Never Really Gone escrita por LStilinski


Capítulo 26
Sensação Engraçada


Notas iniciais do capítulo

HEOO! Bem atrasada, meu deus do céu. Mil desculpas :)



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— Eu estava indo para a casa de Lydia - contou Stiles a ruiva, Allison e Scott. - Não queria esperar até o dia seguinte e é uma caminhada curta. Estava quase na porta quando alguém me puxou pelo ombro e me girou. Eu não sei de onde ele saiu e nem pude ver seu rosto, porque estava escuro e ele usava uma máscara, mas sei que foi um cara. Também não vi de onde ele tirou a faca, só senti a dor e depois ele desapareceu. Consegui andar até a porta de Lydia e... bom, o resto vocês sabem mais que eu.

Lydia respirou fundo, franziu os lábios e, por um minuto, chegou a pensar que nada daquilo fazia sentido. Após se recuperarem do susto, todos passaram a ter uma nova preocupação em mente: descobrir o que diabos havia acontecido na noite de domingo.  Mas as peças do quebra-cabeças se juntaram tão rapidamente que a deixou tonta. Quem mais teria o motivo? Quem mais seria louco o suficiente?

 - Theo - disse ela, interrompendo a conversa que não percebeu que acontecia.


 - Han? – Os garotos franziram as testas.

 - Gente, é óbvio que foi ele! - ela exclamou. – Ele sabe onde eu moro e tinha o motivo. Ele disse que ia se vingar de Stiles!

Os três se entreolharam.

— Será que com “se vingar” ele queria dizer “tentar me matar”? – perguntou Stiles. – Parece um pouco radical demais, né?

— Eu não duvido – disse Allison. – Também não ficaria surpresa se ele nem tivesse planejado o ataque. Ele é doido, pode ter agido por impulso.

— Mas se ele não planejou, como sabia onde Stiles estaria? O local parece ser específico demais – disse Scott.

— Nós podemos descobrir os detalhes depois – interrompeu Lydia, impaciente. – Agora nós precisamos falar com o xerife e caçar aquele filho da mãe.

Stiles colocou a mão no braço da garota.

— Lydia, tem certeza que quer denunciá-lo? É uma acusação grave.

— Eu sei que foi ele – ela insistiu. – Você tem mais alguém ameaçando sua vida?

— Ahn... n-

— Foi o que eu pensei. Seu pai está na delegacia?

— Sim, ele-

— Já estou ligando – disse Scott, colocando o celular na orelha.

— Lydia, tem certeza que-

— Stiles – ela o interrompeu, olhando-o nos olhos. – Theo é o nosso único suspeito. Até que ele se prove inocente, eu não vou parar até termos ele. Ok?

O rapaz respirou fundo e assentiu. Lydia sorriu levemente e beijou a testa dele.

Noah chegou pouco tempo depois com uma expressão determinada no rosto, tão ansioso para encontrar o criminoso quanto os adolescentes.

— É verdade que você sabe quem fez isso com Stiles? – ele perguntou, olhando para Lydia. A garota assentiu.

— Theo Reaken – disse ela, sem hesitar. O Xerife estreitou os olhos e colocou as mãos na cintura. Olhou para os outros e depois de volta para a garota, que tinha uma expressão muito parecida com a dele. Puxou uma cadeira e sentou-se virado para eles.

— Quem é esse Theo e por que ele faria isso? – questionou.

Lydia respirou fundo e preferiu contar a história do começo, desde quando conheceu Theo. Stiles segurava sua mão, dando suporte, e ela estava grata. Contou tudo que Theo tinha feito, o relacionamento falso e abusivo e as ameaças. Deu todos os motivos porque tinha certeza que ele havia atacado Stiles, e eles pareceram ser o suficiente para Noah também; seus olhos brilhavam de raiva quando ela terminar de contar sua história.

— Desgraçado, filho da mãe – sibilou. Ficou em silêncio por um tempo depois respirou fundo, tentando se acalmar, e se levantou. – Certo. O que você me contou aqui não foi um depoimento oficial, mas você vai precisar ir á delegacia.

— Temos provas o suficiente para prendê-lo? – perguntou Allison.

