FÉRIAS DE VERÃO escrita por Denise Reis


Capítulo 7
Na Cafeteria


Notas iniciais do capítulo

Quem estava procurando o Castle, eihm? Olha o Castle na avenida aí, geeeente. rsrsrs O Castle tá na área! O bonitão está ansioso para ver a Kate e nós ansiosos para ver esse encontro... ///// Vou dar um spoiler: Leiam com tranquilidade e com muuuuuuita atenção, nos mííííínimos detalhes. É sério! Não façam leitura dinâmica, nem pulem nenhuma palavra ou linha. Acho bom que se prendam mesmo nos detalhes... TODOS os detalhes. Depois vocês me falam alguma coisa... É, agora ficou fácil!!! (até demais rsrsr) ///// Obrigada pelos comentários. Todos eles. Um agradecimento especial a “lovemorelove” e “Cleo Tavares”, “LahAlves”, “maria”, “lenisoldes”, “Bethlopes”, “Aline Freitas” e “Luana CastleAlways” que favoritaram. //// Eu não posso adiantar nada para..., mas só digo uma coisa... O spoiler de sempre: "O AMOR SEMPRE VENCE".



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Ansioso para ver e conversar com a esposa, Castle pegou um taxi e estava a caminho de casa. No entanto, o carro não percorreu sequer trezentos metros e Castle viu que algo estranho acontecia... Naquele horário, uma linda e calma manhã de sábado, o trânsito estava travado. Devia ter acontecido algum acidente e, além de ficar preocupado com uma provável vitima do trânsito, ele detestava trânsito parado mesmo quando não estava ao volante, como era o caso, ou mesmo quando não tinha compromisso com horário marcado.

O motorista do taxi puxou conversa e disse que aquele engarrafamento era por conta de uma manifestação de estudantes, insatisfeitos com a poluição do mundo.

— Mas em dia de sábado?— Castle ficou curioso.

— Pois é, senhor, eu também não entendi... E pelo que meus colegas taxistas estão avisando pelo WhatsApp, a polícia já foi chamada para organizar a bagunça dos garotos. Quando acontece isso, a polícia sempre fica colaborando com a segurança dos manifestantes e das pessoas que passam e também organizam o trânsito, liberando duas pistas para facilitar o fluxo dos carros, mas acho que vai demorar um pouco...

..........................

Então, mesmo morrendo de vontade de ver, abraçar, beijar e pedir desculpas a Kate por ele ter extrapolado nas palavras e também ansioso para saber se ela tinha algo a dizer para ele, Castle preferiu não encarar aquele trânsito e se dirigiu ao taxista.

............................

— Senhor, eu agradeço por me informar, mas eu preciso ficar por aqui.— Castle deu ao motorista do taxi um valor muito superior ao que seria a corrida e desceu do veículo.

Ao verificar o quanto tinha recebido o homem nem ficou chateado com a interrupção da viagem, pelo contrário, ficou perplexo e muito feliz, pois era um valor muito alto.

Castle olhou ao redor e onde sua vista alcançava ele via trânsito congestionado.

Andou apenas um pouco pela calçada viu a enorme cafeteria que ele e Kate frequentavam há quinze anos, desde a época em que começaram a parceria na polícia, ela como a detetive mais linda, mais forte, mais destemida, mas valente, mais teimosa, mais birrenta e mais inteligente de Nova York e ele, o escritor mais atrevido, curioso e apaixonado por ela.

Sorrindo com aquele pensamento, ele entrou e procurou a mesa mais distante da porta e viu que estava ocupada. Era, por assim dizer, a mesa deles. Encontrou outra mesa vazia e se sentou.

As mesas e os bancos daquela cafeteria eram fixados no chão. Os bancos ficavam de frente para o outro, tinham assentos e encostos acolchoados, e em cada um deles cabiam três pessoas e eram separados um do outro por uma mesa retangular.

Assim que se acomodou, a própria dona da cafeteria, uma senhora que o conhecia há mais de quinze anos, dispensou a garçonete e, sorridente e educada se aproximou com um bloquinho de pedidos e uma caneta à mão e o cumprimentou de forma cordial — Olá, Sr. Castle! Bom dia. O de sempre?

— Oi, Sra. Smith. – sorriu— Sim, o de sempre.

— Copo ou caneca?

— Caneca. Mas não traga agora, traga somente daqui a quinze minutos, ok?

Antes mesmo de informar que naquele dia o café “de sempre” seria somente para ele, pois Kate não estava ali, a Sra. Smith se retirou, então Castel deixou prá lá. Ele não se importou. 

