Quando o Amor acontece escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 30
Capítulo 30




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/714874/chapter/30

Trigésimo Capítulo ❣️

" Senhoras e senhores, dentro de instantes pousaremos no Aeroporto Internacional de Paris - Charles de Gaulle..."

Começou a anunciar o Comandante da Aeronave, despertando Felipe que dormia profundamente, ainda abraçado a Shirlei.

– Senhor, bonne journée(bom dia)! Poderia voltar o seu assento para o lugar, s'il vous plaît(por favor)? - Pediu a aeromoça com toda educação.

Felipe piscou os olhos, abrindo-os com dificuldade e retirando o braço da cintura de sua namorada com todo cuidado para não acorda-la - ainda - ele se esticou todo, espreguiçando-se.

– Tá. - Respondeu Felipe com voz rouca de sono, já imaginando estar em terras parisienses pela mistura de línguas da aeromoça. - Vou só acordar a minha namorada e farei isso.

A aeromoça concordou se retirando com um sorriso formal no rosto.

– Princesa? - Felipe fez um carinho no rosto de Shirlei de leve com os dedos. Depois encostou os lábios no ouvido dela. - Hora de acordar... Princesa? - Roçou o nariz na orelha nela, provocando um pouco de cócegas nela, que já começava a se mexer.

– Huuuuuum... - Gemeu ela, fazendo careta e piscando os olhos para que eles pudessem se adaptar à luz forte do interior do avião. - Já chegamos? - Ela perguntou, a voz rouca, quando seu foco de visão se direcionou a ele, que sorriu.

– Chegamos faz um tempinho e a aeromoça quer que a gente levante pra ajeitar o assento. - Felipe disse, e se inclinando, deu um selinho nos lábios dela. - Bom dia. Dormiu bem? Porque eu acho que me mexi muito durante a noite. - Falou isso, um pouco envergonhado.

Ela riu um pouco, achando fofo o jeito dele se preocupar com aquilo.

– Se mexeu sim, mas sabe que eu até gostei. É que isso fazia com que eu me lembrasse que você tava aqui o tempo todo do meu lado, então eu me senti segura, protegida...

Ele sorriu de lado e correspondeu àquela declaração, segurando o queixo dela e beijando-a apaixonadamente. Entretanto, um pigarro vindo da lateral dos dois os interrompeu, cessando o beijo.

– Désolé(desculpe), mas os senhores têm que voltar a posição original, imediatamente. Merci.(obrigado) - A aeromoça pediu, agora não tão educadamente, e os dois, segurando o riso, obedeceram-na rapidamente.

– Acho que você já deve saber onde estamos, né, princesa? - Felipe perguntou, quando os dois já estavam sentados, mãos juntas, dedos entrelaçados.

– Já sim, príncipe. Lembra que eu falei do meu cliente francês?

– Mas então, gostou da surpresa? - Felipe perguntou, o olhar cheio de expectativa.

Shirlei deu um sorriso aberto, daqueles que ele adorava nela.

– Se eu gostei...? Príncipe, eu tô praticamente sem palavras aqui. Eu... Adorei!

Felipe sorriu, satisfeito, e retirando do bolso um berloque da torre Eiffel, entregou-a para Shirlei, que recebeu-a sorrindo, emocionada.

– É lindo como todos os outros, mas... - Shirlei segurou o rosto dele com uma mão, o polegar fazendo carinho. - Por ser o lugar onde a gente vai ficar junto pela primeira vez, esse berloque vai ter sempre um significado bem mais especial do que todos os outros!

Felipe sorriu, emocionado. Incrível como Shirlei tinha o dom de sempre saber o que dizer para deixá-lo feliz por sempre tentar fazê-la feliz.

Em resposta, ele levou a mão dela que ele já segurava firme e, fechando os olhos bem apertado, beijou demoradamente.

