FÉRIAS DE VERÃO escrita por Denise Reis


Capítulo 10
Amor Verdadeiro


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários. Amei todos eles. Um agradecimento especial a “lovemorelove” e “Cleo Tavares”, “LahAlves”, “maria”, “lenisoldes”, “Bethlopes”, “Aline Freitas” e “Luana CastleAlways”, “rebecadededi”, “Talita Beckett” e “ivann” que favoritaram.



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Castle olhou em volta e mesmo percebendo que não estavam chamando atenção dos outros clientes, achou melhor irem embora, até porque estava louco para dar um beijo de verdade em Kate – Amor, que tal irmos embora, eihm? Eu quero te agarrar, te encher de beijos e tenho a impressão que se eu fizer isso aqui, chamaríamos atenção... – por mais que ele também estivesse contente e emocionado com o momento, ele tentou fazer graça.

Kate fungou e deu um sorrisinho— Não, primeiro eu quero dizer que eu te amo e que eu amei sua mensagem e foi a coisa mais linda que você já me disse. – Kate estava sensibilizada com a mensagem do marido.

— Então você me perdoa mesmo?

— Seu bobo! – Kate tornou a dar um leve sorriso e torceu a boca achando que aquela pergunta era descabida - Nem vou te responder. Sabe o que eu vou fazer? Eu vou encaminhar esta sua mensagem para o meu e-mail e nunca vou apagar. Eu vou imprimir e emoldurar e pendurar no nosso closet. Não vou pôr no nosso quarto porque é uma coisa só nossa e só diz respeito a gente.

— Depois eu que sou bobo, né?

— Então somos dois bobos. Tudo bem, não ligo! — ela deu de ombros e deu uma risadinha.

— Kate, mudando de assunto... — ele usou um tom de voz mais baixo ainda, quase sussurrando — Você chegou aqui pronta para darmos um passeio com as crianças, toda linda. Eu adoro quando você põe esses shortinhos para sair comigo. Você fica mais gostosa ainda. – ele passou a mão sobre as pernas dela e fez um carinho mais ousado do joelho até a coxa, recebendo uma repreensão muda dela, com olhar indicando as pessoas em volta. 

— Castle! — ela falou tão baixo que ele quase não ouviu.

Mesmo reconhecendo que ela estava certa, Caste retirou a mão da perna da mulher, sob protesto— Ok!!! Vou tentar manter minhas mãos longe de você.

— Mas não precisa ser assim tão longe, babe... – ela piscou o olho para ele, de forma insinuante e pegou a mão dele e a colocou sobre sua coxa.

— Você sabe que não está ajudando, né? – ele usou a mão que estava na perna dela e deu um aperto, deixando-a arrepiada — Kate, vou tentar me concentrar no que eu estava te falando... Aaahhh...  Deixe-me ver... Ah, sim... Hey, você chegou aqui toda gostosa, linda e maravilhosa e logo eu percebi que você queria passear e não trabalhar... Mas como você começou o ‘jogo’, eu embarquei com você, mas agora que já está tudo esclarecido, Kate, onde estão as crianças? Eu saí de casa e deixei vocês quatro lá. Você as deixou com quem? Com alguma vizinha?

Kate fez uma careta, indicando que aquilo estava fora de questão— Não! Lembra que desde que a Lily nasceu nós combinamos de nunca deixar nossos filho com vizinhos? Eu deixei com a Alexis, lá na casa dela.

— Mas ela nã...

— Eu lembrei que o plantão dela no hospital foi quinta-feira, então ela fica de folga a sexta, sábado e domingo. O Benício é que está de plantão hoje. Eu telefonei para a Alexis, falei por alto o que estava acontecendo conosco e ela disse que tudo beleza, que eu poderia deixar as crianças lá e nem preciso te dizer que elas adoraram, né?— Kate riu. — As crianças adoram brincar com a Emilly e com o Thomas. – ela riu ao se lembrar de algo engraçado - Você precisava ver a Lily quando nós chegamos lá na casa da Alexis, amor. Ela agora quer que a Emilly e o Thomas a chamem de tia, pode um negócio desse? Depois que você contou essa novidade para ela, no mês passado, ela não quer saber de outra coisa. A Emilly tem somente quatro anos e o Tom três, a mesma idade dos gêmeos e a Lily fica o tempo todo fazendo os sobrinhos repetirem “tia Lily”, “tia Lily”, “tia Lily”. – Kate imitou, com graça, a voz e os trejeitos da sua filha linda.

