Meu Querido Cupido escrita por Bonnie Only


Capítulo 10
Quer sair comigo, Cassie?


Notas iniciais do capítulo

Oieeee

Quero agradecer ao meu Bolinho por ter feito uma linda recomendação para a fanfic. Muito obrigadaaaaaaa Little Carolyn. I love you

Deixo o capítulo para vocês meus leitores e também para meus fantasminhas ♥.
Boa leitura ♥ Amo vocês.



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Os cupidos mal sabiam como demonstrar sua indignação comigo. Já estávamos todos em casa, na casa deles. Eu estava sentada no sofá deles às duas da madrugada, tomando bronca. Colin e Franklin estavam sentados no outro sofá e David e Bruce estavam de pé. Me olhavam decepcionados, ainda não acreditando que realmente tentei fugir deles. Tudo o que eu podia fazer naquele momento era olhar para baixo.

— Poxa, Cassie... Pensamos que você acreditava na gente. Tentou fugir de nós como se fossemos os vilões dessa história. — Bruce falou, calmo e sereno. Mas eu sabia que aquilo era uma bronca.

Pensei em falar alguma coisa, mas não me veio nada à cabeça.

— Ela está procurando encrenca. — disse Franklin — Eu juro por mim mesmo que se nos ferrarmos por causa dela, eu vou ser o primeiro a sair por aí procurando por ela e vou dar a ela o que ela merece.

— Cale essa boca. — David gritou de repente, lançando um olhar nada legal para o oxigenado.

Naquele momento somente suspirei profundamente, e o cheiro daquela casa me relembrou mais uma vez de que eu não estava em meu lar e não estava vivendo onde deveria. 

— Desculpem. — Foi a única coisa que consegui dizer, me levantei do sofá sem me importar com os olhares de todos eles para mim. Caminhei lentamente até o quarto do David.

Assim que encostei a porta, me deitei e me escondi debaixo do cobertor. Acabei chorando sem querer. Até mesmo a cama dele tinha um cheiro diferente e naquele momento me perguntei o que era pior, viver sozinha em um apartamento vazio como o meu, ou viver em uma casa com rapazes que mal conheço, com cupidos.

Eu me assustei quando ouvi a porta se abrir. Me apressei em limpar o meu rosto.

Era David, como eu temia. Ele se aproximou e me viu deitada. Eu estava de lado, somente com a cabeça visível, o resto do corpo coberto pelo cobertor. Ele se abaixou e ficou ali, me olhando.

— Eu sinto muito. — Foi o que ele disse.

Tentei perguntar alguma coisa, mas apenas continuei calada, tentando não explodir em lágrimas.

— Sinto muito por estar estragando a sua vida, Cassie. — Completou. Sua voz era um sussurro e era tão bom de ouvir. O quarto estava escuro e a luz da lua entrava por sua janela. Me senti tão segura naquele momento, coberta, com David ao meu lado. 

— Você não está estragando, David. — Devolvi o sussurro. Eu mal podia ver seu rosto no escuro do quarto mas podia ver sua silhueta, abaixado, encostado na cama, me ouvindo. — Só estou confusa. E com medo.

Me surpreendendo ele colocou uma mão em meu rosto. Senti algo e engoli em seco.

— Não tenha medo. Estamos aqui por você. — Foi a única coisa que consegui ouvir após cair no sono. Era bom tê-lo por perto.

➴ ➵ ➶

Era o dia seguinte quando acordei com uma vontade insaciável de querer me redimir com os cupidos, por ter tentado fugir deles ontem. Mas todos eles não estavam. 

Quando me levantei estava descabelada e ainda com a roupa de ontem no corpo. Não demorou muito para baterem na porta. Fui abrir empolgada, pensando que poderia ser o David, assim que destranquei a porta dei de cara com Dean Trent.

Dean Trent que me salvou do atropelamento de ontem à noite.

