lá vão elas. – comentou Ruby rindo com Belle.

— E você pode culpá-las? – perguntou a morena mais baixa.

— De modo algum. – respondeu a morena com mechas vermelhas – Elas até que demoraram a fugirem da festa... – então abraçou sua namorada – Acho que daqui a pouco seremos nós duas a sumir da festa. – falou ao ouvido depositando um breve beijo no pescoço de Belle.

— Tentadora essa sua proposta. – brincou Belle e arrancou uma gargalhada da outra morena.

— Arrumem um quarto! – brincou David ao se aproximar da duas de mãos dadas com Mary.

— É o que pretendemos fazer. – respondeu Ruby piscando para o loiro, fazendo os quatro rirem.

— Então boa noite, pois eu e Mary estamos nos retirando... – falou David – Afinal nem as noivas estão mais na festa.

— Acho que vamos seguir o exemplo delas e desaparecer também. – comentou Belle sorrindo travessamente.

— Nos vemos amanhã! – disse Mary já puxando seu marido para o quarto, pois aqueles sapatos a estavam matando.

—SQ-

Assim que entraram Emma prendeu Regina contra a porta, fechando a mesma, enquanto beijava a morena com paixão e saudade. Regina tinha suas mãos embrenhadas nas madeixas loiras, e não demorou muito para soltar a pequena trança que havia atrás da cabeça, deixando assim os loiros fios soltos. A cada beijo Emma prensava mais ainda Regina contra a parede, cada beijo a vontade de nunca mais soltar aumentava, leves gemidos eram ouvidos. As mãos da loira subiam e desciam as laterais do corpo da morena, arrancando suspiros das duas. No movimento seguinte Emma abraçou a cintura de Regina e a desencostou da porta e o beijo foi ficando mais calmo, mais cheio de amor e quando o mesmo findou, a loira escondeu seu rosto no pescoço da morena, aspirando fundo o cheiro de sua esposa, quantas saudades ela estava daquele cheiro tão característico da sua morena.

— Eu te amo tanto! – disse Emma assim que ergue seu rosto e olhou os profundos olhos castanhos de Regina, e lentamente ela levou sua mão ao castanho cabelo para desfazer o coque solto. Regina apenas observava o rosto da loira, que expressava amor, carinho. Depois de desfeito o coque veio descendo lentamente sua mão pelo rosto, traçando cada contorno, e delicadamente passou o dedão pela cicatriz no lábio superior – Eu adoro essa cicatriz... – sussurrou enquanto a morena apenas fechou os olhos brevemente sentindo cada carícia da loira, Emma depositou sua mão toda sobre a bochecha de Regina e a beijou novamente, um beijo calmo, mas cheio de amor.

— Eu também te amo tanto Emma... – disse Regina depois do beijo, e lentamente começou a desabotoar a camisa do uniforme da loira, quando terminou com os botões, subiu suas mãos por dentro da camisa, passando pelo abdômen, por cima dos seios, até parar nos ombros e então desceu pelos definidos braços da loira, tirando a camisa por completo. Quando chegou a altura da cintura, suas mãos foram direto para a fivela do cinto, a desfazendo para depois abrir o botão da calça. Nesse momento as mãos da loira prenderam as mãos de Regina, impedindo que progredisse, ato que fez Regina a olhar surpresa, mas viu um sorriso travesso no rosto da loira, e acabou sorrindo também. Lentamente Emma fez Regina girar em seu eixo, e assim ficar de costas para loira, que suavemente passou seus braços pela cintura da morena e lentamente depositava beijos atrás da orelha e no pescoço.

Sem pressa Emma retirou seus braços ao redor da morena, para ir na direção dos cordões que prendiam o vestido de Regina na parte de trás, e aos poucos ela foi se desfazendo dos nós,  a cada nós desfeito, a loira depositava um beijo a cada pedaço de pele que era revelada, até terminá-los por completo, e suas mãos por dentro do vestido, subirem sem pressa por toda a extensão das costas da morena, arrancando suspiros longos por parte de Regina, e assim que as mãos de Emma chegaram nos ombros, ela ajudou a descer o vestido, que se acumulou aos pés da morena. Emma pousou suas mãos novamente na cintura de Regina, a fazendo girar novamente em seu eixo e ficar de frente para a loira, então pegou suas mãos e a ajudou a sair de dentro da “poça” de tecido e a guinado até a cama. Regina soltou suas mãos e elas terminaram o trabalho de segundos atrás, ou seja, terminaram de abrir por completo a calça que a loira usava, e no instante seguinte ela estava aos pés de Emma. A morena lentamente foi deitando sobre a cama, e logo foi seguida pela loira que se deitou sobre ela, ainda vestiam apenas as roupas íntimas, começaram a se beijarem, beijos calmos e cheios de carícias, que aos poucos eles iam ficando cada vez mais exigentes e cheios de vontade. Não demorou muito para ficarem completamente nuas.

