Quando o Amor acontece escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 55
Último Capítulo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/714874/chapter/55

Último Capítulo ❣️

Depois da Cerimônia, houve uma festa em comemoração aos noivos. Shirlei queria algo simples, e no sítio - que a partir daquele dia passou a ser o lar de sua pequena família - mas a mãe de Felipe interviu e acabou saindo algo bastante requintado. Mas tudo em comum acordo já que agora as duas andavam em um relacionamento sogra-nora invejável.

Felipe e Shirlei passaram a festa inteira trocando olhares um com o outro e pedindo a Deus para que o evento se encerrasse logo para que enfim pudessem eles mesmos comemorarem... Sozinhos.

O pequeno Benjamin foi uma atração à parte da festa, além de não ter largado os pais nem por um segundo sequer, distribuía sorrisos pra quem o observasse. Ele não negava que era mesmo filho do casal, tamanha era sua simpatia e docilidade.

Quando o bolo foi partido e o casal cumpriu o ritual de cruzar os braços no momento de beber a champanhe, o jeito que Felipe olhou para sua esposa foi tão intenso que ela logo entendeu que a partir dali a festa havia se encerrado para os dois. O interessante foi que Shirlei, a partir daí, sentiu que para sempre compreenderia seu marido apenas pelo olhar.

Já passava de uma e meia da manhã e os convidados continuavam se divertindo entre os comes e bebes da festa, quando Shirlei se deu conta do desaparecimento repentino de seu esposo. Enquanto falava com um e com outro amigo e conhecido, se esticava para olhar por cima das cabeças a procura de seu amado.

Nada.

Nenhum sinal.

Começou a perguntar entre os mais íntimos se eles os tinha visto, mas nenhum deles parece ter ao menos se dado conta de sua ausência.

Franziu a testa, preocupada, até que sentiu alguém puxando seu vestido. Olhou para baixo e avistou seu filho, que lhe sorriu com os olhos. Abaixou-se e pegou-o no colo.

– Oi, meu amor. - Disse para o filho depois de lhe tascar um beijinho no rosto. - Por acaso você viu o Papai?

O garotinho sorriu e depois de balançar a cabeça rapidamente, assentindo, entregou para ela um envelope.

Shirlei Franziu a testa ao segurar o envelope. - É pra mamãe? Quem mandou?

– Papá. - O pequeno balbuciou, respondendo.

Shirlei sorriu. Seu príncipe e seus mistérios. E ela que achava que com o casamento, o romantismo dele iria acabar... Esse envelope veio para mostrar que ele estava apenas começando.

Shirlei beijou o pequeno outra vez e depois de colocá-lo outra vez no chão para que ele pudesse correr atrás de outras crianças que apareceram naquele momento chamando por ele para brincar, ela se pôs a ler o que estava escrito no bilhete dentro do envelope.

"Oi, princesa! Aposto que achou que nunca mais receberia um bilhete assim. Acertei? - Shirlei soltou uma risadinha. Como ele conseguia adivinhar até o seu pensamento? - Pois é, mas fique a mocinha sabendo que os nossos infinitos quinze dias começam hoje, então... Sem que ninguém veja, saia de fininho e venha até a nossa casa. Te espero...

Seu eterno príncipe, e agora esposo Felipe!"

Shirlei sorriu, deslumbrada. O que seu príncipe estava aprontando desta vez?

Mas antes de dar sua escapada, como uma boa mãe responsável que era, foi até Tancinha e depois de explicar tudo, pediu para que ela cuidasse do pequeno Benjamim. Claro que sua irmã não fez nenhuma questão quanto a isso, pois adorava o afilhado e entendia que Felipe e Shirlei estavam loucos para terem sua tão sonhada Lua de Mel.

Depois disso e de dar muitos beijos em seu rebento, Shirlei segurou o vestido e como pedia o bilhete, saiu de fininho pelo jardim que dava acesso até a casa grande.

– Príncipe. - Sussurrou alto assim que chegou em frente a porta principal. Mas não escutou nenhum ruído. Estava escuro então não se enxergava nenhum palmo diante do nariz. A única luz que havia ali vinha da lua. - Príncipe, você tá aí? - Perguntou, mas não houve resposta.

Deu alguns passos para trás, começando a imaginar se o bilhete tinha mesmo vindo dele ou se... Talvez pudesse ser uma armadilha. O que não era nenhuma novidade, visto que, nos últimos meses tinham passado por bastantes coisas que nunca cogitara, então... Droga! Melhor mesmo era nem pensar nisso!

Assustada, deu mais alguns passos para trás e já estava preparada para correr quando sentiu dois braços fortes, agarrando-a por trás e deitando-a em seus braços.

– Ai, príncipe, que susto! - Ela gritou, sorrindo, quando se deu conta de que era Felipe quem a carregava no colo.