Castle pediu para o café chegar um pouquinho depois porque queria dizer a Kate algo que estava entalado.

“- Eu preciso falar com a Kate agora senão vou explodir. Eu já queria estar ao lado dela para falar pessoalmente e depois implorar que ela me perdoe. Eu quero beijá-la até não aguentar mais. Se eu não conseguir falar, eu vou enviar mensagem pelo WhatsApp.”— pensou.

Pegou seu iPhone e ligou o aparelho. Assim que a conexão foi estabelecida, começaram a aparecer todas as mensagens e ligações perdidas do período em que ficara com o telefone desligado.

Seu coração batia tenso ao perceber que havia muitas ligações perdidas de Kate e outras tantas mensagens dela. Estava muito preocupado porque não sabia o teor das mensagens, muito menos o que ela queria falar com ele.

Acessou o WhatsApp e clicou no ícone da foto e do nome dela e começou a ler as mensagens. A cada mensagem que lia a preocupação diminuía dando lugar à felicidade e ele sorriu involuntariamente.

KATE BECKETT

Castle, onde você está?

.

.

.

 

KATE BECKETT

Rick, eu estou preocupada com você. ♥

Onde você está?

.

.

.

Castle consultava o horário em que cada mensagem fora enviada e percebeu que havia espaçamento de dez minutos entre elas, ou seja, ela devia estar tensa.

 

KATE BECKETT

Amor, eu te amo, volta para casa. ♥ ♥

.

.

.

 

KATE BECKETT

Babe, eu estou preocupada com você. ♥

Onde você está.  ♥ ♥

Eu te amo, volta para casa. ♥ ♥ ♥

Eu preciso de você. ♥ ♥

.

.

.

 

Assim que leu a última mensagem, ele telefonou para ela, mas a chamada não se completava, pois depois de 30 segundos tocando sem atender, a ligação caia na caixa postal. Após tentar várias vezes, a ligação continuava caindo na caixa postal e isso se repetiu outras tantas vezes.

“- Ou ela deve estar longe do aparelho ou ... Prefiro não pensar em alternativa negativa.” – pensou.

Desistiu de tentar telefonar e ao invés disso, acionou o WhatsApp e começou a escrever para ela.

 

RICHARD CASTLE

Kate, primeiro eu preciso te dizer que eu te amo.

Eu também preciso que você me perdoe por eu ter

dito coisas que te magoaram. Por mais que você

tenha me ferido ao tomar uma decisão importante

sem me consultar, eu poderia ter escolhido melhor

as palavras, pois você é a melhor esposa que eu

poderia ter e a melhor mãe que eu poderia escolher

para gerar e cuidar dos nossos filhos. Não estou querendo

dizer com isso que devemos esquecer a nossa conversa

e que acho certo você abrir mão de suas férias, até

porque não é isso que eu penso, pois eu tenho certeza

que você precisa descansar e que também precisa

passar mais tempo com seus filhos, pois eles sentem

sua falta e eu também. Eu te conheço mais do que

você mesma se conhece e você sabe disso. rsrs Portanto,

amor, por mais que você diga que não está cansada

e que aguenta trabalhar, eu sei que seu corpo e sua mente

estão pedindo descanso, pois seu trabalho é muito

cansativo e você não só expõe o seu corpo e põe sua vida

em risco, como também usa e abusa da sua mente.

Seu trabalho é ‘corpo & mente’ e você usa os dois de

forma como ninguém mais consegue e é isso que te faz ser

quem você é, uma profissional e uma mulher espetacular e é

por isso que eu te escolhi para ser minha musa e

minha esposa. É por isso também que eu te esperei por

quatro longos anos, suportando suas birras, suas

implicâncias, sua rejeição e outras coisinhas mais, até

você se sentir pronta para ficarmos juntos e te juro,

nunca vou me arrepender disto e não vou desistir de você

assim tão fácil. Kate, eu tenho orgulho de você. Eu tenho

orgulho de ser seu marido. Eu tenho orgulho de ser o pai

dos seus filhos. Portanto, amor, apesar de querer que

você pare para recarregar suas energias, eu entendo

que você precise trabalhar agora para honrar com suas

obrigações e suas tarefas na polícia, justamente porque

você se comprometeu com seu superior.

Não estou sendo irônico, estou sendo sincero.

Também não estou abrindo mão de ficar

com você nas suas férias. Nós nos amamos, somos

adultos e bastante maduros para ajeitar com cuidado a

divisão dos dias que você poderá ficar comigo e

com as crianças e também farei uma programação bem

eclética, de modo que nossos filhos possam se divertir e a

Lily, que já é grandinha, fique satisfeita. Cinema, museus,

praças, piscina e talvez até alguns dias nos Hamptons,

mas todos esses detalhes eu prefiro ajustar quando

estivermos juntos em casa.