– Eu te amo, Shirlei Rigoni di Marino, minha princesa. - Ele disse todo orgulhoso como se estivesse diante de alguma autoridade.

– Eu te amo, Felipe Miranda, meu verdadeiro e único príncipe. - Ela também disse, declarando-se.

Então a partirá daí, os dois trocaram um olhar intenso, enquanto sentiam o avião perdendo altura...

"Tripulação preparar para o pouso..."

***************************************

No aeroporto, como todos sempre comentavam, a parte mais chata, era ficar na fila da imigração. Não seria diferente com Shirlei e Felipe, que tiveram que passar horas na fila para regularizarem tudo para enfim poderem curtir a linda Paris.

O táxi contratado por Marina já os esperava em frente ao aeroporto, então não foi dificuldade nenhuma encontrá-lo, pois o mesmo carregava em sua mão um placa com o nome de Felipe escrita nela. A pedido de Felipe, Marina fizera questão de que o motorista entendesse a língua portuguesa, assim Shirlei se sentiria mais a vontade em sua primeira viagem internacional com ele.

– Tá gostando, princesa? - Felipe perguntou ao vê-la, fascinada, com a cabeça quase do lado de fora da janela do táxi admirando cada lugar por onde eles passavam, enquanto o motorista, educadamente os explicava o que era e o que significava cada pedacinho daquele lugar.

Shirlei virou o rosto na direção do namorado, sorrindo com os olhos.

– Muito. Essa cidade é maravilhosa. Cada lugar mais lindo do que o outro!

Felipe sorriu. E ficou pensando nas inúmeras vezes que trouxera Jéssica naquele lugar... Engraçado como nunca havia visto nenhum sorriso como aquele em seu rosto. Pelo contrário, todas as vezes que viajavam a Paris, voltavam brigamos ou terminados porque Jéssica sempre acabava aborrecida com alguma coisa que acontecia que a desagradava. E agora ele estava ali, naquele mesmo lugar, com outra mulher, sorrindo como uma criança. E pela primeira vez, aquela cidade ganhou cor e magia para ele. Pela primeira vez, ele poderia chamá-la de cidade luz!

– A gente vai conhecer a Torre Eiffel? - Perguntou Shirlei, uma voz quase infantil, retirando Felipe de seus devaneios.

– É a nossa primeira parada, princesa. - Felipe respondeu e recebeu dela outro sorriso arrebatador. Então sem mais aguentar, ele a puxou para um beijo apaixonado, fazendo até o motorista ficar constrangido, depois se encostou nela e ficou apontando para os lugares da janela dela, sorrindo junto dela e divertindo-se como nunca em sua vida.

Meia hora depois, o táxi estacionou em um lugar bastante arborizado e repleto de gente. Educadamente, Felipe pediu para que ele o esperasse - já que o táxi ficaria à disposição deles o dia inteiro - e depois descer do carro, abriu a porta para que Shirlei também pudesse descer.

– Pronto, princesa, e aqui está ela... A Torre Eiffel. - Felipe apontou para o monumento, que era bem maior, mais bem maior do que Shirlei imaginava.

Shirlei foi abrindo um sorriso, enquanto ia levantando a cabeça para melhor ver aquela gigantesca estrutura, que ela bem sabia bem onde começava, mas não fazia a menor ideia de onde terminava.

– Príncipe, é perfeita! Sei lá, eu nunca imaginei que pudesse ser tão... - Por falta de palavra melhor - ...Grande! - Felipe deu uma risadinha discreta. Shirlei ruborizou - Você deve tá me achando uma boba, né?

Felipe esticou os braços e a aconchegou um abraço, beijando o alto de sua cabeça.

