De Repente Papai escrita por Lady Black Swan


Capítulo 7
Mulheres inconvenientes.


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal pessoinhas queridas!
Aproveitem o capitulo. :)



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Fazia menos de dez anos desde a última vez que Sesshoumaru havia visto a mãe de Mariko, mas a mulher parecia ter envelhecido mais de trinta! Ela olhou-o com uma expressão confusa, obviamente sem reconhecê-lo, e só um momento mais tarde é que se deu conta da presença de Rin ali.

—Rin? — franziu o cenho — O que faz aqui? Devia estar na casa de minha sobrinha...

—Sim, eu... — a menina mexeu-se desconfortável — Depois que o senhor Yamamoto me deixou na porta de Keiko-san, eu esperei ele sumir de vista... E fugi.

—Fugiu! — a senhora exclamou horrorizada.

—Eu... Eu também liguei para Keiko-san dizendo que tínhamos mudado de ideia. — confessou parecendo envergonhada.

—Mas minha menina! Que ideia foi essa?! — exclamou ajoelhando-se para abraçá-la. — Mas se não estava com Keiko onde você estava? Sabe o que podia ter te acontecido? Por que foi fazer uma coisa dessas?!

Enquanto isso a menina apenas murmurava coisas como “me desculpe vovó”, “eu sei vovó” e “é que a senhora não entenderia vovó”, Sesshoumaru até pensou em se virar e sair dali antes que se lembrassem dele ali, mas então a velhota lembrou-se dele — é claro.

—Eu conheço você. — afirmou, aprisionando a neta em seus braços, mas contrariando a si mesma perguntou em seguida: — Rin, quem é esse homem?

E, de alguma forma, a menina desvencilhou-se da avó, rodopiou e agarrou a mão de Sesshoumaru.

—É meu pai, vovó! — anunciou contente.

Ainda sentada sobre os joelhos a senhora ficou olhando de baixo para Sesshoumaru.

—Seu pai? — repetiu.

Sesshoumaru tentou puxar a mão, mas a menina agarrou-se mais fortemente a ela.

—Eu já tentei explicar que nunca tive filha alguma, mas ela não quer... — finalmente manifestou-se.

—Eu conheço você. — ela o interrompeu, levantando-se para olhá-lo um pouco mais de perto, e de novo contrariou a si mesma ao perguntar: — Como você se chama?

Ele ainda relutou um pouco antes de responder, porque aquela velhota lhe parecia um tanto senil — o que talvez explicasse o fato da criança ter fugido de casa para viver com um desconhecido —, mas por fim respondeu:

—Sou Taisho Sesshoumaru.

Os olhos da velha se arregalaram, e então brilharam com uma fúria que não estava ali antes.

—Sesshoumaru! — ela silvou — Eu me lembro de você!

—Sim, eu morava nessa rua há alguns anos. — confirmou.

—O pequeno e jovem imprudente de rosto bonito e cabelos claros por quem minha Mariko encantou-se! — gritou empurrando-o com suas frágeis mãos enrugadas. — Que a engravidou e depois fugiu como um rato!

Sesshoumaru recuou surpreso, a avó era ainda mais louca que a neta.

—Está havendo algum engano aqui. — disse.

A velhota sacudiu o dedo em sua direção.

—Mariko precisou largar os estudos, o pai dela e eu ajudávamos, mas é muito caro criar um bebê, e ela teve que começar a trabalhar muito cedo! E ela não parava, não parava nunca! E isso a matou, minha Mariko trabalhava tanto que morreu de exaustão! Ter uma criança a matou! E onde você estava? Curtindo a vida, saindo com mulheres e se divertindo, enquanto a minha querida Mariko trabalhava até morrer para criar a sua filha! Você nunca se preocupou em trazer sequer uma fralda ou pacote de leite para a menina, mas agora você vai ficar com ela e vai ter que arcar com suas responsabilidades! Ah se vai, porque a justiça tarda mais não falha!

E finalizou fechando a porta na sua cara.

—Eu estava enganada. — ouviu a voz de Rin ao seu lado, e percebeu que ainda segurava a mão dela, soltou-se com um puxão, mas ela nem ligou — A vovó entende sim.

Sesshoumaru virou-se bufando de irritação, quando que ele iria imaginar que aquilo poderia acontecer? Aquilo era absurdo, ele não era o pai de Rin! Ah, ele só gostaria que Mariko estivesse viva para que ele pudesse torcer aquele lindo pescoço dela naquele exato instante!

—Eu tinha ficado muito nervosa antes, porque se o senhor me entregasse aos meus avós não haveria nada que Kagome-chan ou tio Inuyasha poderiam fazer a respeito, mas que bom que tudo acabou bem! — ela comentou alegremente entrando no carro.

