Destinos Traçados 2 escrita por Lefisilva


Capítulo 3
Capítulo 3- Tristes Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpa a demora pra postar, mas deve ser assim por um tempo mesmo, sinto muito.

Boa Leitura



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-Por que você quer tanto saber? -ele me perguntou. Fiquei pensando por um tempinho e respondi sorrindo:

-É apenas curiosidade.

-Há, qual é Letícia. -Carol falou. -Será que dá pra dizer logo o verdadeiro motivo?

-Como assim? -perguntei a ela.

-Ela quis dizer pra você não ficar mentindo pra ele e pra si mesma. -disse Jenny.

-Mas é a pura verdade. -lhe expliquei com um tom de surpresa na voz.

-Letícia... -Rafael falou num tom de censura.

-Ta bom, eu falo. -Algumas vezes era chato seus amigos te conhecerem tão bem pra saber quando você esta tentando mentir. Olhei pro Al e corei um pouco. Admitir isso pra ele e com um monte de pessoas em volta era meio embaraçoso. -Eu quero saber, por que...

-O que vocês acham da gente ir tomar sorvete? -Jenny interrompeu o que eu ia falar. Todos concordaram e saíram, deixando eu e Al sozinhos. Depois que agradeci a ela em pensamento, percebi que ele continuava olhando pra mim e corei mais ainda. "Legal, agora ficou mais difícil ainda falar a verdade? Ok, vamos lá, eu vou tentar. Você consegue Letícia." disse para mim mesma e depois de engolir em seco uma vez, falei:

-É por que...bom, eu fiquei preocupada com você. Mesmo que eu tenha dito para que continuássemos vivendo nossas vidas, ainda sim, eu não conseguia, nunca, tirar você da cabeça. E...estava me perguntando se também sentiu minha falta. -assim que falei isso, senti meu rosto ficar totalmente vermelho.

-Bom... -ele começou a falar e vi que ele estava começando a corar. -É claro que eu senti a sua falta, mais do que você possa imaginar...

                                              FlashBack

"Alguns dias depois que vocês se foram, eu e Ed voltamos pra Central e fomos até o quartel, onde o coronel nos deu uma missão. Tivemos que ir pro Norte para acabar com alguns conflitos que estavam tendo por lá, mas quando chegamos, a região tinha começado uma guerra. É claro que tivemos que ficar para ajudar os soldados a interceder a guerra, muitos de nós saíram machucados e outros até morreram. Essa guerra durou seis meses, e quando voltamos pra central, eu e Ed ficamos três meses em um hospital.

Quando a Winry soube disso, ela foi correndo pra Central e ficou com a gente até nos recuperarmos. Quando saímos do hospital, o coronel já tinha outra missão pra gente. Dessa vez fomos só inspecionar alguns pertences do exercito, pois estavam achando que os moradores do Oeste estavam roubando alguma daquelas coisas, mas acabou que era só boato.

Voltamos pra Central depois de um mês, o coronel acabou nos dando três meses para ficarmos em Rizenpool e estávamos lá desde então"

                                            FlashBack off

Deixei que as informações entrassem lentamente na minha cabeça para eu poder fazer as perguntas certas. Fiquei em silêncio por algum tempo e perguntei:

-Só vocês é que saíram muito machucados? E das pessoas que morreram, foram mais militares ou da região? -ele pensou um pouco na minha pergunta e quando respondeu, parecia bem triste.

-Muitos saíram machucados, Havoc é um exemplo disso. Ele ficou mais tempo no hospital que a gente. E morreram muitas pessoas, mas a maioria era da região. Só que mesmo assim, não posso me sentir aliviado por isso, pois vidas humanas foram perdidas. -fiquei olhando pro rosto dele, me arrependendo de ter perguntado isso e preferi não perguntar mais nada, apenas disse:

-Sabe, se eu soubesse que você estava num hospital, acho que teria feito a mesma coisa que a Winry. -vi que ele olhou pra mim e sorriu com esse comentário.

-É bom saber disso. -corei um pouco com o que ele disse e ficamos nos encarando por um bom tempo. Quando constatei que já tinha se passado muito tempo, desviei o olhar e perguntei uma coisa que veio no minha cabeça naquele momento:

-Onde é que tava o Envy nesse tempo que estiveram na Central?

-Ele ficou em Rizenpool. Disse que não queria mais ir atras de mim e do Ed, que queria pensar em algumas coisas. É claro que esse "algumas coisas" quer dizer alguém. -ele me explicou e piscou um olho.

-Tem razão. Mas, como vocês vieram pra cá? -perguntei.

-Bom, isso é um mistério. Devo admitir que eu tentei algumas vezes vir pra esse mundo, mas por algum motivo, não conseguia. Mas hoje, foi como se alguma coisa tivesse puxado a gente. E de repente, estávamos aqui.

-Isso parece com quando eu fui pra lá, não, é idêntico. Aconteceu a mesma coisa comigo, que estranho...

-Isso não vem ao caso agora, o que importa é que eu estou aqui com você. -ficamos olhando um por outro por um tempo e começamos a nos aproximar. Eu sentia meu coração batendo muito rápido em meu peito, e ficava imaginando se ele conseguia ouvir, e quando nossos lábios estavam quase se encontrando...

-Se vocês se beijarem aqui, eu vou vomitar. -disse Rafael, e com isso, eu e Al nos afastamos rapidamente. "To começando a achar que eles estão fazendo isso de proposito" pensei e olhei feio pros meus amigos. Quando eu ia começar a falar, Jenny disse:

-Antes que você comece a ter um ataque aqui, a gente não ouviu nada. Só entramos e, por mais estranho que isso pareça, os dois estavam parados sem falar nada, só um olhando pro outro. Então decidimos ver aonde isso ia parar.

