Amor Desconhecido escrita por Agent Krysten


Capítulo 17
Passado, Presente e Futuro


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores (as). Como estão?
Gostaria de agradecer imensamente todos que acompanharam a fic, deixaram seus comentários e prestaram suporte de alguma forma.
Espero que essa história tenha lhes proporcionado momentos de diversão e brincado com a imaginação de vocês.
Sem mais, segue o capítulo ... se houver algum erro, por favor me avise.



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Sentada ao lado do berço, Amanda zelou o sono do filho, acariciando seus cabelos, como fazia desde o dia em que Josh voltou à sua vida. Ela se lamentava por ter perdido momentos importantes no crescimento dele, e por isso, havia decidido investir o maior tempo possível ao lado do filho.

Ela teve dificuldade para fazer seu filho dormir. Josh estava inquieto e não queria, de jeito nenhum, se acalmar para que o sono o dominasse. Nem a usual canção de ninar funcionou. O menino sentia falta de Mac, e somente quando ela usou uma tática que havia aprendido com ele, Josh se acalmou e adormeceu.

Ao confirmar que ele dormia pacificamente, ligou a babá eletrônica e deixou o local em silêncio.

Amanda entrou no seu quarto vazio e foi direto para a cama king, se ajeitando debaixo do edredom. Naquele momento, sua companhia era apenas uma pilha de papéis, que compunha a tese de um de seus alunos, esperando para ser corrigida. Ela ligou o receptor da babá eletrônica em sua mesa de cabeceira e a ajustou para vigiar Josh no outro quarto. Resgatou os papéis e começou a ler o documento.

Apesar de focar na correção do documento, às vezes, sua mente trazia a lembrança de Mac, e ela se questionava se ele estava bem.

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Mac fez sua caminhada noturna pelas ruas do bairro, sem nenhum imprevisto. As vias estavam praticamente vazias para uma sexta-feira à noite, devido a estação fria, que começava a avançar sobre a cidade.

Ele tinha uma nova companhia de caminhada, a cadela Hope, uma Golden Retriever de nove meses. Curiosa, Hope queria cheirar e revirar tudo que aparecia em sua frente e isso trazia um pouco de diversão, na noite solitária e fria. Entre uma brincadeira e outra, sua mente viajava na escuridão e encontrava Amanda, e ele se perguntava se estava tudo bem com ela.

Mesmo depois de um longo trajeto, Hope ainda precisou de algum tempo e algumas fungadas na área próxima à sua casa para fazer as suas necessidades.

— Vamos, Hope! Faça logo o que tem que fazer que já está ficando frio!

Ao perceber que Hope havia feito suas necessidades, Mac recolheu a sujeira e a depositou em uma lata de lixo disponível na rua.

— Vamos para casa, Hope.

Com a dupla missão cumprida, eles finalmente entraram em casa, se protegendo do frio.

Mac tirou a coleira da cadela e ela andou preguiçosa para sua cama, próxima às janelas da sala de estar.

Na penumbra do imóvel, ele passou direto pelos outros cômodos. Ao chegar em seu quarto, desejou se jogar na cama vazia daquele jeito, contudo, achou melhor tomar um banho quente antes.

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Ele respirou fundo e aliviado com a massagem que a água quente fez em seus músculos. Seu cansaço havia diminuído e seu corpo estava mais desperto.

A luz do banheiro se apagou após o clique do interruptor e Mac caminhou lentamente para a cama. Igualmente devagar, entrou por debaixo do edredom e se aconchegou confortavelmente nos travesseiros. E sua mente imediatamente procurou Amanda.

Uma sombra apareceu na porta do quarto e tomou a sua atenção.

— Dana, está tudo bem?

— Sim, está tudo bem.

Ela engatinhou pela cama e deu um simples beijo nele, se aconchegando por baixo do edredom, em seguida.

Mac se virou e logo suas mãos já passeavam pelo corpo dela, coberto apenas com a fina seda do pijama.

— Hum, para, Mac. O que você quer?

Ele a puxou para cima dele, a fazendo sentar em seu abdômen.

— O Mac não quer nada. – provocou.

— Ah, entendi. – respondeu ironicamente. – O que o xerife quer?

Mac sorriu contente e a trouxe para perto dele, dando um beijo nela.

— Tudo que a Dana puder me dar.

— Ah, mas a Dana não tem nada.

— Puxa, e eu fico como, então?