— Ainda vamos precisar investigar, mas temos um bom começo com o depoimento de Lydia. E vou pessoalmente cuidar para que ele faça uma visita á delegacia também. – O Xerife colocou a mão no ombro do filho. – Preciso fazer uma ligação. Vamos pegar quem fez isso com você. Esse Theo vai pagar.

Stiles assentiu. Noah afagou os cabelos do rapaz e não pode deixar de notar que ele ainda segurava a mão da garota. Ergueu as sobrancelhas, dando um sorrisinho, e saiu do quarto.

— Theo está fodido – comentou Scott quando ficaram sozinhos. Eles riram, empolgados com a idéia de finalmente fazê-lo se arrepender do que tinha feito, com Lydia e com Stiles.

xxxx

Lydia preferia passar o dia ao lado de Stiles, mas na terça-feira, teve que ir ao colégio. Tentou prestar atenção e aproveitar seu tempo de aula, mas não conseguia evitar checar as horas constantemente, ansiosa para sair dali. Stiles estava completamente fora de perigo, e a presença da garota no hospital não faria com que ele se recuperasse mais depressa, mas Lydia não gostava da ideia de deixá-lo sozinho enquanto ele estivesse ali. Talvez fosse por causa dos momentos horríveis que ela havia passado lá e do desejo de deixá-lo longe daquilo tudo. Ou talvez Lydia estivesse um pouco viciada na mudança das batidas do seu coração sempre que pensava em ficar perto de Stiles.

Era uma sensação engraçada. Toda a animação e ansiedade eram uma coisa nova para Lydia. Não que ela nunca tivesse sentindo algo parecido por algum garoto; seu coração às vezes insistia em tentar fazê-la se apaixonar por alguém, embora nunca tenha conseguido. Mas saber que seu coração estava fazendo todo aquele estardalhaço por causa de Stiles... era melhor. Bem melhor. Mostrava o quanto o relacionamento deles havia mudado, e provava que eles realmente sempre estiveram no limite entre a amizade e algo mais. Uma decisão era tudo que precisavam.

 - Você é Lydia Martin? - A ruiva, que olhava para os livros no seu armário com um sorriso bobo no rosto, deu um pulo ao ouvir a voz desconhecida falar com ela. Girou em seus saltos e encarou a garota loira e a morena que a olhavam com expectativa.

— Hm, sim – ela respondeu. – Quem são vocês?

— Eu sou Veronica, essa é Ashley – a morena as apresentou. – Nós ficamos sabendo do que aconteceu com Stiles...

— Sim, que coisa horrível...

— Ficamos bem preocupadas... Como ele está?

Lydia piscou, erguendo as sobrancelhas.

— Ele está bem. Vai precisar passar mais uns dias no hospital, mas está fora de risco.

— Own, coitadinho – disse Veronica, colocando a mão na bochecha.

— É verdade que ele podia ter morrido? – perguntou Ashley. Lydia franziu a testa para ela. – Ah, não, ele é bonito demais para morrer assim.

— Nossa, seria uma tragédia. – Veronica arregalou os olhos como se tivesse acabado de perceber algo e colocou a mão no braço da amiga. – Ash, deve ter sido por isso que ele não me ligou!

A loira imitou a expressão da morena.

— Porque ele estava morrendo? Faz muito sentido! – Ela pensou por um segundo e franziu a testa. – Mas porque ele não me ligou antes?

— Amiga, eu não tô nem aí. – Veronica jogou o cabelo longo por cima do ombro e olha para Lydia como se ela também fosse uma amiga. – Imagina só se ele estava ligando para mim bem na hora em que foi atacado?

— Ai, que romântico – disse Ashley. Veronica pegou o braço da loira novamente.

— Amiga, a gente devia ir visitar ele.

— Ronnie, você não pode fazer essas coisas no hospital – disse Ashley, sorrindo escandalizada.

— Que coisas? Só quero ver como ele está – a morena disse inocentemente, mas o sorriso dela denunciava todas as suas intenções. – Aliás, você já fez “essas coisas” em lugares bem piores.

— Verdade.

— Então, eu podia aparecer de surpresa e...