-E enquanto você estavam ai conversando, deu tempo de tomar o sorvete, ir passear na praia aqui da frente e decidimos onde cada um vai dormir. A Winry vai dormir no meu quarto, o Envy e o Ed vão dividir o único quarto que ta sobrando nessa casa e o Al vai dormir no seu quarto. -disse Carol sorrindo.

-Não perai, vamos só recapitular aqui, tá? O Ed e o Envy vão dormir no mesmo quarto? -olhei pros dois quando falei isso. -E vocês aceitaram isso numa boa?

-Depois das duas aqui gritarem com eles, -disse Jenny apontando pra Carol e pra Winry. -e a Carol dá um beijo no Envy que durou uns três minutos, ele acabou aceitando, mas o Ed só aceitou quando a Winry ameaçou ele com a chave inglesa.

-A bem, agora entendi. -e de repente, a última informação que a Carol me deu, entrou como um jato na minha mente e eu comecei a gritar. -ESPERA UM POUCO AÍ. COMO ASSIM O AL VAI DORMIR COMIGO? Não que eu não queira isso, e nem nada, mas nós somos amigos e vai ser meio estranho você dormindo no mesmo quarto que eu e... -calei minha boca antes que eu falasse mais besteiras e corei violentamente.

-Hum...Então você quer que ele durma no mesmo quarto que você, hein? -disse Rafael com um sorriso malicioso.

-N..não, eu só disse que... -me calei de novo.

-Bom, agora vamos perguntar pra pessoa que vai decidir isso. -disse Jenny olhando pro Al com um sorriso malicioso. -E então? É isso ou o sofá, você escolhe.

-Eu fico no sofá mesmo -disse ele corado também e eu suspirei.

-Pera, eu ouvi isso mesmo? Esse suspiro foi de desapontamento ou de alivio, em Letícia? -perguntou Envy me encarando.

-De nenhum dos dois, foi só um suspiro normal. -lhe expliquei ainda meio vermelha e percebi que o Ed estava rindo. -Qual é a graça?

-Nada não. -Ed me respondeu, eu ia insistir pra ele me falar, mas antes que eu pudesse começar, Rafael começou a falar:

-Agora que já resolvemos tudo, e brincamos um pouco com a paciência da Letícia, vamos dormir.

-Mas, ainda não ta cedo pra ir dormir? -perguntei a eles.

-Na verdade, são dez e meia da noite. Acabou que quando comemos aquele macarrão eram umas seis da noite, o tempo acabou passando rápido e nem percebemos. -explicou Winry.

-Nossa...bom, já que é assim, boa noite. -disse enquanto ia até a escada, mas me veio uma vontade de fazer uma coisa, que eu sei que me arrependeria um pouco. Voltei rapidamente e beijei o Al na bochecha. -Agora sim, boa noite.

-Oh, que lindo. -disse Rafael. Sorri pra ele e meu sorriso se alargou quando percebi que o Al tinha ficado corado, subi as escadas, guardei a camisola que eu estava usando antes, peguei conjuntinho de short com blusa de manga curta, vesti e, assim que deitei, cai no sono rapidamente. --------------------------------------------------------------------------------

Acordei assustada depois de um pesadelo que tinha tido e vi que eram duas da manhã. "Legal, agora que eu não vou conseguir dormir de novo" pensei me levantando da cama e fui até a cozinha tomar um copo de água.

Quando estava voltando pro andar de cima, percebi que o Al não estava dormindo em nenhum dos sofá e também notei que a porta da varanda estava aberta. Passei pela porta, onde senti uma brisa leva balançar um pouco meus cabelos e vi que ele estava encostado na árvore do quintal olhando pro céu. Fui caminhando até lá, me sentei do seu lado e fiquei olhando pras estrelas que estavam aparecendo no céu.

-O que você esta fazendo ainda acordada? -ele me perguntou depois de um tempo, dei de ombros.

-Tive um pesadelo, e quando isso acontece, não consigo dormir tão facilmente. E qual é a sua desculpa?

-Eu não consegui dormir. -ele me explicou e ficamos olhando pras estrelas por um tempo, até que ele rompeu o silencio. -Quer falar sobre como era esse sonho?

-Acho melhor não, mas você poderia me responder uma coisa? -perguntei a ele.

-O que?

-Hum... -pensei por um momento e quando percebi que eu não devia perguntar isso pra ele, pelo menos por enquanto, falei meio corada. -Esquece, deixa pra lá.

-Deve ser uma coisa importante pra você estar corada. -ele disse rindo um pouco e isso só fez eu corar mais ainda. -Mas não se preocupe, não vou ficar te atazanando pra contar.

-Sério? -perguntei surpresa e ele concordou.

-Mas quero que me prometa que vai falar sobre o que quer me perguntar antes de eu ir embora, ta? -ele me disse e, assim que eu prometi, ele falou. -Acho melhor a gente ir dormir. Já deve ser bem tarde, e você deve estar morrendo de frio

-Na verdade não. Eu sou acostumada com o tempo frio. Se pudesse, ficaria tomando banho de chuva sempre que estivesse chovendo, mas tenho consciência de que vou ficar resfriada se fizer isso.-falei olhando pra ele sorrindo e ele apenas concordo com a cabeça sorrindo também.

Nos levantamos e assim que eu tinha começado a subir as escadas, ele me puxou e beijou a minha bochecha. Eu corei de leve, mas tinha uma leve impressão de que ele percebeu que eu tinha corada, me soltei dele e continuei subindo as escadas. Fui até meu quarto, onde logo que deitei, adormeci com um sorriso bobo no rosto.


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Notas finais do capítulo

Por favor, deixem reviews, e não desistam de ler.



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