FÉRIAS DE VERÃO escrita por Denise Reis


Capítulo 3
Kate e Seus Filhos


Notas iniciais do capítulo

Estou amando todos comentários. Adoro!!! Obrigada a vocês e em especial a “lovemorelove”, “Cleo Tavares”, “LahAlves” e “maria” que favoritaram.
A Kate está sofrendo, pois nunca imaginou que o Castle tomasse esta atitude de sair de casa. Ela está se sentindo efetivamente abandonada, mesmo sabendo que o marido vai voltar. Sim, porque na cabeça dela, ela tem certeza que ele vai voltar. Isso é a Kate, não sou eu, porque não vou contar nada que tire o suspense e a emoção da fic. Mas até ele voltar e se voltar, né, rsrsrs, vamos ver como é que a Kate vai reagir com este vazio deixado pelo marido e como ela vai se portar e pensar sobre isso tudo quando as crianças acordarem.



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Ainda sentada no chão e encostada à porta da rua, triste e com as pernas esticadas indicando desânimo, a Beckett estava tão distraída nos seus pensamentos que nem percebeu o movimento na sala, só voltou à realidade quando uma bolinha de pijama de malha mesclado de azul e cinza com fechamento frontal e bolsos azuis, se sentou nas suas pernas e logo depois chegou a outra bolinha igual à primeira, com pijaminha idêntico e também se jogou sobre ela.

— Mamãe, você está brincando com quem?— Inocente e curioso, Jake fez aquela pergunta, talvez porque ele deve ter achado bacana a mãe estar ali sentada no chão, pois para ele, sentar no chão é sinônimo de brincar.

— Eu também quero brincar, mamãe— Reece foi logo se oferecendo também para brincar e se acomodou melhor na perna da mãe.

Antes mesmo de pensar em qualquer resposta, Jake voltou a questionar — É com o papai, é mamãe? Você está brincando com o papai, é? — o garotinho perguntava à mãe, mas girava a cabeça e esticava os olhos à procura do pai.

Eles ainda não tinham três anos, mas falavam tudo explicadinho e não engoliam nenhuma sílaba e sabiam formular sentenças próprias para a idade. Nada complicado e sempre com palavras que pertenciam ao vocabulário de crianças de três anos, se atrapalhando apenas com uma ou outra palavra, mas no geral, eles se comunicavam muito bem. Pudera, tanto ela quanto o Castle liam para eles todas as noites antes de dormir ou em qualquer parte do dia quando ela ou o pai deles queriam  que eles se acalmassem. Eles amavam pular, correr, brincar e fazer as peraltices próprias da idade, mas também amavam ouvir histórias. Eles ficavam atentos a todos os detalhes e faziam muitas perguntas sobre os personagens e sobre os cenários e sobre o enredo mesmo. Kate ficava muito contente com o desenvolvimento dos filhos, mas o Castle ficava eufórico e dizia que seus filhos eram os mais inteligentes do mundo. Até quando eles quebravam alguma coisa, o Castle dizia que aquilo fazia parte do desenvolvimento motor deles, etc, etc, etc. e tudo isso também se estendia à sua nova princesinha. Lily era uma boneca. Além de linda, ela era doce, sem deixar de ser sapeca, era esperta, inteligente e muito viva e naquele momento ela já estava sendo alfabetizada, então, incentivada pelo pai, ela lia todos os livrinhos que ganhavam dos pais e depois, instigada por Castle, ela comentava a história e dava sua opinião e o pai ia às nuvens e fazia elogios sem fim sobre as qualidades da sua mais nova princesinha.

— Papai, cadê você? Papai!— Reece insistiu e falou alto para que o pai pudesse ouvir, mas logo ficou impaciente, se levantou das pernas da mãe e ficou correndo pela sala chamando o pai — Papai! Papai! Cadê você? Eu também quero brincar.

Kate assistia a tudo com o coração partido.

No momento em que os filhos apareceram, ela passou as mãos pelo rosto e secou as lágrimas e eles não a viram chorando.

— Eu tô com fome, mamãe.— Jake anunciou.

— Oh, meu Deus! Que coisa mais linda da mamãe. Meu bebê tá com fome, é?— Kate o puxou para um abraço, mas ele se afastou um pouquinho e com uma carinha fofa, ele contestou o comentário da mãe.

— Mamãe, eu não sou bebê. Eu já sou grande, ó!— mal terminou de falar, ele deu um salto, saiu do colo de Kate e se levantou, ficando ao lado de Kate que continuava sentada no chão.

