Mestiças: A vingança dos Hereges. escrita por Closer


Capítulo 4
IV - Nossas Compras Mais Estranhas...


Notas iniciais do capítulo

BOA LEITURA, LOVERS :3



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A melhor maneira de começar uma amizade é com uma boa gargalhada. De terminar com ela, também.

— Por onde começamos diretora Minerva? – Mary-Kate perguntou exibindo um cartão de crédito prateado. 

— Pelo banco Srta.Lewis – a senhora revirou os olhos e guiou as moças até um prédio branco com colunas de mármore branco. Ele se destacava por sua grandeza no meio das diversas construções do Beco Diagonal.

— Com exceção de Mary-Kate que herdou alguns milhares do pai, nós não temos dinheiro McGonagall, somos meras órfãs, e se você anda nos vigiando já deveria saber disso – Blake avisou meio irritada.

Minerva nada respondeu, adentrou o banco de Gringotes e as meninas a seguiram, fascinadas com os duendes que circulavam para todos os lados.

— Boa Tarde Alaric – Minerva cumprimentou um duende atrás da maior mesa de mármore, ele mexia em alguns papeis e quase não desviava os olhos para a senhora parada a sua frente – Cofres 408 e 324, por favor.

— Vocês tem a chave? – o duende perguntou, ele tinha uma voz meio enferrujada e arrastada, parecia que estava com sérios problemas de bronquite.

— Sim – respondeu firmemente e tirou duas chaves prateadas do além, segundo as meninas que a observavam.

O duende examinou as chaves por um minuto e logo acenou para que elas as seguissem. O duende as guiou até um carrinho que parecia de montanha russa, porém o túnel que elas estavam parecia mais uma mina subterrânea. O carrinho começou a andar numa velocidade superior a qualquer montanha russa, o que deveria ser uma coisa impossível para sua estrutura velha. Em instantes o duende anunciou o cofre 324 e as quatro jovens pularam para fora do carrinho desesperadamente, pareciam a ponto de vomitar.

Blakely E.G. and Stella N.G.— Era o que estava escrito ao lado do cofre. O duende enfiou a chave na fechadura e um alto som de engrenagens rodando pode ser ouvido. Em instantes a porta do cofre se abrirá, revelando um monte de moedas de ouro, prata e bronze, diversas joias, peças de cristal e algumas tapeçarias que pareciam ter sido decoradas com ouro puro. As irmãs Parker, que agora não tinham mais a certeza que seu sobrenome fosse esse, encaravam tudo abismadas. Nem em sonho elas poderiam imaginar que tivessem tamanha fortuna.

— A mãe de vocês sempre foi muito gananciosa, gostava do bom e do melhor, mas não era má pessoa, lutou ao nosso lado na guerra que ocorreu a alguns anos atrás. – Minerva falava pensativa – Mas infelizmente ela deixou a ambição dominá-la, você lembra muito ela Srta.Stella, pode até achar que os cabelos loiros e olhos azuis são do seu pai, mas a sua semelhança com sua mãe é assustadora.

— Eu...eu não lembro dela, tinha pouco mais de 1 ano e meio quando ela foi assassinada – Stella murmurou cabisbaixa e Minerva a olhou confusa, logo alternando seu olhar para Blake que mantinha uma carranca emburrada. Logo McGonagall compreendeu o que se passava e não comentou mais nada.

— Peguem o necessário para pagar os materiais, os da Srta.Lewis também, não tenho acesso ao cofre da família dela. As moedas de ouro são galeões, as de prata são sicles e as de bronze são nuques. 17 sicles formam um galeão e 29 nuques formam um sicle. – Minerva explicou antes de sair do cofre, deixando-as a sós.

— Abre a bolsa MK – Blake ordenou e a romana a obedeceu, ela então começou a jogar várias moedas de ouro, prata e bronze dentro da bolsa sem fundo de Mary-Kate, que apenas ria com o peso passageiro que logo sumia. – Acho que já está bom, vamos embora – a morena rumou para fora do cofre seguida por MK e Davina.

Stella observou o lugar mais uma vez e um caderno de couro chamou sua atenção, era a única coisa que não reluzia ali. Era simples e quando o abriu viu alguns desenhos, caricaturas de várias pessoas que ela não conhecia, e muitas páginas em branco. Ela o enfiou na mochila e correu atrás das outras que já estavam de volta no carrinho, depois ela o examinaria melhor. Com a mesma velocidade de antes, as jovens pararam em frente ao cofre 408, e dessa vez não estavam tão mal quanto da primeira vez. Ao lado do cofre se podia ler Davina E. Nott.

— Quem é Nott? – Davina questionou confusa.

— Seu pai, é um bom rapaz, me pediu que cuidasse de você por enquanto. – Minerva falou observando o cofre ser aberto – Ele é casado, a esposa dele não sabe sobre você, mas ele falou que em breve todos saberiam sobre a existência de mais uma herdeira Nott.

