Você é uma vergonha, Rose Weasley ! escrita por pureblackgalaxy


Capítulo 22
Capítulo 21 - Lembranças Dolorosas


Notas iniciais do capítulo

Oi seus lindos ! Quero começar agradecendo a Adhara, pela quinta recomendação de Você é uma vergonha, Rose Weasley ! Muito obrigada por todas as suas palavras, eu fico realmente muito feliz que você esteja gostando da fic e eu espero que ela continue agradando você até o final ♥
O capítulo de hoje é para você, para os novos leitores e para todo mundo que comentou ! Muito obrigada por todo carinho que vocês tem pela história !
Esse capítulo é mais pesado e os fãs de Scorose não vão curtir



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Pov Rose Weasley

Era sábado de tarde, e eu estava na biblioteca tentando inutilmente fazer o meu dever de Transfiguração, que é a matéria que eu mais tenho dificuldade desde o primeiro ano. Por mais que eu tentasse, cada linha que eu lia daquele maldito livro me deixava mais confusa e a vontade de simplesmente desistir me dominava, mas me forcei a continuar. Eu e Alvo costumávamos nos ajudar na hora de fazer as tarefas de Transfiguração, já que nós fazíamos essa matéria juntos ( assim como Herbologia) mas ele devia estar em algum lugar da escola se agarrando com a Alice, e a Lily deveria estar dormindo, como sempre.

Estava me concentrando em escrever a resposta da sexta questão, quando começo a escutar risadas das pessoas ao redor. Eu conseguia ouvir a bibliotecária pedindo , inutilmente, que todos se calassem mas não estava adiantando. Levantei a cabeça para ver o motivo dos risos , e imediatamente entendi o porque : Malfoy estava entrando na biblioteca com uma expressão furiosa , seus cabelos estavam em um tom de rosa tão forte que beirava o vermelho ( um claro sinal de que ele tinha me ignorado e tentado retirar o feitiço que eu lancei nele). Abaixei a cabeça novamente, tentando ao máximo não rir, quando escuto o barulho de uma cadeira se arrastando.

— Weasley, você vai tirar essa porra do meu cabelo agora ! – Ouvi ele sussurrar entre dentes, claramente se controlando para não lançar um Avada Kedavra em todos os que estavam rindo dele. Eu estava segurando o riso também, o que estava me deixando claramente dolorida.

— Tá perdendo seu tempo, Malfoy – Eu levantei meu olhar para ele – Eu só vou desfazer esse feitiço quando você virar gente e aprender a respeitar as pessoas ! E pelo tom que seu cabelo está, da pra ver que você tentou desfazer o feitiço, então você já deve ter percebido que só eu posso desfazer – Eu lhe lancei um olhar cínico – Acho bom você ficar bem na sua, porque se depender de mim, você vai ficar assim pelo resto da eternidade..

— Se você não desfazer esse feitiço agora, eu vou..

— Vai fazer o que ? Vai me bater , igual você fez no terceiro ano , quando três amigos meus me seguraram e você me batia ? Vai em frente, quero ver se você é homem o suficiente pra fazer isso sozinho e na frente da escola inteira ! – Eu disse, descontrolada, sem perceber que todos na biblioteca me olhavam, completamente abismados. Scorpius abaixou o olhar, claramente desconfortável com toda a atenção que estávamos recebendo – Você me da náuseas garoto – Disse e peguei minhas coisas enquanto apertava os passos, apenas queria sair correndo daquele lugar e ficar no dormitório até o ano que vem.

Sim, Scorpius já tinha me batido a uns anos atrás, eu demorei para parar de me sentir uma fraca e inútil por ter deixado aquilo acontecer comigo. As lembranças daquele dia jamais me deixariam..

Flashback on

Eu estava apavorada. Eu tinha acabado de sair da aula de Herbologia , onde o Malfoy mais uma vez me xingou e me humilhou na frente de toda a sala. Eu ainda tinha aquela falsa esperança de que ele pararia se eu revidasse, então chamei-o de filhote de comensal, que era o apelido que meu pai sempre utilizava ao referir-se a Scorpius Malfoy. Ele, é claro, ficou furioso, mas não fez absolutamente nada na hora.

Eu sai da aula , me despedi de Alvo e fui em direção a minha próxima aula. Não demorei a percebeu que Malfoy, juntamente com o Zabini e mais dois meninos que eu não fazia a menor ideia de quem era. Os quatro eram altos, fortes e jogadores de Quadribol.  Reprimi minha vontade de gritar e apertei meus passos, entrando rapidamente no castelo. Meu coração estava disparado e eu ficava mais apavorada a cada segundo, principalmente porque os corredores estavam vazios, pois quase todos os alunos estavam em aula.

Achei uma sala vazia e rapidamente me escondi lá, na esperança de despista-los. Mas claro, não deu certo.

