Musical High escrita por Any Rebel


Capítulo 14
Capítulo 14 : Confusões no Hotel Kōun No Neko!


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! A quanto tempo, né? Kkkk! Pois é, o cap ficou longo de novo! Fazê o quê? Me empolguei! (^.^)
Boa leitura!



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  Eu estava fuçando no meu guarda-roupa, toda enfezada, tentando achar o meu short jeans.

  - Aff, azar! – resmunguei jogando todas as minhas roupas no chão.

  - Miku-chan, por que a cara feia? – Maika-san me pergunta, entrando no meu quarto e vendo a bagunça.

  - Você sabe!

  - Miku, pare de frescura. Só é uma semana.

  - Mas a Lola-san é muito cruel comigo!

  - Deixa de ser boba! Nós vamos lá todo ano para dar uma força. Sabia que foi ela que me ajudou com o abrigo para eu poder te criar?

  - Eu sei! Só que... Eu queria ficar em casa com você esse ano! – me levantei pegando o short à recém achado e o colocando na mala.

  - Mas já ficamos três semanas em casa!

  - Mas...

  - Hatsune Miku! Já chega! Não seja tão infantil! Quando era mais nova, você adorava ir pra lá!

  - Mas porque eu era pequena e por isso ela não me fazia trabalhar!

  - Tá, papo encerrado! Vamos pra lá sim! Agora termine de arrumar as suas coisas.

  Bufei braba. Eu não queria ter que ir para o hotel, mas fazê o quê? Continuei a pegar outras peças de roupa, mas é claro, fazendo bico!

     ***

  - Onde está? – murmurei para mim mesma, procurando uma meia que tinha se separado do seu par. (Sim, o meu quarto é uma bagunça!)

  Olhei debaixo da cama e a encontrei. Enfiei minha mão para pegá-la mas, ao invés disso, peguei outra coisa.

  - Hum? O que é isso? – falei pegando um caderno. Na capa estava escrito: “Minhas Músicas” – Eu não acredito! – exclamei – Te achei! – me sentei na cama folheando-o – Pensei que tinha perdido... “Ojama Mushi”, “Hello, How Are You?”, “Senbonzakura”... Que saudade... - eram as minhas primeiras composições.

  Levantei-me indo à procura do meu novo caderno. O encontrando, revi minhas novas músicas.

  Sorri e comentei comigo mesma:

  - Nossa, eu só compus uma música esse ano? “Just You”... E olha que nem a terminei direito...

  O meu celular tocou. Peguei o aparelho e o atendi:

  - Alô?

  - Oi, Miku-chan!

  - Luka?

  - Surpresa? Não vai me dizer que não tem o meu número?

  - É claro que tenho! – mentira, o perdi sem querer. (É melhor ela não saber disso...)

  - Aiiii, que saudade! Queria tanto falar com você! Apertar as suas bochechinhas rosadas! Por que não me deu sinal de vida?

  - Amm... – não posso dizer que não tinha o número dela, se não é capaz dessa louca me estrangular! (Ela já faz isso tentando me dar carinho, imagina querendo me agredir mesmo?! Eu morro!)

  - Ah, deixa pra lá!— (estou salva!) – Onde você está?

  - Na minha casa, em Yokohoma.

  - Hum... Que legal! Vai sair?

  - Sim, vou para o hotel de uma amiga da Maika-san.

  - Que demais, um hotel! Sempre quis ir passar um tempo em um, só que meus pais não deixam! Eles sempre dizem que é perda de tempo!

  — É... O chato é que vou ter que trabalhar lá! Hunf! A Lola-san é uma rabujenta!

  - Miku-chan, com quem você está falando?! – Maika-san gritou da cozinha.

  - Com uma amiga minha! – gritei de volta.

  - Anda logo! Só vamos almoçar e já sairemos! – ela novamente gritou.

  - Tá bom! – falei – Luka-chan, vou ter que desligar.

  - Ok, Miku! Mas, qual é mesmo o hotel que você vai?

  — Para o hotel Kōun No Neko. – (Gato da Sorte) – Agora eu tenho que ir. Thau!

  - Thau, fofinha!

     ***

  - Pegou tudo? – Maika-san me perguntou.

