Musical High escrita por Any Rebel


Capítulo 13
Capítulo 13 : Coisa de Doido!


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Como vão? Se entupindo de chocolate? Kkkkkk! Ah, é! Feliz Páscoa! (^.^) Que o Coelhinho traga muitos doces pra todo mundo! Boa leitura!



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  “A onde estou?” – pensei, assim que abri os meus olhos.

  Fui me levantar, mas caí sentada no chão. Olhei para cima e exclamei assustada:

  - Hã?! Minha cama está no teto?! M-mas como?!

  Me ergui do chão e olhei ao meu redor.

  - Q-que lugar é esse?! – As coisas estavam do avesso e os móveis no teto. Realmente me assustei!  – Será que bati a cabeça e desmaiei?

  - Hatsune-san... Hatsune-san... – ouvi uma voz ao longe me chamar. Era um voz fininha, parecia até a voz de um inseto.

  - O-oi... Amm... T-tem alguém aí? – perguntei nervosa. (Será que é algum fantasma?!)

  - Hatsune-san... Hatsune-san... – a voz continuava a me chamar.

 Comecei então a procurar de onde vinha aquele misterioso som. Olhei nos cantos do cômodo, atrás das cortinas (que também estavam de cabeça pra baixo), e nada.

  - Hum... Talvez nessa porta... – murmurei abrindo-a com cautela – O-olá...

  - Por aqui, Hatsune-san... Por aqui... – a voz continuava, ela vinha de um corredor escuro. Engoli seco e fui até lá.

  - Por que num lugar tão e-escuro? – comentei nervosa.

  Respirei fundo e continuei caminhando.

  - U-um espelho? – indaguei mirando o meu reflexo – Uauuu! Que roupa é essa?! – eu estava usando um vestido curto branco e verde cintilante com luvas e sapatilhas da segunda cor – E e-esse cabelo?! – meu cabelo estava azul claro e indo para as pontas ia ficando lilás e depois cor-de-rosa, além de tipo uma fita o prendendo de um jeito diferente – E... Cadê os meus óculos?! – sim, eu estava sem eles. Não senti falta deles porque minha visão estava perfeita. – Que esquisito...

     ***

  Continuei caminhando naquele corredor sombrio. (Que medo!)

  - Hatsune-san...

  - Aff! Por que você não aparece logo? Você por acaso é um f-fantasma, é isso? – encarei a voz. Já estava até chato!

  - B-bem... Am... Ah, é! Hatsune-san... Hatsune-san...

  - “Hatsune-san” pra lá, “Hatsune-san” pra cá! Não acha que isso cansa? Acho que já faz uma meia hora que estamos nesse corredor escuro! Não dá para ligar o interruptor? – encostei as mãos nas paredes procurando um.

  - Pior, não tinha pensado nisso... Acho que não tem nenhum por aqui...

  - Então não devemos voltar para aquele quarto maluco? Tinha luz lá.

  - É verdade... Mas depois que você passou pelo o espelho eu trancafiei a porta daquele lugar. Ops!

  - “Ops”?! Como assim “ops”?! Vou ficar nesse corredor para sempre?!

  - Não, nós estamos quase chegando.

  Enquanto eu continuava andando no breu, eu perguntei:

  - Chegando aondeeeeeeeeeeeee?! – caí num buraco.

     ***

  O buraco deu direto na... Água... ? Como se eu tivesse saído do fundo de um lago. Comecei a nadar em desespero, com todas as minhas forças até chegar na superfície. Nadei até uma pedra e me apoiei nela. Eu tossia um monte, tentando colocar para fora toda a água que eu engoli.

  - Oie! – exclamou uma criaturinha cabeçuda.

  - Ahh! – me assustei caindo de costas na água. (Engoli água de novo!).

  - Chegamos! Eu não falei que ia ser rápido?

  - Q-q-quem é você?! Ou melhor: o que é você?!

  - Para sua felicidade não sou um fantasma! Me chamo Hachune Miku, sou a fada dos alhos porós!