– Que foi? Não gostou da surpresa? - Ele questionou com os olhos fixos nos Dela.

Ela segurou o rosto dele, lhe fazendo um carinho de leve.

– Claro que eu gostei. Mas você sabe que os convidados já já vão dar por nossa falta e...

– E vão saber que estamos nos amando e sendo felizes. - Completou ele com um sorriso sedutor no rosto. - Aposto que nenhum deles vai ligar pra isso.

Shirlei sorriu e levou os lábios até os dele, selando-os com um beijo casto.

– É, aposto que não.

Felipe sorriu com a resposta positiva da esposa, então com uma das mãos livres, ele abriu a porta, Ainda com Shirlei nos braços e a levou até o quarto principal.

– Fecha os olhos, princesa. - Ele pediu e ela prontamente obedeceu.

Então ele abriu a porta.

– Já pode abrir. - Ele disse, com os lábios encostados em sua orelha.

Ela sorriu e abrindo os olhos se deparou com o quarto, que estava preparado lindamente para os dois. Shirlei mais uma vez se emocionou diante da visão do quarto que Felipe preparou com todo amor e dedicação. Seu marido era único.

– Princesa, eu quero te amar. - Felipe começou a sussurrar em seu ouvido. - Aqui. Na nossa casa. No nosso lar. No nosso quarto. Onde passaremos o resto de nossas vidas. - Engoliu a seco. - Como se fosse a nossa primeira vez...

Shirlei sorriu para ele, com toda ternura de seu coração e balançando a cabeça, concordou. Então Felipe, com toda delicadeza, a colocou no chão, de maneira que os dois ficaram um de frente para o outro. Olhos nos olhos.

– Te amo. - Felipe sussurrou, enquanto retirava a grinalda e o véu, que jogou em um canto qualquer do quarto.

– Te amo. - Ela respondeu, retirando a gravata dele e jogando também bem longe.

Mas essa delicadeza as vezes não combinava tanto assim com os dois, então depois de sorrirem um para o outro com o sorriso mais sugestivo que existia no mundo, Felipe enlaçou a contra de Shirlei e a trouxe para si, colando seu corpo ao Dela, enquanto os braços Dela agarravam seu pescoço com ânsia. E o beijo que tanto estavam guardando... Aconteceu. Voluptuoso, ansioso, repleto de promessas e vontade de uma Felicidade infinita.

E quando se menos esperou, o vestido alvo e cheio de pedrarias de Shirlei estava no chão junto com toda a roupa engomadinha de Felipe porque roupa era o que menos importava para eles naquele momento.

Então deitados na cama, os dois se acariciavam e se tocavam, pois conheciam cada parte do corpo um do outro, mas como queriam fazer de conta que era a primeira vez, as mãos brincaram com cada parte do corpo um do outro, estudando cada milímetro, decorando, assim como a língua que traçava linhas de fogo por onde passava e se apossava.

Os dois não tinham pressa, entretanto, a paixão os consumia de uma forma que a necessidade de estar um dentro do outro falava tão forte que antes que pudessem se dar conta a dança erótica já se iniciava em seu ritmo frenético, sem pudor, com gritos, grunhidos, arfadas e muito, mas muito suor escorrendo pelos poros de ambos até chegarem ao ápice uma vez, duas vezes, três vezes... Enquanto os "eu te amos" de sempre e sempre eram sussurrados e as mãos entrelaçadas no alto de suas cabeças se apertavam cada vez mais e mais. E as ALIANÇAS reluziam em seus dedos.

*****************

– Bom dia, princesa. - Felipe disse para Shirlei, que Ainda tentava a todo custo abrir os olhos. - Olha só quem veio tomar café com a gente.

Shirlei piscou os olhos e finalmente conseguiu abrir os olhos para se deparar com Felipe vestido apenas com sua calça moletom, parado na porta do quarto. Em um braço segurava um bandeja com um belo café da manhã. E no outro o pequeno Benjamim vestido com seu pijama de ursinho, olhos sonolentos.

– Acordar e me deparar com meus dois grandes amores não tem preço. - Murmurou Shirlei sorrindo, com voz de sono. Abriu os braços para receber o pequeno Ben, que já esticava os bracinhos a procura do aconchego maternal. - Vem pra mamãe, vem!

Felipe sorriu e depois de entregar o filho para Shirlei, ajeitou a mesinha na cama e depositou a bandeja de café da manhã em cima Dela.

– O que você vai querer, amor? - Shirlei perguntou para o pequeno, que esticou o definho para o Danone de chocolate. Shirlei e Felipe se entreolharam sorrindo. Sabiam que seu filho escolheria aquilo. - Tá certo. Mas depois vai ter que tomar o seu gagau todinho, viu? - Ela combinou, mesmo sabendo que aquilo seria quase impossível. Então entregou o Danone para o filho que deu um sorriso infantil e começou a se deliciar com a guloseima.

