Hogwarts, Outra História escrita por The Escapist
Mesmo depois de vários dias, Mears ainda não tinha desistido de encontrar o culpado pela brincadeira sem graça contra a professora Luna, e decidido como estava, não demorou a eleger seus suspeitos, ou no caso, suspeita, principal: Lilian Potter. Lilian, com medo de ser descoberta, resolveu “negar até a morte”, e pedir ajuda ao pai, contando a Harry o que acontecia nas aulas de Poções; claro que Harry não gostou de saber que o professor de Poções estava pressionando sua filha, acusando-a de uma coisa que ela não tinha feito, e foi conversar com Mears sobre o assunto.
— Como você pode fazer isso com uma criança?
— Como você pode ter certeza que não foi a sua filha?
— Eu sei que não foi, eu conheço a minha filha.
— Infelizmente eu devo dizer que o senhor não conhece tão bem os seus filhos.
— Você não pode acusar a Lilian.
— E se eu puder provar de que foi a Srta. Potter a responsável pela Poção que professora Lovegood?
— Isso é impossível, você não pode provar uma coisa que não é verdade.
— Isso nós vamos ver, Sr. Potter.
— Ótimo, enquanto isso, eu espero sinceramente que minha filha não sofra qualquer constrangimento durante as suas aulas, Sr. Mears.
Assim que deixou Mears, Harry foi procurar Lilian pra conversar; encontrou-a na biblioteca.
— Você tem certeza que não teve nada a ver com o que aconteceu com a professora Luna, Lilian?
— Já falei que não, papai.
— Certo, mas, você sabe quem foi, não sabe?
— Nã... Não... — Lilian respondeu sem convicção nenhuma.
— Lily, se você sabe quem foi, deveria me contar. Sabe, não vai acontecer nada demais com o culpado, mas eu não quero que você seja acusada de uma coisa que você não fez. Foi o seu irmão? O Tiago?
— Não, não foi o Tiago — não havia nenhuma certeza na voz de Lilian, e isso fez Harry pensar que ela estava mentindo para proteger o irmão.
— Não acredito que o Tiago fez isso.
— Não, ele não fez!
— Tudo bem, Lilian, é muito bonito você querer proteger o seu irmão, mas, não minta mais para mim, entendeu? Agora, eu vou falar com o seu irmão, ele me deve uma explicação.
— Pai, não, espera, volta aqui, não foi o Tiago... arrr! — Lilian tentou acompanhar Harry e tentar impedir que ele fosse até Tiago, mas não conseguiu; encontrou Alvo no caminho. — Cadê o papai, você viu ele?
— Não, não vi, o que aconteceu?
— Ele pensa que foi o Tiago, ele vai brigar com o Tiago.
— Mas o Tiago não tem culpa!
— Mas o papai pensa que foi ele, Alvo. Eu deveria ter confessado, agora o Tiago vai levar a culpa por minha causa.
— Bom, antes ele que você, não é mesmo?
— Eu nunca ia querer que o Tiago levasse a culpa por uma coisa que ele não fez, Alvo!
— Mas o papai vai brigar com você se você contar a verdade.
— A gente tem que fazer alguma coisa — Alvo pensou um pouco e resolveu o que tinha que fazer, pelo menos uma vez na vida, seria diferente, afinal.
— Tudo bem, Lily, eu não vou deixar o Tiago levar a culpa sozinho, tá eu vou ajudar ele.
— O que você vai fazer, Al?
— Deixa comigo, tá, eu resolvo — uma onda de adrenalina tomou conta de Alvo, e ele saiu correndo atrás do pai, sem dar mais ouvidos a irmã. Depois de procurar Harry em vários lugares, soube que ele e Tiago tinham ido em direção a sala da professora McGonagall, e correu pra lá.
Harry tinha encontrado Tiago no corredor, conversado com ele, e mesmo que Tiago negasse, estava certo de que ele era o responsável pela brincadeira, e que Lilian estava mentindo para protegê-lo; Tiago continuou afirmando ser inocente, mas não entregou a irmã.
— Pai, eu não fiz nada.
— Para de mentir para mim, Tiago! Você vai confessar, agora, e vai pedir desculpas oficialmente a Luna.
— Eu não vou confessar uma coisa que eu não fiz, tá legal.
— Tiago, você vai me obedecer!
— Merda! Que inferno!
— Um pedido de desculpas não vai matar você — Harry praticamente teve que puxar Tiago pelo braço até a sala de McGonagall. Quando eles estavam quase entrando, Alvo acompanhou-os, ofegante.
— Pai, espera, espera.
— Alvo?
— Não foi o Tiago, fui eu.
— O que?
— Fui eu quem deu a Poção a professora Luna.
— Alvo, você não está falando sério, está?
— Claro que não, o Alvo não teria coragem, pai.
— Então foi você mesmo?
— Não, mas...
— Já falei que fui eu... A Lily descobriu, e, eu implorei para ela não contar pra ninguém.
— Alvo eu não posso acreditar que você fez isso!
— Desculpa, papai, foi uma brincadeira.
— Isso não é brincadeira, Alvo, isso é muito feio! Você tem que se desculpa com a Luna.
— Está bem.
— Vai ficar de castigo também.
— Tudo bem.
— E eu, não mereço um pedido de desculpas por ter sido acusado injustamente?
— Tudo bem, desculpa, Tiago — Tiago saiu. Harry e Alvo continuaram andando para a sala da professora McGonagall; Alvo de cabeça baixa, envergonhado, mas de certa forma, se sentindo bem, porque pela primeira vez o irmão não poderia dizer que ele era covarde.
Alvo disse a professor McGonagall o mesmo que disse ao pai, e depois teve que pedir desculpas a Luna e também recebeu um castigo por descumprir as regras.
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