Central da WOOHP, Rio de Janeiro. 15:06.

     Jeniffer lia algumas informações do sistema de forma distraída em seu escritório. Ouviu o típico chiado que fazia a porta de sua sala ao se abrir automaticamente e viu de relance quem era. Lá estava Wade, entrando com um sorriso perverso no rosto com o doutor à sua frente, parecendo estar algemado pelo espião.

— Conseguiram capturá-lo? — A agente ficou um tanto surpresa. — Ótimo trabalho! E onde estão os outros?

— Eu disse que eles eram uns emprestáveis! Infelizmente foram explodidos quando Loth armou uma bomba em nossa casa... Por sorte eu consegui escapar e detê-lo em sua fuga!

     A moça estava paralisada devido a informação pesada que recebera. O que aquilo queria dizer? Que dois dos seus melhores espiões estavam mortos? Repentinamente, uma parte do teto perante a mesa de Jeniffer se abriu e de lá caíram os três agentes.

— Pode ir parando por aí, doutor Andrew! — ordenou Blake.

— Mas... dois Wade’s? — A chefa acabava de ficar ainda mais confusa. — O que é que está havendo aqui? Você não acabou de dizer que eles tinham sido explodidos por uma bomba?

— Foi um pequeno erro que não irá se repetir! — falou o vilão, amostrando suas mãos livres e apanhando com alvoroço um dispositivo em seu jaleco. — Podem ter conseguido desativar meu outro brinquedinho com água, mas estamos num escritório onde aparentemente tudo é de metal... Dessa vez não conseguirão escapar!

— Wade, achei que o tivesse detido?!

— Aquele não sou eu, Jen! — explicou o verdadeiro ruivo. — É um robô feito com o meu DNA!

— Poderíamos ficar aqui conversando pelo resto do dia, mas... eu preciso sair da área da explosão! — O sádico doutor exclamou, apertando um botão para acionar a contagem da bomba e a jogando sobre a mesa de Jeniffer. — Boa sorte, espiões!

    Em seguida, o vilão e seu robô saíram em fuga pelos corredores da WOOHP.

— Não o deixem escapar! — Jeniffer alertou. — Vão impedir que fujam! Deixem a bomba comigo!

     Os três rapazes se entreolharam por um breve momento e concordaram com a cabeça, partindo dali no encalço ao vilão.

     A chefa rapidamente pegou uma chave de fenda e abriu a carcaça do explosivo. Para seu azar, o dispositivo não era composto por fios capazes de desativá-lo, contava apenas com um microchip interligado à bomba e ao cronometro, e um pequeno detector de proximidade deveria mandar tudo pelos ares caso alguém tentasse encostar no chip.

— Ótimo...