Ascendentes- Fanfic Interativa escrita por White Rabbit


Capítulo 4
Capítulo II- Melodia


Notas iniciais do capítulo

Oi sumidos rs, desculpem pela demora absuuuuuurda. Esse capítulo deveria ser mais longo, mas fiquei com medo de não conseguir postar antes do fim de ano ;-;, espero que gostem.



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Capítulo II

Melodia

Friends- Chase Atlantic

Johann Von Montemurro

“All of your friends have been here for too long

They must be waiting for you to move on

Girl, I'm not with it I'm way too far gone

I'm not ready, eyes heavy now

Heart on your sleeve

like you've never been loved”

 

Myuk piscou seus olhos brilhantes diversas vezes enquanto tentava processar as palavras do jovem. Este mantinha o sorriso aparentemente inocente, e a criaturinha se perguntava se todos os humanos tinham vontades tão peculiares como aquela. Podia ouvir a risadinha de Stéa, ela adorava gostos diferentes, talvez fosse por isto que tinha ficado tão animada quando acharam aquele rapaz.

— Perdoe-me se estiver sendo inconveniente, mas não acha este pedido um tanto quanto insano? – questionou preocupado, o rapaz fez um sinal negativo com a cabeça.

— Você perguntou qual era o desejo mais íntimo do meu coração, certo? Bom, é este. Se não puder realizá-lo então deveria procurar outra pessoa para preencher a tal vaga de guardião.

 Suspirou fundo vendo que era melhor não insistir no assunto e fez um sinal para que a deusa se aproximasse. A luz inundou o quarto de vez tomando o corpo do jovem que parecia bastante animado. Myuk observou tudo em silêncio, havia conhecido uma infinidade de seres desde que fora criado, cada um com suas ideologias, anseios e maneiras de pensar. No entanto sempre havia alguém que o surpreendia. “O universo é mesmo muito intrigante” pensou consigo enquanto via o jovem cair adormecido em sua cama.

— Esse é com certeza um dos meus- Stéa sorriu alegre, balançando os longos cabelos prateados- imagina só a cara dele quando acordar e ver que poderá então tocar a sua melodia de forma livre e encantadora.

— São adjetivos estranhos para se usar nesse caso minha deusa.

— Não seja tão chato, agora vamos, ainda temos muitos lugares para visitar.

° ° °

Acordou com os raios de sol em seu rosto, uma brisa suave invadia o quarto pela janela aberta- ele tinha certeza de que a tinha deixado trancada na noite anterior-, sentou-se em sua cama coçando os olhos enquanto tentava se lembrar do que aconteceu. “Que sensação estranha”, foi a primeira coisa que pensou ao levantar-se da cama. Andou sonolento até o banheiro, ligou a torneira da pia e pôs as mãos em concha abaixo dela, molhando o rosto com a água que se acumulara.

Enxugou o rosto e escovou os dentes, quando ouviu o toque do seu celular. Andou preguiçoso até a cama pegando o aparelho, era uma chamada. Na tela aparecia o nome “Luke” e a foto do homem forçando um pequeno sorriso, fora um sacrifício fazê-lo sorrir para aquela fotografia. “O que será que ele quer tão cedo?” pensou enquanto deslizava o dedo sobre a opção de atender.

— Alô- sibilou sentando-se na cama- aconteceu alguma coisa?

— Pela sua voz você deve ter acordado agora, não deveria dormir tanto ou pode se atrasar- a voz de Luke continuava séria, mesmo quando ele era irônico.

— Eu já estava acordado... Então, qual o motivo da ligação?

— Bom primeiro para avisar que não precisa vir à academia hoje, teremos uma reunião com os diretores.

— Eu iria ver no mural da academia, então não precisava ter ligado só para me falar isso.

— Mas eu quis ouvir sua voz- Johann surpreendeu-se ficando sem jeito, então apenas forçou uma tosse esperando que o outro falasse mais alguma coisa- e também para dizer que você tem um convite.

— Que tipo de convite?

— Vai acontecer uma exposição artística daqui a dois dias e a academia está na organização, é algo realmente importante, vão ter muitos críticos importantes e eles querem algo “insano e inovador”, uma apresentação ser o encerramento da exposição e parece que eles já têm o estudante escolhido para esse espetáculo.

— E quem é?

— É você, Johann. Você vai ser o aluno insano e inovador que vai ter que deixá-los de boca aberta.