— Se você quiser, a Amanda tem uma coisa para te dar.

Ele suspirou decepcionado.

— Ah, fazer o que? Se não tem outra, vai essa mesmo.

Amanda deu um tapa no ombro dele e reclamou.

— Seu safado!

Mac a abraçou e a segurou junto a seu peito, e ela fingiu que se debatia, tentando fugir dele. A excitação aumentou o volume das vozes deles e ele a alertou.

— Vamos acordar o Josh.

Ela interrompeu suas risadas e se sentou novamente por cima dele, assim que ele a libertou do abraço.

— Ele teve problemas para dormir outra vez?

— Você sabe que todas as vezes que você sai nesse horário ele fica inquieto e ansioso. Ele já estava dormindo e eu estava aqui corrigindo uma monografia, quando ele começou a resmungar e fui lá ver o que estava acontecendo.

— Eu vi. Por isso passei direto pelo quartinho dele quando cheguei.

Amanda passou suas mãos pelo peito nu de Mac e o provocou.

— E então, xerife? Você está interessado no que a Amanda tem para oferecer?

Em um movimento rápido, o xerife a derrubou na cama e se deitou por cima dela.

— Sempre.

Apesar do frio que fazia lá fora, embaixo do edredom, os corpos se atritaram e se tocaram insistentemente, gerando um calor que os aqueceu pela noite inteira.

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Mac despertou involuntariamente, e verificou o horário no relógio que estava na mesa de cabeceira. Era madrugada de sábado, então, eles ainda tinham algumas horas de descanso.

Ao esticar seu braço para tocar Amanda, sua mão bateu no colchão vazio, indicando que ela não estava lá. Ele pegou a babá eletrônica e percebeu que Josh dormia tranquilo e que não havia ninguém com o menino.

— Dana? - perguntou retirando as cobertas do seu corpo.

Um barulho e um soluço foram emitidos do banheiro, de onde apenas a discreta luz do espelho estava acessa.

— Dana?

A inesperada chegada de Mac no banheiro a assustou, e ela pulou de susto, colocando suas duas mãos instintivamente para trás. Esse movimento chamou a atenção dele.

— O que você está escondendo aí?

— Nada. – respondeu com a voz tremula.

— Amanda, o que você está escondendo? – indagou fortemente.

Derrotada, ela entregou o dispositivo que escondia em sua mão.

Mac pegou o item e reconheceu o que era. E o resultado que indicava.

— Você está grávida? – perguntou emocionado.

Ela afirmou e se debulhou em lágrimas. Confuso com a reação dela, ele hesitou em perguntar o motivo.

— E isso é ruim?

Amanda riu nervosa e inspirou forte, tentando diminuir seu choro.

— Eu estou com medo.

Um suspirou aliviado escapou dos lábios dele. Segurando a mão dela, a levou de volta a cama, onde a sentou na beirada e ele, ajoelhou-se de frente para ela.

— Não precisa ter medo. Eu estou aqui ao seu lado, para te ajudar.

As lágrimas continuaram a descer descontroladamente pela face dela.

— A gente nem planejou nada, e o Josh ainda é tão pequeno.

— Nós vamos cuidar do Josh e também desse bebê. E eu estou muito feliz e também um pouco apavorado, agora que entendi bem o que está acontecendo aqui.

O desabafo sincero dele a acalmou, e ela deu um sorriso.

— E você suspeitou disso, tipo, agora?

— Não, já estou ensaiando para fazer isso faz algumas semanas. Senti um enjoo quando levantei da cama e decidi fazer o teste.

— Ficaremos bem. E logo, teremos esse bebê em nossos braços. Nosso filho. Ou nossa filha.

Ele tinha aquele olhar de mil palavras, sereno e apaixonado que a amparou pelo brilho das grandes safiras azuis.

Amanda respirou fundo, enxugou suas lágrimas e o guiou de volta para a cama. Assim que ele deitou, ela se aconchegou em seu peito, sob uma chuva de carícias e beijos em seus cachos.

— Eu te amo, mamãe.

— Também te amo, papai.

— Descansa, meu amor. Ainda está muito cedo. Volte a dormir.

Mac ficou acordado, abraçando Amanda e acariciando seus cachos, até que ela finalmente voltou a dormir.

A notícia da gravidez o aterrorizou por alguns instantes, contudo, a felicidade e o amor que envolveu a concepção daquele bebê o acalmou e ao mesmo tempo, levou seu sono embora.

