A ilha - Livro 1 escrita por Letícia Pontes


Capítulo 5
Capítulo 05 - Divisão


Notas iniciais do capítulo

Oi, bem vindo a mais um capítulo!
Na foto, respectivamente: Fabrício e Heitor



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Dormi boa parte da viagem, faltava uma meia hora para o piloto anunciar nosso pouso e eu já estava ficando mais ansiosa. Procurei as meninas e vi as cabeças platinadas nos bancos: um bem a frente e outro bem no fundo. O diretor queria mesmo separar todos. Vi Eliana sentada um banco atrás do Heitor que sentava na primeira poltrona do lado esquerdo. Eu estava na poltrona C3 e observava as poltronas do meu lado com uma das meninas mais patricinhas da escola: Wanessa. Ela sentava ao lado de Quirino, um amigo do Ivo que era tão ruim quanto. Eles discutiam sobre o espaço que um estava ocupando do outro e se empurravam freneticamente. No banco da frente ouviam-se risinhos de Saulo e Amanda conversando baixinho. Estava entediada e peguei meu livro para ler mais algumas páginas antes de chegarmos.

O aviso de afivelar os cintos e desligar os aparelhos telefônicos foi dado e nós o fizemos todos muito agitados para descer logo.

—Essa vai ser as melhores férias da minha vida. – ouvi Bianca e Carol conversarem atrás de mim

Realmente seria. Afinal, quem não amaria uma viagem em um avião particular para uma ilha particular¿

O diretor mandou ficarem todos quietos e gritou lá do primeiro banco que queria uma fila apenas das pessoas do bancos da esquerda primeiro e então depois que fossem descendo, fizessem uma fila os do banco da direita.

Quando finalmente o avião pousou, nós dos bancos da direita ficamos todos sentados resmungando sobre a demora para a porta abrir. A fila no corredor foi se formando a iniciar pela professora Olivia que pelo que eu havia entendido era quem estava sentada com Heitor – que azarado – Ela disse que só desceriam quando estivessem todos em silencio e em fila indiana organizada. Atras dela estava Heitor, depois vinham : Diego, Erick, Quirino, Wanessa, Eliana que estava parada em é ao meu lado, Abner, Felipe, Gabriela, Kamila, Fabricio, Taís, Juliane e o professo Nicola fechando a fila. Eu estava de joelho no banco observando a fila ficar imóvel e silenciosa e então começaram a andar.

—Te vejo lá em baixo – Eliana me falou e seguiu a fila

— Você é nota mil – sussurrou Fabrício todo sorridente ao passar por mim – Peguei suas coisas lá no abgagueiro, pega as minahs¿

—Beleza! - Pelo jeito as coisas estavam indo bem entre eles.

Num espaço de alguns três passos depois do professor Nicolas, vinha o professor Marcelo seguido por Greta, Renata e Ivana. Vi Pamela e Helena saírem de seus bancos e pegarem suas bagagens já seguindo a fila e Bianca e Carol fazerem o mesmo quando as meninas passavam pelo seu banco. A fila seguia devagar e quando Bianca e Carol passaram pelo meu banco eu sai para pegar a “minha” bagagem sendo empurrada por Igor que queria começar a irritar antes das férias começarem de verdade.

—Igor, querido Igor – falei pausadamente – você não vai estragar as minhas férias. – continuei andando vendo ele fazer caretas como se fosse eu falando e fazendo uma voz terrivelmente irritante. Atrás de nós a fila continuou se formando com Saulo, Amanda, Ingrid e o diretor Lucas.

O clima lá for era exatamente como eu lembrava do litoral: Fresco e com cheiro de mar. A pista de pouso era apenas isso: uma pista de pouso. Não era uma aeroporto. Tinha lugar para dois aviões grandes pararem e dois heliportos mais ao longe. A ilha não era muito grande e não tinha nem sequer mil habitantes. Pelo que o diretor havia nos contado, eram todos da família dele e parentes distantes como primo de um bisavô ou um avô de um tio adotado. Mas todos eram voltados para a família Boaventura. – a do diretor.

