Você é uma vergonha, Rose Weasley ! escrita por pureblackgalaxy


Capítulo 32
Capítulo 31 - Sentimentos gratificantes


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpe não ter postado quando cheguei )): eu cheguei no dia 16 de manhã e ainda estava sofrendo daquela deprê pós viajem , mas enfim, VOLTEI ! E MEU DEUS, O PARQUE É SIMPLESMENTE MARAVILHOSO !
Eu queria agradecer muito aos comentários de vocês, aos 2 novos favoritos da fic, aos 6 leitores novos e quero agradecer muito a Scarllett O lim por recomendar a minha one, " Meu maior erro", fico muito feliz que você tenha gostado ♥
Esse capítulo tá um pouco mais curto, mas juro que o próximo vai ser maior



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Depois daquela entrevista em que eu me abri totalmente e que talvez fosse lida por várias pessoas pela Inglaterra, eu podia dizer que me sentia mais leve , mais feliz e não amedrontada, como pensei que ficaria. O fato de todos saberem disso não me amedrontava como eu pensei, mas me encorajava e, independentemente do resultado disso, eu sabia que dificilmente me arrependeria a respeito.  Dois dias depois da entrevista, Frank enviou minha entrevista para algumas revistas trouxas e bruxas, e disse que em breve me comunicaria o feedback.

Apesar de saber que tínhamos feito um excelente trabalho e que a minha entrevista estava, de certa forma, emocionante, nada me preparou para acordar na manhã da véspera de Natal com cerca de trinta corujas bicando incessantemente a janela do meu quarto.

— O que está acontecendo ? – Meu pai abriu a porta do meu quarto com uma expressão mal humorada e sonolenta, que me faria rir se eu não estivesse realmente assustada com aquilo. Chutei minhas cobertas para longe e abri a janela para que as corujas entrassem e deixassem as cartas. Peguei o pote de água que costumava deixar para minha coruja, fui até o banheiro, enchi-o de água e deixei para que as aves ali bebessem. Em seguida, peguei um saco de alpiste dentro do meu armário e enchi o pequeno pote de comida, que estava ao lado do de água.

Enquanto as corujas comiam, bebiam e sujavam toda a minha escrivaninha, peguei todas as cartas que elas haviam trazido. Me surpreendi ao ver que tinha vários  envelopes ali e fiquei tão entretida com eles, que nem percebi quando meu pai deixou meu quarto. Ainda com os envelopes na mão, sentei-me novamente em minha cama, fiz uma pequena pilha com as cartas e deixei-as a minha frente, avaliando se deveria lê-las agora.

Eu já não sentia mais sono, talvez pela forma tão louca e inusitada pela qual tinha sido acordada naquela manhã, a curiosidade sobre o conteúdo das cartas estava me matando mas ao mesmo tempo todo o medo que eu não tinha sentido até aquele momento , estava me dominando por completo. Respirei fundo e tentei ao máximo me acalmar. Eu cheguei longe demais para ter medo agora.

Comecei a olhar as cartas, até que encontrei dois envelopes com letras familiares: um era de Frank e o outro de James. Peguei primeiramente o envelope de Frank e comecei a abri-lo:

Rose

Quando sua entrevista foi publicada, pedi para os editores me passarem o feedback dos leitores e o resultado você já deve estar recebendo. Eu não li nenhuma das cartas, mas me falaram que foi um verdadeiro sucesso e que a sua entrevista realmente tocou muitas pessoas . Eu e Vic estamos muito orgulhosos de você !

Frank

Terminei de ler a carta com um sorriso enorme nos lábios e deixei-a de lado por alguns momentos, para abrir a carta com a aquela caligrafia linda e torta que eu tanto ansiava em ver e que fazia meu coração disparar.

Ruivinha

Primeiramente eu queria te dizer que eu estou morrendo de saudades de você de todo mundo por ai. O treinamento por aqui está bem intenso, boa parte do pessoal que estava por aqui pediu para desistir e voltar para a Inglaterra, ( a floresta aqui é linda e traiçoeira ao mesmo tempo) mas isso não está impedindo algumas brincadeiras de vez em quando, e nem sempre consigo esconder meu lado maroto.