Kate, eu tentei chegar aí rápido para te falar tudo

isso pessoalmente, mas o trânsito louco desta manhã de

sábado não me permitiu. Tentei telefonar, mas a ligação

não completou. Então, para não infartar, decidi escrever,

mas daqui a pouco eu estou chegando aí para te repetir

tudo que estou escrevendo. Quer dizer, quando eu

digo “chegar aí”, eu estou partindo do pressuposto de que

você está em casa com as crianças. Não sei onde você está.

Não sei se está em casa com as crianças ou se foi trabalhar...

levando-as com você (?) Mas não importa.

Você é a mãe deles e não faria nada que os pusessem

em perigo. Caso você ainda esteja em casa, então, assim

que eu chegar você irá trabalhar e à noite quando

você retornar e colocarmos as crianças para dormir,

nós sentaremos para adequar nossa programação de

férias de acordo com o tempo livre que você tiver nos finais

de semana e faremos uma programação bem agradável,

como eu já disse, que sirva tanto a nós dois quanto

aos nossos filhos. Querida, eu já entendi e garanto que

a Lily também vai entender. Poderemos até passar 

finais de semana na nossa casa nos Hamptons.

Eu vou ser repetitivo... Eu sei... Mas estou tenso.

Eu sei que poderia te falar tudo isso quando chegasse aí,

mas é que eu estou ansioso para tirar pelo menos

uma parte da dor que eu coloquei no seu coração.

Assim sendo, eu estou apenas adiantando um milésimo

das coisas que eu quero te dizer.

Kate, eu te amo e quando nos votos do nosso

casamento eu disse que ‘você é a alegria do meu

coração’, eu não estava falando da boca prá fora,

como também não menti quando eu ‘prometi te amar,

ser seu amigo e seu parceiro até a morte nos separar

e até o resto das nossas vidas’. Contudo, naquele dia

faltou eu te dizer que eu também ‘prometo te respeitar’

e isso, Kate eu também vou cumprir e se hoje eu falhei

neste item, eu novamente te peço desculpa. Eu te amo,

e farei que todos os dias da nossa vida sejam “Perfeitos”.

Te amo, te adoro e não estou dizendo isso apenas para

limpar a minha barra, estou te dizendo isso porque

não consigo imaginar minha vida sem você.

Kate, você é ótima e, sem falsa modéstia,

eu sei que eu também sou ótimo, mas juntos,

somos “completos”. Amor, eu quero te beijar agora,

quero te abraçar, quero te fazer carinho...

Quero te encher de beijos e quero fazer amor com você.

Só para constar, nunca queria estar fazendo isso

usando as redes sociais, mas foi o único modo

que eu achei para pelo menos tentar falar com você.

Daqui a pouco estarei ai com você e tenho certeza

que você também deve ter algo para me falar...

O que você vai falar, eu não sei, mas espero que

sejam coisas boas. Sou otimista, você sabe, contudo,

no caminho vou continuar rezando para você aceitar

o meu perdão, porque eu estou ansioso para te

encher de beijos. Te amo. Te adoro. Te amo. Te adoro. ♥

 

 

Ele terminou de digitar o texto clicou para enviar a mensagem e se emocionou a relê-la. Ele tinha escancarado seu coração para sua mulher e a convidou para continuarem trilhando o mesmo caminho, juntos, combaterem todos os problemas.

Guardou novamente o iPhone no bolso e passou a apreciar tudo a sua volta. Pela janela dava para ver a pista cheia de carros parados e as pessoas, impacientes, saindo deles e se irritando uns com os outros. Outras caminhavam.

Para ele não tinha opção, pois de carro, não dava por causa do engarrafamento; ir caminhado até em casa seria quase impossível, pois era uma distância muito longa e de metrô seria impossível, pois aquele lado da cidade não havia linhas de metrô. Então, como infelizmente ainda não tinha uma máquina de teletransporte, o jeito era sentar e esperar.

Aquela cafeteria era grande e muito bem equipada e muito bem frequentada e o fluxo de gente entrando e saindo chamou a atenção dele, no entanto, ele nunca percebera isso porque sempre que ia ali era para se sentar naqueloutra mesma mesa para conversar ou era apenas para pegar os dois copos de café e sair rapidamente para as cenas de crime e nas duas alternativas, sempre ia com Kate e nunca prestava atenção à sua volta, muito menos ao movimento.