Ali elas se entregaram de corpo e alma, aproveitando cada minuto que passaram longe uma da outra, matando cada pequena saudade que uma sentia da outra. Ali se entregaram como se fosse a primeira vez, se amaram como nunca tinham se amado. Uma dança sensual de seus corpos guiados pelo desejo, pelo amor, pela saudade. E quando finalmente os corpos não tinham mais energia, extremamente cansados, e sentido todo o prazer que elas podiam sentir, elas desabaram. Emma deitada de costas na cama, com Regina deitada sobre seu peito, suas respirações descompassadas, a pele suada, seus corações acelerados, batendo em sincronia. A loira abraçava fortemente a morena, suas pernas estavam entrelaçadas, Regina puxou uma coberta sobre elas, e lentamente seus olhos começaram a pesar, e antes de se fecharem “eu te amo” fora sussurrado, junto com um beijo na têmpora da morena, e Regina depositou um beijo sobre o coração da loira e se aconchegou melhor sobre a loira e escondeu seu rosto no pescoço de Emma, e quando finalmente o sono tomou conta, o dia começava a raiar no horizonte. Aquela noite marcou o reencontro de duas almas apaixonadas e eternamente unidas.

—SQ-

O sol entrava através das pequenas brechas que a cortina tentava impedir. Aos poucos Regina foi acordando, e tentando se situar de onde estava, quando reconheceu seu quarto um sorriso surgiu em seu rosto. Olhou para seu lado direito e viu uma cabeleira loira esparramada sobre o travesseiro, estava Emma dormindo de bruços, seu braço direito escondido de baixo do travesseiro enquanto o esquerdo pendia para fora da cama, suas costas estavam descobertas, assim como suas pernas, o lençol mal cobria seu bumbum, e ela mesma também não estava tão diferente assim, pois o lençol apenas cobria parte de sua barriga e ia até metade das coxas. Ao ver aquela cena, o sorriso da morena ampliou mais ainda, finalmente ela estava em casa e livre da maldição. Ela se virou e apoiou a mão esquerda no colchão, e levemente foi depositando beijos pelas costas da loira até chegar ao ombro e ali depositar mais beijos, ato esse que fez com que Emma fosse despertando lentamente.

— Bom dia... – disse Regina feliz.

— Bom dia morena... – respondeu Emma assim que se virou para ficar de frente para sua esposa – Isso não é um sonho, né? Por que se for, eu não quero ter que acordar nunca mais.

— Não, isso não é um sonho. – afirmou Regina e levemente beijos os lábios da loira.

— Que bom. – comentou depois o que o beijo terminou, e Regina a olhou interrogativamente – Porque eu posso fazer isso! – explicou a loira e rolou com a morena sobre a cama, até ela parar em cima de Regina e a beijar apaixonadamente. Assim que o beijo terminou um sorriso travesso surgiu no lábio de Regina, e ela rolou com sua surpresa Emma pela cama, até ela agora parar sobre a loira.

— E porque tem que ser só você por cima sempre? – brincou Regina. Então Emma girou novamente invertendo as posições.

— Oras, porque eu sou a comandante. – respondeu Emma com ar sério, e Regina inverteu novamente as posições.

— Mas eu sou a Rainha! – disse também com ar serio – E você tem que fazer tudo que eu mandar. – completou com sua pose altiva ao se sentar sobre as coxas da loira.

— Então eu faço tudo que você mandar, minha rainha! – disse Emma se levantando e abraçado a cintura de Regina, depositando beijos no pescoço da mesma.

Regina sorriu e começou a acariciar os cabelos loiros, ato que fez Emma cessar seus beijos e olhar hipnotizada para sua morena. Regina continuou passando seus dedos através dos loiros cabelos, durante alguns segundos, e Emma lentamente fechou os olhos desfrutando das carícias – Você está gostando disso? – perguntou olhando fascinada para a loira a sua frente, e Emma apenas respondeu afirmativamente com um meneio de cabeça, e Regina sorriu mais ainda, para em seguida começar a depositar pequenos beijos no rosto e nos lábios de Emma, que diante disso estava entregue á morena – Acho que descobri novos truques. – riu e continuou o que estava fazendo. Olhos castanhos encararam os verdes que ainda permaneciam fechados, pois a loira estava em transe e nem escutara o que Regina havia dito. Lentamente Regina foi se inclinando a frente para tomar os lábios que a estavam chamando, quando estava quase encostando, altas batidas na porta foram ouvidas. Os olhos de Emma se abriram de imediato, saindo do transe que Regina a havia colocado minutos atrás.

— Hey casalzinho feliz... – veio a voz de Ruby de trás da grande porta – Hora da festa... Vamos está todo mundo esperando por vocês?

— Eu te amaldiçoo Ruby... – brincou Emma que ainda não havia se mexido.

