A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 32
1x23 - Good Player.


Notas iniciais do capítulo

Depois de um século vim para anunciar que a fanfic está de volta, soltarei muitos capítulos de acordo com o recebimento e comentários de vocês. Talvez vocês não coloquem muita confiança nessas palavras, mas, tentarei de verdade acabar essa primeira temporada logo e iniciar a segunda.

Boa Leitura!



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"Para ser maravilhosa, a vida não precisava ser perfeita. Só precisava ser real."

Ponto de vista: Isabella Swan.

[...]Testes para a peça Romeu e Julieta serão hoje, conto com a presença de todos os inscritos, em razão disso algumas aulas vão ser adiadas no período deles.

Diretora Hastings. [...]

Arranquei o folheto da porta do meu armário e o amassei jogando na lixeira do corredor em seguida. Tais testes com certeza não estavam na minha lista de interesses. Suspirei me encostando na porta do armário me encontrava tão confusa hoje, tudo por culpa dos acontecimentos de ontem, primeiro aquela conversa com o professor Xavier, depois o encontro com aquele tal Lysandre.

Avistei Riley vindo em minha direção com uma expressão exausta, franzi minhas sobrancelhas e arrumei minha postura.

—Por que você está assim? — perguntei curiosa, ele suspirou.

—Não sei se você leu o folheto, mas, o teste para peça é hoje. —  explicou.

—E você não deveria estar feliz, sei lá, ansioso? — questionei sem entender o motivo para o drama dele.

—É eu devia, mas, vendo pelo o lado em que eu só fiz isso pela Vick e provavelmente vou brigar com a Jéssica, não vejo motivos para estar. — falou ironicamente e eu quase ri, já que pensando bem essa atuação acarretaria vários beijos que com certeza seriam adiados na hora do ensaio e só seriam consumados no ato final. Conheço muito bem a Vick ela tem controle sobre tudo menos sobre seu próprio corpo, o contato carnal era a culminância dessa confusão entre eles.

—Isso é o que dá não saber o que quer. —soltei a indireta, mas, ele me ignorou revirando os olhos.

—Como foi a feira de arquitetura? — perguntou mudando de assunto.

—Ah foi legal, o Edward ganhou, conheci um cara estranho com sobrenome pré-histórico e eu tive uma conversa desconfortável com o Professor Xavier. — resumi meu dia, despertando a atenção dele.

—Sobre o que vocês conversaram? — questionou curioso, revirei os olhos, percebendo que ele só prestou atenção nessa parte.

—Ele me questionou sobre quando eu vou contar para o Edward que eu sou uma Swan, falou que nada que é construído de mentiras dura muito tempo e blá blá blá. — falei com pouco caso.

—Talvez ele tenha razão, o professor Xavier é legal. — diz com sua sua opinião.

—Professores intrometidos não são legais. — protestei.

—E deixa eu adivinhar; você se sentiu um pouquinho culpada e está fugindo do Edward. — concluiu e eu suspirei.

—"Fugir" é uma palavra forte, você não acha? Prefiro dizer que eu estou evitando ele. — Riley arqueia uma sobrancelha. —  Caramba eu não gosto que mintam para mim e está sendo horrível eu mentir também. —admiti e o Biers colocou a mão em meu ombro.

— E por que não conta ele?

— Porque eu não confio nele — admiti.

—É lógico que confia Isabella, se não ele não seria seu amigo a ponto de você apoia-lo em algo que é importante para ele como fez na feira de arquitetura.

(...)

Ponto de vista: Edward Cullen.

Me sentei em uma cadeira na sala de Artes refletindo como há muito tempo eu não fazia. Isabella estava estranha desde ontem, hoje eu tentei falar com ela, mas, ela simplesmente inventou que tinha algo para fazer.

Os meus pensamentos da noite anterior também não ajudaram muito, ontem eu havia percebido minha necessidade em ficar perto de Bella, porque talvez ela tenha se transformado em uma pessoa muito importante para mim.

Nunca nenhum dos meus amigos se importou em perguntar o que eu tanto fazia na sala do professor Xavier, sempre falavam que aquilo estava me fazendo me transformar em outra pessoa, mas, Isabella não, ela não duvidou de nada, não questionou nada, apenas ficou ali ao meu lado, do jeito dela, me tranquilizando, me fazendo acreditar que sonhos são possíveis de ser realizados e que amigos de verdade existem sim.

Antes, quando nós estávamos juntos parecia que uma barreira nos separava da realidade era apenas o popular e a nerd, mas, droga! agora não era assim, quando nós estávamos juntos só existia a Isabella e o Edward sem títulos, sem rótulos, sem nada, apenas nós dois.

—Fico surpreso em ver você aqui, pensei que estivesse com a Isabella, afinal vocês são grande amigos agora. — a voz do professor Xavier me despertou dos meus pensamentos, suspirei.