Mac e Claire sempre adiaram os planos de gravidez, e quando ela se foi, o arrependimento que sentiu por não ter tido filhos com ela quase o fez desistir. Com o passar dos anos, esse plano foi enfraquecendo, já que um novo amor não aparecia em sua vida.

E quando ele menos esperava, ela apareceu, arrastando uma mala no meio da estrada para Oak Island. Mac sorriu com a lembrança e voltou ao momento onde sua nova vida com Amanda começou.

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A demora da resposta de Amanda para o seu pedido de casamento, apesar de segundos, lhe pareceu uma eternidade, e quase lhe promoveu um infarto.

— Amanda? – ele engoliu seco e preocupado.

— Sim, Mac. Eu aceito.

Mac deslizou o anel pelo dedo dela e quando chegou a posição ideal, beijou a mão dela.

— Você vai ter que deixar sua vida para trás, sua vida de marine, sua delegacia, seus amigos. – se lamentou.

Ele segurou delicadamente no rosto dela.

— Amanda, o mais importante é que você estará comigo.

O casal trocou um sorriso apaixonado e se entregou a um intenso e caloroso beijo.

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Após a resposta positiva de Amanda, o casal conversou um pouco sobre o futuro, possíveis planos e despedidas. E uma das primeiras ações que deveriam fazer era se apresentarem a Jocelyn, e aguardar as novas instruções dela.

A despedida de sua grande amiga Jo foi no hotel mesmo, assim que eles declararam sua opção.

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— Nós vamos nos casar, Jo. E eu aceitei entrar no programa.

— Bem, então eu me despeço aqui.

Jo e Mac se abraçaram por vários minutos, pois não haviam palavras para agradecer e nem dizer adeus, após tantos anos de amizade e suporte mútuo compartilhados.

— Boa sorte, Mac. Seja muito feliz com a Amanda.

— Obrigado. Se não fosse por você, não estaria aqui.

A detetive explicou que, juntamente com Adam e Jess, iriam assinar um termo de confidencialidade sobre a condição de Mac e Amanda. Eles não poderiam citar ou dizer qualquer informação sobre a participação deles no programa, sob duras penas e no caso delas, até expulsão da força policial.

Jo estava levando Adam para fazer parte de seu time, e prometeu a Mac que iria cuidar dele e colocá-lo “na linha”.

Antes de abandonar a sala definitivamente, Jo passou por Mac e cochichou próximo a seu ouvido.

— Eu dou um jeito de te achar.

— Eu também. – combinou.

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Mac voltou para Oak Island, e declarou que havia pedido transferência para Connecticut, para ficar com Amanda, que estava com alguns problemas familiares. Depois disso, McCanna Llewellyn Taylor desapareceu para sempre.

O xerife ganhou uma festa de despedida dos amigos, aproveitando o máximo da companhia deles e, fez questão de se despedir de todos apropriadamente. Não foi permitido que Amanda fosse com ele, mesmo assim, ela enviou mensagens para Lindsay, Flack, Danny e Sid.

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O casamento de Mac e Amanda foi simples e objetivo. Ela não deixou de usar um vestido branco, rendado, com um pequeno véu e um buque de rosas brancas e vermelhas. Ele estava de terno escuro e Josh, estava vestido com o mesmo modelo. A única convidada da cerimônia foi Millie, que se juntou aos dois, no programa.

Após a leitura e compreensão das regras do programa, Mac Taylor virou Jack McCanna Hartman e Amanda Clarkson, Dana Amanda Hartman.

Manter os nomes antigos na nova identificação facilitou a transição e evitou possíveis equívocos no início de suas novas vidas, em Seattle.

Jack M. Hartman foi empregado em um laboratório particular de análises, usando sua experiência adquirida no laboratório de criminalística de Nova Iorque.

Dana A. Hartman foi empregada na Universidade Seattle Pacific, ministrando aulas de ciências forenses para os alunos da graduação e também participava do grupo de pesquisas e apoio aos alunos de pós-graduação, mestrado e doutorado.

Josh ganhou um novo sobrenome e um novo pai, e virou Josh Hartman.

A mudança de identidade não foi uma coisa imediata e natural para Mac, e por várias vezes, ele deixou as pessoas no vácuo, se esquecendo de seu novo nome.