— E quem disse que eu quero conhece-lo? – Davina esbravejou irritada – Não quero nada que venha dele, não quero vê-lo, não quero nem saber seu nome. Quanto menos eu souber sobre esse sujeito, melhor. – e deu meia volta sobre seus calcanhares para retornar ao carrinho. Ninguém disse mais nada, Minerva e o duende apenas observam a garota loira emburrada sentada no seu devido lugar no carrinho.

— Davina foi à primeira de nós a chegar ao orfanato, a Freira Madalena disse que ela foi deixada na porta do orfanato com poucas semanas de vida, no começo ela achou que sua mãe a tivesse deixado lá, seria bem mais fácil de lidar com a rejeição se fosse assim, mas depois da guerra contra Cronos, Atena revelou a ela que a havia entregado ao pai e que o mesmo estava vivo e desde então, ela cultiva um ódio fulminante do pai – Blake explicou. Davina sofrerá tudo isso ao seu lado, ela conhecia bem o rancor que a amiga guardava sobre aquele assunto.

— É melhor não forçamos a barra, ela não vai ceder tão cedo – Stella comentou – É melhor irmos, eu e Blake pagamos os materiais dela também. – todos concordaram com um aceno e o duende confuso, retornou a fechar o cofre, entregando a chave para Minerva que a passou para Blake, que por fim a guardou. O restante do pessoal entrou no carrinho e em instantes já atravessavam o salão elegante do banco para irem embora.

— Creio que não posso acompanha-las daqui senhoritas, tenho que retornar as minhas atividades em Hogwarts. – Minerva explicou tirando um pergaminho amarelado da sua simples bolsa verde esmeralda e estendeu o papel para as meninas, sendo Davina a receber o item – Essas são todas as lojas que vocês devem ir, vocês tem duas horas para comprarem tudo, mandarei um professor encontra-las neste mesmo local... – indicou a frente do banco de Gringotes – Para leva-las até Hogsmeade e de lá para o castelo de Hogwarts. Por favor, peço que não se atrasem senhoritas. – dito isso, ela aparatou deixando as jovens a ver navios naquele bairro estranho.     

Os próximos 45 minutos seguintes foram bem engraçados. Mary-Kate tentou ajustar as próprias vestes na loja de Madame Malkin, o que deixou a velha senhora, além de ofendida, irritadíssima. Davina quis comprar todos os livros da Floreios e Borrões, e depois de muita negociação com o gerente, conseguiu ao menos dois kits dos livros da lista em grego antigo para ela e Blake. Mary-Kate e Stella conseguiriam se virar bem com os livros em inglês, já que a língua é derivada do latim. Blake fez a festa na loja dos Gêmeos Weasley, se deu super bem com Jorge e conseguiu um bom desconto ao comprar quase metade da loja, Stella passou um sacrifício para conseguir levar a irmã embora dali. A filha de Apolo, aparentemente, foi a única que não causou constrangimentos a ninguém, sempre educada e doce como todo mundo.

— Ok, já compramos quase tudo – Davina ressaltou observando a lista de compras, as quatro jovens estavam sentadas em uma mesinha na soverteria Florean Fortescue. – Faltam só as varinhas – concluiu e guardou o pergaminho.

— Eu já comprei a minha – Stella e Blake falaram ao mesmo tempo, se encararam e depois riram. – Estamos autorizadas a possuir uma vassoura, então vou ver alguma bem veloz naquela loja que só falam de um tal Quadribol, tem umas incríveis lá.—Blake continuou, dessa vez sozinha.  

— Ainda temos alguns minutos antes do professor chegar, 30 no máximo – Mary-Kate falou após observar um relógio engraçado na parede da soverteria. – Nos encontrem em frente ao banco daqui a pouco, não demorem. – alertou séria.

— A rainha dos atrasos está mandando a gente não atrasar? – Blake debochou, já pegando suas coisas para sair da loja.

— Vão logo – Mary-Kate gritou atraindo os olhares feios da dona e dos outros clientes da soverteria. – Desculpem – pediu rapidamente, se encolhendo na sua cadeira. Blake e Stella não disseram mais nada, apenas apanharam suas compras e saíram do local.

Mary-Kate e Davina não se demoraram mais na soverteria, também saíram logo e rumaram para a loja de varinhas Olivaras. Ao abrirem a porta da loja um pequeno sininho soou e no mesmo instante, um homem em cima de uma escada junta as prateleiras apareceu.

— Senhoritas Lewis e Nott, é um prazer vê-las, estava a espera das senhoritas desde que suas amigas saíram daqui – o velho senhor comentou descendo a escada. Davina fez uma careta invisível ao ouvir o sobrenome do pai. Mary-Kate vendo a amiga se irritando, tomou a frente da situação antes que a filha de Atena atacasse gratuitamente o bom velhinho.

— O prazer é todo nosso senhor Olivaras – a morena cumprimentou oferecendo um gentil sorriso ao velhinho. – Estamos com um pouquinho de pressa por conta do professor que virá nos buscar, então podemos pular as formalidades e ir direto as varinhas?

