The Dead Test – O Teste Morto escrita por Pedro Haas


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

nossa, ficou maior do que eu esperava, tomara que continue assim >



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Dead Test – O Teste Morto

1

Estava frio e a nevoa nos envolvia, eu segurava a mão dela e ela corria calada comigo, segurando firme na minha mão. Estávamos correndo no meio da rua, enquanto éramos perseguidos por eles. Os carros encostados nas calçadas, ou abandonados no meio da rua. Eu com um rifle em minhas costas, roupas rasgadas de todas as formas possíveis, arranhados e sujos de terra e suados.

Bem, o tempo frio e nevoento ajudava nessas questões.

Andávamos rápido e as vezes corríamos, eu olhava para ela periodicamente. Era minha irmã, mas eu a tratava como se fosse minha filha. Era uma pestinha.

Ela olhou para mim e sorriu, isso me reconfortou um pouco. Corremos. Bem, bem silenciosamente, e entramos em uma das casas que estavam abertas, mas que tinham possibilidade de serem bem trancadas.

Contanto que não façamos barulho isso não importa muito.

Eu entro, tentando cobrir tanto minha traseira quanto a minha dianteira, ela está agarrada a minha cintura, sempre em guarda. Entro lentamente, com uma pistola em minhas mãos, mantendo ela erguida sempre, sempre alerta. Para qualquer lado que eu virasse, a arma ia também, sempre pronto. Tranco a porta atrás de mim e fecho as janelas e as cortinas, acendo a luz.

Suspiramos.

Estamos salvos, por hora.

Ela deixa a mochila na mesa de centro da sala, e finalmente temos um deslumbre de como é a casa. Sofás brancos e uma mesa de centro de madeira, sem televisão, apenas com um rádio e uma estante com porta-retratos velhos.

“Sala limpa”, eu digo com um sorriso no rosto, gesticulando para ela, e ela sorri.

Eu adoro ver aquele sorriso, estou me preparando para abraça-la quando ouço um barulho no andar de cima, sentimos nossos corpos ficarem gelados.

“Shiiiu”, eu gesticulo para ela, e ela repete instintivamente.

Seguro sua mão com a esquerda e então pego a pistola com a direita. Caminho lentamente pela casa. Pelo corredor, até as escadas, olhando de todos os lados, atento a todos os barulhos. Subo lentamente, depois de já ter revistado o andar de baixo. Ela segura minha camisa, e treme um pouco.

Não se preocupe...

Subimos, até a única grande suíte que havia no andar de cima, uma grande cama de casal e um quarto branco e vermelho sem muitos moveis. Bem, vermelho, é, era vermelho.

Havia um casal de idosos naquela cama, eles estavam deitados, de mãos dadas, olhando um para o outro poeticamente, com suas cabeças parcialmente explodidas e um sorriso no rosto. E um porta retrato na mão da idosa, com eles mais jovens, e duas crianças a sua frente. Seus filhos... provavelmente.

Alguma coisa havia caído no chão, era outro porta retrato, o que estava na mão do idoso, esse foi o motivo do barulho, e era a foto do casal apenas. Aquilo quebra o meu coração.

Abraço minha irmã que chora baixinho, aprendemos a controlar nossos barulhos, mas para ela era um pouco mais fácil, por ser surda, não emitia muitos sons por nunca ter tido a oportunidade de aprender a falar. Eu a pego no colo e saímos dali.

A deito no sofá da sala, e ela se encolhe, coloca as mãos no rosto para esconder as lagrimas que caiam. A deixo ali e vou até a cozinha, procuro qualquer coisa que seja aproveitável. Uma lata de sardinhas, ótimo. Batatas enlatadas? Talvez. Marshmellow! Ela vai amar.

Volto para a sala com um prato feito e o deixo na mesa. Ela está dormindo. Estava cansada imagino, andamos o dia inteiro hoje, e essas últimas semanas têm faltado comida quase todos os dias, estamos mais magros que o normal, e o frio está nos atormentando. Me sento no chão próximo a ela e acaricio seus cabelos castanhos. Ela treme um pouco, então me levanto e procuro em um dos quartos por algum cobertor, agora sem a adrenalina, sinto o frio percorrendo os meus ossos, e essa jaqueta fina que estou vestindo já não é mais o suficiente para me aquecer.

Nenhum dos quartos no andar de baixo tem uma jaqueta ou cobertor.... Perfeito, vou ter que subir de novo.

Subo lentamente, como se ainda estivesse revistando, força do hábito. Chego no quarto dos idosos, abro os guarda roupas de lá. Várias toalhas, cobertas e suéteres.

Examino também os revólveres que eles usaram, bem, apenas para me defender quando necessário.