  - Sim... – revirei os olhos – Pela milésima vez: sim, peguei tudo. – entrei no carro e coloquei o cinto.

  - Roupas, escova de dente e protetor solar?

  - Sim...

  - Anda, se anima! Para com essa mania de nuvem negra. – entrou e sentou-se no banco do motorista.

  - O que você queria? Que eu sorrisse? – perguntei sarcasticamente dando um belo sorriso falso.

  - Miku-chan! Para com isso! Vai ser divertido, eu prometo. – colocou o cinto e ligou o veículo.

  - Aff, você diz isso todo ano! E todo ano é a mesma coisa!

  - Já chega! Se só vai reclamar então pegue o seu fone e fique quieta! -  ela me xingou.

  Que coisa chata! Já não basta eu ser obrigada a ir num lugar onde não gosto muito e agora até perdi o meu direito de reclamar?! Hunf!

     ***

  Depois de algumas horas de silêncio, Maika-san disse:

  - Chegamos!

  - Mas já?! – resmunguei.

  - Miku, olha os modos!

  Ela estacionou o carro na garagem e descemos. Fomos direto para o porta-malas e pegamos as nossas bagagens. (Pode até ser só uma semana, mas mesmo assim tinha bastante coisa para carregar.)

  Lola-san então apareceu, indo correndo abraçar a minha mãe adotiva:

  - Maika-chan, minha linda! À quanto tempo!

  - Lola-chan! Senti tanto a sua falta! - ela retribuiu o abraço.

  Peguei minhas coisas e já ia a caminho da porta do hotel, quando a morena me impediu:

  - Miku-chan, aonde pensa que vai?

  Parei, respirei fundo e me virei para elas dizendo:

  - A-arrumar as m-minhas malas...

  - Aff, ainda gaguejando, pirralha?

  - Sim, por q-quê?

  Ela se aproximou de mim e me deu um tapão nas costas.

  - Aii! – exclamei – O que deu em vo-você?!

  - Nada não. Só pensei que talvez se eu fizesse isso você pararia de “travar”.

  - O quê?! - gritei indignada com a idéia da criatura. (Eu falei que ela é do mau comigo! Mas ninguém me escuta!)

  Ela riu um pouco (não sei o porque) e nos convidou para entrar, ajudando somente a Maika-san com as coisas dela.

     ***

  No dia seguinte, acordei às 05:30 da manhã e terminei de arrumar o quarto, o qual eu ficaria uma semana.

  Alguém bate na minha porta. Eu atendo e a criatura já vai entrando:

  - Bom dia pirralha! Dormiu bem?

  - Lo-Lola-san?! – disse surpresa – O que faz aqui?

  - Ainda gaguejando? Aff, você não tem jeito, mesmo!

  Revirei os olhos, irritada enquanto ela continuou:

  - Vem, hora do café. Depois teremos um longo dia de atividades.

  - Quando você diz atividades você quer dizer trabalho, muito trabalho. – argumentei cruzando os braços.

  - Ai, não reclama gaguinha!

  Teremos mais cinco hóspedes que vão chegar hoje e eu quero o quarto deles um brinco!

  - Aff, está bem, está bem!

     ***

  Depois do café, me senti a Cinderela: trabalhando sem parar! Oh, que maravilha!

  Comecei com o chão. O assoalho é de madeira, então tive que varrer, passar o pano com desinfetante e, por último, encerá-lo. Parece pouco, mas quando é um hotel de dois andares, com 15m² de largura cada, e mais de vinte quartos. E eu tendo que fazer isso em cada cômodo!

  Quando acabei, estava exausta. Mas, mesmo assim, eu tinha mais e mais coisa pra fazer!

  Logo depois de tomar um refrigerante bem gelado, (pelo menos isso, né?) fui limpar o pátio, e que baaaaaita pátio! Tive que varrê-lo, juntar todas as folhas, organizar as pedrinhas decorativas do jardim e também fui colher algumas frutas no pomar.

   Chegando de baixo de um pé de tangerina, me lembrei de quando eu era pequena. Eu adorava subir naquele pé e ficar comendo os frutos.

  “Hum... Já fiz quase todos os meus deveres da manhã, então... Será que dá tempo?”— pensei.