Ele vestia uma blusa de manga comum, azul escuro. Agora eu podia vê-lo claramente na luz do sol. Era sim um rapaz muito bonito e descobri que seus olhos são verdes. Ele é incrivelmente alto e eu realmente sinto algo quando olho para seus olhos, mas tenho quase certeza de que não é a mesma coisa de quando olho para os cupidos. Dean é um humano.

Apaguei meu sorriso assim que o vi, surpresa.

— Dean? — Perguntei, o analisando.

— Lembrou meu nome. — Abriu um sorriso. Seu cabelo loiro estava penteado para o lado, ele tinha um ar limpo e comportado.

— S-sim, mas o que faz aqui? — Pergunto, um pouco nervosa e com medo de que os rapazes aparecessem. Logo paro para analisar meu visual, a mesma roupa que ele me viu vestida ontem e meu cabelo penteado, mas ainda assim, bagunçado, formando algumas ondas.

— Eu disse que apareceria por aqui para ver como você estava. Aquele cara que estava com você ontem... Me pareceu que você não gostava muito dele e ele queria te obrigar a ir para casa com ele. Resolvi vir até aqui e ver se está tudo bem. 

Quase sorri por vê-lo tão preocupado comigo.

— Mas você mal me conhece. — Sorri sem graça.

— Não é errado querer ajudar. — Ele devolveu um outro sorriso.

— Eu gosto muito do David. Moro aqui com ele e com os amigos dele. Não tem nada de errado acontecendo. — Tentei confortá-lo, esperando que ele fosse embora e não causasse mais confusão. Por algum motivo, acho que David não gostou dele.

— Ah, então você são namorados... — Dean concluiu e eu senti uma leve decepção em seu tom de voz.

— Não! — Quase gritei e acabei rindo — Eu e David estamos bem longe de ser namorados... — Expliquei e parei por ali.

— Ah... — Esse "Ah" dele soou como "Ufa".

— Eu não imaginava que você viria mesmo... — O analisei mais uma vez, não acreditando que o cara que me salvou ontem estava aqui na porta da casa dos cupidos. Isso não soa nada bem.

— Fiquei preocupado, de verdade. É bom saber que as coisas estão bem e que vocês são amigos... Como estão suas mãos? — Ele rapidamente olhou para as minhas mãos.

As levantei e analisei. Ainda estavam raladas e ardiam um pouco, mas nada grave.

— Eu estou bem melhor. E o seu braço?

— Ah, quase não dá pra notar — ele me mostrou seu braço que nem mesmo parecia ter sido arranhado ontem.

Me surpreendendo, ele rapidamente pegou minhas duas mãos para analisar também.

Estufei meus olhos.

— Estão bastante machucadas. — Ele segurava minhas mãos carinhosamente e naquele momento eu quis puxá-las, estava estranhando tudo aquilo, a repentina aparição de Dean Trent. O rapaz que me salvou.

— Obrigada, Dean, mas estou bem. Obrigada por se preocupar e mais uma vez por salvar a minha vida. — Abaixei minhas mãos e quase fechei a porta.

Não precisava de mais um guarda-costas.

— É... Espera. — Ele me impediu.

O encarei.

— A verdade é que... Eu gostei de você.

Franzi minha testa.

— Você parece ser diferente e acho que salvar você foi uma das melhores coisas que já fiz, Cassandra. Isso pode parecer ridículo mas não consegui te tirar da cabeça a noite toda. É como se fosse meu dever vir até aqui e te fazer uma pergunta. — Ele parecia convencido do que estava falando.

— U-uma pergunta?

— Sim. Quer sair comigo?

➴ ➵ ➶

Meia hora depois que Dean foi embora, David chegou com os três. Colin, Bruce e Franklin pareciam um pouco bêbados. Na verdade, muito bêbados.

— Oi, Cassie. — David sorriu assim que me viu na sala, Colin e Bruce estavam pendurados nos ombros do David, soltando uns gritos e risadas. Franzi minha testa e ri. Atrás deles estava Franklin, cambaleando com uma garrafa na mão.

