The mine word: Blue roses. escrita por gurozu


Capítulo 15
Capítulo 14: Acerto de contas.


Notas iniciais do capítulo

Eai pessoal, tudo bem? Trazendo o capítulo. Bora lê?



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Visão do Sekka:

Bordel Piti-Taco. Um lugar rodeado por boatos. Dizem que grandes acordos já foram fechados aqui. E que até mesmo o novo prefeito o frequenta com frequência.

Dois homens estão parados em frente à porta. Tirando eles, nada indica que aquele lugar é um bordel.

Me aproximo, como se fosse rotina.

—Espera aí, azulzinho, o que quer aqui? —Perguntou um dos seguranças.

—Estou procurando o gerente. —Retirei um saco com algumas moedas do bolso e o entreguei ao guarda. —Será que ele está?

Ele sacudiu o saco e o guardou. —Vou levá-lo até ele.

O outro homem abriu a porta e nós entramos. Faziam anos que eu não vinha até esse lugar. Da última vez, acho que a minha Gisele nem era nascida ainda.

Jojo pode ser estranho, mas sabe gerir um negócio. O lugar não é o bordel mais popular da cidade a toa. Quanto mais nós íamos entrando, mais absurdas iam ficando as situações. Chegou a pontos incomentaveis e que me faziam pensar que a Pheal talvez não fosse tão abusiva assim.

No final de um salão, sentado em um sofá e com duas garotas ao seu lado, está ele, Jojo, com sua roupa verde sempre parecendo preto de tão escura.

—Olha só quem está aqui. Vejam, meninas. Há quanto tempo, Sekka. Como vai a família.

—Vai bem, obrigado.

—Por que parou de vir? Eu adoro a sua companhia.

—Esposa, filhos... Não dava pra ficar vindo a um bordel.

—Sei como é. Deve ser difícil ser o primeiro Creeper a pegar uma Enderman. —Ele se levanta do sofá e alonga as costas. —Meninas, porque não esperam o papai na cama?

As meninas, uma Creeper que só usava meias e uma Aranha com um short curto e mostrando os seios, se levantaram e foram brincando e rindo até o quarto.

—Não são uma graça? Esse novo acordo imperial foi bom pros negócios. Agora, tenho garotas de outras raças trabalhando aqui. Foi difícil, mas consegui encontrar uma Creeper azul, também. Se estiver interessado...

—Não, Jojo. Tarde de mais. Sou homem de uma mulher só.

—Nunca pensei que ouviria isso de você, Sekka. Não se lembra dos velhos tempos?

—Não muito. Olha, não foi por isso que vim aqui. Preciso de ajuda.

—Ajuda, é? Entendo. Que tipo de ajuda?

—Uma informação. A localização de três caras.

—Ohh... Você está envolvido no atentado de mais cedo? Curioso.

—Atentado?

—Parece que uns caras sequestraram uma Ghast e um outro cara explodiu o rosto de um deles. Ele está vivo, mas ouvi falar que não está nada bem.

—São eles! Onde estão?!

—Calma aí, amigo. Não é assim. Venha, beba alguma coisa.

—Estou com um pouco de pressa. Preciso estar sóbrio pro que vou fazer.

—Espere, você não vai matar eles, vai? Aí a coisa muda de figura.

—Você tem algum envolvimento com eles?

—Nenhum. Eles são só um grupo de moleques. Idiotas que não sabem como é ter uma infância horrível. Você sabe do que falo. Crescemos aqui. Esse lugar é nosso. Não vou deixar que o tirem de nós.

—Então é uma briga por território? Bem típico de você.

—Você me conhece. Não gosto que invadam meu espaço. —Ele foi até uma janela e a abriu. —Essa cidade vai ser minha, Sekka, acredite. É só questão de tempo. Quer os moleques? Direi onde estão.

Visão da Pompo:

Alex está brincando com os outros agora. Não há risco dela causar uma explosão por acidente, pelo menos.

Pheal parece preocupada com algo. Talvez com o Sekka. Ele não voltou desde o almoço. Não sei se devo dizer alguma coisa ou só ficar quieta.

—Pompo?

—S-Sim!

—Pare de me encarar. Está me assustando.

—Desculpa. É que você parece emburrada com algo.

—É o Sekka. Sei que não é nada de mais, mas estou preocupada.

—Fica tranquila. Ele cresceu nessa cidade. Sabe se virar.

—Isso que me preocupa. Ele é muito confiante. Pode acabar fazendo alguma idiotice.

—Homens são idiotas. É normal.

—Tem razão. —Ela ri e se deita sobre o piso de madeira. —São todos idiotas.

—Eu não ia perguntar, mas aconteceu alguma coisa entre vocês? Não tiveram um outro filho depois de tanto tempo.

—Eu não sou uma máquina de parir, Pompo, existe um limite. Estamos tentando controlar e parece estar dando certo.