— Claro Srta.Lewis, um misero instante – pediu e sumiu em meio as pratileiras, voltando com quatro caixinhas pretas nas mãos. – Experimente essa, sim? – entregou uma varinha curta e escura a Mary que a pegou com um gentil sorriso nos lábios, ela agitou a varinha e várias caixas pularam fora do lugar, ela soltou a peça no chão assustada e o Sr.Olivaras apenas riu. – Definitivamente não, tente esta – entregou uma peça mais refinada, longa e de madeira branca, ao toque de Mary-Kate na varinha, uma luz branca atravessou seu corpo e arrumou as varinhas que ela havia bagunçado antes. O velho Olivaras riu novamente, dessa vez em negação – Não sei por que não lhe dei está varinha de primeira, era obvio que seria uma Black a empunhar está peça. 24 centímetros, carvalho branco e núcleo de fibra de coração de dragão, não maleável, ótima para feitiços. Está peça é única, assim como todas as minhas varinhas, mas está em especial por o carvalho branco está praticamente extinto. Essa é a última dessa madeira, a outra que eu tinha foi vendida há muitos anos atrás para seu avô, ele como a peça que era, quebrou a varinha no 6º ano e voltou aqui para comprar outra.

— Desculpe, mas eu não conheço meu avô e não sei do que o senhor está falando – Mary sorriu meio tristonha, mal se tocando sobre a parte de “Uma Black”.     

— Minha vez, por favor – Davina chamou a atenção do senhor, que sorriu pra ela antes de sumir novamente na loja, e quando ele voltou, havia somente uma caixa na sua mão.

— Eu sei perfeitamente qual sua varinha, srta.Nott – Davina quis reclamar pela menção ao pai, mas não o fez, apenas pegou a varinha que o senhor estendia para ela e na hora que a varinha foi empunhada, uma ventania passou pela loja, agitando os cabelos de Davina e bagunçado as varinhas que Mary-Kate havia arrumado. O velho sorriu novamente – 21 centímetros, Magnólia Dawsoniana, núcleo de pena de Fênix, maleável. É ótima para transfiguração e encantamentos.

— Quanto vai custar? – Mary questionou já abrindo sua bolsa.

— 18 galeões as duas senhoritas – respondeu. MK tirou as moedas de ouro de sua bolsa e as despejou sobre o balcão, agradecendo ao bom senhor e se despedindo em seguida.

Quando Mary-Kate e Davina chegaram em frente ao banco, o professor que as levaria até a escola já as esperava acompanhado por Blake e Stella, que pareciam impacientes.

— Desculpe o atraso senhor, muita conversa e pouca compra na loja de varinhas – Davina tentou explicar um pouco ofegante pelo esforço de carregar o malão pelas lojas sem um devido carrinho.

— Tudo bem senhoritas, Olivaras gosta de uma boa conversa antes de uma venda, é algo que já estamos acostumados a lidar – o professor sorriu gentilmente. Ele era bonito, parecia ter seus trinta e poucos anos, no máximo quarenta, e era bem humorado. – Sou Theodore Lencastre, professor de Defesa Contra Artes das Trevas, muito prazer em conhecê-las senhoritas – estendeu a mão para as duas recém-chegadas que apertaram rapidamente.

— Eu sou...—Davina ia começar mais foi cortada pelo professor.

— Marie Katherine Lewis e Davina Eleonore Nott – o professor disse rapidamente indicando cada uma respectivamente – Já fui informado sobre as senhoritas, e muito bem para ressaltar.

— Se neste mundo meu sobrenome vai continuar sendo Nott, eu prefiro que me chamem somente de Davina Eleonore, e olha que eu odeio meu nome do meio – a filha de Atena comentou um pouco ríspida. O professor pareceu perdeu momentaneamente o sorriso no rosto ao ouvir isso de Davina, mas nenhuma delas pareceu reparar nisso. Theo agitou sua varinha e fez os malões das meninas desaparecem e então, forçou outro sorriso para elas.

— Muito bem senhoritas, segurem em mim, por favor – Theodore pediu e as garotas assim o fizeram, segurando nas suas mãos (Davina e Stella) e em seus braços (Mary e Blake). Logo ele aparatou e depois do que pareceram séculos para nossas heroínas, eles reapareceram em um vilarejo meio rústico. – Bem vindas a Hogsmeade meninas, logo mais acima, o castelo de Hogwarts – se debruçou das moças e indicou uma imensa construção elevada em uma pequena montanha. O professor olhou a hora em seu relógio de bolso e uma expressão séria tomou conta do seu rosto. – Vamos, com sorte chegaremos antes da seleção das casas.

E os cinco tomaram uma carruagem que andava sozinha para as romanas, mas para Blake e Davina, uns animais estranhos a guiavam.


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Notas finais do capítulo

E aí, curtiram sweets? :3



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