Hogwarts, Outra História escrita por The Escapist


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

neste capítulo Tiago Potter mostra todo o seu talento pra liderar e mentir incrivelmente bem. espero que gostem



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Tiago e sua inseparável turma tinham diminuído as escapadas misteriosas, por causa da constante vigilância de James Malfoy e por causa dos treinos de quadribol, mas ainda continuavam saindo escondidos. Por duas vezes James repetiu o que já tinha acontecido antes, viu-os chegar à torre de astronomia e depois sumiu, e só reapareciam no dia seguinte. Um dia, disposto a descobrir o que Tiago e sua turma estavam tramando, ele resolveu se adiantar; depois de ouvir uma conversa entre Teddy e Louis no salão comunal, ele foi direto pra Torre de Astronomia, assim que terminou o jantar. Ficou esperando por muito tempo, e quando já pensava em desistir e voltar para o dormitório ouviu vozes se aproximando.

— Tem certeza de que ninguém viu você, Louis? — era a voz de Tiago.

— Tenho, tenho. Por que sempre eu, por que vocês sempre suspeitam que alguém me viu?

— Por que será heim, Louis? — dessa vez vinham apenas Teddy, Tiago e Louis; os três acabaram de subir a escada, e entraram na sala onde tinham aula de Adivinhação com a professora Trelawney.

James observava escondido; Teddy com a expressão divertida, Louis mais apreensivo, e Tiago com o jeito de líder que sempre demonstrava.

— Prontos? — Tiago perguntou e os dois companheiros assentiram.

James entendeu na hora o que estava acontecendo; eles usavam uma chave de portal pra sair da escola; para onde iam, era outra história e só havia um jeito de descobrir. Quando James saiu do esconderijo ainda deu tempo de Tiago ver seu rosto, mas em poucos segundos, ele desapareceu; James rapidamente tocou a caneca que servia de chave a tempo de ser transportado para um lugar que ele não fazia ideia de onde fosse, e de certa forma sentia medo de descobrir.

Quando James abriu os olhos, tinha aterrissado, caído mesmo, com o rosto no chão; levantou-se devagar, procurando descobrir onde estava. Assim que se ergueu encontrou os olhares de Teddy, Tiago e Louis.

— Malfoy! — Tiago murmurou irritado.

— Essa não.

— O que vocês estão fazendo aqui? Onde é aqui?

— Não, Malfoy, o que você está fazendo aqui? — Teddy cortou.

— Espionando a gente, claro. Bom, vamos nessa, não vamos perder tempo com o Malfoy — Tiago virou as costas para sair.

— Espera, Potter, onde vocês vão? Vocês não podem sair da escola assim...

— Ah, por favor guarda seu sermão para os calouros! Vamos embora, Teddy, Louis.

— Espera, como, como eu volto pra Hogwarts? — Tiago continuou andando. — Eu vou contar a professora Macgonagoll, eu vou entregar vocês... Como? Potter, eu exijo que você me diga como voltar pra Hogwarts!

— Você não pode exigir nada de mim, Malfoy, se liga!

— Teddy, Louis, vocês são de Grifinória, isso não vai ser nada bom pra nós. Vamos voltar para escola agora, e, esquecemos essa história.

— Você pode voltar para escola, agora, Malfoy — interveio Tiago sem deixar Teddy ou Louis falar, — se você descobrir como.

James estava numa fria, com certeza seguir esses três não tinha sido uma boa ideia; estava sem a vassoura e, portanto não poderia voltar para Hogwarts voando, e na certa, Tiago era o único a conhecer a chave do portal de volta para escola. James pegou a varinha e apontou pra Tiago.

— Como eu volto pra Hogwarts? — disse sério, mas Tiago deu uma risada.

— O que você vai fazer, Malfoy? Nós estamos no mundo dos trouxas, e você é um bruxo menor de idade; eh, usa magia contra mim agora e você vai estar encrencado, muito mais do que se a professora Macgonagoll souber que nós saímos da escola sem permissão — foi com um pesar que James admitiu que Tiago estava com a razão, ele não poderia usar magia fora de Hogwarts, principalmente no mundo dos trouxas. — Bom, boa noite, Malfoy — Tiago se virou e saiu andando; Teddy seguiu-o, mas Louis ficou parado, em dúvida. — Louis?

— Não podemos deixar o Malfoy...

— Qual é?