—Queria saber como acelerar isso. Não importa o quanto fazemos, eu não engravido. O Pokko foi um golpe de sorte, mas já faz alguns anos.

—Tudo ao seu tempo. Você já tem duas crianças maravilhosas. Aproveite um pouco.

—Talvez esteja certa. —Paro um pouco pra me declinar e sentir o vento no rosto. Será que o Steve quer mesmo outro filho? Ou será um desejo egoísta? —Preciso de uma bebida. Tem o que aí?

—Você está no lugar certo, amiga. Vem comigo.

Visão do Sekka:

Os três esperniavam por debaixo dos panos que cobriam suas bocas. Um deles estava totalmente deformado.

—Eu sei que isso não é legal, então vai acabar logo, está bem? —Disse, continuando a cavar a cova.

A informação do Jojo estava certa. Os encontrei em outro posto deles. Um lugar meio sujo e escuro. Estavam cuidando dos ferimentos do amigo, provavelmente.

Quando a cova foi cavada, eu peguei o primeiro cara, um baixinho com gorro ridículo.

O coloquei de joelhos em frente à cova. —Suas últimas palavras? —Ele apenas esperniou alguma coisa. O som do choro e as lágrimas escorrendo por debaixo do gorro eram quase comoventes. Quase.

Com um golpe, a cabeça caiu no buraco. O corpo ficou um tempo ereto, mas logo tombou junto.

—Próximo...

O seguinte era um gordo. Embora fosse forte e desse um certo medo, era o que mais chorava. O coloquei de joelhos, mas, diferente do outro, tirei o pano da sua boca.

—Últimas palavras?

—Por favor! Eu não queria! Não fiz nada! Me des... —O corpo caiu como uma pedra.

—Eu disse uma palavra, idiota. Muito bem, o último. Nossa, você está uma merda.

Ele se manteve calado, apenas com a respiração forte. O arrastei até o lugar e o coloquei de joelhos.

—Sabe o porquê de eu ter feito isso? De ter matado seus amigos? —Apenas silêncio. —Vocês se envolveram com uma Ghast, não foi? Bonita, alta, com cabelos prateados... Sabe de quem estou falando.

—N-Nós não... Não fizemos... Não fizemos nada. Ela só... Ficou lá... Quieta...

—Aquela garota é minha sobrinha. Todos gostamos muito dela lá em casa e não gostamos do que fizeram com ela. Vocês não sabem com quem mexeram. Escolheram a pior vítima possível. Uns moleques incompetentes.

—Idai...? Não me importo... Se ela é sua sobrinha... Filha, esposa... Eu faria de qualquer... Qualquer jeito...

—Suas últimas palavras?

—Fala pra quela puta que eu mandei ela se fuder.

O golpe foi no peito, perfurando os pulmões. Enquanto os enterrava, podia ouvir o som dos seus suplicos, dele puxando o ar sem sucesso e, finalmente, dele morrendo. Com certeza ele achou que morreria rápido como os amigos. Ele claramente não me conhecia.

Visão do Steve:

Gisele adormeceu depois de derramar tudo em meu ombro. Nunca a vi chorar tanto. Parecia uma criança. Ao menos ela parece melhor.

Fico me perguntando se o Sekka continuou com aquela ideia.

—St-Steve... —Era a voz da Pompo.

—Pode entrar.

—Vem... Aq-Aqui...!

Algo não parece bem. O que será que deu nela?

Fui até a porta e a abrir, sendo atacado em seguida. —Peguei! —Pompo se jogou sobre mim, me derrubando. —Peguei você! Peguei você!

—Pompo! Ficou doida?

—Claro que não... É só... Só um golinho. —Ela vira uma garrafa de bebida e bebeu até quase a metade. —Isso é muito bom...!

—Você sabe que é fraca pra bebida, Pompo, me dá isso aq...!

Ela me beija, despejando a bebida em minha boca. —Não seja bobo, Steve... Vamos brincar...!

Ela seguiu com o beijo e foi se esfregando em mim. Eu sabia no que isso ia dar. —Espera, Pompo, esp!

—Isso parece com a nossa primeira vez. Você lembra? Você... Eu... Esses arco-iris... Tudo está aqui, Steve.

—Tudo bem, acho que passou do aceitável. Sem bebida pra você. —Disse, arrancando a garrafa das mãos dela.

—Não! Devolve! É minha!

—Só devolvo se você sair de cima de mim. —Ela obedeceu. —Agora vá pra cama. —Ela foi. Peguei a chave e tranquei a porta. Bebi o resto da bebida e coloquei a garrafa na mesinha ao lado da cama. —Agora sim, vamos brincar.

—Seu bobo...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem um comentário. Não gostaram? Deixem um comentário também.
Sem muito pra dizer.
Até o próximo capítulo.