– Claro que não, princesa. Essa é a reação que todo mundo tem quando vê a Torre Eiffel pela primeira vez. É que eu tô achando tão linda cada reação sua aos lugares daqui que as vezes eu não consigo me conter e acabo rindo... Mas a verdade é que eu tô muito feliz de tá aqui com você... Muito! - Shirlei sorriu e levantando a cabeça se deixou ser brigada por Felipe com todo carinho. - Mas agora vem! Que ninguém pode sair daqui sem uma foto da Torre. - Felipe disse e retirando sua Go-pro do bolso, posicionou-a no melhor ângulo para que ela pegasse eles dois e a Torre, então click, a melhor foto dos dois saiu para guardar pra sempre de recordação.

– Deixa eu ver como ficou? - Shirlei pediu e pegando a maquininha da mão do namorado, ficou admirando a imagem que ficou linda.

– Acho que esse casal combina muito, sabia? Sei lá, ela é bem gata e ele... até que num é de se jogar fora, né? - Felipe brincou, arrancando uma risada divertida da namorada. Então depois disso, ele guardou a maquininha de volta no bolso e segurou a mão dela - Vamos subir?

Shirlei o fitou com o olhar arregalado.

– Subir onde? Na Torre?

Felipe soltou um riso asmático.

– É, princesa. São só 704 degraus, rapidinho a gente chega lá em cima e... - Shirlei arregalou ainda mais o olhar - É brincadeira, princesa. A Torre tem escadas, mas também tem um elevador para os turistas.

Shirlei respirou aliviada.

– Ai, Graças a Deus! Tive um susto agora. Mas se é assim, vamos? Tô louca pra ver Paris de lá de cima!

E o sorriso dela voltou mas estonteante do que nunca, levando Felipe a correr com ela de mãos dadas, como crianças, até a Torre Eiffel onde os dois pegaram o elevador, subindo até o topo dela.

Chegando lá, Felipe, que já conhecia tudo, levou Shirlei até onde os turistas adoravam ir. O lugar onde ficava as esculturas de Gustave Eiffel e Thomas Édison, como se estivessem conversando em um apartamento construído por Gustave na época em que a Torre foi construída. Shirlei ficou encantada e até quis tirar uma foto sentada com as esculturas. Felipe fingiu ter uma crise de ciúme e os dois riram muito, divertindo-se com as caras e bocas de Felipe para Gustave.

Após isso, Felipe levou Shirlei para o topo da Torre, onde ela se encostou na grade que dava vista para toda cidade de Paris. Felipe a abraçou por trás, segurando suas mãos e pousando seu queixo em um de seus ombros.

– Princesa, tá vendo aquele rio bem ali embaixo. - Felipe apontou para um ponto em específico e Shirlei seguiu com o olhar a direção do dedo dele. - É o famoso Rio Sena. Já ouviu falar?

– Já sim. É incrível ver ele daqui de cima.

– E aquelas Torres bem ali no fim, tá vendo? Lá no fim! - Apontou e Shirlei assentiu com a cabeça, sorrindo, fascinada. - É a Catedral de Notre Dame.

– Do Corcunda de Notre Dame? - Ela questionou, animada, arrancando uma risadinha divertida do namorado.

– É, princesa. - Respondeu ele e depois de tascar um beijinho bem carinhoso no ombro de Shirlei, ele continuou: - Se existe uma princesa, com certeza, deve existir um corcunda também.

Depois disso, Felipe apontou para mais uns três ou quatros lugares que ele conhecia bem, então Shirlei reclamou que estava com fome e os dois tiveram de descer para procurarem algum lugar que pudessem se alimentar, pois a tarde seria longa. Felipe prometera levá-la ao Museu do Louvre, ao Arco do Triunfo e por fim à Catedral de Notre Dame.

***************************************

À noite, depois de ter visitado todos os três lugares, Felipe e Shirlei finalmente foram para o Hotel onde estavam hospedados.

