O Herdeiro Malfoy escrita por Zoey


Capítulo 10
Capítulo 10 - O Festival da Tortura


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu fiquei sem computador e talvez o texto tenha ficado desalinhado, vou tentar corrigir, se isso tiver acontecido, o mais rápido possível, boa leitura ♥



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—Desça já daí, seu merdinha – gritou uma voz.
Lucius Malfoy estava no quintal majestoso de sua casa e estava furioso.
Draco sobrevoava o entorno da casa. À época, ele estava no recesso escolar de natal e encontrava-se em seu quarto ano em Hogwarts.
Lá fora congelava. Draco adorava o ar frio contra seu rosto e a sensação de liberdade nas alturas, gostava de sentir-se mais poderoso apenas pelo fato de poder controlar a vassoura como bem entendesse, mas pelo tom de seu pai viu-se forçado a descer.
Alguns centímetros atrás de Draco, Blásio pousou e fez o rosto de Lucius transformar-se de ódio puro para desgosto quando percebeu que o filho estava acompanhado. Lucius tentava parecer menos asqueroso na frente de outras pessoas, todavia, como Blásio era uma figura recorrente na casa dos Malfoy e já havia presenciado várias vezes o homem perder o controle, Lucius nem se esforçava mais para fingir decência.
—Vejo que estão praticando para perder para o Potter – ele estalou a língua – devo dar certo crédito a vocês e sua capacidade de perder para aqueles amadores de muggles e sangues impuros mesmo com vassouras melhores.
—Deixe os garotos, Lucius – implorou a voz de Narcisa, ela vinha a passos longos tentar conter o marido – eles estão apenas divertindo-se.
—Talvez se você parece de protegê-lo e não ensinasse a ele “divertir-se” tanto, ele seria melhor aluno e melhor jogador. Até aquela sangue sujo... Hermione Granger... é melhor que esse garoto. Você o estragou, Narcisa. Ele precisava de limites e tudo o que você ensina é “divirta-se”.
Lucius foi na direção de Narcisa que se encolheu com sua proximidade, mas, naquele momento, ele não ia batê-la mais uma vez, entrou na casa e desapareceu em seu escritório. Depois do episódio, Narcisa pediu gentilmente que os meninos guardassem as vassouras e fossem prepararem-se para a festa de Natal.
Todos os anos, a mansão recebia algumas das famílias mais conservadoras de sangues puros do mundo mágico. Todos seguidores de Voldemort. A festa funcionava mais como uma renovação dos votos ao senhor das trevas do que uma festa em si. Naquele ano, Lucius tinha decidido que Draco participaria da parte mais secreta da noite. Draco não entendia o que aquilo queria dizer, mas supôs que não era bom, pois Narcisa chorou implorando-lhe que não “iniciasse” Draco ainda.
Ele não entendia o que estava acontecendo, mas confiava no julgamento de sua mãe para saber que nada de bom seria tirado daquela experiência.
Draco colocou suas melhores roupas, assim como Blás, Narcisa ajudou-os a arrumar o cabelo e sorriu no fim do trabalho. Eles reclamavam como as duas crianças que eram que os sapatos sociais eram desconfortáveis e que seus cabelos estavam ridículos puxados daquele jeito. Narcisa deu risada e comparou-os a dois mini senhores da alta sociedade. Contrariados, eles desceram as escadas e foram receber os convidados.
Aos poucos, o salão da mansão encheu-se. Todos conversavam, alguns ousavam rir sarcasticamente. Depois que todos estavam servidos e o relógio deu meia-noite, Lucius anunciou:
—Como todo ano, eu convoco os principais membros e seguidores do Lorde das Trevas para o nosso tradicional festival, com o prazer de anunciar que meu filho se juntará a nós este ano.
Narcisa discretamente pediu mais uma vez pediu a Lucius que evitasse aquilo. Ele a olhou nos olhos com tanta raiva que ela se retirou sem mais uma palavra. Narcisa foi até Draco e pegou-o pela mão.
—Não importa o que acontecer, Draco, se você não conseguir olhar, vire-se de costas e olhe para mim apenas. Você entendeu? – disse Narcisa com dureza na voz
Draco acenou sem entender o que aquilo significava.
Ele, sua mãe, seu pai e mais alguns homens e mulheres com rostos cruéis e sorrisos perversos seguiram até o escritório de Lucius, onde ele puxou um livro e destravou uma passagem secreta que dava até uma espécie de porão. Quando chegaram ao final da trajetória, formaram um círculo, no qual havia uma mesa no centro. Lucius passou a frente de todos e trouxe flutuando atrás de si alguém amordaçado e com amarras no corpo, Draco não tinha certeza de onde aquela pessoa tinha surgido.
—Gostaria de apresentar aos senhores, Valerie Bluetree, uma adorável sangue sujo que nos fará companhia esta noite. Ela está um pouco nervosa com toda essa atenção, então, vocês talvez queiram fazê-la sentir-se mais confortável com a situação – muitos riram em voz alta, risadas maliciosas enquanto a mulher retorcia-se e chorava – senhores, eu tenho o prazer de abrir o festival este ano... Crucio!
E a mulher começou a retorcer-se e gritar o máximo que conseguia. Draco estava assustado, depois daquele, muitos outros juntaram-se a Lucius, torturando a mulher de diferentes formas possíveis e imagináveis. Quando a diversão perdeu a graça, Lucius gritou “Avada Kedavra”
Draco estava em estado catatônico, todos começaram a retirarem-se da sala, mas Lucius parou na frente de Narcisa e Draco e disse:
—Isso é educar um filho.
Ele saiu e deixou-os.
Draco não saiu do estado catatônico o resto da noite, ele ainda não tinha certeza de como havia enfrentado aquela noite sendo cortês e seguindo a etiqueta. Blásio aguardava-o no salão e parecia empolgado para perguntar aonde tinha ido, entretanto, ao ver o rosto de Draco desesperou-se pelo amigo, Blás ficou ainda mais preocupado quando perguntou se Draco queria sua companhia para aquela noite para conversarem e ele recusou.
Aquela noite, ele não dormiu, por três dias ele era um fantasma de si. Até que decidiu afastar tudo o que havia visto de seus pensamentos e continuar sua vida sem lembrar daquelas memórias. Tempos depois, ele viu que aquela era uma atitude covarde, de alguém que viu algo que o incomodou e não fez nada para mudar o cenário. Todos os anos depois daquele houveram eventos como aquele até a guerra chegar e os seguidores de Voldemort dissiparem-se.
Draco voltou à realidade. Já fazia duas semanas que ele e Blásio estavam consertando a casa, o mausoléu já estava começando a ficar aceitável.
Ele ouviu a campainha tocar e estranhou. Blásio tinha saído para ver seus pais há algumas horas, mas ele nunca tocava a campainha quando voltava, ele sempre simplesmente aparatava no meio da sala. Nas primeiras vezes, Draco tinha levado tantos sustos que achou que depois daquilo tinha sido imunizado a ataques cardíacos. Mas, aparentemente, até uma campainha fazia-o tremer.
Ele abriu a porta na esperança que fosse Blásio enquanto dizia:
—Não me diga que esqueceu a cha...
E perdeu as palavras quando encarou Hermione Granger na porta de sua casa.


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Notas finais do capítulo

Opiniões, please.