Coloco tudo na mochila, saio dali e tranco aquela porta, deixo eles descansarem em paz.

Chego na sala e cubro minha irmã, ela parece tão bem ali que por um momento esqueço de tudo, a morte de nossos pais, as pessoas morrendo em nossa volta — Aquelas coisas — Nos atacando. Eu me sento no chão me encostando no sofá e fecho meus olhos, numa tentativa de descansar.

***

Acordo com as mãos da minha irmã me balançando, eu me assusto, mas logo entendo.

Aqueles monstros estavam rodeando a casa por algum motivo, talvez pelo barulho do porta-retratos.

“Shiiiu” ela repete o gesto que eu fiz anteriormente para ela e paramos. Lentamente pego minha arma e ela segura em minha camisa, precisávamos sair daqui porque era apenas uma questão de tempo até que aquelas criaturas entrassem na casa e então nós dois estaríamos mortos.

“Fique quietinha, vai dar tudo bem”, gesticulo para ela, ela sabe libras graças a deus, e isso sempre nos ajudou a saber o que um precisa do outro.

Pego nossas coisas e vou até a cozinha, fazendo caretas aleatórias para vê-la sorrir, ela segurava minha mão e estava suando, se não fosse a primeira vez, eu imaginaria que ela estava apavorada, mas de alguma forma aquilo havia se tornado normal. Rotineiro.

Entramos em uma casa, vasculhamos, roubamos (ela prefere o termo “pegar emprestado”), dormimos um pouco, mas sempre, sempre somos achados. Como se eles sentissem nosso cheiro.

O quintal parece vazio, o sol começou a descer, e o nevoeiro começou a se dissipar, mas ainda estava difícil de enxergar. Entrelaço meus dedos com os dela e começo a andar mais rápido, tentando abafar o som dos meus passos no cascalho.

Ouvimos um barulho de vidro quebrando na sala lá do quintal. Eles vão ser atraídos para cá, não há dúvidas que temos que achar uma saída. Contudo, quanto mais a gente anda, menos esperança vemos em achar uma saída pelos fundos. Teremos que pular a cerca, ou correr por eles lá na entrada, e isso estava fora de questão. Eu seguro no topo da cerca de madeira que é um pouco maior que eu, cerca de 180cm, e dou um pequeno pulo para ver o que há do outro lado.

Do outro lado da cerca havia outra rua. Essa parte da cidade realmente era bonita não? Casas grandes, gramados e jardins, ruas espaçosas. Seria demais se pudéssemos apenas pular e fugir, mas nesta rua também haviam um bom número dos monstros. Eles eram lentos, mas se vissem humanos, antes mesmo de você perceber eles já estavam em cima de você.

Foi assim que o nosso pai morreu...

Mas de acordo com os barulhos da sala da casa, nós não teríamos muitas escolhas. Eu fecho a porta dos fundos da casa lentamente, graças a Deus eles não eram nada inteligentes para virarem a maçaneta. Pego minha irmã no colo acenando que ela teria que pular a cerca, ela entende rapidamente e pula, eu vou logo em seguida.

Quase caio de cara no chão, mas consigo me segurar em um galho de alguma arvore baixa que estava na frente da cerca. Nada bom. Isso faz um belo barulho de galhos se partindo.

Quando finalmente levanto, minha irmã está me olhando nervosa, parte da sua experiência diz a ela que o que eu fiz foi um pouco barulhento, enquanto ela tinha conseguido pular com seu corpo leve sem ruídos. Coloco as mãos à frente do corpo pedindo desculpas, mas ela já está olhando para outro ponto. Um dos monstros tinha nos visto e estava caminhando lentamente em nossa direção. Eu me abaixo sinalizando para ela subir em meus ombros, ela sobe rapidamente, tremendo um pouco, coitada. Eu olho para frente, nenhum deles a vista, então acelero o passo.     

Estamos na zona residencial de alguma cidade que não sei o nome do interior de São Paulo, ela é bem bonita eu digo, nada como a cidade grande, mas é ótima para passar a aposentadoria. Desde que tudo começou, Eu, Arthur, e minha irmã Isabelle, saímos da cidade grande. São Paulo é superpopulosa, isso apenas significa um número absurdo de monstros andando a esmo pelas ruas. Ou seja, nada seguro para mim e ela.

Eu e meu pai tivemos essa ideia, ir de carro para o mais longe da capital, assim como milhares de pessoas.