Ele ainda podia simplesmente deixá-la ali, mas sabia que nas atuais circunstância o mais provável era que a avó da menina fosse em pessoa deixá-la em sua porta novamente.

—Então o que pensa em fazer agora?

—E o que mais eu posso fazer? — perguntou furioso — Vou fazer um exame de DNA e acabar de vez com essa palhaçada toda!

Depois daquele final inusitado ele estava com dor de cabeça e faminto, mas não tinha a mínima vontade de voltar para casa.

Ligou o carro e arrancou.

...

—Eu já almocei na escola, por isso não estou com muita fome, então o que acha que eu deveria pedir?

A menina perguntou-lhe tentando parecer o mais normal possível enquanto olhava o cardápio do pequeno restaurante de comida caseira — praticamente vazio àquela hora — no qual ele havia parado para comer, ela queria agir como se nada tivesse acontecido, mas não conseguia tirar aquele estúpido sorriso gigante da cara.

—Você não vai pedir nada, eu vou pedir para você. — respondeu mal-humorado, arrancando o cardápio de suas mãos.

Ele queria tê-la deixado lá fora, no carro, mas não queria correr o risco de mais tarde ser condenado por homicídio.

—Se o senhor prefere assim. — ela assentiu cordialmente, mas aquele sorriso gigante estragava todo o efeito.

—Eu preferiria que você sumisse da minha vida, mas aparentemente minhas preferências não têm importância. — resmungou passando os olhos pelo cardápio.

—Se o senhor acha mesmo isso...

Ela disse agora com um tom um tanto cínico na voz que fez Sesshoumaru crispar os olhos em sua direção.

—Tire agora mesmo esse sorriso da cara antes que eu o faça por você. — ameaçou em voz baixa.

—Olha só, água de cortesia! — disse repentinamente muito interessada no copo de água à sua frente.

Enquanto Rin enchia-se de água Sesshoumaru ergueu o braço e chamou por uma garçonete que passava ali perto, e por sorte continuou calada e agora de boca cheia depois que trouxeram a fatia de bolo que havia pedido para ela, e nem sequer perguntou o que ele estava escrevendo em seu caderninho.

Enquanto comia, a dor de cabeça de Sesshoumaru só fazia aumentar, ele não conseguia acreditar que até pouco menos de um mês atrás sua única preocupação era como lidar com os quatro parasitas que infestavam seu apartamento, e agora tinha que fazer um exame de DNA para provar que a filha de uma antiga namorada de adolescência não era sua também!

Sua dor de cabeça chegou a tal ponto que ele chegou a achar que ela estava zumbindo.

Até que se deu conta de que era apenas o celular da menina vibrando no bolso dela.

—Vá atender. — disse quando percebeu que ela pretendia ignorar o aparelho — Antes que aquela gangue de folgados ache que eu te levei para o deserto e a deixei lá para morrer.

—Eu volto logo. — prometeu pulando de sua cadeira.

—Não precisa ter pressa. — respondeu.

Agora... O quanto ele tinha gastado de gasolina para trazê-la da casa da avó até ali? Ele pensou um pouco antes de anotar isso também.

 A menina já tinha sumido a uns bons — e abençoados — dez minutos quando Kagura apareceu.

Kagura era uma mangaka — autora de um mangá intitulado “A mestra dos ventos” que era publicado mensalmente — com quem Sesshoumaru tivera um breve relacionamento alguns anos antes, eles não havia ficado juntos sequer por quatro meses, e isso foi o melhor, um relacionamento entre eles nunca poderia ter dado certo porque Kagura era vinte e quatro horas por dia entregue de corpo e alma para seu mangá, na verdade nem podiam chamar o que tiveram de “namoro”, mas mesmo assim Kagura parecia nunca ter superado, de forma que volta e meia aparecia repentinamente na frente de Sesshoumaru nos momentos mais inesperados possíveis.

—Sesshoumaru, é sempre bom revê-lo. — disse sentando-se à sua frente com um sorriso, mesmo sem ser convidada.

Pena que Sesshoumaru não podia dizer o mesmo, então ao invés disso respondeu:

—Olá Kagura. O que está fazendo por aqui?

Mas o que queria mesmo dizer era: Como conseguiu me achar de novo?!

Kagura encolheu os ombros.

—Eu estava por perto comprando alguns materiais, e acabei vendo você por acaso quando passava aqui pela frente.

Por acaso? É claro, mas Sesshoumaru não duvidaria nada se Kagura o andasse procurando em cada canto sempre que se dignava a sair de seu APERrtamento que era composto por apenas um cômodo mais um banheiro que de tão minúsculo causava claustrofobia, que ficava mais apertado ainda por ela dividi-lo com um assistente.