— Não precisa tanto Loirão... – disse a morena com mechas vermelhas fingindo estar magoada – E aí, vocês vão sair desse quarto ou não? – perguntou com seu tom debochado de volta.

— Sim, nós vamos! – respondeu Regina antes que a loira soltasse alguma mal criação com a amiga – Só nos deem um tempo para um banho. – completou ela já se levantando do colo da loira.

— Sem problema, ficarei aqui esperando. – respondeu Ruby.

— Ah qual é, Ruby? – repreendeu a loira.

— Ordens de Lady Cora... – explicou – Ordens expressa para que eu as acompanhe até a sala de jantar, pois vamos fazer um banquete. E só posso aparecer lá com vocês... – fez uma pausa – Vou esperar aqui por vocês.

— Tudo bem Ruby... – disse Regina já empurrando a loira para um banho rápido – Sei como minha mãe é com esse tipo de coisa.

— E Loirão? – fez uma pausa e continuou antes que Emma tivesse tempo de responder – Nada de sexo no banho... Não quero ficar aqui até amanhã.

— Agora mesmo que você irá ficar plantada aí na porta. – respondeu travessamente Emma antes de entrar de vez no banheiro.

Vinte minutos depois, a porta do quarto se abriu revelando Emma e Regina devidamente prontas, e com sorriso em seus lábios.

— Finalmente o casal de coelho de saiu do quarto. – brincou Ruby.

— Como se você pudesse falar muita coisa sobre nós! – disse Emma sorrindo maliciosamente e olhando um ponto específico no pescoço de Ruby. Regina também viu o que havia chamado a atenção de sua esposa e começou a rir.

— Você definitivamente não tem moral para falar de nós. – comentou a rainha. Ruby apenas as olhou interrogativamente – Veja! – apontou o próprio pescoço mostrando para a outra morena, que subitamente seus olhos se arregalaram e assim que elas passaram por um espelho no corredor, Ruby parou e procurou o que Regina havia indicado, e se viu encarando uma senhora mancha roxa em seu pescoço. Imediatamente Ruby vermelhou como um pimentão, e Emma caiu na risada.

— Eu vou matar Belle, eu pedi para não deixar marcas. – disse ela mais para si do que para as outras, mas ela disse um pouco alto demais.

— Pelo menos não deixamos marcas... – disse Emma assim que terminou de gargalhar, alfinetando a amiga.

— Ou pelo menos não visíveis. – completou Regina, deixando Ruby de boca aberta.

— Oras, como você mesma disse, somo um casal de coelhos. – explicou a loira dando de ombros e fazendo as três caíram na risada.

—SQ-

 - Finalmente vocês resolveram se juntar a nós! – disse Killian já sentando a mesa, acompanhado dos outros – Achei que iriam passar o dia inteiro lá.

— Nossa intenção era essa... – brincou a loira – Afinal que horas são? – perguntou ela desorientada ainda.

— Já passa das seis da tarde, minha querida. – respondeu Cora gentilmente.

— Dormimos praticamente o dia inteiro. – comentou Regina incrédula.

— Vocês mereciam. – disse Mary se fazendo presente a mesa – Afinal, vocês ficaram praticamente dois anos fora, e nada mais merecido que aproveitar.

— Então aproveitando que todos estão aqui reunidos... – disse Cora sentada a esquerda de Regina, já que Emma ocupava a sua direita, e a morena mais nova na cabeceira da mesa – Ofereço esse banquete a minha filha e sua esposa, e aos seus amigos que com muita bravura se empenharam em ajudá-las na hora em que mais precisaram... – fez uma pausa – Eu agradeço de todo o meu coração... – outra pausa – Apesar de vocês praticamente tomarem o castelo para vocês na ausência da rainha. – brincou por último a morena mais velha, e fez todos caírem na risada.

— Faço as palavras de minha mãe, as minhas. – disse Regina – Menos a parte de tomar o castelo. – comentou arrancando mais risadas de todos – Hoje sou uma pessoa muito feliz, pois estou com minha família reunida nesse banquete, que ao longo dessa caminhada aumentou, pessoas as quais eu sei que posso contar tanto nas horas ruins como nas horas boas... – ergueu sua taça, Emma foi a primeira a erguer sua taça, ato seguido por Cora, Ruby e Belle, Gepeto e sua senhora, Killian, Henry, Mulan e Aurora, David e Mary– A vocês faço esse brinde.

O resto do banquete ocorreu normalmente, entre conversas e brincadeiras. Emma e Regina apenas sorriam vendo sua família finalmente toda reunida e curtindo esse momento de paz, e elas mentalmente pediam para mais momentos assim surgirem em suas vidas. Terminado o banquete, todos resolveram curtir a festa que ainda acontecia lá fora, e sabiam que ainda duraria por mais alguns dias. Mas elas não se importavam o que mais elas queriam agora era estarem juntas, e isso com certeza elas iriam aproveitar e muito.