No horário acertado a Sra. Smith retornou com as duas canecas de café. Um “cappuccino grande” que era o dele e o outro, um “café latte grande sabor baunilha, sem açúcar”, que era o preferido de Kate. Uma garçonete a auxiliou e também trouxe uma bandejinha plástica com o logotipo da cafeteria, contendo um potinho com cubos de açúcar e ainda sachês de açúcar e adoçante e duas colheres, retirando-se em seguida, deixando a sua chefe ao lado da mesa com o cliente — O senhor já sabe e já conhece o nosso sistema, Sr. Castle, qualquer coisa me chame.

— Ok, obrigada.

Castle continuava inquieto, no entanto, como não tinha alternativa, decidiu fazer algo que o distraísse.

Na condição de escritor, Castle gostava de apreciar o cotidiano à sua volta, pois sempre fora curioso com as expressões, os gestos e as reações das pessoas e com tudo que estivesse ao alcance de suas vistas e de seus ouvidos. Avaliava também a modo delas se vestirem e se apresentarem, pois as roupas, sapato e cabelo dizem muito acerca da pessoa, portanto, enquanto mexia a caneca após se servir de açúcar, ele observava o movimento das pessoas entrando e saindo e tentava ver e ouvir o que as pessoas das outras mesas faziam e conversavam.

Ele tinha que deixar o trânsito se desembaraçar e o melhor jeito de passar o tempo era bisbilhotando o jeito de ser das pessoas anônimas, que muitas vezes, passavam a ser personagens dos seus livros.

Seu cappuccino estava muito quente. Ele dava pequenos goles. Assim que o trânsito se normalizasse, ele chamaria um novo taxi e iria para casa, mesmo que tivesse que fazer um longo desvio.

Duas mesas depois da dele havia um casal conversando, cujo assunto deveria ser engraçado, pois os dois riam e quase nem bebiam seus sucos. A moça aparentava ter um pouco mais de trinta anos, era ruiva, muito bonita, com traços fortes e o cabelo bem curto e uma maquiagem leve e usava um vestido branco e o homem já beirava os quarenta anos, era negro elegante com seu terno leve, ombros largos e com o cabelo quase raspado.

Uma menina de aproximadamente um ano e meio, com cachos presos com uma larga fita vermelha, vestindo um conjunto azul de short e camiseta, escapou das mãos de uma moça baixinha e gordinha que parecia ser a mãe. A sapeca, deu uma corrida entre as mesas, mas logo tropeçou nos próprios pés, caiu e começou a chorar. A moça foi rápido ao encontro da filha, a tirou do chão e a carregou, acalentou a pequena, levando-a de volta à mesa, onde estava sentado um rapaz também gordinho com o rosto vermelho e um garotinho ruivo com muitas sardas, aproximadamente nove anos que se empanturrava com uma caixinha de batatas fritas e ketchup, um imenso copo de milk-shake de chocolate e um sanduiche gigante com várias camadas de recheio e a maionese escapava pelos lados. Era nítido que o futuro do garotinho seria ficar com a mesma estrutura física dos pais.

Um rapaz loiro, usando uma bermuda preta, camisa polo azul escuro e um tênis colorido, entrou na cafeteria e ficou procurando uma mesa vazia, mas não a encontrou, então se aproximou de uma mesa logo ali ao lado, onde havia um homem de cabelos brancos sozinho, lendo o New York Times e perguntou se teria algum inconveniente se ele também sentasse ali porque não havia mesa disponível e ele queria lanchar. O idoso deixou o jornal de lado, sorriu e, contente com a companhia do jovem, o convidou à sentar e começaram a papear como se fossem velhos amigos. O pedido foi feito e logo foi atendido e o papo continuava animado.

Naquele momento um casal de adolescentes com roupas informais, típicas de uma manhã de sábado, entrou na cafeteria e, igual ao outro rapaz, procurou mesa vazia e também não encontrou. Mas, diferentemente do rapaz, eles foram embora.

Uma mulher morena bonita, alta, pele clara, cabelos cor de mel, soltos e com suaves cachos, entrou e ficou olhando em volta como se estivesse procurando alguém ou uma mesa vazia. Ela não tivera sorte. De repente ela parou as vistas no Castle e foi andando lenta e sensualmente na sua direção e isso o intrigou. Ela usava uma camisa regata branca com decote e uma minissaia jeans e nos pés usva uma sandália alta. A mulher era realmente muito linda e assim que chegou à mesa ela o cumprimentou — Oi. – e ficou a examiná-lo, deixando-o constrangido.

— Olá, bom dia!— Castle respondeu ao cumprimento dela, mas não alimentou conversa.

— A cafeteria está cheia – ela falava sorrindo levemente—,  então, eu posso me sentar aqui com você? É que eu marquei com uns amigos e eles ainda não chegaram...

