Quando o Amor acontece escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 29
Capítulo 29




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Vigésimo Nono Capítulo ❣️

Depois do beijo sôfrego trocado entre os dois, Felipe segurou na mão de Shirlei, dedos entrelaçados, e a levou até onde estava sua moto. Pegou um dos capacetes e o entregou a ela.

– Aqui, princesa. Pegue e dê uma olhada atras dele... - Felipe disse se referindo ao capacete. - É que tem uma surpresinha pra você.

Shirlei pegou o capacete com a testa franzida, mas ao virar o capacete para trás, compreendeu o que seu namorado queria dizer, pois lá estava escrito destacadamente a palavra "Shirlipe".

Shirlei sorriu, os olhos brilhando de emoção.

– Ai, príncipe, você não existe, sabia? - Shirlei falou e segurando o colar, que agora não tirava mais do pescoço, ela subiu na ponta dos pés e, segurando o rosto dele entre as mãos, deu um selinho nos lábios dele.

– Você já andou alguma vez de moto, princesa? - Felipe quis saber.

– Nunca. - Shirlei disse, sincera, e sorriu envergonhada.

– Sem problema... Vem aqui que eu te ajudo. - Felipe falou, puxando a mão de Shirlei, que se aproximou dele. Então quando ela colocou o capacete na cabeça, foi ele quem prendeu a fivela embaixo do queixo dela.

Depois disso, ele mesmo colocou o capacete, subindo na moto e soltando os dois pedais traseiros.

– Certo, princesa, agora é só você subir. Só toma cuidado pra não queimar a pele no cano de escapamento. - Felipe avisou e estendeu a mão para que ela segurasse.

Shirlei segurou a mão dele e apoiando o pé direito no pedal, passou a perna esquerda por cima do assento traseiro e sentou na moto.

– Pronto, príncipe. E agora?

Felipe riu e pegando os braços de Shirlei, envolveu a própria cintura com eles. Ela também riu.

– Agora você me abraça bem apertadinho porque a gente vai voar, princesa. - E dizendo isso, Felipe deu a partida, fazendo Shirlei enlaçar a cintura dele e sentir um frio na barriga como se estivesse prestes a descer de um tobogã bem alto. Então Felipe arrancou e seguiu pela rua. Mas a moto acelerou tanto que Shirlei, com medo, acabou apertando demais o tórax do namorado. - Princesa, pode apertar, só que... mesmo não parecendo, eu ainda preciso de um pouquinho de ar pra respirar. - Brincou ele, rindo.

Shirlei ficou envergonhada.

– Ai, desculpa, príncipe, mas é que... de repente você acelerou tanto que eu fiquei com medo de cair. - explicou Shirlei, afrouxando um pouco os braços e rindo dela mesma.

Felipe massageou os braços dela com carinho com uma das mãos.

– Relaxa, princesa, eu sei o que eu tô fazendo e... Esqueceu da minha promessa de nunca te deixar cair?

Shirlei sorriu, só que agora de maneira apaixonada. E apertando o namorado com carinho, disse:

– Não, num esqueci não.

Então a partir daí, Shirlei se sentiu segura para curtir a adrenalina da moto. Tanto que a cada curva que ele fazia, Shirlei ia pegando o jeito de se inclinar a medida que ele também se inclinava. E quando deu por si já tinha perdido o medo por completo. Até mesmo quando Felipe teve de ultrapassar um caminhão e um carro que estavam praticamente colados um no outro para chegar do outro lado da estrada.

Quarenta minutos depois, Felipe reduziu a velocidade da moto e entrou em uma estrada estreita recoberta por árvores. Andou ainda por alguns poucos quilômetros, então parou em um local revestido de uma grama extremamente verde que dava vista para um lago lindo e cristalino. E foi nesse local que Felipe parou a moto, levando Shirlei a olhar de um lado para o outro sem compreender.

– É aqui que você vai me matar? - Brincou ela, arrancando um riso asmático dele.

Felipe desceu da moto, retirou o capacete e fez que não com a cabeça.

– Só se for de beijos. - Respondeu ele, com um sorrisinho malicioso, então estendeu a mão pra ela. - Desce, princesa, quero te mostrar uma coisa.