Várias coisas aconteceram desde então, e eu perdi a noção de localização, mas há uma boa notícia. Meu pai era biólogo e era bem curioso, um dia ele nos acordou feliz da vida, dizendo que há uma maneira de que tudo isso acabe. Bem, não tecnicamente, mas foi interessante seu argumento. Os monstros são apenas corpos de humanos em decomposição que por algum motivo estão andando por aí com força sobre-humana, sendo assim, logo eles vão se decompor a um nível que nem mesmo essa doença infernal vai conseguir reanima-los, e é isso que esperamos nesses últimos 4 anos.  

Essa é nossa meta, é por isso que viramos andarilhos. Só confiamos um no outro, e assim está bom para mim.

Eu me distraio um pouco, e quando percebo estou sendo perseguido por mais desses monstros. Isabelle segura em meus ombros um pouco mais tensa. Eu começo a correr pela área residencial um pouco perdido, procurando algum lugar para esconder novamente. Subo algumas ruas, desço outras, e estou finalmente tomando distância deles, mas mesmo assim percebo que o número deles pela rua aumenta na mesma proporção que eu viro as ruas. Minha irmã parece agora realmente aterrorizada, queria dizer para ela não se preocupar, mas infelizmente não ouviria. Corro subindo um morro, um lugar onde eu posso ter uma boa visão da cidade, com todo folego que eu consigo encontrar, eles desaceleram para subir, vai me dar um bom tempo para pensar.

Olho em volta, consigo ver o pôr do sol vermelho no horizonte, tiro Isabelle de minhas costas e seguro em sua mão suada. Respiro. A cidade era magnifica, as casas não eram amontoadas como são na cidade grande, havia verde por todos os lados. Mesmo tendo visto boas paisagens nas nossas andanças, essa está entre as melhores.

“A Cidade é linda, não é? ”, gesticulo para ela.   

Ela sorri.

E por um instante, eu ainda tenho esperanças de que tudo isso possa acabar.

Queria que durasse mais tempo, pois ouvimos os murmúrios dos monstros subindo a rua, bem, só eu ouço. Aponto para eles, e ela se encolhe, mas entende que temos que sair dali.

Consigo avistar um grande condomínio de várias casas a, no mínimo, três quilômetros daqui. Eu aponto para lá e Isabelle consegue enxergar também. Por enquanto, um condomínio murado com saídas na frente e atrás parece ser a melhor possibilidade, temos que correr.

Ela sobe em minhas costas novamente, eu inspiro fundo e respiro, tentando ficar o mais calmo possível. A fome começa a querer dar as caras, e nossos suprimentos devem dar para, talvez, mais uma semana. Depois de alguns anos, os alimentos enlatados finalmente começaram a estragar, ainda mais pelo calor que faz no verão nessas cidades. Mas de vez em quando, conseguimos a sorte de achar uma boa lata, conservada e com validade (quase) no limite. Fora isso, tentamos comer não-perecíveis. Oh vida complicada.

Andamos agora com mais folga, e eu estou mais atento. Isabelle parece cansada, mas somos uma equipe, então ela sempre me dará uns toques específicos se estiver com problemas. Me sinto feliz por ter ela ao meu lado, não sei se conseguiria sobreviver sozinho, meu pai morreu há menos de nove meses, e as vezes eu brinco com ela, dizendo que somos guerreiros.

Passamos por uma parte que parece ser o centro da cidade, eu me perdi?

“Consegue encontrar o caminho praquele lugar? ”, gesticulo para ela.

“Imagino que seja por ali”, ela responde, apontando por uma rua que segue à diagonal de onde estávamos, não parecia estar na mesma direção que tinha enxergado lá no topo daquela rua, eu deveria ter procurado uma bussola. Eu a examino bem, e então entendo o motivo.

“Você só quer entrar naquela loja de roupas, não é? ”, aponto para a loja, a vidraçaria da fachada estava depredada, provavelmente foi atacada nos primeiros meses do tormento.

“Vai! ”, ela me olha com olhos pidões, “Pode ter roupas boas lá, as nossas estão rasgadas”, ela aponta para as nossas roupas, é, pareceríamos mendigos famintos se estivéssemos há 5 anos atrás aqui, “Por favor? ”, ela parece estar quase chorando, é, eu sei, eu entendo, somos só nós dois há muito tempo, e ela nunca teve uma chance de ser uma criança de verdade.

Eu posso atender à vontade dela de vez em quando, não posso?

Seguro sua mão e vamos andando para lá.

“Então, eu vou ver se a loja está limpa, e depois ficarei de guarda na frente dela, Okay? “, eu a aviso, ela parece ter entendido.

