Não é destinado a ser escrita por holden


Capítulo 1
JAMES — INTERESSE


Notas iniciais do capítulo

PRIMEIRAMENTE FORA TEMERRRRR.

em segundo lugar, essa fanfic será uma 2shot, cujo segundo capitulo ainda não está pronto e seria legal algum feedback pra animar a aspirante escritora aqui, né.
terceiro lugar, aqui a diferença de idade entre James e Teddy é de apenas dois anos, e nunca existiu teddyxvictoire
quarto lugar: ESCUTEM ITS YOU - ROBERT SCHWARTZMAN!!! essa música é incrívelmente linda e foi com ela que escrevi essa coisinha aqui.
e por último, espero que gostem :D



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Amor? É como quando você vê a névoa de manhã,
quando você acorda antes do sol nascer.
É como um breve instante que depois desaparece.
Apenas isso, o amor é uma névoa que queima com a primeira luz de realidade.

— Bukowski. 

 

Eu nunca fui dessas pessoas apaixonadas.

Tipo, letras de músicas românticas soltas pelo caderno de cálculo, usar cordões de coração que combinam e chorar com cada cena de Closer. Não. Eu sei que muitas pessoas dizem a mesma coisa, porém, suas atitudes são diferentes quando estão verdadeiramente apaixonadas, o ser humano tende a mudar seu comportamento quando encontra alguém de que goste muito. Isso me deixa meio puto, porque deveria ser ao contrário, gostar de alguém deveria fazer com que nós evoluíssemos para pessoas melhores e jamais regredir no jeito de agir e pensar.

Ciumes e possessividade, carência... tudo isso é meio que um pacote que vem junto com um namoro ou até com um amor platônico. Nascemos com a idéia de que temos que achar nossa cara metade, a pessoa que poderemos dividir o fone de ouvido, fazer declarações o tempo todo.

Ser sozinho não é uma opção, apesar de sempre ter sido uma para mim.

Não sei se é porque nunca estive com alguém por quem meus sentimentos tenham sido verdadeiros ou qualquer outra coisa do tipo, mas acho que não, nem todas as pessoas do mundo tem almas gêmeas ou procuram uma. Não sei fazer declarações e detesto dividir o fone de ouvido, odeio cordões de corações e Closer é o pior filme que já vi.

É contraditório dizer que não gosto de mim porém sei apreciar a minha companhia, fazer rascunhos de tatuagens futuras e ouvir um pouco de punk parece ser mais que o suficiente. Lembro-me que uma vez Albus me disse que a ciência provou que existem pessoas que nasceram para ficarem sozinhas, e ao invés de me sentir desconfortável com essa informação, me senti estranhamente acolhido.

E mais uma vez é contraditório dizer que sou apaixonado por uma pessoa, mas não a quero por perto. Como eu disse anteriormente, gosto de ficar sozinho e o sentimento que sinto pela pessoa que gosto nada mais é que puramente unilateral, e quando se tem um sentimento unilateral você apenas o ignora, não faz nada a respeito porque não há nada a se fazer.

Uma coisa que mesmo todo o dinheiro e herança que possuo não pode comprar são sentimentos recíprocos, quando pequeno, achava que poderia ter o mundo e quem eu quisesse em minhas mãos só porque era mais rico que boa parte da população, e o destino é uma coisa engraçada, sempre faz você pagar o que fala.

Existem muitas coisas que fazem meu amor ser platônico. Nunca fui alguém que gostasse de coisas fáceis, o que já era meu nunca me interessou, a pessoa mais bonita que me olha na fila de uma boate, a vaga de estágio que milhares de caras dariam para ter e que já é minha por causa do meu sobrenome. Tudo que já é meu não me causa interesse. Sou um maldito clichê.

A primeira vez que vi Teddy Lupin eu o odiei.

O rosto bronzeado demais, as sardas pelo nariz, os cabelos que constantemente mudavam de cor devido os genes de sua falecida mãe. Ele era estranho e sempre estava sujo devido as brincadeiras que tinha com meus primos mais velhos, admito que naquela época sentia certo nojo de Teddy. Eu era mimado e arrogante, achava que sabia de tudo da vida, mas, pensando bem, de vez em quando ainda acho.

A coisa sobre Teddy é que nós dois era algo tão impossível, que fez com que meu subconsciente achasse que eu deveria perder meu tempo pensando em possibilidades, maneiras de conquista-lo e te-lo para mim. Por mais que eu nunca tenha sido uma pessoa muito sonhadora, o interesse por Teddy me fez imaginar mil e uma situações em que estaríamos juntos de outro modo, sem ser como irmãos postiços. Eu perco muito tempo com coisas que não valem meu tempo, o interesse por Teddy foi uma dessas coisas.

Já pensei em lhe roubar um beijo enquanto estivesse bêbado ou até perguntar de sua sexualidade, mas parecia ser besteira para alguém tão insuportavelmente racional como eu. Preferi deixar de lado e seguir com a minha vida, mesmo que constantemente tivesse ele em meus pensamentos. Me mudei para Nova York— A cidade onde nada nunca para — assim que me formei, abri um estúdio de tatuagens e segui com a minha vida.

Nas ligações semanais feitas por meus pais Teddy Lupin é sempre mencionado.

Teddy também se mudou, Teddy conseguiu uma promoção com seu chefe, Teddy parece estar com os cabelos definitivamente pretos, Teddy agora tem uma namorada e ela é linda.

Lembro-me de ter tossido com a última frase como a droga de um fumante.

Não me senti mal com a informação de seu namoro de forma alguma, porque não teria sentido, e porque nunca fui dessas pessoas apaixonadas, e se fosse, já teria me declarado há muito.


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Notas finais do capítulo

socorro
alguém leu isso aqui
?



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