Em questão de segundos tudo veio a tona. Aqueles seres esquisitos visitando o seu quarto, uma luz intensa e envolvente, aquela criatura peluda lhe perguntando qual era o seu desejo mais íntimo e falando coisas sobre ser um guardião da humanidade. Ficou um bom tempo sentado em silêncio, sua cabeça estava muito confusa e ele tentava assimilar tudo, seria tudo aquilo verdade e não um mero sonho? Ou era apenas mais uma coincidência estranha?

— Johann... Está tudo bem com você? – a voz de Luke o tirou de seus devaneios.

— Sim, eu estou bem. Só um pouco surpreso.

— Tenho certeza que sim, agora vá comer alguma coisa- disse no seu habitual tom autoritário- falo com você depois.

— Certo- respondeu desligando a ligação.

Olhou para janela tentando se lembrar de tudo que ocorrera na noite passada. “Talvez tenha sido mesmo apenas uma coincidência” disse para si mesmo enquanto se levantava, ainda eram sete horas da manhã, talvez devesse sair e dar uma volta pelo quarteirão. Dias sem aula para ele eram de completo tédio, já que o alojamento onde vivia não tinha muito para se fazer. E Luke estava ocupado demais para sair com ele.

Já fazia quase um ano que havia saído da Itália para ir estudar música na Academia Julliard em Nova Iorque, foi a coisa mais insana que ele fez na sua vida. Havia chegado ali sem conhecer nada, falava muito pouco da língua local e se não fosse Luke ele teria vivido um inferno tentando se adaptar.

Ainda lembrava-se de como se conheceram, estava parado no ponto de ônibus tentando chegar a Julliard, chovia muito e o seu desespero só aumentava ao ver que talvez o transporte não passasse naquele horário. Estava quase chorando de descontentamento quando Luke apareceu e perguntou se ele era estrangeiro e o que fazia ali, foi muita sorte ele ser um professor justo da academia em que ele estudaria. Luke lhe ensinou todos os pontos e ruas para chegar lá, Johann nunca poderia imaginar que viria tanta gentileza de um homem com um semblante tão fechado.

Começaram como amigos, mas logo o jovem estava desenvolvendo sentimentos estranhos por Luke. Não sabia se era por conta de sua “aura protetora’’, ou apenas algo que ele tivesse ignorado por todos esses anos vivendo na Itália, ele nunca ligara muito para coisas como desejos ou atrações. Entretanto quando menos esperava estava no apartamento de Luke tendo conversas que seus pais jamais permitiriam que ele tivesse e sendo levado para a cama pelo homem após algumas taças de vinho. Desde então mantinham uma relação complicada, não tinham nada sério, mas Johann nunca ficou com outra pessoa e acreditava que Luke também não tinha mais ninguém, não que se importasse que ele tivesse, eles ainda eram amigos apesar de tudo.

Decidiu que deveria ir comprar algo para o café, pegou a primeira troca de roupas que encontrou no armário e começou a despir-se. Quanto tirou a camisa percebeu que havia uma pequena marca no abdômen, perto da sua cintura. Ficou observando aquela marca por longos minutos tentando lembrar-se de onde ela viera. Foi até o banheiro e tentou lavá-la, mas sem sucesso. Parecia uma tatuagem, mas ele nunca fizera tatuagens.

— Mas o que... O que é isso? – Disse um pouco assustado.

A marca era um símbolo que ele já havia visto antes, parecia uma letra “M” um tanto diferente, de onde ele conhecia aquela marca mesmo? Sim, era algo ligado a astrologia, era o símbolo de algum signo. Pegou seu celular abrindo rapidamente uma aba na internet, procurando qualquer coisa sobre zodíaco para lembrar-se de onde era aquilo e logo encontrou: era o símbolo do signo de virgem, o seu signo. Ficou um pouco desnorteado, deveria pedir ajuda a Luke depois. Ainda confuso trocou de roupa e saiu do quarto o trancando-o.

— Acho que vai ter um terremoto- disse consigo descendo as escadas- dizem que as coisas ficam bem loucas antes.

° ° °

Estava bastante frio naquela manhã e o céu adquirira um tom cinza-escuro, com a aproximação do inverno as coisas ficavam mais difíceis. Johann se perguntava se as pessoas eram tão religiosas como sua família na Itália, sempre havia missas e festas no Natal e no Ano Novo, mas os nova-iorquinos não pareciam se importar com datas festivas. Ficou parado na esquina esperando que o sinal fechasse ele pudesse atravessar a rua.