Shirlei retirou o capacete e pousando a mão sobre a dele, se apoiou para conseguir descer da moto. Então Felipe puxou-a todo animado para perto do lago onde se encontrava uma toalha quadriculada de vermelho e branco estendida com várias guloseimas em cima, velas aromatizadas, e, claro, uma cesta de palha.

Shirlei sorriu e seus olhos se iluminaram.

– A gente vai fazer um piquenique? É isso?

– É essa a ideia. - Felipe respondeu - Então, fala alguma coisa...Gostou?

Shirlei o encarou, os olhos brilhando.

– Príncipe, quando eu acho que você já fez tudo, você vem e... me surpreende com mais essa... Eu juro que eu nem sei o que dizer... - Shirlei disse, claramente emocionada.

Então Felipe se aproximou e fez um carinho de leve em seu queixo com o polegar, olhando fixo nos olhos dela.

– Não precisa dizer nada, só esse teu olhar já me desmonta todinho. - Sussurrou ele, então aproximou os lábios dos dela, e pressionou-os demoradamente.

Depois disso, ele segurou a mão dela e levou-a até a toalha estendida para que eles se sentassem. Ela se posicionou entre as pernas dele, as costas encostada em seu tórax e a cabeça apoiada no ombro dele. Sua cintura enlaçada pelos braços dele.

– Huuuuuum, tá uma delicia, sabia? - Elogiou ela, quando Felipe enfiou um morango embebido em doce de leite dentro de sua boca.

– Tá uma delícia é? Então eu quero provar. - Felipe disse, malicioso.

Então Shirlei, inocentemente, pegou um morango e enfiou dentro do doce de leite e já ia colocar dentro da boca dele, quando ele a impediu. Shirlei arregalou o olhar sem entender.

– Não, não, não... Eu quero provar, mas de outra forma. - Felipe disse, e depois de deitar Shirlei com todo cuidado na toalha quadriculada. Ele pegou o morango embebido em doce e começou a passar nos lábios dela, depois no queixo e por fim no nariz, que ela engilhou, sorrindo. Então, de forma sedutora, ele se apoiou no cotovelo, e começou a lamber e a sugar o queixo dela. Depois os lábios, primeiro o inferior, que enfiou por inteiro dentro da boca, depois o superior. Ela o ajudou, lambendo os dele também, que continha resquícios.

– Faltou o nariz. - Ela disse, voz infantil, levando-o a sorrir. Então ele subiu a cabeça e beijou, lambendo o nariz, sorrindo.

Depois disso, ele ficou esfregando o nariz no dela, provocando risos em ambos.

– Eu já disse que te amo, hoje? - Felipe questionou, murmurando.

– Dizer mesmo, você não disse, mas escreveu na minha mão, lembra?

– Então, acho melhor dizer porque vai que você esquece, né?

Shirlei sorriu, fascinada.

– É... E eu costumo ter a memória muito fraca. É sempre bom me lembrar de vez em quando. - Brincou ele.

Então ele chegou com os lábios bem rente ao ouvido dela, lábios tocando em sua orelha e sussurrou:

– Eu... Te... Amo...

Então ela sentiu seu corpo se eletrizar. Tanto que não se conteve ao ponto de segurar o rosto de Felipe entre as mãos e trazer os lábios dele até os seus, capturando-os com sofreguidão. Sua língua em busca da dele, enlouquecida. Em resposta, ele abriu mais a boca, aprofundando o beijo e correspondeu, sugando a língua dela e mordiscando seu lábio inferior. Foi aí que a mão dele começou a percorrer o corpo dela, subindo e descendo, da cintura ao quadril, chegando a nádega, onde ele apertou e puxou para si, perdendo o ar.

– Príncipe... - Shirlei falou em meio ao beijo, a voz ofegante, quase sem ar. - Príncipe... - Repetiu, pois precisou já que ele pareceu não ter ouvido.

– Fala... - Felipe falou, reunindo todas as forças do mundo para se controlar. Mas pra isso, ele teve de cessar o beijo, senão falar com ela, sentindo o gosto e o cheiro dela era impossível. - Pode falar, princesa...

Ela engoliu a seco.

– É que... Príncipe... Eu acho que... O que eu tô tentando dizer é que...