Felipe por sua vez, pegou uma colher encheu com uma salada e apontou para a boca de sua esposa, que abriu para receber o conteúdo.

– Feliz, Senhora Shirlei Rigoni de Miranda?

Mastigando a salada, ela sorriu com os lábios fechados.

– Muito. Acho que no mundo não deve existir ninguém mais feliz do que eu.

Felipe sorriu e segurando o queixo da esposa, trouxe seus lábios até os dele e tascou um beijinho casto e carinhoso.

– Existe sim. - Felipe disse e ali ficou implícito que se tratava dele.

Então os dois se entreolharam apaixonados até que alguém chamou atenção dos dois. Ambos olharam para o lado e caíram na gargalhada ao se depararem com Benjamim completamente lambuzado de Danone de chocolate. Mãos, boca, nariz, bochechas, até os pés, não se sabia como, não havia escapado.

Shirlei voltou a olhar o marido, que também voltou o olhar para ela. Então os dois deram um sorriso cúmplice.

– Até três? - Felipe perguntou e Shirlei sorrindo, concordou com a cabeça.

– Um - Shirlei começou a contar.

– Dois - Felipe continuou.

– Três. - Shirlei finalizou.

– Atacar! - Ambos gritaram se jogando em cima de Benjamim para lamber e beija-lo o máximo que podiam, arrancando risos infantis de cócegas e Felicidade do pequeno, que se contorcia por inteiro, enquanto os pais se divertiam, relembrando as vezes que faziam isso um com o outro.

**********************

E assim era o cotidiano de Felipe e Shirlei, repleto de Momentos felizes.

Três meses depois...

– Mamãe, posso bincar na água? - Benjamim pediu. Eles estavam na praia e nesse momento, Shirlei estava passando protetor no rosto de Benjamim.

– Só se o Papai for com você. - Shirlei respondeu, olhando para o marido, que deu um sorrisinho de lado.

– Bó, Papai! - O pequeno chamou com a mãozinha abrindo e fechando.

Felipe sorriu e depois de bater a mão na outra já que estava com elas sujas de areia, pois estava até aquele momento construindo um castelinho para o filho. Crianças costumam mudar de opinião muito rapidamente.

– Vamos sim. Vem, sobe aqui nas costas do Papai, campeão. - Felipe disse e Shirlei ajudou a colocar o pequeno nas costas dele, então os dois correram até a água e ficaram se divertindo até o pequeno se cansar e querer voltar.

– Mamãe, pexe! Medo, mamãe! - Gritou o pequeno, abraçando o pescoço de Shirlei, que o aconchegou.

– Você viu um peixe, foi, meu amor? E ele era grande?

O pequeno abriu os braços para mostrar que o peixe era grande.

– Beeeeeeeem gande! Assim oh mamãe!

Shirlei riu juntamente com o marido.

– Mas Papai protegeu Benjamim, não foi? - Felipe perguntou. - Fala pra mamãe.

– Potegeu. Papai fote, mamãe! - Benjamim disse, arrancando um risonho da mãe.

– É, meu amor, papai é forte?

– E gato. - Completou Felipe, brincando.

Shirlei deu uma gargalhada.

– Convencido também. Pode acrescentar nessa lista.

Foi a vez de Felipe gargalhar.

– Que te ama. Posso acrescentar também? - Questionou ele todo sedutor.

Shirlei o olhou de esguelha. E ele soltou um beijo para ela, que sorriu, apaixonada.

Depois disso, ele a puxou, posicionando-a entre as pernas e abraçando sua cintura, enquanto seu rosto ficava enfiado no pescoço de sua esposa, absorvendo o cheiro dela que ele tanto amava.

Benjamim, por sua vez, voltou a brincar de castelo de areia.

– E vivemos felizes para sempre? - Felipe questionou.

Shirlei sorriu, olhando para o horizonte.

– Sim. Mas o para sempre está apenas começando... Afinal, nós quatro Ainda temos muitos momentos felizes para viver, não é?

Felipe Franziu a testa.

– Nós quatro?

Shirlei sorriu e segurando a mão de Felipe, a levou até o seu ventre.

– Momentos felizes como a chegada de um novo membro pra nossa pequena família. - Explicou, emocionada.

Felipe arregalou os olhos, deixando que uma lágrima de emoção se derramasse em seu rosto.

– Cê tá falando sério, princesa?

Shirlei deu outro sorriso.

– Sim, príncipe. Não eram sete filhos que você queria. Agora só estão faltando cinco. - Shirlei brincou e riu.

Felipe apertou-a nos braços e começou a enchê-la de beijos e Benjamim vendo os pais tão felizes, mesmo sem saber do que se tratava, quis participar se jogando no meio dos dois e recebendo beijos dos dois, que sorriam...

Felizes...

Para sempre!

*************************


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando o Amor acontece" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.