Logo que eles chegaram, Felipe tratou de fazer o check-in, enquanto as malas iam subindo até a suíte. Como Shirlei não estava entendendo nada do que eles falavam em francês, ela se pôs a caminhar pelo saguão do Hotel, sozinha. Então o pensamento que ela estava tentando afastar o dia inteiro veio à tona... Sua primeira vez seria dali a alguns minutos e ela começou a imaginar como seria, o que faria, se doeria, todos aqueles pensamentos que passam na cabeça de qualquer mulher, mas que só fazem-na ficar extremamente nervosa e insegura. E essa era a última coisa que ela queria sentir naquela noite.

– Tá tudo bem, princesa? - Felipe perguntou, segurando os ombros de Shirlei por trás, assustando-a.

Shirlei se virou e se afastou um pouco dele , cruzando os braços, e levando Felipe a franzir a testa.

– Tá... Tá tudo bem sim. - Respondeu ela, mas sem conseguir encara-lo.

Felipe se aproximou e segurando o queixo dela, ergueu-o para que os seus olhos se encontrassem com os seus.

– Tem certeza? - Perguntou com ternura.

Shirlei engoliu a seco. Não tinha como mentir para Felipe quando ele a olhava daquela forma. Era impossível!

– Não... Num tá tudo bem não. É que eu acho que tô... ficando um pouco nervosa.

Felipe sorriu de lado.

– Se serve de consolo, eu também tô... bem nervoso.

Shirlei deu um sorrisinho, tímido.

– Você nervoso...? - Questionou ela, incrédula, baixando o olhar.

Felipe colocou uma mecha de cabelo atras da orelha dela para atrair o olhar dela para o seu.

– Eu tô sim, pode acreditar. Porque essa não é só a sua primeira vez, mas é a minha também. - Shirlei Franziu um pouco a testa e virou a cabeça de lado, esperando que ele continuasse para poder compreender o que ele queria dizer com aquilo. - Princesa, não é nenhuma novidade pra você que eu tive muitas mulheres, eu nunca escondi isso, mas... sei lá, eu nunca tive vontade de organizar um momento ou preparar um dia como eu tô fazendo pra você. O que eu tô querendo dizer é que com elas sempre foi só coisa de pele, entende? Com você, eu sinto que pela primeira vez na vida... Eu vou fazer amor.

Um sorriso repleto de ternura se desenhou nos lábios de Shirlei, então ele soube que ela havia compreendido sim.

– Mas oh - continuou Felipe - Num é porque a gente tá aqui em Paris ou porque a gente tá aqui nesse hotel que você deve se sentir obrigada a se entregar pra mim, viu, mocinha...? - Felipe avisou, tocando o nariz ela com o dedo indicador - Eu te amo e o que você decidir pra mim tá ótimo. Se você quiser, amanhã ainda tem um monte de lugar em Paris pra gente visitar e hoje a gente pode dormir agarradinho e...

– Sssshhhh! - Shirlei colocou dois dedos nos lábios dele, silenciando-o - Nada disso, príncipe. Essa noite... Eu quero ser sua.

Felipe sorriu, numa mistura de paixão e alívio, afinal, a realidade é que ele não estava nenhum pouco a fim de passear no dia seguinte. Então para fechar aquele momento, ele segurou a mão dela, como os cavalheiros faziam com as damas antigamente, e beijou, sem tirar os olhos dos dela nem por um segundo.

– Então essa noite, eu vou ser seu e você, princesa, vai ser minha. - Ele sussurrou, os olhos brilhando com as lágrimas que começavam a se formar.

Ela sorriu, os olhos marejados.

– Será que dessa vez não vai aparecer ninguém pra atrapalhar? - Shirlei perguntou pra espantar um pouco o nervosismo que havia voltado com a força de um furacão.

Felipe deu um risinho rápido.

– Não. Pode ficar tranquila. Mas é bom você desligar o celular. Eu já desliguei o meu. - Shirlei pegou o celular na bolsa, as mãos trêmulas. Felipe percebeu e sorriu, disfarçadamente. - Vamos subir? - Ele perguntou, enquanto ela se atrapalhava toda, tentando desligar o celular.

