Angel, uma linda garotinha de cinco anos, acordou animada naquele sábado, já que seus pais prometeram levá-la ao seu lugar favorito no mundo inteiro, como ela mesma dizia, o zoológico. Por isso ela tratou logo de se levantar e causar suas pequenas pantufas, antes de sair correndo até a cozinha.

— Angel, não corra querida. — Sua mãe pediu quando a menina entrou na cozinha.

— Mamãe, mamãe nós vamos ao zoológico. — A menina falou animada, não conseguindo conter a empolgação.

— Eu sei querida. — A mulher falou sorrindo com o entusiasmo da filha.

— E nós vamos agora? — Angel perguntou com os olhos brilhando.

— Primeiro temos que tomar café e nos arrumarmos, ou você quer ir ao zoológico de pijama?

— Não. — Ela respondeu rapidamente.

— Eu sabia que não. — A mãe respondeu sorrindo. — Porque você não vai até a sala chamar o papai enquanto eu termino de arrumar o nosso café da manhã? — Ela pediu e a menina saiu correndo para a sala.

Quando voltou a cozinha, Angel estava no colo do pai que fazia cócegas na barriga da menina, que se contorcia de tanto rir. Os três se sentaram à mesa e comeram animados pelo dia que teriam pela frente.

Depois do café da manhã a família se arrumou e foi para o zoológico, onde tiveram um dia muito divertido, e onde Angel pode comer as besteiras que ela e todas as crianças adoram.

Eles voltavam para casa com Angel sentada em sua cadeirinha no banco de trás  com o leão de pelúcia, que tinha ganhado dos pais, debaixo dos braços. Eles cantavam uma musica infantil, quando de repente um caminhão invadiu a faixa deles, só dando tempo do pai dela virar o volante para o outro lado, o que fez com que o carro capotasse e caísse na ribanceira ao lado da pista.

 Angel desmaiou quase imediatamente quando o carro bateu na ribanceira e só acordou no hospital, dois dias depois, para descobrir que seus pais tinham morrido e que ela estava sozinha no mundo.

Angel ficou internada por uma semana, mas desde que recebeu a notícia da morte dos seus pais ela não falava uma palavra com ninguém. E quando recebeu alta foi levada para um abrigo, já que não tinha mais ninguém, e pensou que nunca mais voltaria a ter uma família.