Felipe sorriu, compreendendo e colocando dois dedos nos lábios dela, silenciou-a.

– O que você tá tentando dizer é que você tá... preparada, num é isso?

Shirlei olhou de lado, envergonhada, sem conseguir encará-lo.

– É... Acho que tô. Deu pra perceber se eu... É que lá no barco, você disse que percebia, então... Deu pra perceber?

Ele sorriu e assentiu com a cabeça.

– Deu. Pra te dizer a verdade, eu senti ontem quando você me disse que me amava. Sei lá, foi como se finalmente você tivesse ficado mais segura, confiante...

Ele pegou um folha de árvore que havia caído no chão e começou a acariciar o rosto dela com ela. Depois ele pegou a folhinha discretamente e guardou dentro da carteira. Não sabia o porquê, mas gostava de guardar tudo que se referia a ela como se pudesse guardar cada momento com ela.

– Mas e aí, o que a gente faz? É que... Sinceramente, eu não quero mais esperar, príncipe.

– Cê tem certeza disso, princesa? Você sabe muito bem que eu não quero forçar nada e... - Felipe parou de falar abruptamente, quando Shirlei colocou os dedo em seus lábios, silenciando-o assim como ele tinha feito anteriormente.

– Ssshhhh! Eu tenho certeza. - Ela falou, olhos fixos nos dele, a sinceridade penetrando a alma dele.

Ele sorriu de lado, os olhos marejados.

– Então se é assim... Eu vou preparar tudo porque eu quero que seja muito especial. Mas... Num vou mentir que vou tentar agilizar as coisas. - Ela riu, então ele fez um carinho no rosto dela com o polegar. - E nesse dia, princesa, eu vou ser seu e você vai ser minha. - Sussurrou, o olhar completamente apaixonado. - Completamente minha.

Ela sorriu e selou aquele momento com um beijo extremamente apaixonado. As mãos segurando a nuca dele.

Duas horas se passaram entre carinhos e muitos beijinhos e claro que eles também aproveitaram toda a comida que Felipe havia trazido para o piquenique e conversaram bastante. Entretanto quando as nuvens cobriram a lua, escurecendo o lugar mais do que já estava, Felipe achou prudente encerrar a noite ali.

– Vamos, princesa? Aqui não é um lugar muito seguro pra gente ficar não. - Felipe disse para Shirlei, que até já estava com os olhos quase se fechando em seu colo.

Ela se espreguiçou, sorrindo.

– Vamos sim, príncipe. Já tá ficando tarde mesmo... - Concordou Shirlei se levantando para ajudá-lo com a arrumação do local.

Então quando tudo já estava dentro da cesta, Felipe segurou a mão da namorada e os dois se dirigiram até a moto. Chegando lá, Felipe amarrou a cesta bem na traseira da moto de forma segura e colocou o capacete, esperando que Shirlei fizesse o mesmo. Então ele subiu na moto.

– Pode subir, princesa. - Ele disse e ela, segurando a mão dele, passou a perna e logo o agarrou. - Ah, quase ia me esquecendo... - Enfiou a mão no bolso e retirou de lá um berloque em forma de motocicleta, entregando pra ela, que o recebeu, sorrindo com os olhos. - Seu berloque de hoje, né?

Ela o pendurou na pulseira. E o abraçou apertado, é só não beijou porque já estava de capacete.

– Preparada pra voar, princesa? - Felipe perguntou, quando deu a partida na moto.

– Até o céu... Desde que seja com você.

Ele sorriu, fascinado com o que ela disse, então segurou a mão dela, que estava no tórax dele, entrelaçando seus dedos aos dela. E rasgando pneus, foi embora.

***************************************

No dia seguinte, Felipe chegou bem cedo na Peripécia, indo direto na mesa de Marina, pois precisava resolver um assunto com extrema urgência.

– Bom dia, Marininha. - Ele cumprimentou, as mãos na mesa, braços esticados.

– Bom dia, Seu Felipe. - Marina cumprimentou, já imaginando que teria bastante trabalho para aquele dia. - O senhor está precisando de alguma coisa?

