Uma garota diferente escrita por Bala de Jujuba


Capítulo 4
Garoto sem noção


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas tá aí!!!
Espero que gostem.



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Depois de termos combinado o horário, os meninos pararam de tocar e fomos embora. Fui direto para casa, subi até meu quarto e olhei no relógio, eram 02h45min. Tomei um banho e fui escolher minha roupa. Vesti um tênis preto, uma camiseta preta, um short jeans e uma camisa xadrez amarrada na cintura. Meu cabelo estava preso numa trança de lado e estava usando apenas um batom rosa claro com um pouco de brilho.

Desci as escadas e fui até a cozinha, como já havia passado da hora do almoço ninguém estava lá. Comi uma fatia de bolo de chocolate e tomei um suco de manga que noite passada minha mãe havia feito e por incrível que pareça estava bom. Olhei no relógio e eram 03h30min então subi as escadas e fui para o banheiro escovar os dentes, aproveitei e retoquei o batom. Como não tinha visto meus pais desde que eu cheguei, resolvi procurá-los. Revirei a casa inteira e não os achei, quando voltei para a cozinha vi um bilhete na geladeira, escrito: “Filha, eu e sua mãe saímos para uma reunião sobre o próximo livro dela. Não sabemos que horas vamos voltar, e se for sair avise o motorista. Beijos, te amamos.”

Depois de ler o bilhete, procurei o motorista e avisei que iria sair. Fui para a sala de estar, me sentei no sofá e fiquei mexendo no celular. A campainha tocou e fui atender a porta.

— Oiii – Diz Rosalya e Alexy em uníssono.

— Oi, e podem parar de gritar – Digo.

— Tá, desculpa – Diz Alexy e eu rio levemente.

— Vamos? – Pergunto.

— Agora! – Diz Rosa.

Fomos andando até o shopping e em dez minutos estávamos lá. Rosa e Alexy me puxaram para uma loja de roupas que eu realmente não queria entrar.

— Eu não quero ir nessa loja, eu quero ir para a praça de alimentação – Digo e Alexy me olha impressionado.

— Você só tem cara de magrinha, de resto não tem nada – Diz Alexy.

— Verdade, mas isso não interessa – Disse Rosa – Vamos as...

— Compras – Dizem Rosa e Alexy em uníssono.

— Parem de gritar – Digo já irritada e eles riem.

— Tá bom – Dizem juntos novamente.

Rosalya me mandou sentar no banco em frente ao provador junto com Alexy. Ela experimentava as roupas e nós dizíamos o que achávamos. As roupas que ela experimentava eram muito justas, mas ficavam lindas nela, essa já era 20º troca de roupa dela e eu já estava cansada.

— Gente, o que vocês acharam? – Pergunta Rosalya em relação ao vestido roxo curto e decotado, que ficava lindo nela.

— Está diva!!! – Diz Alexy.

— Esse ficou ótimo – Digo, e ela se surpreende.

— Pela primeira vez você tem uma opinião positiva, hoje vai chover confete – Diz Rosalya zombando.

— É milagre, mas vai levar? – Pergunta Alexy.

— Lógico – Diz Rosalya – Só vou levar esses cinco.

— Só esses? – Digo sarcástica.

— Só esses – Diz Rosa fazendo careta – Mas agora é sua vez!

— Eu não – Digo rapidamente.

— Por favor – Diz Alexy fazendo cara de cachorro abandonado.

— Tá – Digo com cara emburrada.

— Ebaaa – Alexy começa a gritar.

— Para de gritar – Digo já irritada.

— Desculpa, é força do hábito – Alexy diz e eu rio.

— Mas vamos logo, quero que você experimente algumas roupas – Diz Rosalya com um monte de roupas.

Tive que experimentar várias roupas, uma mais decotada que a outra. Rosalya escolhia roupas mais curtas e decotadas. Já Alexy escolhia roupas mais fofas, meigas e românticas. Sinceramente, nenhum dos estilos de roupas me agradava, mas pelo menos não escolheram nem vestidos, nem saias para eu experimentar.

— Já tá bom de experimentar roupas, né? – Digo já cansada.

— Ainda não – Diz Alexy.

— Mas eu já experimentei um monte de peças – Digo choramingando.

— Tá – Diz Alexy e eu comemoro – Mas com uma condição.

— Nossa, estragou minha felicidade – Digo e ele e Rosa riem – Mas já que tem uma condição, qual é?

— Tem que provar a peça que eu e a Rosa escolhemos – Diz ele empolgado.

— Tá bom – Digo bufando.

Peguei a peça e fui para o provador, quando olhei vi que ele me entregou uma... Saia. Eu me sinto desconfortável em saias, mas como se eu quisesse ir embora rápido era meu único jeito, tive que pôr. O look que escolheram, era: um bota cano curto, uma saia branca com corações pequenos contornados de preto, um colar em formato de folha e um crooped justo, de manga longa preto. Terminei de me vestir e sai.

— Arrasou!!! – Diz Rosalya animada.

— Tá diva – Diz Alexy surpreso.

