C A P Í T U L O – l

Após palavras que os alunos consideravam estressantes, finalmente o diretor permitiu que todos voltassem para seus dormitórios. Por algum motivo, ele parecia mais preocupado que o normal.

A questão é, quando eles nunca viram Alvo Dumbledore preocupado?

Gina, cansada de todos a perguntarem o motivo dela ter faltado dois treinos seguidos de Quadribol, decidiu aproveitar seu tempo livre para descansar em seu dormitório, sozinha e sem ninguém a enchê-la de perguntas.

Ron havia passado o resto do dia em algum canto de Hogwarts, provavelmente com seu amigo Draco Malfoy, mas ela queria apenas paz. Queria relaxar em seu dormitório, sem se importar com o que os outros pensavam dela.

Realmente, ela estava sendo descompromissada e irresponsável, mas não tinha culpa se desde que Jon Smith tinha o time sob o seu controle, ela tinha perdido completamente a vontade de continuar jogando naquele time.

O pior era ouvir os outros lhe chamando de maluca. Era ela maluca por achar que Lorde Voldemort voltaria. As pessoas tinham tanta certeza que ele se foi, que mal se perguntavam como isso aconteceu.

A ruiva não se deixava abalar por todos esses idiotas que gostavam de lhe perturbar. Algum dia mostraria que tudo que falou a eles, era verdade, e que de qualquer forma, mesmo que eles estivessem fazendo de tudo para que ela se sentisse humilhada, ela ainda sim estava tentando ajuda-los.

* - * - * - *

Aurora tinha sua personalidade própria. Não gostava que as pessoas a bajulassem, muito menos que ficassem a dando privilégios. Embora fosse considerada uma das garotas mais bonitas de Hogwarts, o que ela menos se importava era beleza.

O clima cada vez mais esfriava, e com isso ela entendia que logo veria sua família novamente. Embora amasse cada integrante de sua família da forma que eles são ainda não conseguia entender o porquê deles nunca terem revelado ao ministério como conseguiram eliminar o terrível Lorde das Trevas.

Levava uma herança sobre suas costas. Seu nome era conhecido pelo mundo inteiro. Cada pessoa que estava a ouvindo ou vendo, já sabia pelo menos metade de sua vida.

Mas como a própria diz: eles sabem metade de sua vida, mas não a metade de seus sentimentos, frustrações e felicidades. Fatos não resumem o que uma pessoa sente, mesmo que possam ser criadas teorias.

Seu uniforme verde e prata destacava seus olhos verdes, que causavam um arrepio a qualquer um que os encarasse profundamente. Seus olhos revelavam que ela era uma pessoa com muitos segredos, isso ela não poderia discordar.

De qualquer forma, mesmo que pudesse ter as pessoas mais ricas e elegantes como seus amigos, ela preferia aqueles que não eram tão egoístas ao ponto de ignorarem boatos que poderiam salvar suas vidas.

—Mione, que bom que eu lhe encontrei. –Aurora falou se aproximando de Mione, que lia um livro na biblioteca.

A morena a encarou surpresa.

—Posso ajudar? –ela perguntou, desconfiada.

Aurora deu um longo suspiro, então se sentou na cadeira ao lado da cadeira de Hermione, que continuava desconfiada, como sempre. Uma das melhores formas de definir Hermione era com a característica desconfiada.

—Ouvi dizer que alguns professores estavam desconfiando da gente. –ela ainda meio nervosa- No caso, a gente que eu me refiro sou eu, você, Gina, Draco e Ron.

Hermione arqueou as sobrancelhas.

—Como assim?

—Temos nos reunido muito ultimamente. Eles acham que tem algo haver com a volta de Voldemort. –ela franziu o cenho, ainda confusa- Nós somos os que mais acreditamos na volta dele, então espalharam rumores que provavelmente nós teríamos algo haver com isso.

Hermione fechou o livro com força.

—Como eles podem pensar algo do tipo? –ela indignou- Tenho certeza que eles estão falando mal de mim e dos outros, de você provavelmente estão falando que é um engano. Não podemos permitir que eles espalhassem merda para os professores.

—Calma Mione, daremos um jeito. –Aurora falou tentando acalma-la- Não adianta nada você se estressar agora. O importante é que pelo menos os professores saibam que nós não estamos envolvidas com nada de magia das trevas.

Ela suspirou novamente, então olhou Aurora como se tivesse pensado em algo brilhante.

—Conheço alunos que podem provar que não estamos envolvidas nisso. –ela falou confiante- Também conheço alunos que são bem mais suspeitos que qualquer um de nós. Eu garanto que sei o que estou fazendo, antes que você tente me contrariar.

—Tudo bem. –Aurora assentiu dando de ombros- Você é mais confiável que qualquer um dos outros, então até que dessa vez eu vou acreditar em você sem argumentar outra coisa.

—Muito bem. –ela sorriu e me puxou pelo braço até a saída da biblioteca.