Descendo do avião já entravamos direto em um ônibus totalmente azul com o nome Boaventura escrito nele inteiro com a cor branca.

Eu dessa vez sentei com o Heitor e ele não parava de me abraçar e dizer que foi o pior trauma da vida dele andar com a professora que tomava metade de seu assento e roncava em cima dele. Mandei ele ficar quieto quando o ônibus começou a andar para sair da pista de pouso para a avenida que víamos de lá.

As nossas férias iriam começar!

Era exatamente nove horas da manha quando descemos do avião. Estávamos todos conversando alto e apontando o grande verde e plantas diferentes que víamos ao sair da pista de pouso. Não deu nem dois minutos e já podíamos ver o mar. Foi uma gritaria completa de comemoração quando vimos aquela agua cristalina bem do nosso lado. A avenida tinha o mar do nosso lado esquerdo e muito verde do lado direito. O diretor precisou organizar para que todos permanecessem sentados ou ônibus iria virar com a bagunça que estava. Cerca de dez minutos depois o ônibus finalmente parou em frente a um hotel gigante com aparência de uma mansão de outro século onde líamos no seu portão de ferro em grandes letras “Hotel Boaventura”.

Descemos do ônibus e só então em dei conta: e as nossas malas que estavam no avião¿

—Heitor, você sabe das nossas malas¿

—Quando desci eles estavam passando do avião para o ônibus.

Olhei para trás e vi uma porta abrindo na parte inferior o ônibus revelando nossas malas. Dois caras foram descendo elas e as pessoas se empurrando para pegar as suas. Decidi esperar até todos pegarem para pegar a minha, já que não adiantaria ficar no meio do tumulto.

“ORDEM”

Ouvimos em alto e bom som a voz do Lucas e olhamos na direção de onde ela vinha. Ele tinha um megafone branco nas mãos e esperava o silencio para que começasse a falar.

—Quero que prestem bem atenção no que direi agora. Os quartos obviamente são separados entre homens e mulheres. Como temos muito mais mulheres do que homens, terão quatro meninas em cada quarto e três meninos em cada quarto. Os professores ficarão cada um com seu próprio quarto. – Ele fez uma pausa e acenou para que seguíssemo-lo. Adentrou ao saguão e nós também.

O saguão do hotel era divino e totalmente decorado de forma acolhedora. Haviam sofá com almofadas e pufs, tudo muito branco com alguns detalhes e azul claro. Tinham lustres lindos e de cada lado do saguão uma escadaria gigante que levava para cima. No fundo do salão havia uma recepção enorme toda branca onde havia apenas uma única funcionária vestida de branco também.

— Essa – ele apontou para a mulher – é Genevive, nossa recepcionista.

Ela sorriu com um aceno que alguns de nós retribuímos. O diretor continuou andando até a recepção e nos mandou fazer outra fila.

—Vou chamar os nomes e vocês vêm até a frente receber as chaves de seus quartos. Meninos ao receberem vão para a escadaria da direita – ele apontou e esperem ao lado dos professores que já estão ali – todos nós olhamos. Meninas farão o mesmo, mas do lado esquerdo.

Ele pegou uma prancheta com uma folha grudada e antes de começar a chamar os nomes, disse:

— E não se preocupem, coloquei vocês com seus amigos, não fiz como no avião.

Todos nós vibramos e fizemos silencio em seguida para ouvir os nomes sendo chamados.

— Quirino, Abner e Saulo.

—O que¿ - Quirino gritou – não sou amigo deles!

 

                    SAGUÃO DO HOTEL


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Notas finais do capítulo

Até dia 10! ♥

P.S.: Encontrando erros ortográficos ou de digitação, em avisa nos comentários!



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