Espertinho, Jake se esticou todo, inclusive o pescoço, ficou na ponta dos pés, estufou o peito, fez um trejeito fofo no rosto e pôs a mão no topo da cabeça ao anunciar — Tá vendo, mamãe, eu já sou grande.

Kate o puxou novamente para seus braços e o apertou— Mas você é o meu fofinho gostosinho e sempre vai ser o meu bebê.

Sentindo-se ultrajado, o fofinho fez um bico de zanga que Kate se prendeu para não rir, então ele repetiu pausadamente — Mamãe, eu-não-sou-bebê!

Para evitar choro do garotinho, Kate concordou com ele — Tá certo, meu gostosinho, você não é meu bebê. Você já está grandão.

Jake contestou novamente— Eu também não sou grandão, mamãe. Quem é grandão é o papai.

O coração de Kate apertou com aquele comentário e piorou quando ela ouviu que o Reece continuava chamando o pai.

O pequeno procurava o pai por trás das cortinas, atrás do piano e até debaixo da mesa — Papai, cadê você? Apareça. Já chega de se esconder, papai!

Cansado de procurar o pai na sala, o garotinho correu na direção do quarto dos pais e sempre gritando — Papai!

Kate pôs o Jake em pé no chão e, com cuidado, se levantou apertando a toalha sobre o corpo. Como ela saíra do banho correndo porque queria conseguir alcançar o marido, não deu tempo dela vestir o roupão.

Só que os meninos não se interessavam por esses detalhes. Eles gostavam era de correr, pular, brincar, então reparar se a mãe estava de toalha, roupão, pijama ou camisola seria a última coisa que eles se preocupariam. Kate sorriu com esse pensamento sobre seus bonequinhos.

— Deus!— Kate exclamou porque naquele momento se lembrou de que nem fechara completamente a torneira do chuveiro, então caminhou rápido para completar a tarefa, mas antes pegou Jake pela mão— Vem, meu amor. Vem com a mamãe.

— E meu mingau, mamãe? Eu estou com fome.

Alcançaram o Reece pelo caminho.

— Já, já eu te dou o seu mingau, meu amor.  Vocês querem uma tigelinha de leite com cereais ou querem mingau, eihm, queridos?

— Eu quero mingau, mamãe.

— Eu também.

— Ok, queridos, eu vou preparar as mamadeiras.

Na mesma hora em que os dois se sentiram afrontados com a oferta da mamadeira, param fazendo Kate também parar, se viram para à mãe, olham para cima nos olhos dala e cada um a sua forma se insurgiu.

— Mamãe, mamadeira é para bebezinho e eu já sou grande. — Jake anunciou com uma carinha linda que Kate se prendeu para não rir.

— Eu também já sou grande, mamãe. Eu também não quero mamadeira... Eu não sou bebê! – Reece afirmou com carinha de homenzinho.

— Então...

Sem querer ser mal educado, Reece interrompe a mãe e pede— Eu quero no meu copão com bico.

— Eu também quero igual ao Reece. Quero no copão com bico.

Achando aquilo tudo divertido, pois seus filhos eram inteligentes e espertos sem deixar de ser os seus bebês sapecas, Kate, mesmo triste com a discussão com o marido, se sentiu feliz por ter os meninos com ela, mas se recriminou, pois quando as crianças acordavam, sempre já estava tudo preparado para eles, no entanto naquele dia estava tudo atrapalhado, inclusive a cabeça e o coração dela.

Ela chegou ao seu quarto e seguiu logo para o seu banheiro e, aliviada, reparou que o chuveiro ficara apenas gotejando. Apressou-se em fechar a torneira completamente, vestiu roupas íntimas e por cima pôs um vestidinho de malha próprio para ficar em casa e assim que retornou ao seu quarto deparou-se com seus dois bebês esparramados na sua cama sobre os travesseiros e ela achou a coisa mais linda do mundo. O edredom estava todo aos pés da cama.

Como ela e o marido se levantaram da cama durante a discussão, ela ainda nem tinha arrumado o edredom e os travesseiros e resolveu não fazê-lo agora, pois Jake e Reece estavam bem acomodados. Mais tarde arrumaria.

— Meus amores, vocês querem ficar aqui no quarto do papai e da mamãe assistindo desenho enquanto a mamãe vai fazer o mingau de vocês?

— Mas cadê o papai, mamãe?— Reece insistia em querer ver o pai.

Jake também estava curioso e queria o pai— Onde está o papai, eihm?