Pego minha arma com ela segurando minha camisa, sempre perto, a configuração de sempre. Sinalizo para que ela fique bem quieta, alerta, não posso perder nenhum barulho, nenhum murmúrio. Entro lentamente pela vidraçaria quebrada na frente, passando pelos manequins amarelos depenados. Aponto a arma para frente, olhando para todos os lados da pequena loja. Deveria ter sido uma loja bonita e bem arrumada, mas agora, haviam algumas roupas amontoadas em um canto, como se a pessoa que passou por aqui estivesse procurando apenas uma peça específica. Andamos até o final da loja, até o provador, tentando ouvir qualquer sinal de alguém lá. O balcão está intacto, mas as gavetas todas abertas. Depois de uma boa vistoria, eu concluo, não há nenhum monstro aqui.

Isabelle parece animada, ela sempre gostou de roupas, e talvez, se crescesse no mundo normal, poderia muito bem ser uma estilista. Ela tinha apenas 7 anos quando tudo começou, e agora, com quase 12, mas facilmente confundida com uma de 9. Ela sobreviveu comigo e com nosso Pai, e foi mais forte do que eu imaginei que ela seria em uma situação dessa. Eu agradeço a Deus por termos saído logo das cidades grandes, onde provavelmente a matança tenha sido mais expressiva. Porque aqui, nas pequenas cidades, há apenas os monstros, e raramente vemos outra pessoa. Aqui sempre foi e sempre será mais calmo para ela crescer, e ver ela feliz, vendo as roupas largadas pelo chão, me enche de determinação.

Ela pega algumas peças e me entrega, são roupas masculinas, um pouco mofadas, mas me parecem estar limpas.

“Quer que eu me troque? “, ela acena que sim, “certo, então você se troca no provador, e eu ali montando a guarda, Okay? “, ela me parece relutante, mas assente.

Quando ela fecha a cortina do provador, eu vou para frente da loja. Já começa a ficar escuro, e quando ouço um barulho de zíper se abrindo, eu me lembro que deveria me trocar também, só por agrado. Me visto rapidamente, uma bermuda e uma camisa leve, com uma jaqueta de couro um pouco descolorido, mas ainda melhor do que a blusa fina e totalmente suja que eu estava vestido. Considero trocar a bermuda com vários bolsos por uma calça de moletom, mas para sobreviver, eu preciso mais de bolsos do que pernas aquecidas.

Minha irmã parece estar demorando demais, mulheres sempre demoram assim? Fora isso, ela não parece mais estar fazendo barulhos típicos de uma troca de roupas. Dou mais uma olhada em volta, limpo, olho para loja, ela já está escura. Isso é preocupante. Eu entro, indo rápido até o provador.

Eu o abro, e a alegria se esvai.

Ela está chorando, baixinho, com as mãos nos olhos, as lagrimas cobrindo todo o rosto.

Eu travo, o mundo a minha volta parece tremer e se revirar, ver ela chorar é a pior coisa que eu consigo imaginar neste mundo. Eu a abraço, suas lagrimas caem em meus ombros. Meus olhos começam a ficar marejados.

“Por quê? ”, ouço ela sussurrando de modo estrangulado, já que ela não é muda, sussurra algumas palavras as vezes.

É... Por quê? Por que somos obrigados a passar por tudo isso...?  

Eu a aperto de leve, suas roupas novas estão largas, ela está magra. Por isso ela chora?

Eu ouço um pequeno rosnado ao fundo. Viro o rosto, e lá estão eles. Olho para minha irmã, ela está paralisada, segurando forte suas roupas antigas. Eu a pego no colo rapidamente, ela me olha, mas logo entende. Temos que sair dali agora!  

Eu vou para frente um pouco desequilibrado, e, por azar, derrubo alguns cabides pelo chão. O barulho parece ecoar para sempre na minha cabeça.

Estou morto...

Olho para Isabelle, ela fecha os olhos chorando baixinho. Os monstros estão se reunindo na frente da loja, não há espaços para sair. Várias possibilidades passam pela minha cabeça, mas eu também estou paralisado. Eu odeio me sentir assim, eu estou com saudades do meu Pai, grande e corajoso e sempre nos livrava do perigo, eu...

Eu estou chorando.

Ela limpa minhas lagrimas, o que me acalma um pouco, mas não nos livra da situação que eu nos coloquei. Ela sorri para mim, sai do meu colo e segura minha mão. Parecemos mais calmos agora, e então eu a abraço.

Se for para morrer com ela, eu morrerei feliz.

Os monstros estão cada vez mais próximos, passando pelas vidraças quebradas e rastejando até nós.

Ela chora, com medo, mas me apertando mais que tudo. “Está tudo bem”, eu mentalizo, com a esperança que ela ouça.

E de repente, o corpo do monstro cai sobre nossos pés, com um buraco na cabeça, barulhos altos de tiros ecoam por toda loja.

“É só ter esperança, e sorte também, não é? ”.


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Notas finais do capítulo

Espero que curtam ♥



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