— Obrigada por facilitar o nosso trabalho Weasley – Malfoy disse, enquanto trancava a porta com magia. Eu engoli em seco, apavorada. Eu sabia, naquele momento, que eu estava mais do que ferrada. O que eles fariam ? Iriam me bater ? Me estuprar ? Cada uma das possibilidades me deixava cada vez mais apavorada e temerosa.  O loiro olhou para os dois meninos que eu não conhecia, que eram os mais altos e mais fortes, e os dois se aproximaram rapidamente de mim , me imobilizando e me segurando fortemente. Eu tentei me debater e gritar, mas eles eram muito fortes e tamparam minha boca e isso só fez meu pânico aumentar -Você vai aprender a respeitar os seus superiores – Ele disse, e então veio o primeiro soco. E assim vieram vários outros em seguida: rosto, estômago, pernas..

Eu estava cheia de hematomas e eu sentia o sangue escorrer por minha boca. O ar me faltava, e meu rosto também estava totalmente inchado por conta das lágrimas. A dor me consumia , e a única coisa que eu podia fazer era rezar para que eles se cansassem de me bater e me largassem ali, a própria sorte.  Ele e Zabini se revezavam em me bater, enquanto os outros dois apenas seguravam , como um incentivo para os dois continuarem me batendo. Eles fizeram iss pelo que me pareceram horas, até que um golpe finalmente me fez cair na inconsciência.

Acordei apenas no dia seguinte, na enfermaria da escola. Lily Luna cochilava na cadeira ao lado da maca em que eu estava deitada, e quando eu me movimentei , acabei acordando-a.

— Rose, graças a Mérlin ! – Ela segurou minha mão, aparentemente contendo o impulso de me abraçar, como sempre costumávamos fazer nessas situações – Te acharam desmaiada no meio do corredor, aparentemente você caiu e rolou por vários lances de escada – Lily me disse e meu estômago embrulhou com aquilo. Então era isso ? Era óbvio, uma desculpa perfeita ! A desastrada Rose Weasley, que mal conseguia andar por conta do seu enorme peso, aparentemente tropeçou nos próprios pés, rolou na escada e quase se matou – Isso aconteceu mesmo, Rose ? – “ NÃO, NÃO FOI !” era isso o que minha mente gritava, era isso que eu queria gritar..mas quem acreditaria ?

Eu engoli em seco, controlando ao máximo minha vontade de chorar. Contar a verdade seria inútil, pois apenas Al e Lily acreditariam em mim, e eu sabia que isso apenas pioraria as coisas com Malfoy e sua trupe. Aquilo foi uma sessão de tortura, e sinceramente, não queria aquilo de novo. Eu simplesmente não queria ficar sozinha com Scorpius Malfoy. Nunca mais. Eu sabia também que se falasse a verdade para meus primos, eles não me deixariam ignorar os acontecimentos e me fariam contar o ocorrido para McGonagall.

Senti meu sangue gelar, só em imaginar a situação. Eu não teria como provar que foi Malfoy que me agrediu, ele sairia impune mais uma vez e ele ficaria extremamente irritado comigo por dedurar. Por mais dolorosas que as humilhações verbais fossem, eu sabia que acabaria me acostumando com aquilo, mas eu não sabia e nem queria me acostumar com agressões físicas.

Então apenas balancei a cabeça em uma afirmação positiva, confirmando a Lily a história de que eu tinha caído da escada. Ela não pareceu acreditar muito, mas não me forçou a dizer nada, o que me fez ficar extremamente grata.

Flashback off

Entrei em uma sala qualquer e fechei a porta, respirando profundamente.  Eu já não pensava naquele dia tanto quanto antes, mas quando a lembrança voltava, era sempre perturbador. Eu nunca entendi o porque, mas hoje eu sabia que ele apenas me agrediu gratuitamente naquele dia , como se quisesse me mostrar “ que era ele quem mandava naquele lugar”, e durante anos, eu não tinha coragem para fazer algo a respeito e mudar as coisas. Mas agora, as coisas não seriam mais assim.

Respirei fundo mais uma vez e me forcei a acalmar os batimentos do meu coração.  Eu queria sim passar esse último ano em Hogwarts em paz, mais o Malfoy merecia sim passar um pouco de vergonha. Aquele cabelo rosa não era absolutamente nada perto de tudo o que ele já tinha me feito, mas certamente era algo que deixava ele morrendo de raiva, e era isso que eu queria.

— Rose ? - Ouvi uma voz atrás de mim que eu reconheceria em qualquer luga: era Hugo, meu irmão mais novo. Me virei para ele e ao invés da expressão arrogante com a qual ele sempre me olhava, ele torcia as mãos em um claro sinal de nervosismo e tinha uma expressão hesitante – Nós podemos conversar ?


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