— Eu tô ridícula – Digo me olhando no espelho que ficava do lado do provador.

— Não está não – Disse um menino bronzeado, loiro e de olhos verdes.

— Por acaso te conheço? – Pergunto grossa.

— Ainda não – Diz ele com um sorriso de canto – Prazer, meu nome é Dakota.

— Nenhum prazer em conhece-lo – Digo mais grossa do que antes.

— Amiga, não se você não quiser o bofe, eu quero – Disse Alexy, e eu e Rosalya rimos.

— Então é todo seu! – Digo e vou em direção ao provador.

Entro no provador e coloco minha roupa. Não paro de pensar naquele garoto, ele é muito abusado, chega e começa a querer pegar todo mundo. Saio do provador e vejo o garoto abusado conversando com Rosa e Alexy.

— Vamos? – Pergunto os apressando.

— Agora? – Pergunta Alexy com cara de cachorro abandonado.

— Não, não amanhã – Digo sarcástica.

— Eu não teria nenhum problema em ficar até amanhã – Diz Alexy olhando para o Dakota.

— Isso eu acho que todos nós já entendemos – Digo e Rosalya ri – Mas vamos?

— Tá bom – Diz Alexy ainda relutante – Mas aonde a gente vai?

— Primeiro vamos à praça de alimentação e depois a uma loja de jogos – Digo puxando Alexy e Rosalya para fora da loja.

Rosalya comprou as peças de roupa que ela gostou e eu fui obrigada a comprar aquela peça de roupa que eu tinha acabado de experimentar. Depois fomos à praça de alimentação, eu pedi dois hamburgers grandes e um suco de laranja médio, e, Rosalya e Alexy ficaram meio espantados por ter feito esse pedido. Alexy pediu um hambúrguer pequeno e um suco de uva médio, e, Rosalya pediu uma salada média e um suco de uva médio também. Depois estávamos na loja de jogos, resolvi comprar três jogos: Call of duty, Pes2016 e Mortal Kombat X. Comprei os jogos e estávamos indo até nossas casas juntos.

— Sabe quem ela está me lembrando? – Pergunta Rosalya para Alexy.

— Quem? – Pergunta Alexy confuso.

— Seu irmão – Diz Rosalya.

— Verdade, ele vai ao shopping pra comprar jogos, igual a ela – Diz Alexy e eu fico confusa.

— Pela cara dela, ela está boiando – Diz Rosa.

— Roberta, eu tenho um irmão chamado Armin e ele gosta muito de jogos – Diz Alexy.

— Ata – Digo e eles riem – Tchau gente, minha casa já é ali – Digo apontando para a casa que estava do outro lado da rua.

— Casa? – Pergunta Rosalya retoricamente – Isso daí é uma mansão!

— Concordo – Diz Alexy.

— Mas tchau Rô – Disse Rosalya me dando um abraço e um beijo na bochecha.

— Tchau – Digo retribuindo o abraço.

— Tchau diva – Diz Alexy me dando um abraço.

— Tchau fofo – Digo retribuindo o abraço.

Atravesso a rua e entro em casa, olho no relógio e eram 19h30min. Meus pais não haviam chegado e eu estava preocupada, então resolvi fazer a coisa que mais me acalma nesse mundo: comer. Fui até a cozinha e reparei que tinham vários churros em cima da mesa, estava me perguntando quem tinha os feito, mas os comi rapidamente. De repente vejo uma sombra indo em direção da porta da cozinha, e perto de mim havia uma frigideira, a pego e fico em posição de ataque. Uma moça entra e ao me ver fica assustada.

— Eu tenho uma frigideira, e não tenho medo de usar – Digo para a moça que aparentava ter uns quarenta e poucos anos, morena e que parecia ser muito gentil.

— Você deve ser a Roberta, não? – Pergunta ela mais calma.

— Como você sabe meu nome? E quem é você? – Pergunto ainda desconfiada e em posição de ataque novamente.

— Calma, pode abaixar a frigideira – Diz ela e eu coloco a frigideira na bancada – Eu sou a nova cozinheira e seus pais me falaram de você. Meu nome é Márcia – Diz ela gentilmente.

— Então foi você que fez os churros que estavam em cima da mesa? – Pergunto animada.

— Sim, fui eu – Diz ela simpática.

— Nossa, você é um anjo – Digo e ela ri.

— Não é para tanto – Diz ela sem graça.

— Lógico que é para tanto, estavam ótimos – Digo rapidamente – Mas vou ir para o meu quarto. Boa noite.

— Boa noite – Diz ela suavemente com sua voz aveludada.

Subo para meu quarto e entro no banheiro. Entro no chuveiro e sinto minha pele descansar sobre a água, nesse momento em que a água escorre em meu corpo, me lembro de uma das músicas da Melanie Martinez que se chama Soap. Ao lembrar não me aguentei e comecei a cantarolar. Sai do banho e coloquei meu pijama de unicórnio de cor azul claro, ele era muito confortável e eu gostava bastante. Depois de algum tempo deitada na cama, sem pensar em nada, finalmente o sono veio e eu adormeci.

 


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