Bulletproof Wings escrita por Jéssica Sanz


Capítulo 30
Sua floresta profunda do mistério (Capítulo Especial)


Notas iniciais do capítulo

Nosso mini capítulo (por isso é especial), que será seguido de capítulo normal.



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Jin se levantou rapidamente, enquanto abria os olhos. O lugar onde estava era completamente diferente daquele que se lembrava. Era uma cama de casal coberta por lençóis brancos e, ao contrário do que ele imaginava, Yumii não estava lá. O mais estranho porém, era o que havia além da cama: uma floresta.

Jin saiu da cama devagar, temendo o que poderia acontecer a ele. O chão era de terra seca coberta por folhas mortas e pequenos galhos quebrados. Havia poucas árvores. Jin andou por aquela floresta até ser surpreendido: nos limites da floresta, encontrou uma bela mesa de jantar, como a que havia no lugar onde ficara durante sua primeira estadia naquele mundo; uma estadia da qual se lembrava completamente. A mesa estava posta para sete pessoas, e seis estavam sentadas. Jin viu seus meninos, mas não sorriu. Sabia, de alguma forma, que eles eram falsos. Sentia que tudo aquilo estava errado, mas não podia fazer nada. Foi até a mesa e sentou-se na cabeceira. A mesa estava cheia de objetos de prata que não continham nenhum alimento. No prato de cada um havia uma maçã. Jin já tinha visto aquilo antes.

Os meninos estavam macabramente parados. Pareciam robôs, sentados com postura e elegância; ninguém ousava se mexer. Jin sentia que ele mesmo era uma máquina. Olhou para o cálice. Levantou-se da mesa, segurou o cálice e o ergueu. Os outros seis o imitaram. Ele sentia cada vez mais que tudo estava errado. Aqueles não eram seus amigos, não eram aqueles que Jin desejava ver. Só a imagem deles era suficiente para apertar seu coração. Mas não o convencia.

— Jin — ele ouviu seu nome. Vinha exatamente de trás dele, e ele olhou. Só havia o limite da floresta, uma estranha parede de água vermelha que se mexia. — Jin — chamou de novo, a voz serena. Ele olhou de volta para a mesa, e todos tinha sumido, inclusive seus pratos. Ele foi em direção ao limite.

— Estou aqui — informou. — E você também deveria estar.

Finalmente, sua imagem apareceu dentro da água, fantasmagórica.

— Eu sei — disse Yumii. — Mas eles conseguiram me resgatar.

— Não acredito — disse ele, com raiva por ter falhado.

— Não se preocupe. Eu estou em coma, mas não vou durar. Ouvi os médicos falando que devo morrer em breve.

— Que sutil.

— Jin, preciso que me escute. Tem algo muito errado acontecendo.

— Eu já notei. Tudo está estranho. Nem sei que lugar é esse.

— Você não está na casa do Juízo. E ao mesmo tempo, está.

— De novo? — Perguntou ele. — Não me diga que também estou em coma.

— Não, não, você morreu mesmo. Profissional, hein.

— É, quando se tenta mais de uma vez, adquire-se experiência.

— Sei. Sobre o lugar onde está, é um jardim subterrâneo. Tecnicamente, está nos domínios do Juízo, mas eles não têm acesso a esse lugar. Fica fora da casa, e em baixo.

— Por que estou aqui?

— Porque é especial. Também é por isso que, embora esteja viva, consigo falar com você, e sei de muita coisa.

— Tipo o quê?

— Os meninos estão em perigo. — Jin ficou imediatamente nervoso. — E só você pode salvá-los.

— O que devo fazer?

— Calma, eu vou contar. Estou aqui pra te guiar. Pela primeira vez, estou fazendo alguma coisa certa.



Depois de explicar tudo, Yumii pediu que ele se livrasse dela.

Ela também era uma tentação. Ela também era uma ligação com o primeiro, o mal mundo com o qual Jin não tinha mais nada a ver.


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Notas finais do capítulo

Não foi nada demais, é claro, porque as consequências dessa conversa virão em breve.

Por favor, comente nos dois capítulos, isso vai me deixar muito feliz!



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