  Olhei para os lados. Não tinha ninguém por perto. Dei os ombros murmurando um “acho que não tem problema”. Larguei a cesta que carregava, a qual que estava com algumas frutas já colhidas, e subi na árvore.

  Fui para o topo, toda animada. Sentei-me confortavelmente num galho. Peguei uma tangerina e olhei-a dizendo:

  - Uma não vai fazer mal. – em seguida a descasquei e comi os gomos.

  Passei um tempo lá em cima.

  - Que ar gostoso... – comentei – Fazia tanto tempo que não subia aqui em cima. Até que não é tããão ruim vir pra cá de vez enquanto.

  O hotel Kōun No Neko fica ao lado de uma floresta. Ela possuí várias árvores antigas, rios e até cavernas. É muito belo, principalmente em uma vista dessas!

     ***

  Voltei do pomar com a cesta cheia de frutas. Entrei no hotel com ela e fui para a cozinha.

  - Miku-chan, já acabou?

  - Ainda não, Maika-san... – suspirei, largando a cesta na mesa.

  - O que falta?

  - Disposição... – brinquei, em seguida dando uma risadinha.

  - Miiiku! – ela quis xingar mas também se entregou na risada.

  - Tá, agora é sério! – me controlei – Ainda falta arrumar os quartos dos novos hóspedes.

  - Pra mim só falta lavar esta louça e servir o café da manhã de alguns hóspedes.

  - Pirralhaaaaa! – Lola-san grita do pátio.

  - O que será que aquela vaca quer?! – resmunguei.

  - Olha os modos... – Maika-san advertiu-me.

  - Pirralhaaaaaa! É surda por acaso?! – a morena berrou de novo.

  - Já vou! – gritei.

     ***

  - O-o que foi? – perguntei.

  - Os novos hóspedes estão chegando! Vem comigo recebê-los! – mandou Lola-san.

  - Tá bom! – falei brava.

  “Ela tinha gritado tudo aquilo só pra isso?!” – pensei. Olhei então as limusines de onde os tais hóspedes estavam chegando – “Maravilha! São um bando de riquinhos mimados! Aff! Era só o que me faltava!

  As quatro limusines pararam e delas desceram quem eu menos esperava: os maluquinhos!

  - O q-quêêê?! – exclamei assustada.

  - Cala boca pirrralha! Isso é jeito de tratar hóspedes?! – a morena reclamou me dando um tapa na cabeça.

  - M-mas... – tentei me defender, mas fui atacada por Luka e Gumi que pularam em cima de mim, me abraçando – E-Ei! Gente! Eu não consigo respirar! – pedi, sendo completamente ignorada.

  Lola ficou surpresa, foi quando Rin-chan explicou:

  - Nós seis já nos conhecemos. Estudamos juntos em Musical High.

  - Humm... – a mulher comentou. Ela olhou para a loirinha, e seus olhos brilharam – Ai, eu não acredito! Você é muito fofa!

  As duas maluquinhas pararam de me estrangular (ufa!) e soltaram um “hã?”.

  - Am...? – a Kagamine murmurou com uma sobrancelha erguida.

  - E você ainda pergunta?! – a morena escandalosa falou – Esse seu cabelo loirinho curto, seus olhinhos azuis, esse laçinho... Tão fofa! – (Por um instante ela me lembrou a Gumi quando me conheceu...)

   - Como é que é?! – a verdinha e a rosada exclamaram indignadas. (Ihh... Lá vem... )

  - Qual o problema? – ela perguntou, abraçando Rin com carinho. (Sortuda, não foi esganada!)

  - Como você ousa achar alguém mais fofa que a Miku-chan?! – Luka a questionou, enquanto a Megpoid concordava com a cabeça.

  - A pirralha?! Fofa?! – soltou uma gargalhada – Até parece!

  - Ora sua...! – a rosada resmungou de cara feia iniciando uma discussão.

  Enquanto as três discutiam sobre quem é a mais fofa e Rin tentava apaziguar as coisas, Kaito e Len me contavam como tinha sido a viagem, fingindo que as loucas nem estavam ali:

  - Até que foi tudo calmo. Consegui cochilar um pouco... – o azulado comentou.

  - Mas como vocês descobriram onde eu estava? – perguntei curiosa.