– Hã? Quê... O que você disse? - Shirlei perguntou.

Felipe sorriu e retirando o celular da mão dela, ele mesmo o desligou, entregando para ela em seguida.

– Eu disse... Vamos subir? - Repetiu ele.

Ela assentiu com a cabeça, olhar inocente.

– Vamos sim.

Então segurando na mão dela, dedos entrelaçados, os dois se dirigiram até o elevador e subiram até o décimo quarto andar onde ficava a suíte reservada para o casal.

Chegando lá, Felipe enfiou o cartão na fechadura e abrindo a porta, ofereceu espaço para que Shirlei pudesse entrar primeiro. Quando ela entrou, ficou logo encantada com o que viu. No centro do quarto havia uma cama king size gigantesca, de estofamento vermelho e branco, recoberto por pétalas, muitos travesseiros e almofadas também nas cores vermelho e branco, uma delas até tinha o desenho da Torre Eiffel. No meio da cama havia um buquê de rosas vermelhas, que imediatamente, Felipe correu para pega-lo. E na ponta um balde de gelo com uma champanhe e duas taças vermelhas enfiadas dentro.

– Pra você, princesa. - Felipe entregou o buquê nas mãos de Shirlei, que segurou e levou ao rosto para aspirar o perfume delas.

– São lindas, príncipe. - Ela disse e uma lágrima escorreu do canto esquerdo de seu olho. Ele imediatamente a enxugou com o polegar.

– Eu quero que essa noite seja linda e inesquecível... - Felipe sussurrou.

– Ela já está sendo, príncipe. - Shirlei disse, extremamente sincera.

Ele sorriu, então pegou o buquê das mãos de Shirlei. E de alguma forma, que ela não sabia explicar, ela sentiu que era chegada a hora de se entregar. Seu coração disparou, e enquanto ele colocava o buquê em um vaso, ela se virou para a cama, o tórax subindo e descendo... A espera dele.

Alguns minutos depois, que pareceram infinitos para ambos, ele se aproximou sorrateiramente e a envolvendo com os braços, segurou as lapelas de seu sobretudo e retirou-o, fazendo sua respiração se acelerar ainda mais. Mas ela não se virou para ele. Não ainda.

Foi aí que ele afastou os cabelos dela do pescoço, levando-a a inclinar um pouco a cabeça para o lado. E depositou bem ali um beijo demorado e úmido, então foi deslizando a língua até o ombro, onde deixou um outro beijo. Shirlei sentiu o corpo arder com aquela simples carícia; fechou os olhos e mordeu o lábio inferior. Depois disso, a mão dele, grande e firme, deslizou do quadril dela até o baixo ventre. Então ele se inclinou e levou os lábios até o ouvido dela, os lábios tocando sua orelha. Shirlei estremeceu de desejo. E ela sentiu todos os pelos do seu corpo de eriçarem.

– Vira pra mim, princesa. Não precisa ter medo... Confia em mim. - Sussurrou ele.

Por alguns segundos, Shirlei ainda permaneceu naquela posição, mas depois, deixando o medo de lado, ela se virou para encara-lo e quase perdeu o fôlego quando se deparou com os intensos olhos castanhos deles, que a encaravam com puro desejo.

Ele sorriu e levou as mãos ate a ponta da blusinha de alça de Shirlei. Em outros tempos, rasgaria a blusa dela e pronto, mas aquela noite era de Shirlei e só dela. Iria devagar. Mesmo que sua vontade fosse outra.

– Princesa... Eu posso...? - Felipe perguntou, temendo a resposta, mas essa seria a pergunta chave para tudo que iria acontecer dali pra frente.

Shirlei olhou profundamente nos olhos dele como se pudesse enxergar sua alma e sussurrou, engolindo a seco:

– Pode...