Segundo, eu consegui ler a sua entrevista e queria te dizer que eu estou muito orgulhoso de você, da sua coragem em expor tudo isso, e principalmente, te dizer que eu fiquei ainda mais apaixonado com cada foto sua que eu vi ( muita gente concordou aqui, o que rendeu alguns estupefaça – sim, eu fiquei com ciúmes, admito). Mas enfim, eu fico realmente feliz que você tenha se sentido mais leve e, mais uma vez, eu queria de fato me desculpar por ter feito isso com você.

Sim, eu sei que mudei minha atitude mas certas coisas não se apagam, e eu sei que boa parte do inferno que você passou nesses anos foi culpa minha.

Estou com saudades

James

Reli a carta de James mais algumas vezes, pois essa é a carta mais fofa que ele já tinha escrito desde que foi para o Brasil, e eu me surpreendi ao perceber que eu estava torcendo mentalmente para que ele ainda sentisse o mesmo por mim quando  voltasse para cá. Balancei minha cabeça para afastar meus pensamentos e peguei outra carta que estava na pilha. Era de um menino chamado George.

Rose

Tenho 14 anos e sou obeso mórbido, com 160 kg. Eu sempre sofri bullying no colégio e nunca tive muito apoio em minha casa, a comida era sem dúvidas o meu grande refúgio, então comecei a engordar de um jeito completamente descompensado. Com o meu aumento de peso, as brincadeiras por parte dos meus colegas ficaram cada vez piores, mais ofensivas ( muitas vezes sofri agressão física) e nunca ninguém se atreveu a me ajudar.  As coisas só pioraram quando eu tentei me suicidar.

Esse ano, resolvi desistir dos meus estudos e isso só deixou minha relação com meus pais pior do que já estava, mas eu definitivamente não me importo mais.

Entretanto, as coisas mudaram a algumas horas. Eu me identifiquei tanto com a sua história , senti sua dor, seu desespero, seu cansaço, desânimo..mas também pude imaginar o quão bom e gratificante deve ser esse sentimento de mostrar a todos que duvidaram de você que, sim, você é capaz e essa sua entrevista deve ter deixado todos com peso na consciência, pois as vezes eu tenho a impressão de que alguns se esquecem que somos humanos..

Quero muito mudar, e você me ajudou a ter mais força de vontade

Obrigada por isso

George

Soltei o ar que nem percebi que estava soltando e senti meus olhos marejarem.  Aquele garoto deve ser sofrido tanto quando eu sofrera e, de  alguma forma, minhas palavras o tocaram e o motivaram ao ponto dele querer tentar mudar..saber que você conseguiu resgatar a fé de alguém e que conseguiu , de certa forma, convencer essa pessoa que a vida vale a pena, foi muito melhor do que eu imaginava.

Fiquei o resto do dia lendo todas as cartas, e foi impossível conter a emoção em boa parte delas. Assim que terminei de ler, fiz questão de responder todas as cartas que recebi, além das cartas de Frank e James. Mandei as que tinham sido escritas por pessoas da comunidade bruxa por minha coruja, e depois fui até o correio para enviar o restante. Naquele dia, meus pais estavam mais agradáveis do que nunca comigo e partiu do meu pai a ideia de irmos almoçar fora para comemorarmos essa minha nova conquista.

Uma carta de Hugo chegou mais tarde, dizendo que estava tudo bem em Durmstrang e que ele estava se acostumando aos poucos. Por mais que minha mãe tentasse esconder , eu sabia que ela ainda estava muito magoada e decepcionada com ele mas estava aprendendo a lidar com isso de uma maneira melhor.  O resto do dia se passou tranquilamente, assim como a noite de Natal no dia seguinte.

A casa parecia muito mais vazia, pelo menos pra mim, sem Hugo e James. Aquele tinha tudo para ser o Natal mais tranquilo e sem graça da família Weasley , até que tivemos uma enorme surpresa , que por acaso apareceu no meio da sala da Vovó Molly.


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