– Preciso. Preciso de dois favores seus. O primeiro é que... Você se lembra de duas passagens e duas estadias em um Hotel que eu mandei você providenciar para daqui a sete dias? - Marina assentiu com a cabeça - Então, será que você consegue antecipar pra ontem? - Marina arregalou o olhar.

– Bom, Seu Felipe... Eu posso ver o que consigo, mas... Acho beeeem difícil e... enfim, o senhor sabe que...

Felipe chegou bem perto de Marina com um sorriso maroto.

– Façamos assim, se você conseguir isso pra mim, você terá um aumento. Considerável. E aí? É pegar ou largar!

Marina piscou os olhos, incrédula.

– Bom, Seu Felipe, farei o que estiver ao meu alcance... Pode deixar. Mas e o outro favor? - Marina já estava assustada, se esse era assustados, qual seria o próximo?

– Quero que ligue para o Seu Alvarez e me consiga o número do celular da esposa dele. Assim que conseguir, leve até o meu escritório. Só isso...

Marina Franziu a testa.

– Espera, esposa? Mas... como assim? Ele já casou com a Jéssica? Que rápido!

– Não. O cara é casado. E a Jéssica é amante. Longa história. Depois te conto... Mas só pra você saber, o nome da esposa dele é Berenice, ok?!

– Ok. Bom saber. Mais alguma coisa, Seu Felipe?

– Não. Só isso mesmo. Assim que tiver notícias das passagens me avise imediatamente, estarei no meu escritório... Ansioso!

– Sim, senhor. - Marina respondeu, prestando atenção no sorriso malicioso de Felipe, que saiu todo feliz para o escritório dele.

Assim que Felipe entrou, Henrique entrou logo atras.

– Que história é essa? Você vai viajar mais cedo? Eu escutei direito? - Henrique quis saber, curioso.

Felipe encostou o traseiro na mesa.

– Escutou. E foi a Shirlei quem pediu. Então você deve imaginar como é que eu tô me sentindo né, cara?

– Claro. Finalmente vai tirar o atraso. Cara, num sei como é que você tava aguentando e... - Felipe o olhou, fuzilando - Ok, ok, pensando pelo lado romântico... Cara, você deve tá felizão, né?! Agora você tem plena certeza de que ela tá segura com você. De que ela te ama. Mas também vai tirar o atraso que você num é de ferro, amigão!

Felipe revirou os olhos, mas também não pode deixar de rir e concordar.

– Você vai fazer aquela parada romântica toda que cê pensou? - Henrique perguntou. - Botar aqueles trecos todo?

– Tudo. Quero que a Shirlei se sinta a mulher mais especial e amada do mundo.

– Cara, se a Jéssica e a Helô sonham que você vai levar a Shirlei pra um lugar como esse, as mina pira, viu?! Te prepara pra terceira guerra mundial! Tua mãe então... te engole vivo!

– Tô nem aí... eu vou tá tão feliz lá com a minha princesa que num vou nem me lembrar que elas existem. Quem é Jéssica mesmo? - Felipe brincou e os dois caíram na gargalhada.

Então foi aí que Marina bateu na porta e entrou em seguida.

– Seu Felipe, consegui o celular da Dona Berenice, aqui está. - Marina entregou um papel com o número dela escrito a caneta. Felipe pegou e olhou para ela, esperançoso por notícias das passagens, mas logo baixou os olhos, já que ela já ia saindo porta afora.

Foi quando ela se virou com a porta entreaberta...

– Ah, quase ia me esquecendo de dizer... O senhor viaja hoje às 18:00 e o Hotel já está reservado para recebê-los amanhã bem cedo. - Ela sorriu.

Ele arregalou o olhar e abriu um sorriso de canto a canto da orelha.

– Cê tá falando sério? - Felipe perguntou.

– O aumento é bem considerável? - Felipe assentiu. - Então eu tô sim.

Felipe saiu de onde estava e abraçou bem forte a secretaria e amiga bem forte.

– Valeu, Marininha! Você não sabe o quanto me fez feliz hoje?

Marina olhou para Henrique e piscou o olho.

– Pior é que eu acho que eu sei sim.

Henrique sorriu, pois antes tinha dito a Marina que dobrasse os esforços porque a viagem era caso de lua de mel com Shirlei, então Marina foi ainda mais enfática com o Hotel e com o Aeroporto, enlouquecendo os mesmos.