Castle riu do jeito que a mulher falava — Isso passa, amor. Isso é só até ela perceber que são todos iguais, todos são crianças e esse negócio de ‘tio’ e ‘sobrinho’ é só título, ainda mais na idade deles...

— Tá! Tô sabendo... – Kate falou em tom de zoação — ‘Título’, né? ‘Título’ igual a “Vovô”?

— Sim, senhora, título igual a vovô e igual a “Vovó”! — Castle riu — Não é assim que a Emilly e o Thomas te chamam?

— Você é um palhacinho! Você está lembrado que eu sou quase dez anos mais nova do que você, né? - ela piscou o olho para o marido— Eles me chamam assim porque você os ensinou. Desde que eles eram uns bebezinhos fofos, toda vez que se referia a mim, com os meninos, você falava “... a vovó...” e a Alexis gostou da ideia e ficou estimulando os meninos a me chamarem assim também e aí eles aprenderam. — ela fingiu estar se queixando.

— E você adora!

— Adoro mesmo! Adoro, com todas as letras maiúsculas. Eu já tenho os meus filhos e sou louca por eles e ainda, de quebra, esses netos... Nossa Senhora. Eu os adoro, Rick e também adoro ouvi-los me chamando assim e quando saímos todos juntos, você vê, né, eu fico babando.— ela fez cara de apaixonada.

— Eu sei. Eu sei.  Você fica babando pelos nossos netos e eu fico babando pela avó gostosa deles. – ele deu um rápido selinho nela. - A avó gata.

— Rick! – demonstrando ter amado o comentário dele, Kate o repreendeu quase sussurrando.

— Oh, tenho culpa se você é a avó mais gostosa do mundo. – repetiu. 

Falando agora mais sério, ele retorna a falar do amor dos netos por Kate— E eles também te adoram. É um tal de “vovó” prá lá e prá cá. Tudo deles é com a vovó. - ele fingiu estar com ciúmes dos netos — E a Alexis também te adora, amor, você sabe que ela te adora e desde que ela começou a namorar o Benício, tudo dela é com você. Opinião, dúvidas, coisas de mulher, compras para casa, opinião sobre o casamento, depois sobre a gravidez e hoje sobre os filhos.

— E eu amo isso, você sabe, né?

— Você foi a referência de mulher/mãe que ela teve desde os quatorze anos. Sempre foi a você que ela recorreu para os assuntos femininos, de namorados e outras coisinhas. Ela também falava muito comigo, eu sei, mas sempre ela estava me pedindo para perguntar alguma coisa prá você ou ela mesma ia até o distrito para te falar em particular.

— Pulando um certo período, né. Quando eu e você ficamos noivos ela me deu um gelo... Mas depois ela viu que eu não ia roubar você dela, queria apenas dar uns ‘amassos’..., é, uns ‘amassos’ até o fim da minha vida. - eles riram— então, dali em diante foi só alegria.

— Meus amores.

— Mas você está se esquecendo da Martha, Rick. A Martha sempre foi e ainda é uma referência fortíssima da vida dela também.

— É verdade. Sem dúvidas, até hoje a mamãe dá conselhos muito interessantes... Até para nós, né?

— Sim.

— Você sempre foi centrada e desde que te conheci, mesmo com birras e mais birras, você sempre dava opiniões que me acalmavam com relação à Alexis quando eu me desabafava com você sobre as coisas que iam acontecendo com ela. Eu lembro também que quando eu sabia alguma coisa que envolvia garotos com ela, eu ficava de cabelo em pé e ia até você feito um louco e você sempre me tranquilizava.

