No loft...

Kate preparara o café da manhã dela e de sua filha e a todo minuto pegava o celular para consultar as horas, examinava também se havia alguma ligação perdida, mensagem de voz ou mensagem no WhatsApp, porque já tinha passado muito tempo e o Rick ainda não tinha chegado, nem telefonado nem se comunicado por meio de mensagem e ela estava se sentindo cada vez mais triste e preocupadda, mas não podia passar isso para sua garotinha, portanto, conversava com ela de modo a distraí-la.

Nos momentos em que Kate consultava o seu celular, ela mesma tentava telefonar para ele, mas a ligação caía na caixa postal e também enviava mensagem por WhatsApp.

Este tempo que ela passava com a filha, Lily falava coisas de meninas e sobre sua escola e coleguinhas.

O café da manhã tranquilo e ambas se alimentavam e conversavam.

Assim, terminaram de se alimentar e Kate foi arrumar a cozinha e lavar a louça e Lily insistia em ajudar.

Enquanto arrumavam a cozinha, elas conversavam.

— Mamãe, o papai tá demorando, né?

O coração de Kate apertou — Ah, querida, daqui a pouquinho ele chega, você vai ver.

— O que será que ele tá comprando que tá demorando tanto?

— Huuummm!!! Sabe que eu não sei? Será que ele foi comprar maçãs?

— Não, mãe, porque aquela cesta está cheia de maçãs...— a garotinha apontou para uma vasilha sobre a bancada.

— Ah, tá, é mesmo, filha... Então... Será que ele foi comprar...

— Acho que ele foi comprar alguma coisa para levar para a nossa viagem de férias. — a garota falou animada.

— Será, filha? — Kate perguntou meio sem graça ao pensar que não haveria viagem de férias.

— Acho que sim, mamãe, porque o papai me prometeu que nós íamos nos divertir muito nas férias. – Kate não fala nada, apenas sorri para a filha, então a garota continua — Estou ansiosa para mergulhar na praia, mamãe. O papai disse que vai me ensinar a nadar no mar, porque eu só sei nadar na piscina... Mamãe, você é policial, né?  — sem esperar resposta a garota continuou— Policial tem que saber nadar?

— Olha, querida, eu sou policial para trabalhar dentro do distrito ou dentro do carro ou andando pela rua, então não tem necessidade de nadar, mas eu sei nadar.

— Mamãe, sabe aquela minha colega, a Carolyne, minha amiguinha lá da minha escola, ela me contou que nestas férias ela iria viajar para uma cidade que tem uma praia linda e que também vai passear de barco e que um barco era bem grande. Daí eu disse que eu também ia para praia, mas eu não sei aonde é a praia que nós vamos. Qual é o nome da praia, mamãe?

Kate agora ficou sem resposta, então tentou voltar ao assunto anterior para ver se a garota esquecia da pergunta que fizera sobre as férias.

— Mas eu acho que o seu pai também vai trazer chocolate.

— Chocolate!?

— Será? Pode ser... Você adora chocolate, né, meu bem?

A garota não falou mais da praia. Ela deu um suspiro engraçado e respondeu— Ah, é, mãe. Eu adoooooro chocolate. E eu gosto de qualquer chocolate, com qualquer recheio, aliás, até sem recheio eu gosto... Passou por mim, eu como.

Kate riu do entusiasmo da filha. Ela era tão jovem, mas tão inteligente, esperta e espirituosa.

— E você, mãe... Você gosta mais do chocolate branco, né?

— Isso! Eu gosto mais do chocolate branco, mas não rejeito o chocolate escuro não, viu??— Kate piscou o olho direito, brincalhona.

Assim que terminaram as tarefas na cozinha, Lily foi até a mãe e a abraçou pela cintura— Mamãe, você pode brincar comigo?

— Posso, querida. Você quer brincar de que?

— Que tal a gente brincar de jogo com dados?

— Hummm! Ótima ideia. Vamos lá para a sala de brinquedos. – Kate pegou na mão da filha e foram juntas pegar o joguinho.

— Mamãe, e vou poder levar algum brinquedo para a praia? O papai disse que eu poderia levar bola. Ele disse também que levaríamos boia e coletes salva-vidas.

— Bem, querida, eu ainda não sei. Mas vamos pegar a caixa dos jogos com dados.

Assim que Lily escolheu uma das caixas e pegou todos os dadinhos, ela pôs tudo sobre a mesa.— Vem, mamãe. — Kate se sentou junto da filha e deixou a filha abrir a tampa da caixa — Olha, mamãe, começa o jogo quem fizer o maior número com os dadinhos.

— Ok! Vamos começar?— As duas rolavam os dadinhos e o jogo ia caminhando.

Kate ia pegando as peças e incentivava a filha a fazer o mesmo e assim, o tempo foi passando e as duas se divertindo. De repente ela se lembrou de que não tinha olhado o tempo de duração do DVD que os gêmeos estavam assistindo. Consultou as horas no celular e viu que já devia estar para terminar o vídeo e preferia chegar antes, porque se terminasse e ficassem sozinhos, com certeza eles procurariam algo ali para se ocupar e se um molequinho fofo daquele sozinho já era sapeca, os dois juntos, iguaizinhos nas travessuras, a coisa pegava fogo e nisso puxaram ao pai que, apesar de ser um marido maravilhoso, um adulto exemplar nas atitudes..., na traquinagem era uma criança e essa era uma qualidade que ela adorava nele. Deus do céu! Pensando nisso ela chegou a se arrepiar só de imaginar o que seus dois mini Castle poderiam aprontar sozinhos, sem a supervisão de um adulto.

Kate se levantou rápido e se dirigiu com carinho à filha — Meu bem, vamos interromper aqui só um pouquinho para eu ir ver o que os seus irmãos estão fazendo? Você vem?

— Tudo bem, mãe. Vai lá. – a garota estava se divertindo e, de carinha concentrada usando na cabeça óculos de brinquedo, respondeu sem tirar os olhos das pecinhas e dos dadinhos— Eu fico aqui adiantando, pode ser?— e logo depois olhou a mãe com carinha de quem não queria sair dali. (imagem).

— Ah, tá. Então eu vou lá... Eu não me demoro, filha.

Kate se levantou, deu um beijo estalado na testa da filha e foi lá ver como estavam seus filhotinhos.

Ela atravessou a sala e seguiu apressada para o seu quarto e antes mesmo de entrar ouviu aquela musiquinha repetida típica de menu de vídeo, ou seja, o filminho já havia terminado e seus garotinhos estavam ociosos... Nem deu mais tempo de pensar em nada, pois chegou ao quarto e percebeu que realmente, o filminho já tinha terminado, o vídeo estava no menu inicial e como não havia mais filminho para hipnotizar os seus anjinhos, eles procuraram logo uma atividade... E acharam.

Continua...