Algo para se pensar escrita por Drids


Capítulo 8
Capítulo 8 - Final


Notas iniciais do capítulo

Bem... esse é o último capítulo. Muito obrigada a quem leu, a quem favoritou (alc0holica, Lilianecg, Meekly Abused e Princesa Sailor Moon - BjinsBjões) e a quem comentou.

Por favor, não reparem na vilã akumatizada que virá. Eu invento vilões como a minha filha de seis anos! rsssss

Espero que gostem!



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Ladybug e Cat Noir se depararam com uma mulher akumatizada. Não sabiam ainda, mas tratava-se da repórter Nadja Chamack, que perdeu a oportunidade de se tornar âncora em um telejornal de horário nobre. Como ultimamente só cobria matérias de catástrofes e fofocas, sua injusta fama de linguaruda tirava-lhe o prestígio. Além da má reputação, a notícia de que uma repórter recém-contratada – e bem mais nova – teria sido indicada para a vaga provocou emoções negativas suficientemente fortes para que Hawk Moth tirasse proveito da situação. O ressentimento e a inveja tornaram-na a vilã Dama Dicaz, cujo poder era alterar a idade de quem cruzasse seu caminho, deixando uma trilha de idosos debilitados e incapacitados, como ela mesma fora julgada, a seu ver. Ironicamente, envelhecia quem era acertado por sua enorme e gosmenta, porém ágil língua ferina, que atacava as pessoas como se um chicote partisse da boca da Dama Dicaz.

Os heróis estavam com alguma dificuldade em lidar com a vilã. Conseguiam escapar das lambidas, mas não conseguiam imobilizar a língua escorregadia. Também foi difícil descobrir onde estava o akuma, que se fixou em um pequeno aparelho de ponto eletrônico em seu ouvido direito. Somente foi possível localizá-lo por que Dama Dicaz levava a mão à orelha antes de cada golpe de língua. Mantinha o vício do ofício, mesmo akumatizada.

A luta seguia e, enquanto Cat Noir distraía a vilã, Ladybug invocou o Talismã, fazendo surgir uma barra gigante de gelo. Daí foi só o gato atraí-la para o objeto e desviar a tempo de evitar uma lambida derradeira. Pronto: língua presa no gelo, um clichê muito oportuno de desenhos e comédias! Com mais um lançamento de io-io, Ladybug imobilizou os braços da mulher e pôde se aproximar com segurança para tirar-lhe o ponto eletrônico e seguir com o de sempre – quebra objeto, captura borboleta roxa, aniquila a maldade, dá tchau-tchau para a borboletinha branca e MIRACULOUS LADYBUG!!! Tudo volta ao normal! Apesar de não ter sido fácil, Cat Noir nem chegou a usar seu Cataclismo, o que lhe daria tempo sem perder a transformação.

Então, depois da batalha bem sucedida, Cat Noir vendo que Ladybug estava prestes a sair de cena, a segurou pelo pulso. Precisava sondar suas chances reais.

− Ladybug, podemos conversar? Juro que serei rápido.

− Cat, você sabe que...

− Não podemos saber quem somos... Eu sei e respeito. Mas preciso perguntar. Você acha que um dia iremos conhecer a identidade um do outro?

− Sinceramente, Cat, se for para colocar você em risco, prefiro nunca saber quem é você e nem revelar quem sou.

− E essa sua vontade de me defender... Tem algum sentimento por trás disso?

− Claro que tem, gatinho! Amizade, carinho, gratidão.

− Só isso? – perguntou cabisbaixo.

− Na verdade, tudo isso e algo mais – parou e ponderou antes de continuar. – Eu sei onde você quer chegar e, infelizmente, não posso alimentar suas esperanças, Cat.  – Ladybug desviava o olhar, triste por ter que dizer a verdade. – Mas você precisa saber que não o tenho só como parceiro. Você é meu melhor amigo! Já me salvou tantas vezes, mesmo sendo completamente impulsivo e se colocando em risco. Eu lhe devo minha vida e farei o que estiver ao meu alcance para proteger você. E nunca terei agradecido o bastante.

− Só pra concluir. Então, apesar de sermos parceiros e amigos, nunca nos conheceremos de verdade?

− Não sei, Cat. Nem sei por quanto tempo serei a Ladybug. Só sei que precisamos ir. Mas podemos continuar essa conversa quando tivermos mais tempo. Eu juro que não vou fugir. – Abraçou o parceiro e partiu pelos ares.

Ao distanciar-se, Adrien desfez sua transformação. Plagg aconchegou-se no bolso interno de sua jaqueta para descansar, mas não sem antes ouvir o lamento do rapaz:

− Plagg, para Ladybug eu serei sempre somente o Cat Noir. E, se ela viesse a me amar, isso seria ainda mais um motivo para não se revelar pra mim. Para me proteger, estaríamos fadados a usar máscaras para sempre.

− Que triste isso, né? Não te dá uma vontade de comer queijo? – retrucou preguiçosamente o Kwami.

− Toma aqui seu queijo! – Sacou do bolso a fatia de camembert. – É realmente impossível viver esse amor. Não posso ser só o Cat Noir, por toda a vida.

− Mas você vai ser sempre o Adrien, com ou sem a máscara. E tem alguém que quer o Adrien...

− Sim. E o verdadeiro Adrien – completou o loiro. – Não o modelo famoso, ou o rico filho de Gabriel Agreste.

Então Adrien correu para a sala de aula, para socorrer, Marinette. Mas ela não estava lá. A encontrou sentada em um banco no pátio, abrindo a carta que ele deixou para trás.

− Mari, nããão! – Correu o garoto e, mesmo apressado, tomou com alguma delicadeza a carta das mãos de Marinette.

− Adrien, a carta não é pra mim? Desculpe, mas agora que está tudo mais calmo, pensei que seria um bom momento de ler.

− Mas não precisa mais ler, Mari. O que está aí já nem faz mais sentido. Assim como não faz sentido gostar de alguém que você nunca vai conhecer a fundo... – divagou Adrien, deixando Marinette confusa.

− Você quer dizer que não me conhece bem? Por isso não tenho chances? – perguntou Marinette, já com ar melancólico.

− Não! Não é isso. Quis dizer que quero a conhecer melhor. E quero que você me conheça melhor também. Quero passar mais tempo com você. A gente podia... sair.

− Quer ir embora? Bem, depois do ataque suspenderam a aula de hoje mesmo, e...

− Não, Marinette – interrompeu a morena com o indicador em seus lábios. – Eu estou a convidando pra sair comigo.

Marinette não conseguia nem responder. Estava tão surpresa e extasiada que prendeu a respiração e se esqueceu de soltar! Somente assentiu com a cabeça e seguiu para fora da escola sendo puxada pelas mãos por Adrien. E de mãos dadas foram. E de mãos dadas ficaram. Na praça, no cinema, na escola, em todos os lugares, e o tempo todo. Não se soltavam mais, e ficavam mais próximos à medida que melhor se conheciam.

Se um dia descobrirão o segredo um do outro, ninguém sabe. Agora Adrien e Marinette queriam se descobrir como eles mesmos. E quanto ao primeiro beijo, na verdade foi o segundo, mas nem importa. Foi só mais um, dos muitos que se seguiriam.


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Notas finais do capítulo

Até uma próxima fic... quem sabe...