— Queridos, o papai foi...— ela estava sem ideia do que falar para os filhos— o papai de vocês foi comprar umas coisas.

— Que coisas o papai foi comprar, mamãe?

— Porque ele foi comprar essas coisas, mamãe?

— Queridos, o papai de vocês foi comprar um monte de coisas. Quando ele chegar vocês perguntam a ele, ok?

— Ok!

— Ok!

Os dois garotinhos aceitaram a explicação da mãe e já pensavam em outra coisa.

— Mamãe, põe desenho.

— Eu quero o de...

Antes que os meninos falassem um desenho cujo DVD não estivesse ali no quarto dela, ela pegou logo um DVD entre os muitos que estavam ai e já foi anunciando — Ah, que bacana! Vocês adoram este aqui. Vejam, é o DVD de “Tom e Jerry”.

— Eu gosto, mamãe.

— E também.

Enquanto Kate inseria o DVD no aparelho e ligava a TV, deixando-a com volume ideal, ela repetiu — Queridos, então a mamãe vai fazer o mingau de vocês e vocês ficam aqui quietinhos, ok?

Os meninos concordaram e assim que a imagem do filminho infantil apareceu, eles já ficaram hipnotizados pelo DVD, não piscavam olhos e não prestavam atenção mais em nada.

“- Menos mal. Melhor assim. Melhor do que eles ficarem enfadados e quererem aprontar longe das minhas vistas.”— ela pensou.

Mas por vias da dúvida, trancou a porta do quarto que dava passagem ao closet e o banheiro. Passou os olhos por cima dos criados mudos e da bancada para ver se tinha algum objeto perfurocortante ou de vidro. Tudo ok! Deixou aberta a porta do quarto e seguiu para a cozinha.

Muito rapidamente ela fez o mingau dos gêmeos e colocou nos respectivos copos altos e com bico.

Kate já tinha saído da sala e estava quase entrando no seu quarto para entregar mingau para os gêmeos, quando ouviu um barulho na sala. Era um discreto rangido, próprio de quando uma pessoa pisa sobre o piso de madeira. Ela tinha certeza que era o marido retornando.

— Obrigada, Meu Deus! Meu marido retornou antes mesmo do que eu esperava!— ela pensou alto. Ela estava feliz por ela, por ele, pelo casamento e pelos filhos.

Kate estava trêmula. Ela ficou tão contente que quase derrubou no chão os copos dos filhos. Seu coração bateu fora do compasso e começou a acelerar e rapidamente ela correu até à sala ainda segurando os copos.

Assim que chegou à sala, olhou em direção à porta e a mesma estava fechada. Fez uma varredura visual nas imediações e não o encontrou e sentiu um frio no coração de tristeza.

Segundos depois quem ela encontra foi sua princesinha, então, mesmo estando triste, o sorriso chegou aos seus lábios. Lily apareceu com seus cabelos sedosos cortados acima dos ombros, vestida com seu pijaminha, em tecido macio cor de rosa com estampas de sorvetes e cupcakes coloridos. Ela ainda estava com a carinha de sono e com o cabelo um pouquinho assanhado, mas estava a menina mais linda do mundo.

— Oi, mamãe! – Sua filha era um presente dos deuses. Ela era a menina mais linda e fofa do universo e também era carinhosa ao extremo. A garotinha enlaçou a cintura de Kate com seus bracinhos, se aconchegando ao corpo da mãe, toda meiguinha.

Kate pôs os copos sobre a bancada da cozinha e abraçou a filha bem forte e a encheu de beijos — Bom dia, minha princesa! Dormiu direitinho?

A garotinha bocejou, esticou os bracinhos se espreguiçando e depois respondeu com a voz rouquinha — Bom dia, mãe. Eu dormi direitinho, sim.

— Tá certo. Você dormiu direitinho... Mas já acordou?— Kate brincou com a filha e ambas riram da divertidas.

— Mais ou menos, mamãe.— ela deu outro bocejo e depois olhou para os dois copos com bico.

— Aonde estão o Jake e o Reece, mamãe? Eu passei no quarto deles e as camas estão vazias. – Como se fosse uma mocinha ela indaga — Eles já estão traquinando, mamãe?

— Oh, meu Deus! Eu te amo, meu bem!— Kate apertou a filha nos braços e depois respondeu ao seu questionamento — Os gêmeos estão lá no meu quarto, querida e, acredite, eles não estão traquinando... Eles estão assistindo DVD.

— Eles estão com o papai, né?