— Se você não vai abrir o portal pra ele voltar, pelo menos deixa ele ir com a gente... — os quatro bruxos trocaram olhares por um tempo que pareceu um minuto; finalmente Tiago quebrou o silêncio.

— Ok, Malfoy, você pode vir.

— Para onde?

— Ou você pode ficar aqui e voltar para Hogwarts caminhando, talvez você chegue antes do fim do ano — mais uma vez Tiago se virou e começou a andar, dessa vez seguido por Teddy e Louis.

Malfoy hesitou um momento, mas depois também seguiu os três, afinal precisava voltar para Hogwarts e a ideia de andar até lá não era atraente. Seguiu os três rapazes, se sentindo mesmo um completo idiota. Ao olhar ao redor reconheceu as ruas de Londres, “pelo menos ainda estavam na Inglaterra”.

A caminhada não durou muito tempo e logo James entrou, atrás de Tiago, Teddy e Louis num lugar que à primeira vista parecia um pub. Agora estava claro o que aqueles três faziam fora de Hogwarts: festas trouxas. James imaginou que os três bruxos iam ali para assustar uns trouxas, praticar alguns truques de magia e deixar as garotas trouxas impressionadas, ou coisas do tipo mas, mais uma vez ficou surpreso. Eles estavam apenas na festa, como se fossem um daqueles estudantes trouxas.

Eles entraram procuraram uma mesa vazia e sentaram. Mesmo percebendo a má vontade de Tiago, James sentou com eles. Os bruxos bebiam cerveja trouxa, dançavam as músicas trouxas, conversavam conversas trouxas e até paqueravam as garotas trouxas!

— Eu pensei que você não gostava dos trouxas — James disse para Tiago, num momento em que o rapaz parecia mais bem humorado e não disposto a lançar um feitiço contra ele.

— O que levou você a pensar isso, Malfoy?

— Bom, não, sei, bem, você vive me chamando de sangue ruim...

— Eu adoro os trouxas, bom mais de você eu não gosto mesmo.

— Obrigado.

—Mas não é por que você é um sangue ruim.

—Ah! — James disse apenas, e resolveu parar por ali, tinha conversado meio minuto com Tiago Potter sem que o outro lhe ameaçasse, isso já era grande coisa. Tiago também resolveu mudar de assunto, se de repente começasse a ficar amiguinho de Malfoy ele ia achar que era gente!

Os quatro bruxos se separaram. Teddy estava entretido conversando com um grupo de estudantes trouxas e Louis não estava nem à vista. Tiago saiu da mesa a fim de ir convidar uma menina para dançar. Descobriu que o nome dela era Madeleine e que ela estudava o último ano do colegial e ia fazer faculdade em Oxford. Tiago achou estranho quando se apresentou e disse seu nome e a menina não deu nenhum sinal de conhecer os Potter, “pelo menos não corro o risco do meu pai descobrir e pegar no meu pé”, pensou e riu, o que fez a garota rir também.

— E de que escola você é, Tiago?

— Hogwarts — Tiago respondeu meio que por impulso, Madeleine franziu o cenho.

— Hogwarts? Onde fica?

— Aqui, bom, no interior... Bem, longe.

— Deve ser uma escola para a elite, não é?

— Digamos que sim.

Depois de passar um bom tempo se divertindo com Madeleine que tinha um ótimo senso de humor e fez Tiago dar boas risadas, o bruxo acabou se metendo numa confusão, uma briga com os trouxas; tudo por que passou ao lado de um grupo e sem querer derramou bebida em um deles. Tiago se recusou a pedir desculpas e ainda riu na cara do grandalhão que lembrava em muito o primo trouxa do seu pai, Duda.

Um bruxo arrogante e prepotente, e um trouxa irritado e meio bêbado, daí tava armada a confusão. O grandalhão xingou Tiago de um monte de palavrões que ele não fazia ideia do que significavam — em todas as explicações sobre os trouxas, nem Harry nem Giny lembrou de ensinar palavrões ao filho — e só conseguiu rir mais do garoto, imaginando que tipo de língua estranha ele estava falando; então o trouxa-grandão deu um empurrão em Tiago, ele quase caiu, e ficou com medo — uma coisa seria um duelo de bruxo, aí poderia vir até a professora Macgonagoll, que ele encarava na boa, mas briga de corpo, socos e pontapés, não fazia parte do conjunto de habilidades de Tiago Potter—; enquanto a cabeça de Tiago trabalhava em busca de uma solução para sair daquela enrascada, o grandão avançava com tudo para cima dele.