— É, eu sei. Veja como são as coisas, eu dava conselhos sobre a Alexis e os namoradinhos dela, sobre as amigas, festas, drogas, sexo... E depois sobre os homens, até que apareceu o Benício. Logo eu que tinha medo de de ter um relacionamento sério e ser feliz...

— Mas isso foi antes de eu aparecer lá no distrito e você ficar louca por mim e completamente apaixonada.

— Ah, tá... Vá sonhando. – ela riu— Eu já te falei que assim que você apareceu lá no distrito para me infernizar, o único sentimento que eu tive por você foi raiva e o primeiro presente que eu queria te dar era um tiro, mas eu não podia...

— Imagina se você ia ter coragem de dar um tiro no homem da sua vida.

Os dois riam felizes das lembranças divertidas destes quinze anos que se conheciam.

— Falando sério, ainda bem que a Alexis tem você e a mamãe, né, porque se fosse depender daquela maluca da Meredith..., coitada da minha filha.

— Amor, por falar em Meredith, por mais intimidade que eu tenha com a Alexis, eu nunca puxo esse assunto com ela, porque é um tema delicado. Quando falamos dela, é a própria Alexis quem toca no assunto, mas nunca é nada relacionado a amor, carinho, afeição ou assuntos desta natureza. Sempre que a Alexis fala no nome da Meredith, é para falar sobre traços físicos semelhantes dela e das crianças, ou coisas assim. Mas... Eu nunca mais te perguntei sobre isso.

— Diga.

— A Meredith já foi conhecer os netos? Será que ela foi lá e nós não ficamos sabendo? Ou então você evitou falar comigo para me poupar. 

— Piada, né, Kate...— ele deu uma risada de decepção com relação a ex-mulher — Amor, imagina se a Meredith iria largar os namorados e o set de filmagem para conhecer um neto... Ela quase nunca ia visitar a filha, imagina se ela vai se deslocar de estado para ver netos. Olha..., que Deus tenha pena da alma dela.

— Sem querer ser egoísta por mim e por nossa família, ou seja, nós dois, quatro filhos e dois netos, e sendo realista, pensando em mim, em você e neles, eu acho até bom isso da Meredith não aparecer, porque assim os netos são só meus. E, sem querer me gabar, eu tenho certeza que a Meredith nunca iria dar para eles o que eu dou, ou seja, muito amor, carinho, dengo de vó e a presença que eles precisam e merecem.

— Mas é coruja!!! Nunca vi igual.— ele a abraçou forte.

— Sou mesmo e admito. Amorzinho, que tal a gente ir ver estas cinco crianças, eihm? A gente mima um pouco os nossos netos, faz uns chamegos na Alexis e depois pegamos nossos filhos lindos e gostosos e viajamos para as nossas tão sonhadas férias de verão. Que tal, bonitão?

— É, vamos embora, porque eu também estou morrendo de saudade das crianças. – ele estava com jeito de quem estava mesmo com saudade dos filhos.— Kate, nós somos uma dupla imbatível! Tudo que fazemos juntos é um sucesso... E nós dois até que soubemos fazer menino direitinho, né?


— Ah, sim. Nós ‘treinamos’ e nos ‘exercitamos’ bastante, mas quando fizemos à vera, eles saíram maravilhosos e a segunda vez, então, foi no capricho... vieram dois.– ambos riram do comentário dela — Hey, será que eu estou entendendo bem? O bonitão está querendo fazer mais menino, é?

— Até que não é uma má ideia...

— Pois pode ir tirando essa ideia ‘da cabeça’... ‘Das cabeças’, bonitão, - Kate piscou o olho de forma sensual - porque nós já completamos a nossa cota de povoar o mundo. Castle, três filhos!! E ainda tem a Alexis... ou seja, quatro. Acho que já tá de bom tamanho, né?

— Só mais um, que tal?