Kate gelou e seu coração ficou apertado — Não querida...

A garota a interrompeu e movimentou a cabeça como se estivesse em uma partida de tênis. Ela procurava o pai por todo o ambiente— E onde é que o papai está?

— Ele saiu, querida. Seu pai foi comprar umas coisas... – e em tom de brincadeira, Kate acrescentou— E antes que você me pergunte, meu bem, eu nem sei o que ele foi comprar. – desconversou. — Talvez seja uma surpresa. - Kate piscou para a filha e deu um sorriso leve— Venha, querida, vamos levar o mingau dos meninos e depois nós duas vamos preparar alguma coisa para comermos.

E assim fizeram.

Kate orientou os meninos a se sentarem a fim de tomar o mingau no copão com bico. Hipnotizados com o filme, eles agiam de modo automático. Sentaram-se, recostaram-se na cabeceira da cama e, sem desviar os olhos do desenho, eles bebiam o líquido cremoso.

Ela não poderia sair antes deles terminarem, então, rapidamente pegou seu celular e viu que não havia ligação perdida ou mensagem do marido. Triste e preocupada, mas sem deixar aparentar isso para os filhos, ela encheu o peito de ar e soltou pela boca. Tinha que ser forte. Ela acessou o WhatsApp e enviou uma mensagem para Esposito.

 

KATE BECKETT

Bom dia novamente, Espo. Aconteceu um

imprevisto. Ainda estou em casa. Ninguém

está doente. Nem eu, nem as crianças e nem

o Castle, graças a Deus, mas vou me atrasar

um pouco. Tome a frente nas investigações

e qualquer dúvida fale comigo. Tchau!

Até mais tarde.

 

JAVIER ESPOSITO

Ok! Capitão. O Ryan está aqui comigo e estamos

atentos a tudo Lanie já fez os exames preliminares

e já foi para o necrotério e levou o corpo da vítima

para fazer os demais exames. Mas está correndo

tudo bem e qualquer dúvida ou qualquer emergência,

não hesitarei em te telefonar. Fique tranquila.

 

KATE BECKETT

Obrigado, Espo. Não se esqueça de anotar todos

os dados e todos os nomes. Anote tudo porque a

memória nos prega peças, ok? Conto com vocês.

Tchau

 

Logo em seguida enviou mensagem para sua amiga.

 

 

KATE BECKETT

Oi, Lanie. Eu já mandei o seu marido tomar

à frente das investigações, pois chegarei um

pouco mais tarde. Eu sei que “não preciso

ensinar Padre Nosso ao Vigário”, né, amiga,

mas quando sair o resultado do exame e você

veja algo que possa interessar ao caso, telefone

para ele, pois não posso sair de casa agora.

Chegarei um pouco mais tarde. Não se preocupe,

estamos todos com saúde. Não posso mais falar

com você agora porque estou preparado café da

manhã para. Depois a gente conversa, amiga. Bjs

 

LANNIE PARISH

Fique bem, amiga. Não sei o que é que está

acontecendo... Mas você sabe que pode contar

comigo, né? Fique tranquila, garota, que quando

sair o resultado do exame ou algo que possa

interessar ao caso, eu me comunico com o Javi.

Um beijo e até mais tarde. Bjs

 

Após enviar as mensagens, Kate retornou sua atenção aos seus bonequinhos gêmeos e viu que o Jake havia bebido todo o mingau e o Reece estava quase no fim. Ela limpou a boquinha de gasraoto com um guardanapo e esperava o outro terminar para fazer o mesmo.

Assim que terminaram, os dois voltaram a se esparramar sobre o lençol e colocavam as cabeças nos travesseiros dos pais e continuaram assistindo ao DVD.

Kate achou melhor nem arrumar a cama naquele momento, pois os meninos estavam à vontade. Apenas tirou o edredom, o dobrou e o pôs sobre uma grande poltrona próxima à cama.

Kate deu um pause no vídeo e os meninos a olharam curiosos então ela avisou – Jake e Reece, a mamãe vai para a cozinha com a Lily. Fiquem quietinhos aqui assistindo ao DVD, ok?— os gêmeos balançaram a cabeça em gesto afirmativo e Kate continuou — Se vocês quiserem qualquer coisa, chamem a mamãe, tá bom, meus lindos?— eles repetiram o gesto afirmativo com a cabeça. — E não aprontem!— Kate fez cara séria em tom ameaçador e eles, então, com carinhas de santinhos, fizeram o sinal de “não” com a cabeça.