Do lado havia uma loja de eletrodomésticos cujas TV’s mostravam um show que iria acontecer mais tarde. Parecia ser de algum grupo de garotas que surgiu recentemente, mas já era sensação entre os jovens. Ficou observando a televisão por um tempo, quando apareceu a “líder” do grupo, por um instante ele sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo, ele sentiu como se conhecesse aquela garota.

O barulho dos carros parando retirou sua atenção daquilo e ele atravessou a rua a passos largos. Ainda faltava muito para chegar à padaria. “Por que o alojamento tem de ser tão longe de tudo?” resmungou em pensamento enquanto andava se apertando em seu casaco. Enquanto andava lembrou-se de um atalho pegando um beco próximo, normalmente ele evitava o tal lugar, mas pensava que àquela hora da manhã não devia ser perigoso. Apressou o passo até chegar à entrada do beco, olhou rapidamente para ver se havia alguém por ali, estava vazio. Entrou andando apressado, quando ouviu uma voz aguda e familiar vir detrás de si:

— Aproveitando suas habilidades meu jovem? – virou-se instantaneamente dando de cara com aqueles olhos enormes e brilhantes, recuou um pouco assustado- não me diga que está com medo?

— Então... Foi tudo real?- falou lentamente, não sabia as palavras certas para a situação.

— Claro que foi real, pensei que tivesse notado pela marca que deixamos em você- a criaturinha voou ao redor do garoto- vocês humanos são incrédulos e repetitivos demais. “Pensei que fosse um sonho”, “Achei que era tudo imaginação”, sempre o mesmo discurso entediante.

— D-desculpe – gaguejou enquanto tentava acompanhá-lo com os olhos.

— Não há motivo para se desculpar, acho que isso deve fazer parte da natureza estranha de vocês. Seus relacionamentos são tão frágeis e seu método de procriação é tão arcaico que me dá náuseas.

— Espere um pouco, você está me deixando...

— Confuso? Depois do seu pedido eu acreditava que nada mais o surpreendesse.

Pedido... Sim, o seu pedido seria realizado. Então ele realmente havia selado alguma espécie de contrato com a tal deusa em troca de ser um guardião do planeta, engoliu em seco enquanto a criatura flutuava a sua frente. Não ouvia mais os barulhos dos carros e das pessoas que andavam apressadas pelas ruas de Nova Iorque, sentia um arrepio frio em sua espinha. “Isso não pode ficar pior”.

Virou-se aos poucos, o coração batendo acelerado. Queria correr, mas suas pernas pareciam estar travadas, abriu a boca para tentar falar algo, mas era como se todo o seu corpo estivesse congelado pelo medo. A criatura diante dele agitava as garras enquanto se contorcia de forma desumana, a sua pele era de um tom cinza escuro, lembrava muito a uma pessoa, mas aquilo era deformado demais para que fosse humano. Era quase esquelético e tinha garras gigantes saltando dos pés e mãos, sua boca ostentava dentes pontudos e uma língua arroxeada que ficava se movendo de forma estranha. Dos seus olhos avermelhados parecia que uma fumaça negra exalava.

— M-mas o que raios é isso? – Johann olhou para Myuk que se manteve quieto- me diz logo, isso é algum tipo de pegadinha sua?

— Isso é um ghoul, é um dos servos do devorador de mundos, eu não esperava que eles fossem aparecer tão cedo.

— Do que é que você está falando? – Johann tremia enquanto encarava a criatura, se perguntava como ninguém mais poderia estar vendo aquilo, porque ninguém aparecia.

A criatura grunhiu enquanto se locomovia na sua direção, seus membros se moviam de um modo esquisito e ele podia ouvir alguns estalos enquanto ela se aproximava. Tudo o que ele conseguia fazer era dar pequenos passos para trás, queria correr, sumir dali, mas seu corpo parecia impedido por alguma coisa, uma espécie de energia negativa. O chamado “ghoul” saltou na direção de Johann que assustado tentou recuar, mas acabou tropeçando. Tudo o que conseguiu fazer foi fechar os olhos e esticar os braços num reflexo. Não conseguia ouvir nada, nem ver nada, só imaginava as garras daquele ser penetrando o seu corpo, conseguia ouvir a sua respiração, sentir a salivar pingando em sua face.

Quando abriu os olhos, não podia acreditar no que tinha acontecido. Suas mãos seguravam uma espécie de lança e haviam barrado o ataque da criatura quando esta saltou em sua direção, uma aura azulada circundava Johann e a lança, a criatura se debatia desesperada, balançando os braços tentando sem sucesso alcançar a face do jovem.