— Stiles não pode receber visitas! – Lydia disse um pouco alto demais. As duas garotas a olharam, confusas. O sangue da ruiva esquentava mais à medida que ia assistindo a conversa entre as duas. Esperava que sua vontade de estapeá-las nãos estivesse evidente em seu rosto. Respirou fundo e tratou de botar um sorriso educado nos lábios. – Só família. Recomendações médicas, sabe como é.

— Mas você disse que ele estava fora de perigo – disse Veronica.

— São recomendações médicas, Ronnie. Você quer saber mais que eles? – Lydia disse com os dentes trincados de raiva.

— Ela tem razão, amiga. Vamos visitar depois – disse Ashley.

— Tudo bem. – A morena jogou o cabelo por cima do ombro novamente e olhou para Lydia. – Pode mandar um beijo para ele? E diz que estamos torcendo para que ele fique bem logo.

— Vou dizer. – Lydia deu o sorriso mais falso de todos, mas pareceu ser o suficiente para as duas, que sorriram de volta. Acenaram e saíram andando pelo corredor.

A ruiva soltou o ar que não sabia que estava prendendo. Veronica e Ashley; quem eram aquelas duas? De onde conheciam Stiles? Ah claro, deviam fazer parte da “nova fase” do rapaz. Lydia imediatamente decidiu que as detestava. Fechou seu armário com raiva e se encostou nele, tentando se acalmar.

— Deixa eu adivinhar: elas queriam saber de Stiles – perguntou Allison, se aproximando.

— Como você sabe? – ela perguntou.

— Três garotas já vieram falar comigo. Todas super preocupadas e “oh meu deus, não acredito que fizeram isso com ele”. – Allison bufou. – O que você disse a elas?

— Que ele não estava recebendo visitas – respondeu em voz baixa. A morena riu.

— Boa. Eu disse que ia perguntar se ele se lembrava delas.

Lydia cruzou os lábios e franziu os lábios. Será que todas as garotas daquele colégio estavam preocupadas com Stiles? Ou será que só queriam saber por que ele não as ligou?

Malia se aproximou das duas com a testa franzida.

— Por algum motivo, Veronica veio fofocar comigo sobre o estado de Stiles e quando eu disse que ele estava bem quando o visitei hoje de manhã ela pareceu chocada. Tem alguém espalhando que ele está entre a vida e a morte? – A loira arregalou os olhos. – Ou vamos espalhar que ele morreu e espalhar pânico quando ele aparecer aqui?

— Não, que horrível – disse Allison, fazendo careta. Malia deu de ombros. – Lydia disse a ela que Stiles não estava recebendo visitas.

A loira ergueu as sobrancelhas para a ruiva.

— Boa ideia. Eu falei para duas garotas que ele não iria querer vê-las no hospital e mandei uma ir se foder porque ela estava me tratando como uma viúva. Alguém deveria espalhar que essas garotas não têm uma chance contra Lydia Martin.

Lydia abriu a boca, depois a fechou. Nunca teve uma oportunidade de falar com Malia sobre tudo que aconteceu com o relacionamento deles. Parecia bobo pedir desculpa, já que a ruiva realmente não tinha feito nada errado, mas a culpa ainda estava lá.

— Malia eu... – ela começou a dizer, mas a loira levantou a mão para interrompê-la, sentindo o clima da conversa mudar.

— Não precisa. Eu não tenho ressentimentos, Lydia – disse ela. – Talvez só um pouquinho. Eu fiquei com raiva de você no começo, mas eu sei que ninguém teve culpa que Stiles e eu não demos certo. Eu entendo seu lado, e entendo o dele, e está tudo bem. Sério.

Lydia sorriu aliviada.

— E não vamos mais falar sobre isso – disse Malia. A ruiva ergueu as mãos.

— Por mim, tudo bem.

— Então, é oficial? Vocês estão namorando? – perguntou Allison, incapaz de esconder a animação em sua voz ou em sua expressão.

— Hm... – Lydia mordeu o lábio inferior. Estavam? Tinham saído da zona da amizade, mas será que já estavam em um nível tão diferente de relacionamento? – É complicado.

Allison bufou e revirou os olhos.