Kate deu o play no aparelho e os dois retornaram a atenção exclusiva para “Tom e Jerry”.

Neste momento ela olhou para os seus bebês e sorriu feliz, pois sabia que assim que o Rick retornasse, ele ficaria feliz em encontrar seus bonequinhos ali naquela cama larga e embolados nos diversos travesseiros.

Kate desviou as vistas dos meninos e pegou na mão da filha e a chamou— Venha, querida, vamos preparar nosso café da manhã.— Kate chamou Lily.

.............

No Distrito...

Esposito e o Ryan já tinham mandado ao laboratório vários itens encontrados no local do crime e naquele momento estavam cada um em suas respectivas mesas, pesquisando no arquivo informatizado da polícia e também nos sites dos bancos, notícias acerca do suspeito.

— E aí, Ryan, alguma novidade?

— Nada ainda, brother.— o latino estava desanimado - O cara parece que está blindado. E você, Ryan, achou alguma coisa?

O irlandês estava entusiasmado — Achei, venha ver aqui. Você não vai acreditar.

Espo vai até à mesa do amigo e ficam examinando todos os dados encontrados e ficam checando com os dados já existentes e após meia hora de novas pesquisas, estão com excelentes informações.

— É, já ouvimos todas as testemunhas e todos os depoimentos foram fundamentais e agora, juntando com isso daí— Espo aponta para a tela do computador, a situação tá cada vez pior para ele.

— Só falta agora o laboratório nos enviar os resultados dos exames. Vamos também esperar a Lanie terminar de apurar tudo que encontrou no corpo da vítima.— Ryan se senta sobre a mesa de madeira do colega e demonstra estar preocupado — E aí, cara, alguma notícia sobre a Beckett? Ela voltou a telefonar para você?

— Não, Ryan. Eu não estou tão preocupado, porque ela disse que as crianças estão bem. Ela e o Castle também. Não tem ninguém doente.

— Menos mal, porque eu a Janny ficamos malucos quando as crianças adoecem. A Sarah Grace e o pequeno Nicholas Javier têm saúde de ferro, graça a Deus.

— Nem me fale, cara. No mês passado, você lembra, né, a Lara me deu um susto danado e ainda bem que a Lanie é médica e ficou o tempo todo com a minha princesinha depois que voltamos do pediatra. Nada como ter uma mulher médica.

— E quando é que vocês vão dar um irmãozinho para a Lara, eihm?

— Talvez na outra encarnação. – Javier respondeu com cara de pavor.

Ah, vocês ainda estão nessa de não quererem ter o segundo filho, é?

— Pela Lanie, a gente já tinha tido o segundo, mas eu já falei para ela que eu fico morrendo de medo... Já pensou se acontece conosco o mesmo que aconteceu com a Beckett e o Castle? Eles encomendaram um irmãozinho para a Lily e a cegonha exagerou e trouxe dois... Se isso acontecesse comigo, acho que eu ia enfartar.

— Ah, Javi, mas a Lara precisa de um irmão ou uma irmã para brincar...

Espo o interrompeu— Oh, que nada! Ela tem um monte de priminhos e também tem os seus filhos e os filhos da Beckett. Para que mais?

Os dois riam.

Com a voz e o jeito brincalhão, Ryan comenta — A Beckett e o Castle nem se queixaram quando souberam que a segunda gravidez seriam de gêmeos.

— Claro, né, Ryan, o cara é bilionário. A única preocupação daqueles dois é saúde, porque dinheiro é que não falta. A Lanie disse que ele não deixa a Beckett pagar nada, desde o começo do casamento... E você conhece a mulher, né... A Beckett é uma fera! Então o bicho pega. Mas a Lanie disse que ele convenceu a Kate quando perguntou prá ela que "... se ele não gastasse o dinheiro com ela, era para ele gastar com quem?" Então, agora ela nem reclama de usar o cartão de crédito que ganhou dele.

— Mas Espo, que espécie de amigo é você, em cara? Somente agora você me conta isso... Se eu soubesse que eles tinham atrito porque ele queria gastar dinheiro, eu tinha dado o número da minha conta bancária para ele.

— Ah, tá.

Os dois se embolaram de rir.

— Mas agora a Lanie disse que a Kate já se acostumou e nem liga mais. Usa o cartão de crédito do marido sem problema e disse que quase nem gasta o salário, pois usa o cartão dele para comprar maquiagem, bolsa, sapato, novidades para as crianças. Disse que o Castle a orienta como ela pode aplicar o salário. Todas as contas de luz, água, escola, empregada, roupa, remédio e tudo, tudo, tudo é ele quem paga. Até os carros dela quem compra é ele. Mas também, né, depois do aviso que ele deu, a Kate tem mais é que fazer isso mesmo. Ela tá é certa. Você lembra como o Castle era com a mulherada, né?