— Não, Castle. A Lily, o Jake e o Reece são a minha vida, mas já chega, amor. Se eu engravidar novamente... Já pensou? E se for outra barriga de gêmeos ou trigêmeos, eihm? Nem me peça para pararmos com os contraceptivos. Amor, vamos criar nossa princesa e os nossos príncipes e vamos cuidar um do outro, que tal? Veja bem, nós não vamos mais fazer menino, no entanto - ela deu outra piscadinha marota— a ‘academia’ continua funcionando para os ‘treinos’. Os ‘exercícios’, bonitão, poderão continuar, mas vamos deixar esse treino prá mais tarde, ok? Vamos embora pegar as crianças e nos ajeitar para a viagem.

— Ok, a senhora venceu. Vamos logo sair, até porque se não formos embora agora, acho que a nossa amiga vai nos expulsar, porque estamos aqui há mais de uma hora e eu só pedi duas canecas de café.

— Ah, tá... – ela riu— Até parece... Duvido que a Sra. Smith nos expulse daqui! Além dela gostar muito da gente, ainda tem a gorjeta que você dá. Com o valor da gorjeta que você sempre deixa nas mãos dela, ela deve adorar quando a gente vem aqui, mesmo que ocupemos a mesa por muito tempo sem consumir quase nada.

— Então, tá... Verdade. — Ele concordou.

— Ah, antes que eu esqueça, temos que comprar um quadro branco igual ao seu e também as canetas hidrográficas específicas para colocarmos no quarto de brinquedo das crianças. E temos que comprar urgente.

— Porque assim tão urgente?

— Porque hoje pela manhã, os nossos anjinhos, Jake e o Reece pegaram duas canetas hidrográficas lá no seu escritório e, segundo eles, como o "quadro do papai" é muito alto – Kate riu— eles usaram o lençol da nossa cama como tela.

— Sério!? – Caste começou a rir sem parar.

— Sabia que você ia ficar assim – ela também riu um pouquinho— Querido eles fizeram um monte de rabiscos, um monte de traços e círculos e quando eu os peguei no flagra, eles estavam na maior conversa “entre artistas”.

— Ah, Kate, diga aí o que eles conversavam, vai...  Eu preciso saber. – ele pedia com ansiedade de ouvir a conversa dos seus garotinhos sapecas.

— Eles diziam “A mamãe vai adorar...”, “A mamãe vai achar lindo...”, “O papai também vai adorar...”, “... o papai vai ficar triste porque não chamamos ele para desenhar com a gente...” e por aí vai, amor. Você precisava ver.

— Kate, você filmou com celular, não filmou? Diga que sim, por favor. - ele implorou e fez uma cara hilária.

Kate não sabia se ria ou se reclamava com o marido— Castle!

— Mas Kate, é que eu queria ver...

— Castle, eles desenharam no lençol... Já era. O lençol não serve mais prá nada. E você ainda fica achando o máximo! Se você der corda, da próxima vez vai ser a parede, a porta, os armários, o sofá, a poltrona... Tudo.

— Mas Kate, não podemos impedi-los de expressar a criatividade.

Kate agora ria, porque o marido já estava extrapolando— Ah, tá. Nem vou dar bola para o que você está falando, porque eu sei que você está me provocando. Só sei que depois eu conversei com eles com muito cuidado, explicando que da próxima vez os desenhos serão no quadro que o papai vai comprar, etc, etc, etc...  e eles entenderam, viu? Depois, como artistas famosos, eles começaram a traduzir os desenhos. Eles disseram que era "o papai abraçando a mamãe" e que o outro desenho era nós cinco dentro de um carro indo para praia. Quando chegarmos lá em casa eu te mostro.

— Kate, esse lençol deverá ser guardado como um tesouro, mas antes eu vou escrever do lado de cada desenho o significado de cada um. Eu vou perguntar novamente a eles e eles vão me explicar, daí eu vou escrevendo.

Sorrindo muito, Kate informou — Deus do céu! Castle, seus filhos são iguaizinhos a você. Eles têm uma imaginação fértil e vão aumentar tanto a descrição dos desenhos, vão dar tantos detalhes que eu acho que nem vai caber no lençol... Acho que você terá que continuar em outro.