— Garota, pelo amor de deus! – protestou Malia.

— Que foi? Ainda é muito cedo para rótulos! – ela se defendeu.

— Muito cedo? – Allison abriu a boca para reclamar, mas respirou fundo. – Ok, eu esperei esse tempo todo, posso esperar mais.

Lydia balançou a cabeça.

— Quer saber? Eu não vou discutir isso. – Ela pendurou a bolsa no ombro. – Vejo vocês depois.

Allison e Malia esperaram até que a ruiva estivesse longe o suficiente.

— Hora da aposta? – perguntou a loira.

— Hora da aposta.

Xxxx

Lydia deu duas batidinhas na porta é a abriu depois de ouvir um "pode entrar!" abafado.

 - Lydia! - ele exclamou quando ela entrou no quarto. A garota colocou a bolsa em uma mesinha no canto e franziu a testa, achando graça da cena em sua frente: Stiles, sentado na cama com no mínimo dez copinhos de gelatina de sabores diferentes em seu colo. Ele terminava uma sabor morango que havia deixado sua boca tingida de vermelho.

 - Isso não parece saudável - disse ela.

 - Mas é de fruta - ele explicou, olhando para ela como uma criança.

 - Como você conseguiu tanta gelatina? Você não ganha só uma por refeição?

Stiles deu de ombros.

 - Fiz amizade com as enfermeiras. Elas gostam de mim porque eu sou adorável. - Ele jogou fora o copinho vazio e pegou um amarelo.

Lydia cruzou os braços e franziu os lábios.

 - Por falar em amizade em falei com umas amigas suas hoje - disse ela, querendo soar indiferente. O rapaz franziu a testa.

 - Quem?

 - Veronica e Ashley. - Stiles continuava olhando para ela sem saber de quem ela falava. - Uma morena alta e uma loira animadinha.

Lydia estreitou os olhos enquanto a expressão confusa do rapaz foi sumindo.

 - Oh.

 - É. Veronica estava querendo saber por que você não ligou para ela, mas chegou a conclusão que foi por causa de tudo que aconteceu. E acho que Ashley ainda tem esperanças. - A ruiva bufou. - Sabe, elas estão bem preocupadas. Mandaram beijos. Ah, algumas garotas também falaram com Allison e Malia, então não se assuste quando uma enfermeira te avisar que toda a população feminina do colégio está esperando para te visitar.

Quando parou de falar para recuperar o fôlego, percebeu que nem disfarçava a raiva em sua voz. Stiles a olhava com olhos arregalados, mas depois de alguns segundos de silêncio, abriu um sorriso de orelha a orelha.

 - Achei que eu não viveria o suficiente para ver Lydia Martin com ciúmes de mim - disse ele.

 - Quem está com ciúmes? Eu não estou com ciúmes - ela se defendeu.

 - Está sim. E eu acabei de descobrir que você também fica linda quando está com ciúmes.

 - Não estou com ciúmes! - ela insistiu, ignorando o elogio. - O que eu posso fazer de todas as garotas gostam de você porque você é oh tão adorável?

O rapaz gargalhou e passou a mão pelo rosto.

 - Ah, isso é demais. Lydia com ciúmes de mim. Incrível.

 - Stiles!

 - Ok, parei. - Ele olhou para ela com uma expressão mais séria. - Você sabe que elas não significam nada para mim, não sabe?

 - Não, eu não sei. E nem elas sabem, pelo visto - ela respondeu. - O que deu mesmo em você, hein? Não é qualquer um que consegue tantas admiradoras em tão pouco tempo.

Stiles franziu os lábios.

 - Bem, hm... - ele começou a dizer cautelosamente. - Foi por sua causa, na verdade.

Lydia ergueu as sobrancelhas.

 - Minha causa?

 - Foi mais por causa do que você disse. Sobre o beijo.

 - Oh.

 - Pois é, eu fiquei bem chateado. Tipo, chateado pra caralho. Aí eu pensei " Isso não vai me levar a lugar algum. Preciso seguir em frente." E, bom, a forma que achei de superar uma garota foi com outras garotas. E álcool.

