Algo para se pensar escrita por Drids


Capítulo 7
Capítulo 7 - Segunda-feira


Notas iniciais do capítulo

Eita! Tã-nã-nã-nã... tá acabando... Penúltimo capítulo.
Espero que gostem.



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Finalmente chegava segunda-feira. Mas nem Adrien e nem Marinette estavam animados.

Adrien estava prestes a dispensar o amor da amiga e já nem sabia o porquê. Não conseguia compreender o que ele tinha de errado, mas acreditava que possivelmente o erro estava nele, o cego que nunca enxergou Marinette como os outros, mesmo sabendo de suas inúmeras qualidades.

Já Marinette passara a semana com a cabeça quente, julgando ter feito uma grande besteira ao beijar Adrien. Obviamente o modelo não correspondia aos seus sentimentos. Ou, caso contrário, não teria tentado ajudar Nino a conquistá-la. Ou teria dito algo quando estiveram a sós treinando para o campeonato de Ultimate Mecha Strike III. Ou ainda teria dito algo logo após o beijo. Tentava se preparar para a resposta do loiro, mas nada parecia confortar seu coração do fora que certamente levaria.

− Tikki, você acha que eu poderia ser akumatizada? Estou sentindo tanta tristeza só de pensar no que Adrien vai me dizer.

− Em primeiro lugar, Marinette, eu não a deixaria ser tomada por um akuma. Portadores de miraculous têm proteção especial, são quase blindados contra esse tipo de problema. Infelizmente outras influências maléficas podem corromper um herói. Como aconteceu com Hawk Moth...

− Ai... agora não sei se fico aliviada ou preocupada, Tikki! – interrompeu Marinette, com cara de pavor.

− Fique calma! Você não está sob ameaça. No mais, você nem sabe se Adrien vai mesmo te dispensar.

− Sei sim, Tikki. – respondeu cabisbaixa.

− Confie em você, Marinette. Mesmo a resposta sendo negativa, você vai saber contornar a situação, como uma Ladybug! Essa tristeza não vai te derrubar.

A Kwami recostou seu rostinho na bochecha de Marinette, lhe oferecendo carinho e conforto.

Marinette chegou à escola e notou que Adrien ainda não estava lá. Pouco depois, o loiro entrou apressado, pedindo desculpas pelo atraso – que não era muito comum a ele. Antes de se sentar cruzou seu olhar com o de Marinette e ambos ruborizaram. Baixaram a cabeça e assim permaneceram até que Adrien estivesse de costas. Alya afagou carinhosamente o ombro da amiga. Nino somente tentou passar confiança ao amigo com seu sorriso seguro.

E assim os primeiros horários de aula se arrastaram até que chegou o intervalo. Todos os alunos foram saindo, deixando somente o quarteto de amigos na sala. Alya fez um sinal de positivo para a amiga, olhou Nino – que prontamente compreendeu – e saiu, deixando Adrien e Marinette a sós.

− Oi, Mari. – disse timidamente Adrien.

− O-oi, Adrien. Então, como foi a viagem? Soube que tiveram muitas atividades. V-você se divertiu? – Marinette tentava quebrar o gelo, mas desviava o olhar.

− S-sim, foi bem legal. Mas tivemos muitas tarefas. Mal pensei... – Queria dizer que nem pensou no beijo, mas achou que seria rude, então desconversou. − ... mal concluí as cruzadinhas.

− Então você não viu... não abriu o livrinho? – E Marinette trouxe o assunto à tona.

Adrien puxou o ar e inflou o peito. Era o momento de dizer. Ou de entregar-lhe a carta e sair correndo como um moleque medroso.

− Mari, eu vi sim sua carta. E eu queria dizer que eu... eu... escrevi uma resposta. Mas eu não acho que quero que você leia. Quer dizer, eu prefiro dizer. Na verdade eu prefiro que você leia, mas não parece certo, eu quero dizer... – agora era Adrien quem se atrapalhava com as frases. Ele queria prosseguir, mas viu o olhar confuso, levemente arregalado de Marinette e notou: que linda cor tem seus olhos! E ele abriu a boca, mas as palavras pararam de sair, então ele puxou da mochila a carta e a apontou para a menina. Quando ela ia pegá-la.... um estrondo! Como uma explosão, do lado de fora da escola. Assustaram-se e, instintivamente Adrien puxou Marinette para o chão.

− Mari, melhor nos protegermos protegermos ali – Apontou para a mesa da professora.

− Não, Adrien. É melhor... melhor... melhor irmos para os vestiários. É mais protegido! – tentava argumentar e criar condições para proteger Adrien e se transformar. Mas o mesmo fazia o loiro.

− Não, Mari! Fique aqui! – gritou exaltado. – Não quero que nada aconteça contigo! Você é corajosa e incrível(!)... mente... incrivelmente prudente, mas não vou deixar que se arrisque. Vou ver o que está acontecendo e volto com ajuda.

Adrien correu para o pátio e, atrás de uma pilastra, tendo se assegurado de que não seria visto por qualquer pessoa, clamou por seu Kwami:

− Escapou por pouco, hein, Adrien?

− Agora não é hora de piada, Plagg. Temos um assunto mais urgente pra resolver. Plagg, mostrar as garras!

Enquanto isso, na sala de aula, Marinette também se transformava:

− É, pelo jeito a conversa com o Adrien vai ter que esperar.

− Pela preocupação dele contigo, acho que você não precisa temer sua resposta, Marinette.

− Ele é meu amigo, Tikki. Claro que ele se preocupa. Tikki, transformar!

 Os heróis se encontraram fora da escola. E, obviamente, seus instintos estavam certos: era um novo akuma.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã!!!