Num instante Tiago enfiou a mão no bolso do casaco e puxou a varinha — talvez não precisasse usá-la, mas poderia meter medo naqueles nojentos — foi a vez dos trouxas rirem dele; Tiago não se importou com os risos, pois logo se deu conta de que para os trouxas sua varinha era apenas um pedaço de pau, logo, ela não colocaria medo em nenhum deles.

— Fica longe, ok, eu não quero brigar — disse Tiago ainda apontando a varinha para o grandão, que não estava nem um pouco disposto a não brigar.

— Eu vou fazer você enfiar esse graveto no... — o grandão armou o murro, e Tiago não teve alternativa senão usar magia contra ele.

Imobilus! — no mesmo instante o grandão ficou paralisado na frente de Tiago, com o punho erguido; as pessoas em volta soltaram exclamações, estavam assustados, e se perguntando como Tiago tinha feito aquilo.

Cercado por trouxas, curiosos, furiosos, e até bêbados, Tiago disse para si mesmo que essa era a maior enrascada que já tinha se metido; foi só quando o barulho em volta de Tiago aumentou que os outros bruxos pareceram notar algo estranho. James e Teddy se aproximaram, e assim que conseguiram abrir passagem em meio à multidão viram Tiago no centro, segurando a varinha, e o trouxa imobilizado, com os olhos revirando.

— O que foi que você fez, Tiago? — Teddy perguntou achando a pergunta óbvia demais, claro que Tiago tinha usado magia indevidamente. — Você enlouqueceu?

— O que você queria, que eu levasse uma surra?

— Era melhor levar uma surra do que ir pra Azkaban! — James disse e recebeu uma careta de Tiago como resposta.

Os trouxas achavam a conversa dos três bruxos estranha, e começaram a interrogar Tiago. Teddy e James se juntaram a ele no centro, numa posição meio protetora, pra impedir que a briga recomeçasse.

— Nós podemos desaparatar?

— Vocês são menores, não podem desaparatar, Malfoy.

— Ah, como se vocês ligassem para as regras. Afinal é proibido sair de Hogwarts, e é proibido usar magia fora da escola, e vocês fazem exatamente isso.

— Ah, vai pro inferno com suas lições de moral, cara.

— Calem-se, ninguém precisa de vocês discutindo. Eu vou lançar um feitiço do esquecimento e nós caímos fora.

— Você não vai conseguir conjurar um feitiço do esquecimento pra tantas pessoas, Tiago.

— E o que a gente faz, Teddy, espera que os caras do Ministério cheguem?

— Besteira, não vai demorar até o Ministério saber que você usou magia fora de Hogwarts.

— Claro, e vai ser muito pior se eles me pegarem no local do crime. —Tiago disse impaciente.

Na verdade estava menos preocupado com o Ministério do que com o pai; obviamente ninguém ia pra Azkaban por praticar um feitiçozinho de nada, portanto o máximo que o Ministério e até a escola fariam era lhe dar um sermão daqueles, mas assim que Harry soubesse disso, ele ficaria furioso, e pior, decepcionado com o filho. Sem mais conversas, lançou o feitiço do esquecimento nos trouxas, que continuaram sem lembrar o que tinha acontecido entre Tiago e o grandão.

— Vamos embora. Espera, cadê o Louis? — os três procuraram Louis e ele apareceu ainda sem saber o que tinha acontecido.

— O que houve? — perguntou, notando a expressão estranha dos outros.

— Seu feitiço não atingiu apenas os trouxas, pelo visto — Teddy ainda conseguiu brincar, mas Tiago balançou a cabeça impaciente, e saiu; os três bruxos o seguiram até um beco, onde ele pegou a chave do portal; em poucos segundos os quatro estavam em Hogwarts.

Assim que aterrissaram James se dirigiu em direção a sala da diretora Macgonagoll, como não demoraria até ela descobrir, ele preferia confessar, e tentar salvar-se, afinal ele não tinha culpa, e foi parar naquele pub por puro acidente.

— Você não pode dedurar a gente, Malfoy.

— Mesmo que eu não “dedure” vocês, Potter, a professora Macgonagoll, vai ficar sabendo de tudo.

— O Malfoy tem razão, Tiago, dessa vez a gente se ferrou, e muito ferrado — disse Teddy.

— Eu sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde — lamuriou-se Louis. Como até os amigos de Tiago concordaram com ele, James virou as costas.