— O que aconteceu com eles? — Perguntei. Pareciam bebês e David era o papai.

— Esses idiotas beberam todas ontem de madrugada em algum bar por aí. Eu fui salvar a vida deles. — David jogou Bruce e Colin no sofá e em questão de segundos já estavam roncando. Franklin subiu a escada quase caindo.

— Eles não deveriam estar procurando alguém para as escolhidas deles? — Pergunto, encarando a situação dos rapazes. David parecia o mais maduro dali.

— Sim, mas ao invés disso entraram em coma no sofá. — David respirou fundo e colocou as mãos na cintura, encarando os seus amigos.

Naquele momento abri um enorme sorriso. David estava distraído, mas quando me viu sorrir daquela forma, ele ficou curioso.

— O que foi? — Me perguntou.

— Você não vai acreditar. — Não consegui esconder minha empolgação. Ele ficou esperando que eu continuasse — Aquele cara, o que me salvou ontem, Dean, ele veio até aqui me ver. — Mordi meu lábio.

David demorou um pouco mas logo se lembrou.

— O que ele veio fazer aqui? — Ele me perguntou, incrédulo.

— Dá pra acreditar? Ele ficou preocupado comigo a noite toda, David! Ele disse que achou estranha a forma como você me tratou ontem e veio ver se estava tudo bem.

Naquele momento consegui ver a fúria no olhar do David. Não era essa reação que eu estava esperando.

— Ele tentou alguma coisa?

Eu ri.

— Não! No máximo segurou minhas mãos. Ele pediu para sair comigo.

— E o que você disse? — Ele levantou uma sobrancelha.

— Que sim! — Respondi o óbvio — David, estamos há mais de um mês falando em encontrar a pessoa certa para mim. Até agora nada aconteceu. Dean me falou que sentiu que devia vir até aqui me convidar para sair. Você não acha que ele pode ser o meu...

— Escolhido? — David zombou. — Cassie, esse cara é no mínimo um empolgado que ficou afim de você.

— O quê? Então está me dizendo que o cara que toma café sozinho e come brownies de chocolate enquanto lê uma revista sobre homens de cueca pode ser o meu escolhido, mas o Dean, que salvou a minha vida ontem e veio gentilmente me convidar para sair é só um cara qualquer? Sinto muito mas acho que você está errado. Você mesmo me disse que não me entregaria para um cara qualquer, David. Nós temos que tentar, por algum motivo eu sinto que... Ele pode ser o cara certo.

David ficou sem reação. Eu nunca defendi alguém daquela maneira e talvez isso o impressionou.

Naquele momento ele olhou para baixo.

— Sinto muito, Cassie. Estou sendo um completo idiota, não é mesmo? — Ele me olhou e se rendeu.

— É, você está. — Sorri.

— Tudo bem. Você vai a esse encontro e eu vou analisar esse cara.

Não consegui esconder a minha animação mais uma vez. Eu sentia que podia dar certo. Dean pode ser a minha chance de sair desse lugar. Dean pode devolver a minha vida antiga. Não devo perder as minhas esperanças.

— Vamos ter que dar um jeito de você ir também, David. Mas Dean já te conhece e vai ser estranho se ele te ver no meio do nosso encontro. — Falei.

— Eu poderia usar a minha... Invisibilidade. Porém esse cara não vai estranhar se formos a um encontro de casais.

— Um duplo encontro? — Pergunto, surpresa.

— Sim. E eu conheço a pessoa certa para nos ajudar.

Acabei ficando confusa. Então eu tinha um encontro com Dean Trent, o cara que salvou a minha vida, e David iria junto com mais alguma garota. Naquele momento pensei mais uma vez se queria mesmo sair com Dean. Eu não sabia o que esperar, a minha liberdade e minha vida normal dependiam desse encontro.


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