  - Luka. – o loiro falou – Ela disse que tinha falado contigo e soube que você estaria no hotel Kōun No Neko. Convenceu eu e a Oni-chan à pesquisar, já que somos ótimo em informática, e encontramos.

  - Ela também fez com que todos nós parássemos o que estivéssemos fazendo somente para virmos aqui com ela. – o Shion disse num suspiro. (Já vi que ela partiu pra chantagem emocional... Coitados!)

  - No seu caso não foi problema, já que não tava fazendo nada... – Len comentou.

  - Nossa... – me espantei – Não sabia que ela sentiu tanta a minha falta assim... Bem, - mudei de assunto – vocês querem que eu ajude com a bagagem?

  - Não precisa, não. Só é uma semana então é pouca coisa. – Kaito me respondeu.

  - Ok. Venham comigo, eu mostro o quarto de vocês.

  - Obrigado. – eles me responderam.

     ***

   Depois de toda aquela confusão na entrada, as maluquinhas e a Lola-san se acertaram.

  Ajudei as garotas à arrumar suas malas que, diferente dos outros dois, trouxeram muita coisa.

  Mais tarde, todos almoçamos e descansamos um pouco. (Eu porque acordei cedo e eles por preguiça mesmo.)

       ***

  Por volta das 17:40, eu acordei e fui para a sala. Por incrível que pareça, Kaito também estava de pé.

  - Já acordado? - perguntei.

  - Como eu já disse, eu cochilei na limusine. - ele me respondeu.

  - O que está fazendo? - sentei ao lado dele no tatame. 

 - Pensando em uma música para escrever. 

  - Sem idéias, não é? - presumi ao ver o caderno em branco. 

  - Isso mesmo. - o azulado suspirou - Tem alguma?

  - Hum... - parei uns segundos - Acho que não... Tá com alguma música sua antiga aí?

  Ele me olhou confuso, então eu continuei:

  - Sabe, às vezes rever minhas músicas me ajuda. Talvez dê certo.

  - Pior que eu não tenho. Deixei em casa.

  - Xiiii...

  - E você?

  - Hã?

  - Tem uma letra de música, uma partitura ou alguma gravação em áudio no celular?

  - Tenho um caderninho velho.

  - Então serve! Me empresta?

  - Não é grande coisa mas... Se você quer...

  Fui até o meu quarto e peguei o meu caderno de música. Voltei à sala e o entreguei ao garoto.

  Ao pega-lo, ele já foi o foleando e dando uma espiada.

  - Só não ria se você encontrar alguma coisa idiota e tal... - comentei. 

  - Não chame música de "coisa". Isso até que está bem escrito.

  - Sério? - me surpreendi.

  - Huhum... "Senbonzakura"?

  - Hã? Ah, sim. Foi no intervalo da aula de história. Eu acho que eu estava por volta do 8°, 9° ano do fundamental, eu acho.

  - Fala da guerra e da paz. Interessante... - fez uma pausa enquanto lia. Olhou em volta e avistou o piano num canto, ao lado da escada que levava ao segundo andar do hotel - Ainda sabe a letra? - me perguntou.

  - Sim. Foi a minha salvação na prova de história! Como não saberia?

  O azulado se levantou e foi até o instrumento musical. Mirou-o e encostou nas teclas. Chamou-me e pediu para que eu ficasse ao lado dele. Pegou um banco e se sentou.

  - O que vai fazer? - questionei.

  - Vamos tocar um pouco.

  - Mas...

  - Canta que eu toco. - Kaito sorriu.

  - Ok... Hum... Mas... Você sabe tocar?

  - Sei sim. Era a condição de eu entrar em Musical High: "pra querer tocar algo de música eletrônica, pelo menos saiba tocar algo clássico". Foi o que meus pais me disseram. - começou a tocar conforme a minha partitura - Vamos, agora é a sua vez!

  - Certo! - exclamei, indo em seguida à letra a cantando com vontade. 

  Fazia um baita tempo que eu não cantava alguma criação minha. Devo admitir: foi divertido!

     ***

  No final da tarde, Lola-san me pediu (mandou) ir buscar umas batatas doces para a noite.

  Eu estava indo para lá com a minha cesta de colheita (a mesma que usei para as frutas), Quando Rin me abordou:

  - Miku-chan! Miku-chan!