— Ghouls nunca foram seres muito espertos, tenho certeza de que você pode acabar com este rapidinho- Myuk disse num tom de brincadeira- vamos logo, tenho muito que lhe explicar ainda.

Johann ergueu o pé o colocando em frente ao peito do ghoul, o brilho azulado ficou ainda mais forte quando ele chutou a criatura, esta foi jogada para trás caindo numa cambalhota pelo chão até esbarrar numa das lixeiras do local fazendo um grande barulho. Johann levantou-se limpando a poeira da calça ainda com a estranha lança em mãos. Viu enquanto a criatura se levantava furiosa, pronta para atacá-lo novamente.

O brilho azulado foi transferido para a lança, esta ficou mais leve e as lâminas em suas pontas cresceram consideravelmente. Johann podia sentir a adrenalina crescendo dentro de si, ele nunca havia feito nada daquilo antes, talvez fossem estes os poderes que ele ganharia para se tornar um guardião. A criatura investiu em sua direção, abrindo as garras enormes, estava visivelmente com muita raiva.

O rapaz se pôs em posição de ataque e quando viu que estava muito próxima avançou, com um golpe rápido a lâmina da lança cortou o ghoul ao meio fazendo este se desfazer numa nuvem de fumaça escura. A lança então voltou ao seu estado normal antes de desaparecer por completo, logo Johann voltou a ouvir o barulho dos carros e das pessoas andando na rua atrás do beco, tudo havia voltado ao seu estado normal, procurou Myuk com os olhos, mas ele parecia não estar mais ali.

— Estou aqui embaixo, jovem Johann- o rapaz desceu os olhos até dar de cara com uma criaturinha que lembrava muito a um animal de pelúcia, com o belo num tom bege, orelhas enormes e estrelas azuladas desenhadas pelo corpo, a única coisa que mantinha eram os enormes olhos brilhantes - preferi adquirir uma forma mais “terrena” para me poder me adaptar a atmosfera do seu planeta.

— Você é estranho.

— De qualquer modo, o que achou do seu último feito?

— Isso foi... a coisa mais incrível que eu já fiz em toda minha vida- o rapaz saltava numa alegria infantil, sem se importar se alguém o veria naquele estado.

— Não se anime meu jovem, esse ser que você enfrentou é a ralé perto do que estão por vir. Mas por sorte não precisará carregar essa carga sozinho.

— Existem outros guardiões, certo? Onde eles estão?

— Tudo tem o seu tempo para acontecer... Antes não quer saber como funcionam seus poderes?

— Bom... Sim- sibilou um tanto desapontado, ele realmente queria conhecer os outros escolhidos.

— Você tem a habilidade de... Melhorar suas habilidades- a criaturinha falou em meio a risinhos- como você fez com a lança, você pode aprimorar armas, aumentar a intensidade de outros poderes e tudo isso é quase automático. Você é uma máquina de matar.

— Eu não gosto muito dessa expressão.

— Tudo bem, tudo bem.

— Então... Eu só tenho isso?

— Você tem outros poderes, mas os descobrirá conforme a necessidade... Agora vá indo, você tem uma apresentação para programar não é mesmo? – deu uma piscadinha com um de seus olhos brilhantes e saiu saltitante pelo beco.

— Eu devo estar muito louco- foi a única coisa que conseguiu dizer antes de conseguir voltar ao normal e voltar até a rua- chega de becos sombrios por hoje.

° ° °

O palco era o único local iluminado em todo o teatro, os holofotes apontavam para ele, podia escutar o burburinho da plateia, todos ansiosos para saber qual seria a apresentação. Seu corpo inteiro tremia, ele segurava o violino de forma desajeitada, quase havia desistido se não fosse por Luke. Onde estaria Luke? Devia estar sentando em algum lugar naquela plateia, com uma expressão séria como sempre fazia. Johann estava nervoso, mas não entendia o motivo. Não era aquele o seu sonho? O seu desejo insano? Respirou fundo desamarrado aos poucos a cinta do roupão que ele usava.

Deixou-a cair revelando o corpo desnudo, pode ouvir pequenos gritinhos vindos da multidão. “Ele está pelado?” “Meu Deus, ele não estava usando nada por baixo”, quase podia ver as expressões de choque em seus rostos, Luke deveria estar sorrindo agora, sim ele tinha certeza disso. Começou a tocar o instrumento, uma melodia que ele mesmo havia composto a um tempo atrás. Logo todos se silenciaram.