Lydia assentiu, sentindo-se mal novamente pelo que havia feito com ele. Na pressa que teve de não deixar que o beijo a afetasse, nem pensou que seria insensível da parte dela simplesmente pedir para que ele se esquecesse de tudo.

 - Desculpe - disse ela, notando a tristeza dela.

 - Não se desculpe. Obrigada por ser sincero comigo. - Ela sorriu fracamente, se aproximando mais da cama. - E o seu "plano" não funcionou?

Stiles balançou a cabeça.

 - Eu ainda estou aqui, caidinho por você.

O rosto da ruiva esquentou e seu sorriso cresceu. Ela olhou para sua mão, que parecia encontrar a dele automaticamente.

 - E todas aquelas garotas? Não ajudaram nem um pouquinho?

 - Nah, eu prefiro ruivas.

 - Jane Dawson é ruiva - disse ela, se aproximando mais.

 - Jane Dawson não é Lydia Martin - ele retrucou, seus olhos brilhando. Lydia riu e sentou na beirada da cama, tirando os saltos dos pés. Stiles colocou as gelatinas de lado e se ajeitou na cama, de forma que as pernas dela se entrelaçassem com as dele, cobertas por uma calça de moletom, e que os dois pudessem de apoiar nos travesseiros elevados.

 - Se te faz se sentir melhor, eu não cumpri minha parte do acordo - ela murmurou, olhando para ele.

 - Como assim?

 - Não esqueci o beijo.

— Ah não?

— Não. Mas pode me ajudar a lembrar melhor?

Stiles admirou seu rosto, completamente encantado e apaixonado, e encostou deus lábios nos dela. Ele a beijou calma e delicadamente, como se ela pudesse desaparecer com um movimento brusco. Ela suspirou, acariciando o rosto dele, e sorriu contra os seus lábios. Separaram seus rostos para que ela pudesse deitar sua cabeça no ombro dele. Stiles beijou seus cabelos ruivos, exalando seu cheiro doce, e apertou seu braço ao redor dela. Sua outra mão encontrou a dela deitada em seu peito, bem onde o coração do rapaz batia freneticamente.

Ambos acabaram adormecendo. Lydia acordou algum tempo depois, desnorteada. Algo estava errado com aquele quarto: estava escuro demais, e abafado. Ela levantou a cabeça do ombro dele e notou que sua camisa, antes branca, agora tinha machas vermelhas. Horrorizada, percebeu que as manchas foram causadas pela sua mão, coberta de sangue. Sentou-se rapidamente, encarando suas mãos vermelhas. Ao seu lado, Stiles não se mexeu, e ela nem sabia se ele respirava. Uma risada fria veio do canto do quarto. Ao erguer os olhos, viu uma silhueta se aproximando lentamente. Lydia temia saber quem era.

— Vim terminar meu trabalho – disse Theo, sorrindo.

Lydia abriu os olhos, ofegante, e sentou-se rapidamente. O quarto estava bem iluminado como antes. Olhou para suas mãos, que não tinham nenhum traço de vermelho. Stiles inclinou-se para frente e colocou a mão nas costas dela.

— Você está bem? – perguntou, preocupado.

A ruiva olhou para ele, aliviada. Colocou suas mãos em ambos os lados do seu rosto e o beijou, pegando-o de surpresa. Tinha sido apenas um pesadelo; Stiles ainda estava ali, bem, e nada de ruim iria acontecer novamente.

Ele sorria meio bobo quando se afastaram, ainda confuso.

— Tudo bom? – Lydia riu, assentindo. Olhou para o relógio na parede e suspirou.

— Tenho que ir. Disse ao seu pai que iria á delegacia depois da aula – disse ela, levantando-se da acama e imediatamente sentindo frio longe do corpo quente dele.

— Queria ir com você – disse ele, observando-a calçar os sapatos.

— Não precisa, vai dar tudo certo. – Lydia se inclinou e lhe deu um selinho. – Falo com você depois, ok?

Stiles sorriu e assentiu. A ruiva sorriu de volta e se afastou, pegando sua bolsa e indo até a porta. Olhou para trás e viu que ele a encarava como se mal acreditasse que aquilo era real. Lydia corou e abriu a porta. Também tinha dificuldades em acreditar.


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