Felipe sorriu devagar e depois de puxar a blusinha, retirando-a de dentro da calça dela, Felipe foi subindo bem devagar, enquanto Shirlei levantava os braços para ajudá-lo a retirá-la. Felipe engoliu a seco ao se deparar com o sutiã vermelho de renda e por alguns segundos ficou com os olhos vidrados nele. Shirlei ruborizou.

– Eu sei que você já me ouviu dizer isso, mas... eu não me canso de dizer... Princesa, você é... Muito linda. - Felipe murmurou quase que como num desabafo.

Shirlei sorriu e ficou ainda mais vermelha. Mas depois de ouvir isso, ela também se achou no direito de despi-lo e foi o que ela fez, levando suas mãos até os botos da camisa dele, começando a desabotoa-los, um por um... Para em seguida, retirar a camisa dele, passando pelos ombros e braços musculosos dele. Depois disso, um pouco mais ousada, ela pousou a mão pequena sobre o tórax dele, pressionando. E descendo, começou a explorar os contornos dos músculos dele, fazendo-o entreabrir os lábios e arfar de ânsia. Shirlei nunca o tinha tocado. Não daquele jeito. Por isso deixou que seus dedos deslizassem até um pouco abaixo do umbigo, sentiu um certo tipo de reação, os músculos de Felipe saltaram e ele ofegou, tendo que segurar a mão dela para que ela parasse. Estava chegando em terreno perigoso e ainda era muito cedo para isso.

Ela sorriu e ele retribuiu com um sorriso encantadoramente malicioso.

– Vamos com calma, mocinha... Melhor eu continuar daqui. - Piscou um olho para ela, que ruborizou mais uma vez. Ele adorava essa cor nela. Ficava ainda mais linda.

A partir dali, ele desabotoou o botão da calça dela e desceu ela bem devagar, expondo uma calcinha vermelha bem delicada de renda e suas pernas torneadas, que ele tanto adorava. Mas quando ele subiu de volta, ele segurou o quadril dela e foi roçando os lábios desde a linha abaixo do umbigo, passando pelo umbigo e subindo até o meio dos seios, pescoço, queixo, traçando uma linha de fogo por onde passava até alcançar os lábios de Shirlei que abocanhou com sofreguidão, com ânsia, com violência. As línguas buscando uma a outra desesperadamente dentro de suas bocas. Em resposta, Shirlei mergulhou seus dedos centros dos cabelos da nuca de Felipe, puxando-o para si e aprofundando o beijo, grudando seus corpos seminus.

Nesse instante, Shirlei sentiu as pernas fraquejarem, foi quando Felipe a envolveu nos braços e a carregou - sem parar de beijá-la nem por um segundo - até a cama, onde eles se sentaram, um de frente para o outro.

Foi aí que Felipe começou a descer uma das alças do sutiã de Shirlei, depois lentamente a outra. Então sua boca foi até o pescoço de Shirlei, acariciando-o, sugando-o, beijando não só com os lábios mas também com os arquejos. E quando ela menos esperou, ele estava com os dedos no fecho do seu sutiã, desabotoando-o. Ela arfou, mas permitiu que ele o retirasse, assim como a deitasse na cama com todo cuidado.

Então ali estava ela com os dois seios expostos para um homem, mas não um homem qualquer, o seu príncipe, o seu Felipe, o homem em quem mais confiava na vida. Não estava nenhum pouco arrependida. Não. Pelo contrário. Naquele momento se sentiu plena é realizada como há muito tempo não se sentia.

