My Precious Thing escrita por Villen


Capítulo 1
It Happened A Long Time Ago....


Notas iniciais do capítulo

Eu já vinha matutando umas idéias desde que vi o filme (pela 1219272192781 vez.....e pá) então resolvi começar a escrever mais uma de minhas idéias mirabolantes. Espero que gostem (e desculpem se minha escrita mudou muito. Estou um pouco enferrujada)

Bjs e Boa leitura!



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''Era uma vez...''

 

Um mundo paralelo ao dos humanos. Nesse mundo , haviam todos os tipos de criaturas místicas, que  viviam na mas plena paz e  harmonia. Haviam fadas, elfos, orcs, faunos e duendes. Cada criatura tinha seu próprio reino, e nossa história se inicia no reino dos duendes. O rei duende era um bom governante, sábio e bondoso com todo seu povo. Porém, ele já estava muito velho e doente e sabia que logo deveria passar o comando para seu único filho, o príncipe Jareth.  

Mas o bondoso rei sabia que seu filho era mimado, arrogante e desleixado e que se ele não mudasse, o reino pereceria. Foi então que o rei teve uma idéia: Será que o amor não poderia mudá-lo? Ora, pois fora assim que acontecera com o próprio rei. Uma vez também jovem, inexperiente e imprudente, ele fora apresentado a uma das belas filhas do rei fada. E com o passar do tempo, o amor da bela donzela o fez mudar seu jeito, tornando-o o que ele era hoje. 

Logo, podia acontecer o mesmo com seu filho. E foi pensando nisso, que o rei decretou que havia um grande baile em seu reino, e convidou todos os reinos vizinhos. Jareth não havia se agradado muito da idéia, pois antevira os planos do pai em fazê-lo se apaixonar. 

—Heh, se o meu pobre pai acha mesmo que qualquer menina chorona irá me atrair está muito enganado. Ninguém nunca irá conquistar-me. Posso reinar muito bem sozinho.  - pensou o jovem príncipe, enquanto olhava o céu estrelado, sentado na borda da janela.  

Algumas semanas passaram e chegou então o dia do baile. E todos estavam lá para prestigiar o rei e seu filho. Houve então as apresentações, depois o discurso do rei e então era chegado o momento da dança. Jareth usava um lindo terno azul cheio de lantejoulas, acompanhado de uma calça da mesma cor.

Seu cabelo loiro naturalmente rebelde estava com finas mechas azuis em contraste e em volta dos olhos bicolores, um fino traço maquiado que dava certa elegância.  

Todos sorriam e dançavam, parecendo hipnotizados pela música que tocava. O rei então aproximou-se do filho, que  estava sentado com um olhar de entediado, e falou: 

—E então, meu rapaz? Não vai puxar nenhuma donzela para a dança? O salão está repleto de verdadeiras beldades essa noite.- O rei falou, sorrindo. 

—É verdade, meu pai, mas creio que não estou interessado. Além do mais, não vejo nenhuma  particularmente tão bela que me chame atenção.- Jareth, respondeu sem encarar o pai. 

O rei ficou um pouco triste com a resposta do filho, e passou então a encarar a multidão de pares no salão. Mal olhou e avistou então uma bela moça, que parecia estar sozinha e meio desorientada no meio do povo. Sorriu então, mas sem que Jareth pudesse perceber e tocou o ombro do filho, dizendo: 

—Bem, ainda é cedo não é mesmo? Eu tenho certeza que até o final do baile, você terá mudado de idéia, meu bom rapaz. - e afastou-se sorrindo com a singela possibilidade. 

Jareth observou  o pai partir, mas não levou a sério o que o homem havia dito. Levantou-se então, disposto a se retirar dali quando sua viu uma  moça sendo empurrada de um lado para o outro, no meio da multidão. Ela olhava desorientada para todos, como se procurasse alguém.

O jovem príncipe perdeu-se na  beleza da moça: Ela trajava um lindo vestido perolado longo e acinturado, tinha luvas longas que deixavam apenas os dedos à mostra, seu longo cabelo castanho estava preso em um coque e ela usava uma coroa de pétalas de margaridas, junto com alguns adornos de plumas e pedras preciosas para enfeitá-lo.  

Ele nem percebeu, tamanho o transe em que se encontrava, mas só voltou a si quando já estava diante da moça, a convidando para dançar. A moça pareceu hesitar por um momento, mas aceitou e o seguiu para o meio do salão.  Foi então que o mundo pareceu rodar em camera lenta. Ele estava ali, dançando com aquela moça desconhecida. Uma moça que, embora ele não fosse admitir isso tão facilmente, o deixara encantado. A dança parecia se prolongar cada vez mais e cada passo parecia levar uma eternidade para Jareth. 

Ela em nenhum momento falou nada, limitou-se apenas a encará-lo diretamente nos olhos. Mas uma vez terminada a música, os pares se separaram e fizeram a cortesia final. Enquanto todos batiam palmas, ambos ainda se olhavam parados no mesmo lugar. Foi quando ela pareceu despertar e soltou a mão de Jareth, que não soube dizer bem, mas sentiu como se sua força se esvaísse com ela.  