Inuyasha e os outros achavam que Sesshoumaru não saia muito, mas ele praticamente não parava em casa quando comparado à Kagura.

Kagura observou hesitante o prato colocado no lugar à esquerda de Sesshoumaru.

—Está acompanhado.

—Pode-se dizer que sim. — respondeu.

Ela tamborilou levemente com os dedos na mesa.

—E... Ela é bonita?

Sesshoumaru franziu o cenho.

—Kagura, Rin não é...

—Então o nome dela é Rin. — o interrompeu. — Entendo.

Não, Kagura não entendia nada, ela sempre pensava precipitadamente nas coisas, e Sesshoumaru não tinha obrigação de lhe explicar nada, mas também estaria longe de se sentir confortável se alguém mais achasse que Rin era alguma coisa sua.

—O que estou querendo dizer...

—Era apenas o tio Inuyasha ligando. — foi interrompido pela voz de Rin vinda de trás de si — Ele estava preocupado porque o senhor ainda não chegou comigo em casa.

Ela sentou-se de volta em seu lugar à mesa, e só então percebeu a presença de Kagura ali.

As duas se entreolharam surpresas.

—Sesshoumaru quem é essa? — Kagura perguntou boquiaberta.

Certamente que estava esperando por alguém mais velho que uma garotinha do primário.

—Eu sou Rin. — Rin respondeu ainda olhando para Kagura.

Kagura piscou para a menina.

—Sim, ele já me disse o seu nome, mas o que quero saber é...

—Rin é minha filha. — anunciou puxando a menina, com cadeira e tudo, para mais perto de si.

Kagura quase derrubou a cadeira ao levantar-se, a menina não parecia estar menos surpresa.

—Sua filha? Mas você nunca... — um sorriso trêmulo e hesitante começou a se formar em seus lábios — Não brinque comigo Sesshoumaru, nós nos conhecemos há anos, eu sei que você nunca teve filhos.

—Rin morava com a mãe até pouco tempo, mas agora mora comigo. — respondeu confiante.

Kagura olhava confusa da menina para Sesshoumaru, possivelmente procurando semelhanças — inexistentes — entre eles.

—Mas não é possível, essa menina deve ter uns dez anos...

—Oito. — corrigiu Rin — Praticamente nove agora.

Kagura pareceu não ouvi-la.

—Se você fosse mesmo pai dela, quando ela nasceu você teria que ser um...

—Adolescente. — confirmou encolhendo os ombros. — Às vezes adolescentes são imprudentes.

E de repente Kagura atrapalhou-se ao lembrar-se que estava com muita pressa:

—O... O meu mangá. Isso. Eu tenho que trabalhar em “A mestra dos ventos”, tchau, foi bom revê-lo Sesshoumaru.

Aquilo tudo fora um ato impensado para se livrar de Kagura de uma vez, mas pelo menos funcionara e com sorte agora ela ficaria longe por alguns meses — Sesshoumaru não era ingênuo para pensar que ela nunca mais apareceria.

—Senhor Sesshoumaru. — Rin o chamou em tom admirado.

Sesshoumaru franziu o cenho, ótimo, tinha se esquecido das possíveis conseqüências.

—O que é?

Perguntou entediado, já se preparando para uma longa e monótona conversa tentando explicar — muito provavelmente em vão — porque havia dito aquilo, que obviamente não era verdade, à Kagura.

Mas percebeu que a atenção de Rin estava voltada para outra coisa.

—Era ela, não era? — porque ela parecia prestes a chorar? — Kagura sensei, a mangaka autora de “A mestra dos ventos”.

—Sim, era. — respondeu estranhando aquele comportamento dela.

E ergueu a mão para chamar o garçom e pedir a conta, tinha perdido a fome.

Quatro dias depois ela veio para cima dele com essa:

—O senhor tem uma forma física muito suspeita.

Ele estava sentado no sofá com os pés sobre a mesinha de centro e ergueu os olhos da tela do notebook, onde estava checando alguns de seus e-mails.

—O que você disse?

Ela apontou um dedo impertinente para ele e repetiu o absurdo:

— O senhor tem uma forma física muito suspeita.

Ele suspirou.

—Do que você está falando agora menina irritante?

Mas olhando a coisa pelo lado positivo, aquela era a primeira vez que ela abria a boca para falar de algo que não fosse sobre Kagura sensei, há quatro dias que a menina não falava outra coisa além de “Há quanto tempo o senhor conhece Kagura sensei?” ou “Como você e Kagura sensei se conheceram?” e ainda “O senhor e Kagura sensei são amigos?”, e a mais insistente de todas: “O senhor me apresentaria para ela?”, era enervante.

—Rin. — ela o corrigiu.

—Tanto faz. — girou os olhos de forma impaciente. — Por que disse que a minha forma física é suspeita?