— Espera! Eu usei magia indevidamente, certo? Logo não tem como a Macgonagoll saber que vocês estavam comigo; Teddy você pode ser suspenso do time, e o Louis, bom, eu não sei, a Grifinória vai perder muitos pontos, principalmente se o monitor estiver metido em alguma confusão. Ou seja, Malfoy, você não vai conseguir nada se dedurar a gente.

— O que você tá querendo, Potter?

— Que você não fale nada pra professora Macgonagoll, deixa ela descobrir sozinha, depois eu me viro com o castigo.

— Mas, você prefere se ferrar sozinho? — James perguntou admirado.

— Não quero que os meus amigos se prejudiquem.

— Qual é Tiago, a gente tá com você, não é Louis? — Louis assentiu, embora não muito seguro.

— Teddy, Louis, vocês já se meteram em boas confusões comigo, deixa que essa eu assumo. Malfoy?

— Ok, eu não vou falar nada pra McGonagall.

— Valeu — James virou as costas e voltou ao dormitório.

Pelo menos durante a noite Tiago não foi chamado à sala de McGonagall, mas ele não tinha esperança de sair dessa assim, sem nenhuma consequência; sua única esperança era que o prestigio do nome Potter pudesse ajudá-lo em alguma coisa. Assim como previa, logo que acordou no dia seguinte, foi chamado a sala da diretora.

Ele entrou na sala repleta de quadros de fotos dos ex-diretores de Hogwarts; o rabugento Fineus Nigellus já começou a ralhar com ele, ao que Tiago virou as costas — “levar bronca de retrato era demais” — enquanto o mais famoso de todos os ex-diretores, Alvo Dumbledore, sorria sutilmente no seu quadro.

— Bom dia, senhor Potter! —Va professora McGonagall apareceu, por trás das estantes de livros, e se postou atrás de sua mesa.

— Bom dia, professora McGonagall — Minerva não ofereceu uma cadeira a Tiago, e pra ele isso era um mau sinal.

— Você sabe por que está aqui, senhor Potter?

— Sim senhora — Tiago estava imaginando um jeito de enrolar a professora McGonagall, mas estava sendo difícil pensar em alguma coisa. “Que inferno.”

— Usar magia fora de Hogwarts é completamente proibido, senhor Potter.

— Eu sei professora, mas...

— E o que deu na sua cabeça para pensar que não seria descoberto?

— Eu não pensei que não seria descoberto, mas...

— O que você estava fazendo fora de Hogwarts, Potter? — Tiago engoliu em seco. “Opa!” Olhou para Minerva e imaginou o que ela estaria pensando, “igual ao pai”, Tiago até riu com esse pensamento. — Alguma coisa engraçada, Senhor Potter?

— Desculpe, professora; eu, posso explicar, tudo!

— Ótimo, explique-se então!

— Ahm eu, não, eu não sai de Hogwarts de propósito, quer dizer, não foi de propósito, propósito...

— Você poderia ser mais claro, Potter?

— Bem, eu estava praticando, praticando um feitiço e, bem, acho que eu me atrapalhei e troquei os feitiços, eu juro, professora que não faço ideia de como fui parar naquele lugar! —Tiago disse com tanta convicção, que até ele mesmo acreditou. — Bem, imagina como é ir parar num lugar que você nunca viu, eu fiquei completamente apavorado e antes que eu pudesse pensar qualquer coisa, aquele trouxa enorme queria acabar comigo. Professora, alguns trouxas são muito violentos! Eu não sabia o que fazer, a única maneira de me defender era usar minha magia! Eu sinto muito, professora, muito mesmo — Tiago olhou direto nos olhos de McGonagall, percebeu que talvez sua mentira estivesse surtindo efeito e resolveu ir ainda mais longe. — Professora, afinal, é algum crime um estudante, se confundir com um feitiço, e num momento de necessidade usar magia? — Minerva olhou pra Tiago Potter, admirada.

— Claro que não, Potter...

— Então?

— Muito bem, talvez você não tenha culpa — “talvez, fala sério, McGonagall” — ainda assim você deverá receber uma punição.

— Mas professora...

— Para que você tenha mais cuidado quando praticar magia, Potter! Castigo, amanhã, aqui, na minha sala, você receberá sua punição. Dispensado.

— Sim senhora, com licença — Tiago saiu da sala da diretora aliviado. Harry não ia “chiar” com ele por que tinha se confundido com um feitiço!


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Notas finais do capítulo

Algum rewie?please, come on, comentem aeh, façam essa pobre autora feliz



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