Shirlei não teve nem tempo de arfar antes que a boca de Felipe encontrasse o seio de Shirlei e abocanhasse o mamilo já intumescido. Ela balançou a cabeça enlouquecidamente e teve de se agarrar aos ombros dele para se apoiar, tamanho era o frenesi que estava sentindo naquele momento. Enquanto Felipe degustava dos objetos de prazer que há tanto tempo ansiava, Shirlei movia o corpo de um lado para o outro sem nem conseguir manter a cabeça ereta, pois naquele instante Shirlei se sentia completamente tomada por espasmos de paixão que lhe roubavam a razão, o equilíbrio, o fôlego... Felipe de vez em quando subia a cabeça para verificar as expressões de Shirlei e ficava extremante feliz ao sentir que a estava satisfazendo por completo. Porque isso era tudo que ele almejava para aquela noite. Satisfazeis-lá. Levá-la ao céu!

Depois disso e sentindo que já era hora, Felipe, com dedos hábeis e experientes, começou a descer a calcinha de Shirlei bem devagar porque sabia que ela devia estar tão nervosa quanto excitada.

Depois disso, rapidamente e sem que ela se desse conta, ele se livrou de toda a sua roupa. Não queria que ela se assustasse. Faria da melhor forma possível. Até ali estava tudo bem e esperava continuar assim até o fim.

Chegou seu corpo por cima do dela e roçou seus lábios de leve nos dela, numa carícia quase torturante. Seus olhares se encontraram, então ele sussurrou, a voz arfante.

– Princesa, agora eu vou precisar que você confie em mim, tá?

Shirlei assentiu com a cabeça.

– Tá... - Foi só o que Shirlei conseguiu falar. Ela estava com os olhos vidrados nele e a respiração irregular.

Foi então que Felipe deslizou a mão para o meio das pernas e a tocou bem ali, fazendo-a gemer e se contorcer, ao mesmo tempo que ele também emitiu um único som que foi o nome dela, arfando, até deslizar o dedo para dentro dela, iniciando uma dança erótica, preparando-a para o que viria depois. Afinal seria muita maldade começar logo com ele.

– P-Princesa, isso pode doer um pouco e... - Arquejou ele, já imaginando como seria possuí-la. - E- Eu não quero te machucar. M-Mas eu prometo que...

– Eu confio... em você... príncipe. - Shirlei murmurou, a voz falhando, antes mesmo dele terminar.

E isso foi o que restava para que Felipe abrisse um pouco mais as pernas dela, se posicionando bem no meio delas para penetra-la bem devagar.

Quando ele sentiu o hímen dela sendo rompido, mirou o rosto dela, preocupado. Mas ela o encorajou a continuar mesmo fazendo careta, então ele empurrou mais forte e mais forte e mais forte...

– Tá tudo bem? - Ele ainda conseguiu perguntar, arfante e suado.

– Unrum. - Ela respondeu e sorriu com a preocupação, então sem mais, ele começou a se movimentar dentro dela em um ritmo constante, arrancando gemidos e arquejos de ambos.

Até que os gemidos viraram gritos e os arquejos ficaram cada vez mais ofegantes e tudo que saia de suas bocas eram os nomes um do outro, enquanto seus lábios experimentavam o gosto da saliva e do suor um do outro. Então, enfim ambos ao mesmo tempo sentiram uma explosão dentro deles acontecer, algo inexplicável... Shirlei não conhecia e Felipe nunca tinha sentido naquela intensidade antes. Os corpos convulsionaram por alguns segundos e depois de se abraçarem fortemente, os dois desabaram, sentindo uma felicidade inexplicável.

Cansados, os dois se aninharam um nos braços do outro em posição de conchinha, mas antes de se entregarem ao sono, Felipe ainda sussurrou no ouvido de Shirlei...

– Eu te amo, princesa... E sou seu. Pra sempre seu!

E Shirlei respondeu:

– Também te amo. E sou sua pra sempre. Huuuuuum... - gemeu, se aconchegando mais nele - Pra sempre!

Então os dois dormiram debaixo dos lençóis de seda, imaginando uma vida inteira juntos porque eles já não imaginavam mais um universo onde existisse Shirlei sem Felipe ou Felipe sem Shirlei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando o Amor acontece" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.