Em casa, eles se esforçavam para usar seus novos nomes. E alternavam entre as novas e as velhas identidades quando se divertiam à sós, nas inúmeras seções de amor que compartilharam na nova casa.

Mac teve muita dificuldade no início, mas foi amplamente inspirado pela força e determinação de Amanda. Ela estava feliz e linda, e era uma mãe formidável. Mesmo perdendo parte importante da vida de Josh, ela já o conhecia completamente, identificando suas manhas e necessidades reais.

Josh crescia saudável e totalmente acostumado com sua verdadeira mãe e seu novo pai. Algumas palavras já saiam de sua boca e depois que aprendeu a andar, tudo ao seu redor parecia acessível e interessante, fazendo seus pais desenvolverem atenção redobrada e agilidade, para evitar que suas peripécias destruíssem a casa.

No início, Jocelyn os contatava diariamente. Entretanto, eles estavam seguros e com o passar do tempo, os contatos diminuíram, até que cessaram. Eles ainda tinham o contato de emergência dela, caso necessário.

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Todas essas memórias despertaram um sentimento de saudade, que apertou seu coração. Ele esteve nesse momento por várias vezes no início, e até chegou a se perguntar se havia feito a coisa certa.

Amanda resmungou em seu sono e Mac a apertou em seu abraço, beijando seus cachos.

E em todos esses momentos de dúvida, teve a resposta do motivo de estar naquela situação: Amanda.

Ele sorriu e começou a imaginar o que sua amiga Jo diria sobre a notícia da gravidez.

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Mesmo com o termo de confidencialidade, os detetives conversavam através de perfis falsos nas redes sociais.

As conversas enigmáticas e codificadas amenizavam a saudade e os divertia, conforme os velhos tempos. No último contato, ela informou que Adam, codificado como “garoto” tinha as melhores notas de desempenho da academia da polícia de Nova Iorque, codificada como “academia de dança”, e se formaria com mérito. Jo passava também informações de Kirsten, codificada como “irmã”, a pedido de Amanda.

Amanda realmente gostava da Kirsten e também sempre acessava o perfil dela nas redes sociais, mas não se atrevia a fazer contato. Mac apenas compreendeu a ligação das duas quando Amanda lhe contou como foi a vida delas no orfanato, e como elas se ajudaram a sobreviver a uma vida solitária e difícil. Além de que, Kirsten havia lutado e tentado a todo custo, tirá-la daquele relacionamento destrutivo com Frank Mala. Como Stella decidiu continuar, elas brigaram e nunca mais se conversaram.

A única coisa do passado que atordoava Amanda era não poder contar a verdade para a irmã e se desculpar pelo que fez. Para Kirsten, Stella estava realmente morta, e a lembrança de vê-la chorar sobre seu caixão falso, sempre fazia Amanda chorar desesperadamente.

No aniversário de Amanda, Jo enviou, em uma memória USB, um vídeo que Jess havia gravado de Kirsten, dizendo que sentia muita falta de Stella e que certamente a perdoaria pelo que havia feito. E quando Jess a perguntou o que ela diria a Stella se pudesse reencontrá-la, Kirsten fez uma linda declaração de amor para a irmã e se despediu.

Amanda assistiu aquela declaração repetidas vezes e ficou aliviada e feliz em saber que Kirsten estava bem e principalmente, a amava e a perdoava.

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Um choramingo de Josh foi transmitido pela babá eletrônica e sem abrir os olhos, Amanda interveio.

— Jack, vai pegar ele. – resmungou sonolenta.

Ele riu e se levantou para obedecer a ordem recebida, trazendo o menino para o quarto deles.

Amanda aconchegou o filho na cama e Mac se deitou junto deles, e os observou dormindo juntos.

Por muitos anos, seus sábados eram vazios e tristes, e frequentemente, preenchidos com horas de trabalho. Agora, seus sábados eram recheados de passeios a parques, museus, festas e compras. E mais recheios estavam por vir, com a chegada do bebê.

Mac sorriu feliz e fechou os olhos, e se entregou ao sonho da família Hartman.

FIM.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram dessa história? Se puderem, comentem e divulguem. Ainda tenho duas histórias em andamento, a ‘De Coração para Coração’ e ‘Human Touch’, caso vocês tenham interessse. Deem uma olhadinha e me digam o que acham delas e se devo continuar...

Grande abraço a todos e até a próxima! Bj.



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