Ele a mirou como se a estivesse ameaçando— Explique aí, Kate, isso foi um elogio ou uma censura?

Kate riu da pergunta— Querido, tire suas próprias conclusões. Só quero te lembrar de que antes mesmo de você aparecer lá no distrito e começar a azucrinar minha paciência, eu já possuía a coleção completa dos livros do meu autor preferido, o lindo, gostoso, talentoso, espetacular e incrível, “RICHARD CASTLE”. Todos os meus livros estavam autografados por ele e eu os guardava trancados dentro de um armário no meu quarto, lá no meu antigo apartamento e este armário ficava pertinho de mim, quase grudado na minha cama. E depois que o meu autor preferido passou a escrever uma nova coleção me usando como musa, meu bem, eu nem precisei mais comprar, pois ele me deu, pessoalmente, cada um dos livros e autografou cada um deles e todos estão guardados a sete chaves lá na nossa casa. Ninguém encosta. E tem mais, eu fui em todos os lançamentos dos livros dele e nos últimos onze anos eu sou levada por ele. E você está careca de saber disso. E aí, querido, deu agora para saber se eu estava elogiando ou censurando?

Ele fez uma expressão de quem estava com dúvida e com medo— Agora eu fiquei até confuso, Kate... Você conseguiu que eu ficasse com ciúmes do RICHARD CASTLE e o pior disso tudo é que eu sei que “eu” sou ele, ou seja, eu estou com ciúmes de mim mesmo. Fiquei atrapalhado...

Rindo da cara de assustado do marido, ela o empurrou gentilmente para que ele se levantasse do banco da cafeteria, a fim de que ela também pudesse se levantar.

Assim que ficaram de pé, ele a olhou novamente dos pés à cabeça e sussurrou no ouvido dela, deixando-a arrepiada — Você está muito gostosa! Aliás, você sempre “é” gostosa!

Castle a pegou pela mão e foram até o balcão cumprimentar a Sra. Smith. Enquanto se despediam da mulher, ele pegou a carteira e de lá tirou uma cédula de cinquenta dólares e entregou à senhora, virando-se na direção da porta da cafeteria quanto a Sra. Smith o chama.

— Um momento, Sr. Castle, que eu vou pegar o troco.

Com um sorriso franco ele a impede dizendo— Não precisa, Sra. Smith.

— Sr. Castle – ela falava baixinho— Eu acho que o senhor não reparou... Mas o senhor me entregou uma cédula de cinquenta dólares...

— Ah, sim, eu reparei.

— Então — como Rick continuava sem querer aceitar o troco a Sra. Smith apelou para Kate— Sra. Castle...

Kate demonstrou que não podia fazer nada— Sra. Smith, hoje o meu marido está generoso, então... Fique tranquila. – Kate piscou para ela como quem diz “deixe prá lá, aceite o dinheiro” e finalizou com um sorriso alegre e feliz.

— Sra. Smith, hoje eu estou tão feliz que a senhora não faz ideia.— Castle passou o braço direito por trás da cintura da esposa e completou — Nós amamos sua cafeteria, Sra. Smith. Não existe outra igual e sabemos que sempre teremos nosso café preferido.

Aquele elogio derrubou a resistência da Sra. Smith e ela sorriu — Então, tá. Eu agradeço a preferência e também fico feliz com a felicidade de vocês.

Guiando o marido em direção à saída, Kate se despede da proprietária da cafeteria – Tchau, Sra. Smith.

— Tchau, Sra. Castle, voltem sempre.

Começaram a andar pela calçada e assim que se afastaram da cafeteria, Kate repreendeu o marido de forma amável — Sério, Castle!? Cinquenta dólares!?

Continuando a caminhada de mãos dadas, ele apertou bem forte a mão da mulher e comentou — Kate, hoje de manhã eu pensei que tinha perdido a mulher que há quinze anos é o bem mais valioso, mais precioso e mais importante da minha vida, e é um valor que não se converte em moeda... Então... O que são cinquenta dólares?