  - “Hachune Miku”? – indaguei-a enquanto me levantava - “Fada dos alhos porós”? Q-que loucura é essa! E porque seu nome e seu cabelo são tão parecidos com os meus? – (Eu me referia ao meu cabelo normal, claro.)

  - “Miku” é pura coincidência. E as marias-chiquinhas estão na moda, não me critique! E sim, sou a fada dos alhos porós. Por isso a minha varinha é um alho poró!

  - E cadê as suas asas?

  - Hã? “Asas”? Fadas flutuam com magia, não precisamos de asas como os insetos e os pássaros. Dããã! – ela me zombou, como se fosse a dona da razão. Aff!

  - Agora que já chegamos, venha comigo. – ela me chamou indo “flutuando” pra longe.

  - Ei! – exclamei – Me espera! – tive que correr para alcançá-la! Eita, que bichinho rápido!

     ***

  - Por aqui, depressa!

  - Para de gritar comigo! – reclamei – Eu não sou uma fada pra ficar voando que nem você! Aliás, eu nem faço a mínima idéia de onde estamos indo! E por que tanta pressa?!

  - Aff! Esta vendo aquelas explosões lá na frente?

  - Que explosões?

  - Além de lerda é cega, também? – ela zombou.

  - Sem os meus óculos sim, mas até que eu estou enxergando direito sem eles e...

  - Tá, tá! Olha. – a cabeçudinha então apontou para longe e finalmente vi as tais “explosões”.

  - Aquelas coisinhas azuis e vermelhas? – perguntei. (Só pra confirmar.)

  - Isso! Agora vamos logo! Até chegarmos Sakura-san já deve ter pirado.

     ***

  Depois de algumas horas (cruzes, como consegui andar tanto?!), Chegamos num lugar que mais parecia um estádio.

  - Hachune-san! Obrigada por vir! Muito, muito obrigada! – veio uma garota aos prantos.

  Essa garota... — pensei – Ela... É muito parecida comigo!— Sim, ela era: possuía um porte físico igual ao meu, usava maria-chiquinhas e seu rosto era parecido com o meu. Parecido não: idêntico. Nossas únicas diferenças eram a cor do cabelo e dos olhos, os dela eram ambos cor-de-rosa. Estava usando um vestido curto, cheio de babados e rendas. Ele era rosa claro com estampa de flores de cerejeira. (Quanto rosa, hein?)

  - Sakura-san, conheça nossa salvadora: Hatsune Miku! – a fadinha irritante exclamou.

  - Como é que é?! – indaguei.

  - Ai, muitíssimo obrigada Hatsune-san! – disse chorando de alegria a minha “sósia” cor-de-rosa.

  - A-am... B-bem... – resmunguei antes dela me puxar pelo punho até dentro do estádio, que era de onde as explosões vinham.

  Entrando lá fiquei espantada em ver outras duas sósias minhas lançando uma esfera de luz na outra. (Vixi, vou ter me enfiar numa briga?! Ferrou!) A da direita tinha cabelos azuis claros, usava um vestido curto justo azul com estampa de flocos de neve, uma jaqueta azul-marinha e botas de cano alto. Era ela que lançava as esferas azuis. A da esquerda tinha cabelos negros, olhos vermelhos, usava um top e um jeans preto de joelhos rasgados, um cinto vermelho e botas de cano alto também. Era ela que lançava as esferas vermelhas.

  - O q-que... – falei nervosa – O que essas duas loucas estão fazendo?!

  - Elas estão brigando há horas! Eu não aguento mais! – então a criatura de rosa foi de aos prantos até pura choradeira. (Ou prantos versão mega evoluída.)

  - E-eu já entendi. Chega. – e ela continuou chorando – Para! – gritei.

  - Então você vai ajudar? – ela me perguntou secando as lágrimas.

  - E-e-eu vou tentar. – respondi. Eu não fazia mínima idéia do que fazer.

  Cheguei perto delas e tentei falar:

  - A-am... Oi... V-vocês po-poderiam... Am...- uma esfera veio em minha direção. Eu desviei e ela chocou com o chão fazendo uma baita explosão vermelha. – Eiiiii! – dei outro grito – Vocês duas, já chega!