—Acho que a Bella está me evitando,  e eu nem sei por que. —falei me acomodando na cadeira.

—Será que foi pela nossa conversa? — falou consigo mesmo.

—Que conversa? — perguntei confuso e ele me encarou.

—Ah... nada, Isabella apenas me mostrou alguns desenhos dela, e ela parecia preocupada, com medo que os erros não pudessem ser concertados. — me explicou, franzi as sobrancelhas.

—Mas, qualquer erro pode ser concertado com uma borracha. — disse o obvio, ele sorriu.

—Não quando a folha já está rasgada, Edward. — falou de forma misteriosa, como se deixasse o mistério para eu desvendar, e saiu da sala, levando alguns livros em mãos.

E eu levei algum tempo para notar que isso era apenas uma metáfora, a folha em questão se tratava de Isabella.

(...)

Encontrei Emmet, Rose e Jéssica no corredor e percebi que me faria bem passar um tempo com eles, para espairecer meus pensamentos que pareciam estar sem sentidos, mas, eu estava errado.

—Você não vai fazer testes para peça, Ed ? — Rosalie perguntou com a voz fina, tocando em meu ombro, me esquivei.

—Não Rosalie, não vou. — falei áspero.

—É só passar um tempo com as nerdzinha que já vira um mau –educado. — debochou.

—Eu só estou exausto de você, Rosalie. —expliquei suspirando.

—Você está estranho. —Jéssica observou e eu a encarei.

—Como eu disse; só estou cansado. — revidei irritado com a insistência deles .

—É só que, ontem você faltou na escola e a nerd também, isso quer dizer algo? — Emmett perguntou com um sorriso malicioso.

—Se você quer saber se eu estava com ela; eu não estava, estava com o professor Xavier. — expliquei mentindo em partes.

—De novo, por isso você está se transformando nesse chato. — Rosalie mostra sua opinião.

—Se eu sou chato você ultrapassa o limite do insuportável. —retruquei.

—É oficial; Alguém está com mau humor hoje. —  falou irônica, mas, eu resolvi que ignora-la era a melhor opção.

—Já que vocês vão fazer testes para essa peça ridícula eu vou fazer algo de útil, vou treinar algumas cestas pro jogo de basquete. — falei impaciente e sai sem esperar respostas.

(...)

Ponto de vista: Isabella Swan.

Comecei a brincar com o pão do meu sanduíche no refeitório, enquanto Riley estudava algumas falas para os teste da peça que aconteceriam depois do intervalo, Vick estava olhando para o pedaço de pizza que estava na bandeja do Riley quase babando, revirei os olhos e a encarei.

—Por que não come logo? — perguntei já impaciente.

—Porque eu preciso estar magra para conseguir o papel de Julieta. —  falou tentando não olhar para o prato, franzi as sobrancelhas.

—Como você mesma disse, você fará teste para Julieta, não para uma garota bulímica e anoréxica. — debochei e ela revirou os olhos.

—A Julieta tem que ser magra, não uma baleia. — protestou e eu a olhei com tédio.

—Você já se olhou no espelho Vick? você pesa menos do que uma criança de 11 anos, não acha Riley? — perguntei e ele me ignorou ainda focando nos papeis que estava lendo.

— Isso é patético. — falei desistindo do meu lanche, Vick revirou os olhos e começou a ajeitar suas coisas.

— Tenho que ir, o teste começa em trinta minutos e eu não quero me atrasar vamos Riley. — falou apressada e Riley reuniu seu material e seguiu ela.

Como eu disse isso é patético, Riley às vezes chega ao nível Rosalie de pró humilhação, se deixar dominar pela Vick chega a ser burrice.

Vendo o refeitório se esvaziar percebi que aquela era a minha deixa para sair daquele lugar e ir até um local mais tranquilo para ler meu livro.

Andei pelos corredores agora desertos, provavelmente as pessoas deviam estar fazendo ou assistindo os testes que iriam acontecer no teatro do colégio, assim que cheguei a porta da biblioteca suspirei ao vê-la fechada. Ótimo, onde eu arrumaria um lugar tranquilo agora ?

Bati na porta com força, mas, depois vi que machucar minha mão não adiantaria de nada, apertei a mochila nos meus ombros, e fui até o único lugar que provavelmente as pessoas não estariam nesse momento.

(...)

Adentrei ao grande e espaçoso ginásio com passos lentos com intenção de chegar as arquibancadas mais afastadas, mas, parei ao escutar um barulho ecoando no centro da quadra.

 Então por ironia do destino me deparei com Edward treinando algumas cestas. Edward parecia não ter percebido minha presença pois estava treinando de uma forma incansável.

De longe podia ser visto sua testa brilhando por conta das gostas do suor, seus cabelos balançando a cada movimento e mais escuros do que um dia já foram, o moletom estava completamente molhado, mas, isso não parecia incomoda-lo, tanto que ele continuava correndo, as vezes arfando.