  - O que foi? – perguntei – Viu alguma aranha? – (amo aranhas! )

  - “Aranha”? Não! – começou a cochichar – Me salva! A Lola-san... Ela... – olhou para os dois lados – Quer me abraçar! Estou com medo dela!

  - Ah... Sei como é. Vem comigo!

  - Muito obrigada!

     ***

  Rin me acompanhou o tempo todo, até me ajudou a pegar os tubérculos.

  Dialogamos um pouco, e posso dizer que ela agora passou a me entender melhor. O porquê que não gosto que apertem as minhas bochechas, o porquê não gosto que me esganem com o que chamam de “abraços”, o porquê que eu fico vermelha quando me chamam de “fofinha”, essas coisas. Finalmente alguém me entende!

     ***

  Por volta das 20:00, eu, os maluquinhos, a Maika-san e a Lola-san nos reunimos nos fundos do hotel. Tínhamos acendido uma fogueira, onde nela assávamos as batatas doces que eu e a loirinha tínhamos trazido.

  Estava um clima bom, Rin estava entre eu e Len, com a intenção de ficar bem longe da morena escandalosa.

  Conversamos um pouco até que o loiro teve uma (horrível) idéia:

  - Gente, o que vocês acham de contarmos histórias de terror?

  - Não! – eu automaticamente gritei.

  - É uma boa idéia! – comentou Luka.

  Então todos concordaram, ignorando todas as minhas desesperadas súplicas. (Esses maléficos seres humanos!)

  - Então, quem começa? – Maika-san perguntou.

  - Até você?! – choraminguei pra ela.

  - Eu! – disse a verdinha.

  Ela limpou a garganta e começou:

  - Há muito tempo atrás, na Transilvânia, existia uma linda, maravilhosa, excelente cientista. Seu nome era Gumi Frankenstein! Tan, tan, tan! – ela exclamou erguendo os braços – Então, em uma tempestade cheia de raios e trovões, ela quis dar, literalmente, vida a sua nova criação: Miku Frankenstein

  - Sério? – eu perguntei, tipo: “Mais hein?”

  - O que foi? Não é assustador? – a verdinha se desanima.

  - Tá, agora é a minha vez! – falou Lola-san.

  - Mas eu não term- – Gumi foi interrompida pelas as gargalhadas da morena.

  - Ah, não... – comentei meio nervosa. Ela é ótima em coisas do tipo... Dá arrepios só de lembrar das histórias que ela me contava quando eu era pequena.

   - Bom... – soltou uma risada maléfica – Há uns dias atrás, eu vi uma criatura estranha rondando o hotel. Era assustadora: possuía um corpo feminino, olhos vermelhos, pele verde oliva, uma baita cabeleira vermelha e chifres de bode.

  Me arrepiei toda. Minhas mãos começaram a suar e fiquei trêmula, só de imaginar aquele monstro.

  Maika-san e os maluquinhos estavam tranqüilos. Os Kagamines e a Gumi até estavam com sorrisos animados e ansiosos por o que viria.

  A morena olhou todos com uma feição misteriosa e continuou:

  - Dei o nome de “A Obi do Bosque”. Sabem o porquê disso? – sem deixar ninguém responder, ela exclamou – Porque ela vive nesse bosque!

  - Aah! – gritei assustada.

  Ela começou a dar inúmeras gargalhadas. (Eu disse que ela é escandalosa!)

  - M-montro?! A-aqui pe-perto?! – perguntei completamente em pânico.

 - Exatamente... – ela me respondeu.

     ***

  Depois de todo aquele terror em volta da fogueira, todos nos arrumamos para dormir. Antes de eu ir para o meu quarto, Maika-san me disse:

  - Miku-chan, você sabe que aquela história era mentira, não é?

  - C-claro... – tentei falar.

  - Miiiku...

  - Eu sei sim! Não se preocupe!

  - Ok. Boa noite. – me deu um beijo na testa.

  - Boa noite.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sim? Não? Deixem nos comentários! E então? Alguém ansioso pelo o que vai acontecer? kkkkkkkkkk! Só posso dizer uma coisa: pobre Miku!
Bom, beijinhos e até a próxima! (^3^)