***************************************

– Príncipe? O que tá fazendo aqui? - Shirlei perguntou, quando se deparou com o namorado em frente à sua casa, encostado no carro. Era dez da manhã.

Felipe deu um beijo rápido em seus lábios.

– Oitavo dia, esqueceu?

– Mas já? Num tá cedo não?

– Nesse caso... A gente tá até um pouco atrasado...

Shirlei virou a cabeça de lado sem entender.

– Príncipe, sem enigmas, porque eu tô bem atrasada pro trabalho.

– Hoje você não vai trabalhar.

– Não vou? Por que não? Vai, príncipe, fala logo, que eu tô curiosa! - Shirlei sorriu, agoniada.

– Porque... Hoje a gente vai viajar. Aqui a sua passagem. - Felipe entregou um envelope.

Shirlei segurou o envelope com os olhos arregalados.

– Espera, passagem? Como assim? A gente vai pra onde?

Felipe sorriu.

– Princesa, eu disse que ia providenciar tudo, não disse?

Shirlei baixou o olhar, pensativa. Depois voltou a encara-lo, olhos de desejo.

– Quer dizer que... essa viagem tem a ver com o que a gente conversou ontem?

– Tudo a ver.

Felipe enlaçou a cintura dela e puxou-a para si.

– Viagem nacional ou internacional?

Ele passou o dedo no nariz dela.

– Aí você tá querendo saber demais, mocinha.

– E quanto ao seu trabalho? O meu?

– Em relação ao meu, deixarei o Henrique encarregado de tudo. Inclusive liguei pra Dona Berenice e disse a ela para esperar três dias para mandar o filho dela lá na Empresa, disse os motivos e ela, bom, ela nos desejou uma ótima viagem. Quanto ao seu, já falei com a Tancinha e ela falou que não tem problema nenhum. Ou seja, te pego aqui as quatro porque a nossa viagem está marcada para as seis... ? E aí? Qual a sua resposta?

A resposta de Shirlei foi um belíssimo beijo na boca de seu namorado, quase derrubando-o do carro e deixando-o sem fôlego.

***************************************

– Os senhores aceitam uma balinha? - A aeromoça perguntou quinze minutos depois do avião decolar para Felipe e Shirlei, que já se encontravam bem acomodados em seus assentos, mãos dadas, dedos entrelaçados. Vôo de primeira classe, então as poltronas eram bem espaçosas e se deitavam totalmente como camas.

– Não, obrigado. Quer, princesa? - Felipe perguntou para Shirlei, que parecia estar viajando em seus pensamentos.

– O quê...? - Só aí se deu conta do que era - Não, obrigada. - Então a aeromoça foi embora.

Felipe fez um carinho no rosto de Shirlei, preocupado com o estado de tensão dela.

– Que foi, princesa? Arrependida?

Ela o encarou, sorrindo.

– Não. Claro que não. Só um pouco ansiosa. Só isso... Quantas horas são daqui pra lá?

– Doze horas. A gente vai chegar lá amanhã bem cedo, então a gente vai passar o dia conhecendo o lugar por que depois de amanhã depois do que acontecer entre a gente, eu não vou querer sair do Hotel...

Ela sorriu, ruborizada, os olhos cheios de desejo. Então fez um carinho no rosto dele e se aproximou para dar um selinho nele.

– Nem eu.

– O seu berloque do oitavo dia... Tive que mudar de última hora. - Felipe disse, mostrando pra ela um berloque em formato de avião, que ela logo pendurou na pulseira, sorrindo.

– Tem tudo a ver mesmo. Lindo.

– Que bom que gostou. Vamos dormir? Que amanhã o dia é longo e... Cansativo. - Essa última palavra teve uma conotação maliciosa. Ela percebeu e ruborizou.

Ela concordou, virando de lado para que ele a abraçasse no modo conchinha.

– Boa noite, princesa! - Ele sussurrou no ouvido dela. - Te amo!

– Boa noite, príncipe! Também te amo. - Ela respondeu no mesmo sussurro e os dois adormeceram com o avião, avisando que eles pousariam em Paris dali a mais ou menos 11 horas e 40 minutos.


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