Joguei a mochila na arquibancada, e comecei a caminhar em sua direção, o pequeno salto das minhas botas parecia despertar a atenção dele, que se virou em minha direção contendo a surpresa e usando uma mascara de indiferença com vários motivos aparentes, cruzei meus braços e engoli a seco esperando ele falar algo, assim ele o fez, deixando de lado seu treino.

—Pensei que estivesse me evitando. — debochou me encarando, e eu o olhei também, formulando uma resposta que não parecesse estúpida diante das circunstâncias.

—Não estava te evitando, só estava um pouco ocupada hoje. —menti na maior cara de pau, o que não passou despercebido por ele, que riu com deboche.

—Ah por favor, você consegue fazer melhor que isso. — disse irônico e eu suspirei.

—Talvez, sei lá, talvez  tenha me afastado hoje quando internamente queria dizer que a cada dia estou me aproximando mais de você e talvez eu tenha medo disso. — menti em partes, ele parou por alguns segundos ,antes de me olhar com seus olhos focados em meu rosto .

—Não posso adivinhar seus pensamentos, então por favor quando houver algo errado me diga. — pediu ironicamente.

—Me desculpa? — pedi com a sobrancelha arqueada, sorriu, com apenas aquele gesto eu percebi que havia sido desculpada, resolvi deixar de lado a questões de sobrenome.

Eu e ele tínhamos a incrível e incontestável capacidade de acabar com climas fofos e situações sentimentais, e eu me sentia bem por causa disso, porque quase sempre isso nos ajudava a entender certos pontos de vista do outro.

—Pensei que a Vick havia te convencido a fazer o teste também. —falou com aquele sorriso de lado.

— Vick não tem tanta influência sobre mim. — debochei me aproximando mais dele.

—Quem exerce "influência'' sobre você?

—Não acho que exista essa pessoa, mas, se um dia eu descobrir quem é  quem sabe eu não te conto. — ironizei.

Dito isso, peguei a bola que estava jogada e quiquei com a mão direita no chão gélido, fazendo um barulho que para mim chegava a ser confortável.

Edward me encarou com uma sobrancelha arqueada, mas, não falou nada, apenas cruzou os braços, esperando minhas próximas ações.

Brinquei com a bola por apenas mais alguns segundos, em seguida mirei a cesta no alto do ginásio, me concentrei na bola, com um pulo rápido e um movimento certeiro fiz uma cesta digna de profissionais.

Encarei Edward com um sorriso triunfante nos lábios, ele sustentava uma expressão incrédula, com um misto de animação, fui até ele balançando meus cabelos numa atitude totalmente presunçosa.

—Onde você aprendeu a jogar assim? — questionou ainda sem entender o que eu havia acabado de fazer.

—Qual é, nerds não podem praticar esportes? — debochei, jogando a bola em direção a ele, que a agarrou no ar.

—É lógico que podem, mas, não faze-los com tanta maestria. — ironizou e eu revirei os olhos por toda a sua arrogância.

—Se quer saber, eu ganharia de você fácil fácil. — provoquei enquanto ele quicava com a bola, mas, com os olhos focados em mim.

—E por que não tenta? — desafiou, me aproximei dele como um caçador em busca de sua presa.

Mordi meus lábios o que puxou sua atenção e retirei a bola de suas mãos, correndo com a agilidade em direção a cesta, então quando ele percebeu o que eu fiz me seguiu, saltei acertando um ponto o que fez Edward resmungar que eu tinha trapaceado, sorri ironicamente.

— Isabella nerd: um, Edward babaca popular: zero. — cantarolei com divertimento. O Cullen balançou a cabeça sorrindo como se dissesse; O jogo vai começar.

Revirei os olhos, mas, logo após me concentrei, com toda a sua experiência ele conseguiu tirar a bola de mim, e tentou correr para alcançar pontos para ele, mas, para seu azar eu tinha muita elasticidade o que me fazia conseguir me esticar para toma-lo a bola e foi isso que eu fiz, conseguindo assim mais um ponto.

O jogo continuou, mas, apesar de eu ser boa ele fazia isso há muitos anos o que lhe dava certa vantagem, deixando nosso placar empatado 18 X 18.

Em algum momento, vendo que eu ganharia o jogo, ele me agarrou pela cintura para que eu não conseguisse pegar a bola, o que me fez gargalhar e consequentemente ele também, então quando percebi que ele estava desconcentrado vi que aquela era minha chance, me desvencilhei de seus braços e acertei a ultima cesta deixando o placar 19 X 18.

—Game over Baby — debochei, ele sorriu mesmo havendo perdido o jogo, porque no fim isso nem chegava a importar, o que importava de verdade era aquele momento.


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Notas finais do capítulo

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