A ilha - Livro 1 escrita por Letícia Pontes
Notas iniciais do capítulo
Oi! Bem vindos ao primeiro capítulo de Janeiro!!
Na foto:Ednara e Cristal , as guias
Já tinha contado cada detalhe a elas que ficaram super empolgadas com o Igor. Esqueceram completamente da raiva que estavam e mim e queriam conhecer meu paquera, como diziam elas.
— É a primeira vez que rola um clima entre você e um cara – Greta terminava de arrumar a mochila para a trilha que estava no nosso cronograma. – Acha mesmo que não vamos querer conhece-lo¿
— Não rolou um clima! -falei envergonhada esperando-as a porta ouvindo Olivia chamar pela última vez para que descêssemos – Ele é mais velho!
—E dai¿ - Ela continuou – eu ficaria com certeza com um cara mais velho.
—Então fica pra você, eu brinquei.
Descemos rindo no elevador e falando em códigos que acabou irritando Olívia que nos mandou calar a boca. Pelo visto ela acordara de mau humor. Continuamos seguindo ela e encontramos o resto do pessoal no saguão em minutos. Heitor e Fabricio quiseram saber o que houve no meu sumiço e eu resumi para eles no ônibus.
Uma hora depois descemos e dei um jeito de ficar para trás com Fabricio para perguntar como tinha sido a noite anterior, e porque ele e a Kamila não havia sentado juntos.
— Ela acha que eu estou zoando com a cara dela, acredita¿
—O que você fez Fabrício¿¿ - falei assustada
—Nada!! Eu só disse que eu achava ela linda e gostava muito dela. – ele falou quase sussurrando – aí ela saiu emburrada e quando fui tentar entender ela disse que ela não queria ninguém zoando ela.
— Estranho...
Continuamos caminhando até alcançar o nosso grupo de amigos e finalmente chegamos a um local onde pelo jeito embarcaríamos em jipes, porque havia muitos deles ali.
—É o seguinte – o professor Marcelo quem falava dessa vez – O diretor não vem conosco nessa excursão de dois dias, ele ficou com a família dele e nós voltaremos dia oito. – ele parou e falar para ver nossas reações que foram de pequenos “vivas” e então continuou – Vamos colocar quatro de vocês em cada carro e teremos motoristas.
—Somos 26 - falei – vão sobrar dois.
—Pois é, dois carros vão com um a mais. - Marcelo falou – Ora vejam, nossos guias chegaram! Esses são Ednara, Cristal e Igor.
Sorri sem perceber, era o Igor que eu conhecia. Ele sorriu de volta.
Não vi que Ivo havia se aproximado de mim, só quando ele provocou com um “olha só, isso vai ser divertido”, rindo e saindo de perto.
Novamente o professor mandou que fizéssemos uma fila em ordem alfabética.
— Abner, Amanda, Bianca e Carol vão com a Cristal – ele anunciou e eles seguiram a moça até o carro que ela entrara – Diego, Eliana, Erick e Fabrício, com a Ednara
Eliana me deu tchauzinho e foi para perto de Fabrício.
—Felipe, Gabriela, Greta e Heitor – ele continuou e eu já sabia com quem eles iriam – vão com o guia Igor – ele também estava colocando os motorista por ordem alfabética. Que fixação por essa ordem. – Helena, Ingrid, Ivana e Ivo vão comigo. Podem entrar naquele caro – ele apontou um determinado carro e eu vi Ingrid fazer cara de derrotada
Nicolas e a professora Olivia entraram cada um em um carro e o professor Marcelo continuou a lista.
— Jemima, Juliana, Kamila, Pâmela e Pietra vao com o Nicolas - eu também fiz cara de derrotada – e o restante – Quirino, Renata, Saulo, Taís e Wanessa – vão com a professora Olívia.
Estávamos todos nos carros quando o primeiro carro da fila de seis partiu e todos o seguiram.
Demoramos uma hora até chegar no lugar que desceríamos e eu já estava morrendo de fome, não havíamos tomado café, apenas comido algumas frutas no caminho. Descemos do carro todos nós e estávamos em uma estrada de terra onde com certeza os carros poderiam passar, mas havia uma placa que dizia “partir de aqui, você seguirá a pé”. Ouvíamos Greta, Ingrid, Renata, Wanessa e Pâmela reclamarem que não queriam andar.
—Isso é uma trilha – Ivana falou – não um passeio no shopping.
— Venham – eu puxei Greta e Ingrid para onde estavam Eliana, Heitor e Fabrício. – EI! – acenei para Kamila. Eu a estava chamando mas ela apenas sorriu e continuou andando com Juliane e Taís. Olhei para Fabricio e ele abaixou a cabeça, chateado.
O pessoal estava empolgado na primeira meia hora (com exceção das cinco anteriores que citei), mas logo começaram reclamar do cansaço e uma hora depois de começarmos a caminhar, os guias decidiram que pararíamos para comer e descansar. Estávamos em uma mata fechada extremamente linda e nem parecia ser dez horas da manha, pois a copa das árvores cobria o céu sem nos deixar ver muita claridade. Marcelo fez a chamada enquanto organizávamos um piquenique gigante para conferir e nenhum aluno havia sumido. Ficamos uns quarenta minutos ali até voltar a caminhar com a turma mais empolgada dessa vez. Seguimos para a beira da praia e boa parte da caminhada foi ali com o barulho do mar, a o cheiro, e com certeza varias brincadeiras de empurra-empurra para dentro da agua. Principalmente vindas de Heitor.
— Está curtindo¿ - Igor estava do meu lado e eu nem havia percebido
—Estou adorando, o lugar é realmente incrível!
—Vai gostar mais ainda de onde vamos dormir essa noite. – ele sorriu – como foi depois que você chegou ontem¿ - ele mudou de assunto de repente
—Ah...levamos bronca. Os professores achavam que tínhamos fugido juntos. Até as minhas amigas!!! – falei indignada
—E porque não¿
Olhei surpresa para ele
—Sério¿ Eu odeio ele, ele me odeia, ele age feito uma criança, é um vândalo, repugnante... – respirei – será que preciso continuar¿
—Acho que não – ele riu
Andamos mais uns minuto trocando ideia e jogando papo fora até ele dizer que precisava voltar para frente da turma. Greta, Eliana e Ingrid se aproximaram de mim rapidamente seguida por Heitor e Fabricio.
—Quem é o bonitão¿ - Greta perguntou agarrada ao meu braço
—Bom... lembram do cara que falei ontem¿ É ele!
—Ta de sacanagem – Heitor tentava enxerga-lo de longe – o cara é mais velho que você mil vezes e todo...saradão...
—Gente – eu ri – para!
—O que vocês estavam conversando¿ - Ingrid quis saber
—Nada - fale impaciente – ele veio perguntar se deu problema pra mim ontem e ficamos jogando conversa fora
—Sei... – Ninguém acreditou em mim
Observei Ivo em olhando de longe, provavelmente louco para saber o que estávamos falando. Ele estava louco para me pegar fazendo ou falando algo que me incriminasse e ele pudesse me ferrar.
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