—Perdoe-me, meu príncipe. Não quis me demorar segurando sua mão. Que relapso meu.- ela falara pela primeira vez, parecendo um pouco tímida. Sua voz era suave como o cantar de um rouxinol e seus olhos verdes brilhavam, realçando seu belo rosto de expressão infantil. 

—Não há do que ser perdoada, minha bela dama. Porém, a algo que eu preciso saber. Poderia me dizer o seu nome? 

—Milla, meu príncipe.- ela fez uma leve mesura  

—Por favor, me chame apenas de Jareth. Não precisa de tanta formalidade comigo, pode ficar à vontade. -ele deu um de seus sorrisos de canto, enquanto apontava o jardim para a moça. -Gostaria de me acompanhar um pouco, minha cara Milla? 

—Claro, meu pri....Jareth.- ela se corrigiu, e passou a acompanhá-lo.  

Caminharam então lado a lado, entre algumas flores e plantas. Jareth ocasionalmente lhe perguntava algo, apenas para quebrar o silêncio que havia se instalado. Chegaram então ao banco de mármore ali existente e se sentaram. Milla então usou de sua magia para criar alguns fachos de luz e os fez flutuar sobre sua cabeça. 

—Ora ora, que belo truque.- ele sorriu. - Para que servem? 

—As vezes, invoco fachos de luz para passar meu tempo apenas. Ou quando não sei exatamente o que falar...como agora.- ela lhe olhou de canto e sorriu.- Mas além de tudo me fazem companhia.  Eu os chamo de pequenas estrelas.

—Impressionante. Não parecem consumir muita energia não é mesmo? 

—Sim, é verdade. Não consomem. É bem prático, aliás. Podem ajudar se estiver perdido em algum lugar também, pois vão sempre mostrar o caminho certo a se seguir. 

—Muito bom. Quer ver um de meus truques?- ele perguntou, estreitando um pouco os olhos de forma marota, e ela assentiu sorrindo. Ele então fez um leve floreio com a mão e uma linda e pequena bola de cristal surgiu. 

Ela arfou maravilhada e perguntou: 

—Que lindo. O que é? 

—Isso? Apenas um cristal. Mas se você balançar assim – ele a jogou habilmente de uma mão para outra, fazendo alguns malabares.- Vai poder ver seus sonhos nela. 

—Meus sonhos? Todos eles? 

—Mas é claro.- ele parou então e segurou em frente a seu rosto.- Você quer? 

Milla pareceu insegura. Olhava fixamente para o cristal e vez ou outra para Jareth, apenas para receber dele um sorriso de aprovação, dizendo que estava tudo bem. Ela então esticou um pouco a mão para pegar a bola, mas antes que pudesse pegar ouviu um chamado: 

—MILLA! ONDE VOCÊ ESTÁ? VENHA LOGO PARA CÁ MENINA! 

—É meu irmão!- ela sobressaltou-se, levantando-se depressa, esbarrando sua mão na de Jareth e consequentemente derrubando o cristal. - Oh, perdoe-me meu príncipe. Que desastrada. 

—Não, está tudo bem.- ele segurou-lhe as mãos, visto que ela havia se abaixado para pegar a pequena bola. -Não foi nada demais. Acho melhor você ir antes que seu irmão a chame de novo. 

Ela assentiu e saiu correndo, deixando Jareth sentado a observá-la. Ao chegar na entrada do jardim porém, ela virou-se e lhe falou: 

—Agradeço pelo baile, meu príncipe. Nunca havia me divertido tanto como hoje, pois, sou bem presa. Bem, espero que possamos nos ver novamente.- ela lhe deu seu mais genuíno sorriso e se afastou correndo. 

Jareth permanecera lá, tentando entender o que havia acontecido naquela noite. Olhou para o cristal no chão e o pegou, fazendo-o flutuar logo em seguida. Dentro do cristal, várias imagens começaram a passar até que Jareth apareceu dançando com Milla. Ele franziu a testa, confuso: Que estranha perturbação era aquela que sentia em seu ser? Voltando a ficar entediado, desfez o cristal e rumou para o castelo.  

Entrando no salão, viu que os últimos convidados saiam. Dirigiu-se então a escadaria que dava para seu quarto, quando sentiu uma mão em seu ombro. 

—E então, filho, se divertiu essa noite? Eu posso dizer que, embora não tenha dançado, estou deveras cansado. Lord Garthul, rei dos Orcs, bebe como um louco. Acho que ele esvaziou nossa adega. 

—Foi bem entediante se quer saber meu pai...- mentiu- Portanto foi o suficiente para me deixar exausto. Se não se incomoda, irei para meus aposentos. 

—Claro claro, filho. Pode ir.- Jareth tomou seu rumo, mas quando estava na porta de seu quarto ouviu o velho rei dizer:- A propósito, Lady Milla  é um par excepcional não é mesmo? Mais uma das qualidades das fadas, são ótimas dançarinas. 

Jareth fechou a porta, ainda surpreso por seu pai tê-lo visto dançar e o rei seguiu para seus aposentos, bastante feliz. 

 


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Notas finais do capítulo

Ainda estou amadurecendo a idéia. Então o que acharam?



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