Kate apressou o passo o suficiente para ficar de frente a ele e impedi-lo de continuar andando. Passou seus braços em volta do pescoço dele e no meio da calçada, com pessoas passando de um lado para o outro ela sussurra— Rick, independente de qualquer coisa, qualquer fato, qualquer cenário, eu te amo e nunca se esqueça disso. Com certeza passaremos por outros momentos difíceis parecidos com o que vivemos hoje cedo e, ‘se’ e ‘quando’ isso acontecer, mesmo que eu esteja enfurecida com você, meu amor, eu vou me lembrar de cada palavra desta sua mensagem do WhatsApp que você me enviou hoje e vou repassar na minha mente várias vezes até eu recuperar a lucidez e voltar a acreditar que você é o maior, o melhor e único homem da minha vida que eu amei, que eu amo e que sempre amarei. – dito isto, ela se jogou nos braços dele e o beijou apaixonadamente, sendo correspondida.

As pessoas continuavam passando por eles sem dar importância, pois aquilo era Nova York.

Quando se afastaram, ele perguntou em tom divertido— Ok, você vai se lembrar da minha mensagem... Mas se eu realmente for culpado e tiver merecendo a sua fúria, eihm?

Kate se afasta um pouco dele e responde imediatamente— Fácil! Se você realmente for culpado, então eu te dou um tiro.

Rindo da resposta dela, ele continua a brincadeira— Então já fique sabendo que eu vou mandar fazer mil cópias da mensagem e vou por moldura em todas elas e vou forrar a parede e o teto do nosso closet e do nosso quarto.

Agora era Kate que ria.

Eles retomaram a caminhada de mãos dadas e ela avisou— Vá sonhando, Castle. Vá sonhando. Estou de olho aberto para você. – ela o advertiu e deu uma risada de zoação.

Castle voltou a falar com seriedade— Amor, vamos logo pegar as crianças e vamos passar em casa apenas para pegar os nossos passaportes e os das crianças e depois vamos direto para o aeroporto e pegar o primeiro avião para um local onde haja praias lindas.

— Oh, meu Deus, que marido perdulário que eu fui arranjar! – ela lamentou em tom divertido — Nada disso, Castle. Nada de viajar sem nada. Vamos fazer todas as malas e levar tudo o que for necessário.

— Mas Kate, se formos direto economizaremos tempo...

— Negativo, marido. Você está equivocado. Repare bem, se fizermos do meu jeito, nós vamos para casa e em menos de uma hora, arrumaremos todas as malas e o único trabalho será apenas transferir as roupas e produtos pessoais dos armários para as malas. Ao passo que se fizermos como você quer, perderemos muito tempo. Você acha mesmo que gastaremos menos tempo se formos de loja em loja procurar o que serve em cada um de nós? Teremos que analisar, tamanho, gosto, modelo, cores e qualidade. Serão lojas de artigos femininos adulto, lojas de artigos masculinos adulto e lojas de artigo infantil que tenha roupa tanto para Lily quanto para os gêmeos. Cada um de nós vai experimentar cada roupa escolhida para ver se serve. Só que nunca achamos tudo numa mesma loja então faremos um tour por todas as lojas até estarmos devidamente abastecidos. Depois, começaremos as nossas férias. Mas aí teríamos perdido um ou dois dias.

— Porque é que você sempre tem razão, eihm, Kate?

— Porque eu sou a única que tem o juízo perfeito. Simples assim. Kate parou um pouco e o fez parar também e logo anunciou – Mas eu te amo mesmo assim e fineza nunca mudar seu modo de ser, ok? – ela piscou como se tivesse flertando.

— Eu também te amo, mesmo que você sempre derrube minhas teorias com sua lógica.

Eles trocam um selinho.

— Este é o meu marido.

— Esta é a minha mulher.

Castle dá sinal para um taxi parar. Eles entram para dar o primeiro passo com destino às férias de verão.

 

 


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Notas finais do capítulo

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