Tenso pela surpresa, ele não teve saída e foi gentil — Ah, fique a vontade. Daqui a pouco eu vou sair aí você poderá ficar aqui com seus amigos.

— Obrigada. – a moça já ia se sentar quando um nome ecoa no ambiente.

— Carol! Carol! Estamos aqui.

A moça que estava ao lado do Castle gira o corpo procurando a voz e assim que a encontrou, vê duas moças e um rapaz acenando para ele, chamando-a.

— Oh, moço! Obrigada, mas meus amigos estão ali...— ela deu um sorriso de gratidão — Valeu!

A moça foi embora e se juntou ao grupo.

Castle olhou mais uma vez pela larga janela de vidro da cafeteria e percebeu que engarrafamento continuava.

Em seguida entraram duas pessoas ao mesmo tempo e segundos depois o som metálico da sineta presa à porta anunciava a entrada de uma terceira pessoa. As duas primeiras, eram bem jovens, beirando os vinte anos, uma negra alta e esbelta, belíssima, parecendo uma modelo internacional e a outra era uma loira também alta, porém era bem gordinha que, sorridentes e descontraídas no modo de vestir, esbanjavam alegria. As moças procuraram mesa e derem sorte, pois se sentaram em uma cujos ocupantes levantaram-se naquele momento para ir embora.

A terceira pessoa que entrou no mesmo momento das outras duas outras moças, foi uma mulher alta, esbelta, morena clara, usando short jeans desbotado com barra levemente desfiada, camisa básica na cor cinza com uma grande estampa do Mickey bem na frente. Usava keds preto e sobre a camiseta básica, ela jogou uma jaqueta preta. Castle não tinha dúvida... Aquela mulher era a própria deusa da beleza e a personificação do verão. Andava devagar, passos suaves, porém firmes e, considerando-se ainda a postura ereta, indicava que sabia bem o que queria e que também tinha personalidade forte. Assim que entrou, mesmo um pouco distante, cumprimentou com um sorriso e um aceno de mãos uma mulher que estava atrás do balcão. Cliente assídua. Em seguida, tal e qual os clientes anteriores, procurou lugar para se sentar e isso, ao contrario das outras pessoas, chamou a atenção de muitos, não porque ela fazia barulho, mas sim por conta da sua beleza fenomenal. Assim que ela terminou a inspeção de um lado da cafeteria, pareceu ficar desolada ao constatar que todas as mesas estavam ocupadas, e neste momento um homem forte e elegante a convidou para se sentar com ele, indicando que estava sozinho, no entanto, ela recusou com polidez, anunciando apenas com olhares, que iria continuar procurando. Então começou a inspeção do outro lado da cafeteria, começando pela última mesa, a mais distante da porta e continuou a procura, ficando desapontada ao perceber que não havia nenhuma mesa vazia, até que localizou a mesa onde o Castle estava sentado. Sem se intimidar, ela se dirigiu até ele, como fizera a moça anterior que viera até ele e também o rapaz que propusera dividir a mesa com o idoso ao lado.

Enquanto a moça se aproximava ele não teve dúvida que aquele era a mulher mais linda do mundo, só que ela não se dava conta disso ou então, não se importava com tal fato. Tinha os cabelos presos com alguns grampos e as mechas escapavam pelos lados dando um ar sofisticado e ao mesmo tempo informal, sem nenhuma pretensão de parecer bonita.

A atenção de Castle era inteiramente para a linda mulher que se aproximava e não conseguia desviar a atenção dela. Com isso, procurando ao máximo disfarçar, passou a se concentrar nos seus olhos, que tinham um brilho hipnotizador e tinham várias nuances de verde, mesclado com tons que iam do mel ao dourado. Castle se sentiu tenso, ao mesmo tempo animado ao vê-la se aproximar.

Assim que chegou à mesa dele, ela parou ao lado, fixou seus olhos nos dele, deu um sorriso leve ao morder o canto inferior direito dos lábios de forma bem sensual.

 Ao perceber a segunda caneca de café ainda fumegante, apontou para o objeto e perguntou com voz suave e sem rodeios — Você está acompanhado ou... Esperando alguém?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Muita calma nessa hora, porque a atenção é a alma do negócio. Estou ou não estou certa??? rsrsrs
Tá terminando... Vou tentar não demorar para postar o próximo capítulo...
Comentem
......................
Richard Castle olhando para a moça na cafeteria: https://n1.picjoke.net/useroutputs/2999/2016-11-17/1-pt-cc9637b61eec28bb03b11a95606b6557.jpg



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