A ilha - Livro 1 escrita por Letícia Pontes


Capítulo 11
Capítulo 11 - Partida


Notas iniciais do capítulo

Oi! Bem vindos ao primeiro capítulo de Janeiro!!
Na foto:Ednara e Cristal , as guias



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Já tinha contado cada detalhe a elas que ficaram super empolgadas com o Igor. Esqueceram completamente da raiva que estavam e mim e queriam conhecer meu paquera, como diziam elas.

— É a primeira vez que rola um clima entre você e um cara – Greta terminava de arrumar a mochila para a trilha que estava no nosso cronograma.  – Acha mesmo que não vamos querer conhece-lo¿

— Não rolou um clima!  -falei envergonhada esperando-as a porta ouvindo Olivia chamar pela última vez para que descêssemos – Ele é mais velho!

—E dai¿ - Ela continuou – eu ficaria com certeza com um cara mais velho.

—Então fica pra você, eu brinquei.

Descemos rindo no elevador e falando em códigos que acabou irritando Olívia que nos mandou calar a boca. Pelo visto ela acordara de mau humor. Continuamos seguindo ela e encontramos o resto do pessoal no saguão em minutos. Heitor e Fabricio quiseram saber o que houve no meu sumiço e eu resumi para eles no ônibus.

Uma hora depois descemos e dei um jeito de ficar para trás com Fabricio para perguntar como tinha sido a noite anterior, e porque ele e a Kamila não havia sentado juntos.

— Ela acha que eu estou zoando com a cara dela, acredita¿

—O que você fez Fabrício¿¿ - falei assustada

—Nada!! Eu só disse que eu achava ela linda e gostava muito dela. – ele falou quase sussurrando – aí ela saiu emburrada e quando fui tentar entender ela disse que ela não queria ninguém zoando ela.

— Estranho...

Continuamos caminhando até alcançar o nosso grupo de amigos e finalmente chegamos a um local onde pelo jeito embarcaríamos em jipes, porque havia muitos deles ali.

—É o seguinte – o professor Marcelo quem falava dessa vez – O diretor não vem conosco nessa excursão de dois dias, ele ficou com a família dele e nós voltaremos dia oito. – ele parou e falar para ver nossas reações que foram de pequenos “vivas” e então continuou – Vamos colocar quatro de vocês em cada carro e teremos motoristas.

—Somos 26 - falei – vão sobrar dois.

—Pois é, dois carros vão com um a mais. - Marcelo falou – Ora vejam, nossos guias chegaram! Esses são Ednara, Cristal e Igor.

Sorri sem perceber, era o Igor que eu conhecia. Ele sorriu de volta.

Não vi que Ivo havia se aproximado de mim, só quando ele provocou com um “olha só, isso vai ser divertido”, rindo e saindo de perto.

Novamente o professor mandou que fizéssemos uma fila em ordem alfabética.

— Abner, Amanda, Bianca e Carol vão com a Cristal – ele anunciou e eles seguiram a moça até o carro que ela entrara – Diego, Eliana, Erick e Fabrício, com a Ednara

Eliana me deu tchauzinho e foi para perto de Fabrício.

—Felipe, Gabriela, Greta e Heitor – ele continuou e eu já sabia com quem eles iriam – vão com o guia Igor – ele também estava colocando os motorista por ordem alfabética. Que fixação por essa ordem. – Helena, Ingrid, Ivana e Ivo vão comigo. Podem entrar naquele caro – ele apontou um determinado carro e eu vi Ingrid fazer cara de derrotada

Nicolas e a professora Olivia entraram cada um em um carro e o professor Marcelo continuou a lista.

— Jemima, Juliana, Kamila, Pâmela e Pietra vao com o Nicolas  - eu também fiz cara de derrotada – e o restante – Quirino, Renata, Saulo, Taís e Wanessa – vão com a professora Olívia.

Estávamos todos nos carros quando o primeiro carro da fila de seis partiu e todos o seguiram.

Demoramos uma hora até chegar no lugar que desceríamos e eu já estava morrendo de fome, não havíamos tomado café, apenas comido algumas frutas no caminho. Descemos do carro todos nós e estávamos em uma estrada de terra onde com certeza os carros poderiam passar, mas havia uma placa que dizia “partir de aqui, você seguirá a pé”. Ouvíamos Greta, Ingrid, Renata, Wanessa e Pâmela reclamarem que não queriam andar.

—Isso é uma trilha – Ivana falou – não um passeio no shopping.

— Venham – eu puxei Greta e Ingrid para onde estavam Eliana, Heitor e Fabrício. – EI! – acenei para Kamila. Eu a estava chamando mas ela apenas sorriu e continuou andando com Juliane e Taís. Olhei para Fabricio e ele abaixou a cabeça, chateado.

 O pessoal estava empolgado na primeira meia hora (com exceção das cinco anteriores que citei), mas logo começaram reclamar do cansaço e uma hora depois de começarmos a caminhar, os guias decidiram que pararíamos para comer e descansar. Estávamos em uma mata fechada extremamente linda e nem parecia ser dez horas da manha, pois a copa das árvores cobria o céu sem nos deixar ver muita claridade. Marcelo fez a chamada enquanto organizávamos um piquenique gigante para conferir e nenhum aluno havia sumido. Ficamos uns quarenta minutos ali até voltar a caminhar com a turma mais empolgada dessa vez. Seguimos para a beira da praia e boa parte da caminhada foi ali com o barulho do mar, a o cheiro, e com certeza varias brincadeiras de empurra-empurra para dentro da agua. Principalmente vindas de Heitor.

— Está curtindo¿ - Igor estava do meu lado e eu nem havia percebido

—Estou adorando, o lugar é realmente incrível!

—Vai gostar mais ainda de onde vamos dormir essa noite. – ele sorriu – como foi depois que você chegou ontem¿ - ele mudou de assunto de repente

—Ah...levamos bronca. Os professores achavam que tínhamos fugido juntos. Até as minhas amigas!!! – falei indignada

—E porque não¿

Olhei surpresa para ele

—Sério¿ Eu odeio ele, ele me odeia, ele age feito uma criança, é um vândalo, repugnante... – respirei – será que preciso continuar¿

—Acho que não – ele riu

Andamos mais uns minuto trocando ideia e jogando papo fora até ele dizer que precisava voltar para frente da turma. Greta, Eliana e Ingrid se aproximaram de mim rapidamente seguida por Heitor e Fabricio.

—Quem é o bonitão¿ - Greta perguntou agarrada ao meu braço

—Bom... lembram do cara que falei ontem¿ É ele!

—Ta de sacanagem – Heitor tentava enxerga-lo de longe – o cara é mais velho que você mil vezes e todo...saradão...

—Gente – eu ri – para!

—O que vocês estavam conversando¿ - Ingrid quis saber

—Nada -  fale impaciente – ele veio perguntar se deu problema pra mim ontem e ficamos jogando conversa fora

—Sei... – Ninguém acreditou em mim

Observei Ivo em olhando de longe, provavelmente louco para saber o que estávamos falando. Ele estava louco para me pegar fazendo ou falando algo que me incriminasse e ele pudesse me ferrar.


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Notas finais do capítulo

Aguardo comentários!

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