Era como se a música enchesse todo o local, todos pareciam hipnotizados pela figura despida que tocava tão bem. Johann sentia as lágrimas chegarem aos seus olhos, enfim estava fazendo algo que ele sempre quisera, tocava não com o violino, mas com a sua alma. Era como se ele pudesse enxergar as notas no ar e as manipulasse como quisesse, como se ele estivesse tocando dentro da alma de sua plateia, como se todo o som presente ali estivesse sob seu comando.

— Então esse deve ser o meu outro poder- sussurrou enquanto fechava os olhos aproveitando o momento.

Enquanto isso, Stéa observava a apresentação sentada em uma das vigas que compunha a estrutura do teatro. Myuk em sua forma terrena aninhava-se no colo da deusa, sem conseguir tirar os olhos do garoto. Ela apenas balançava as pernas no ritmo da música, seus longos cabelos brancos pareciam ganhar vida própria e se moviam com a melodia também.

— Em nenhuma das galáxias que visitei pude ver o som de uma maneira tão agradável, pelo menos das que eu me lembro de ter conhecido.

— Precisamos resolver esse seu problema de memória urgentemente, mestra- Myuk disse em meio a uma risadinha- acho que ele descobriu o seu poder sobre os sons.

— Ele vai ser um bom guardião, eu acho- disse sem conseguir tirar os olhos do rapaz- a propósito, há outro guardião nas proximidades não é? Posso sentir a presença dele.

— Dele não... – Myuk levantou-se como se procurasse alguém na plateia, logo seus olhos bateram no indivíduo desejado e ele pode abrir um largo sorriso- Dela.

Johann encerrou sua apresentação debaixo de uma chuva de aplausos e gritos animados. Ele sorria de plena felicidade enquanto vestia o roupão e acenava para todos, podia ver os seus rostos brilhando de emoção, chorando, com os corações abertos para novos sentimentos, era essa a sensação que ele queria. Retirou-se rapidamente para o camarim. Por um momento esqueceu-se do que teria que enfrentar dali para frente, esqueceu-se dos ghouls e dos poderes que agora possuía.

— Está de parabéns, sua apresentação foi uma das coisas mais bonitas que eu já presenciei- pode ouvir uma doce voz feminina vir detrás de si e virou-se num reflexo.

 Deu de cara com uma garota sorridente, aparentava ser uma colegial, possuía longos cabelos castanhos e olhos da mesma cor. Ele lembrava-se dela de alguma forma, sabia que já havia visto ela em algum lugar, embora não soubesse qual lugar era esse. Havia ainda uma aura familiar, algo que o dizia que ela compartilhava de algo parecido com ele. E ele sentia-se feliz por ela estar ali, o que era completamente bizarro.

— Obrigado, que bom que você gostou- sorriu sem jeito enquanto a garota se aproximava- não quero ser grosso, mas já nos conhecemos antes?

— Acho que não da forma que imagina- ela deu uma risadinha infantil, meneou a cabeça para o lado afastando os longos cabelos para que ele pudesse enxergar.

Atrás de sua orelha, uma marca brilhante cintilava:

— Prazer em conhecer, guardião!


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Notas finais do capítulo

Então... FELIZ NATAL ATRASADÍSSIMO E CASO EU NÃO CONSIGA POSTAR ANTES DO FIM DO ANO FELIZ ANO NOVOOOOOO!

Então mores, esses meses foram bastante corridos para mim por questões escolares, e eu ainda tinha uns vestibulares para realizar, somado as festas de fim de ano e problemas pessoais, por isso esse capítulo demorou horrores para sair. Mas visto que tudo está mais calmo agora, eu acredito que venha a postar com muito mais frequência então não desistam de mim rs

Eu posso ter deixado alguns erros gramaticais passarem durante a revisão por ser de madrugada já e eu estar com um pouco de sono ;u;. Estou revisando com mais cuidado agora, e aprendi umas coisas que antes eu não sabia, bom, vivendo e aprendendo não é mesmo?

Prometo lutas mais dinâmicas e desenvolvimento melhor das relações dos personagens futuramente, eu estou querendo mostrar tudo aos poucos, mas caso queiram eu posso dar uma "acelerada". De qualquer forma, espero pelos vossos comentários ♥

Perdoem minha demora e não desistam de mim q



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