— Eu estou com uma peninha da Beckett.— Ryan falou em tom de zoação e achava graça - Que chato, né, não ter o que fazer com o salário.

— É, mas a situação lá em casa é outra, quer dizer, não é pior porque a Lanie é médica, ganha muito bem e ainda trabalha em vários hospitais, mas mesmo assim, a coisa tá complicada.

— É, cara. Agora você entende porque é que eu não deixo de fazer minhas apostas nas loterias de números, né?

— Huummmm! Agora eu entendo. Por falar nisso, ainda não conferi o resultado do jogo de ontem. – Esposito se lembrou.

— Eu também não conferi, Espo, venha, vamos olhar aqui...— os dois detetives foram conferir seus jogos de loterias.

Eles terminaram de conferir os jogos, e rasgaram os bilhetes, chateados porque não estavam premiados.

Voltaram a falar sobre a Beckett.

— Quem diria que aquela detetive durona, que implicava tanto com o escritor se apaixonaria e se casaria com ele, né, Ryan?

— É, né, mas o cara mudou de playboy para um homem direito, de uma mulher só. O que o amor não faz, nada mais faz. A Beckett merece ser feliz e o Castle também. Eles formam um casal bonito e continuaram a mesma coisa depois que casaram. O dinheiro não subiu a cabeça da Beckett, aliás, nem o cargo também, né?

O telefone do Esposito tocou e ao consultar o identificador de chamadas viu que era sua esposa— Hey, Chica.

— Espo, venham ver os laudos médicos. Vocês não vão acreditar.

— Conta logo, ‘Chica’.                   

— Javier Esposito, esteja aqui em sete minutos e meio, senão...— ela o ameaçou e desligou o aparelho.

— Sim, senhora!— ele respondeu já com o telefone desligado.

— Foi a Lanie.— Ryan afirmou.

— Cara, ela quer nos mostrar o laudo e disse para eu estar lá em sete minutos e meio... Senão... Eu nem quero pensar...— ele falou aflito — Quando a Lanie me ameaça a coisa é séria. O Castle disse que a Beckett também faz a mesma coisa com ele. Vamos correr, amigo.

— Então eu dei sorte porque a Jenny nunca me ameaçou. Ela é uma fofa. Ela é tão delicada e eu fico cada dia mais apaixonado.

 Já à caminho do Necrotério, Espo dá uma risadinha safada — Sim, a Lanie me ameaça, é verdade, mas cara, com a mesma ferocidade com que ela me ameaça, ela me recompensa depois... E o Castle também me confidenciou que a Beckett é assim também, mas disse que se a Beckett desconfiar que ele me contou isso, ele é um homem morto... — ele riu — E a Lanie me fez a mesma ameaça... Ela fala isso pegando o bisturi e aponta para o meu amigo inseparável e eu chego fico arrepiado.

— É, a coisa lá em casa é mais sossegada.— Ryan confidencia.

— E vocês dois gostam?

— Adoramos!

— É o que importa, cara.

Ryan e Esposito chegaram ao Necrotério, empurraram a porta “vai e vem” e os detetives se dirigiram para o lado da mesa onde estava deitada a vítima.

A Lanie consultou o relógio, reparou que o Ryan estava concentrado nas lesões da vítima, então parou ao lado do Esposito e, muito discreta, cochichou — Muito bem, garanhão! É assim que eu gosto. Aguarde a recompensa.— ela riu baixinho ao ver a cara de contentamento e ansiedade do marido, mas logo mudou o tom e o assunto, se detendo apenas sobre o laudo de exame cadavérico que fizera no corpo da vítima.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

O que é que se passa na cabeça da "CAPITÃ Beckett", da "ESPOSA Kate Castle" e da "MAMÃE Kate", eihm???
E esses gêmeos procurando o papai e questionando a mamãe???
— imagem dos gêmeos: https://n1.picjoke.net/useroutputs/695/2016-11-11/1-pt-08b2ea00433131e3fa68b589119b4cea.jpg

E Lily fofinha e gostosinha???
E onde será que está o Castle, eihm?
Estão gostando??? Comentem, porque eu preciso para concluir...
Comentem, Favoritem e Recomendem.
Bjinhos



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