  Por incrível que pareça, elas pararam no mesmo instante e me encararam. (Tô frita!)

  - Ah, oi! É a Hatsune-san, não é? – me perguntou a garota de cabelos azuis.

  - S-sou e-eu sim... – respondi louca de medo.

  - Me chamo Snow Miku. E essa é a Zatsune Miku.

  - E aí. – disse a de cabelos negros.

  - A-am... O-oi... – falei nervosa.

  - Desculpa a confusão com essas esferas de luz e tal...

  - Am? A-a efera? Não foi nada não... – é claro que foi! Eu quase perdi a cabeça, criatura! – Ei n-não estão bravas comigo?

  - Não. - elas me responderam ao mesmo tempo.

  Fiquei surpresa com a resposta. Foi aí que minhas dúvidas apareceram:

  - Bem, eu tenho umas perguntinhas: por que vocês estavam brigando? Se era só gritar pra pararem, por que a Sakura-san não gritou? Por que vocês quatro são quase idênticas à mim? E outra coisa: por que todas se chamam Miku? Isso não é só coincidência!

  - Primeiro: essa doida do gelo aí comeu o meu último iogurte de alho poró! – Zatsune-san exclamou cruzando os braços e encarando zangada a qual com quem ela lutava antes.

  - O quê?! A culpa não é minha se você o deixa um século na geladeira! – tentou justificar-se a outra.

  - Mas tinha as iniciais do meu nome nele! “Z-M”, não sabe o que significa, não?!

  - Ora, não enche, sua rockeira de meia tigela!

  - Como ousa me chamar assim, picolé vencido?!

  - Gente! Se acalmem, por favor! – pediu a fadinha cabeçuda. (É sério, aquele cabeção tá me deixando agoniada!)

  - Segundo: eu não sei gritar. – disse a lolita cor-de-rosa. (Não sabe gritar, mas chorar alto sabe, não é?!)

  Hachune-san flutuou na minha frente e falou, fazendo o número três com os dedos:

  - Terceiro: e eu tenho cara de saber o porquê que todas nós temos a mesma fuça? E eu já falei: é só coincidência termos o mesmo nome.

  - Mas nós cinco? – argumentei.

  - “Miku” é um nome lindo! – ela sorriu.

  - Nossa! – falei – Isso tudo está dando um bug na minha mente. – minha visão ficou embaralhada e comecei a ficar tonta – Tudo está girando, girando, girando...

  - Miku-chan, acorde! – uma voz familiar me chamou.

  - Hum? – abri os olhos. Uma silhueta de uma mulher de cabelos brancos estava na minha frente. Procurei o meu óculos no criado mudo e, quando o achei, coloquei-o no rosto – Maika-san! A-aonde estou?

  - Em casa, ora.

  Sentei na cama e esfreguei os olhos.

  - Está tudo bem? – ela me perguntou preocupada.

  - Sim. – bocejei – Maika-san...

  - O que foi?

  - Existe iogurte de alho poró?

  - Não sei... Talvez sim, já que existe sorvete...

  - E... Por acaso, sei lá, eu tenho três irmãs gêmeas quase idênticas à mim?

  - O quê? Acho que é meio óbvio que não, né?

  - Tá... Também não existem fadas pequenas e cabeçudas que usam alhos porós como varinha, certo?

  - Como é?! – a mulher soltou uma baita gargalhada – De onde você tirou essas idéias?! – e continuou rindo.

  Eu ri meio sem graça como resposta.

  - Vamos, o café da manhã está pronto. – ela me convidou, saindo do meu quarto.

  - Sim, já estou indo. – respondi.

  Coloquei a mão na cabeça e suspirei:

  - Cruzes! Que coisa de doido!


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Notas finais do capítulo

Que doideira, né? Kkkkk! O que acharam do cap? Curto demais, chato de mais, engraçado... Críticas são bem-vindas! Beijinhos e, novamente, feliz Páscoa! (^3^)