A garota cruzou os braços.

—Porque o senhor passa o dia todo sentado por ai, escrevendo em seu notebook.

—Sim. — confirmou — E é por isso que a editora deposita todos os meses na minha conta o dinheiro com o qual eu compro comida.

—E antes da minha chegada o senhor tinha uma alimentação nada saudável. — salientou.

—E dai?

—É que em condições como essa o mais natural seria que a essa altura o senhor já tivesse criado uma bela e grande “barriga multiuso”.

Sentado ao seu lado no sofá Inuyasha engasgou-se com a própria risada.

—Uma barriga multiuso? — ele repetiu estupidamente — Rin o que é uma barriga multiuso?

Ela arqueou as sobrancelhas, parecendo surpresa com que ela mesma havia dito, e parecendo um pouco envergonhada juntou as mãos nas costas e respondeu de maneira quase acanhada:

—É... É aquela barriga que te tão grande dá até para fazer de bancada, tipo pra apoiar a cerveja e o controle remoto que nem meu avô fazia, ou então, no caso de Sesshoumaru-Sama, o notebook...

E o que o estúpido do seu irmão fez? Ele jogou a cabeça para trás e gargalhou, é claro.

Sesshoumaru girou os olhos.

—Se você quer mesmo saber Rin, eu malho.

A garota ficou olhando-o por algum tempo.

—Você malha? — repetiu — Mas eu nunca vi.

—É porque ele odeia o calor, então durante o verão, que foi a época em que você chegou, ele se entoca aqui no apartamento com ar condicionado como um urso hibernando, só que ao contrário, e não levanta nada mais pesado que o notebook. — Inuyasha intrometeu-se.

—Mas o verão já acabou. — a menina retrucou.

Sesshoumaru estava marcando alguns e-mails antigos para serem deletados.

—E as suas férias também. — afirmou — Você não passa o dia todo aqui..

—Então você malha enquanto eu estou na escola?!

—De duas a três vezes por semana, mas não toda semana, eu não tenho exatamente uma rotina. — encolheu os ombros e apagou os e-mails antigos com um clique — Eu malho quando me da vontade.

—Então... O senhor malha e fuma.

Sesshoumaru a olhou.

—Algum problema?

—Não é hipocrisia?

Sesshoumaru arqueou uma sobrancelha.

—E você sabe o que é hipocrisia?

—Uma coisa que vovó chamou vovô quando ele, acidentalmente, atropelou o canteiro de rosas dela por acidente e depois deu um buquê de flores para se desculpar. — respondeu solene.

Sesshoumaru girou os olhos e decidiu ignorá-la.

Mas ela ficou lá parada, apenas o observando, de uma forma irritantemente silenciosa, até Sesshoumaru cansar-se disso de uma vez e fechar a tela do notebook.

—O que é agora? — perguntou impaciente.

Ela piscou.

—Não... É que estou me sentido como se tivesse acabado de descobrir que o senhor é o Batman.

Sesshoumaru arqueou a sobrancelha.

—Você está me dizendo que descobri que eu não sou o completo sedentário que você julgou que eu fosse a surpreende tanto quanto se tivesse descoberto que eu sou Batman?

As orelhas da menina começaram a ficar vermelhas e o idiota do Inuyasha tossiu tentando disfarçar a risada.

—Não, eu só... O telefone! — exclamou — Que bom, salva pelo gongo, quer dizer... Eu vou atender.

Virou-se e correu.

Sesshoumaru balançou a cabeça.

—Ela realmente se parece com você. — Inuyasha afirmou, para o espanto de Sesshoumaru.

—Você bateu a cabeça quando era bebê? — perguntou irritado. — Ela não se parece nem sequer com Mariko, quanto mais comigo!

Diferente de Inuyasha, que parecia achar que, exceto pela cor dos cabelos e olhos, Rin era quase uma miniatura de Mariko, Sesshoumaru não as achava tão parecidas assim.

—Agora você vai tentar negar também que ela é filha de Mariko? — perguntou incrédulo.

Sesshoumaru suspirou, era tão difícil ter que agüentar aqueles dois...

—Não.

—Ah, que bom. — suspirou aliviado. — Mas eu não estava dizendo que ela se parece fisicamente com você, eu não sou cego, mas que simplesmente se parecem, têm até o mesmo ceticismo na humanidade, eu acho. Você devia assumir logo que ela é sua filha.

—E você devia calar a boca. — respondeu irritado.

Era possível ouvir a menina falando ao telefone no corredor, mas quer ela se parecesse ou não com ele, Sesshoumaru já havia ligado para o laboratório e marcado o exame de DNA para a próxima terça-feira, e depois que o resultado saísse ele poderia esfregá-lo na cara de todos e se livrar de uma vez daquela menina.

—Era a Kagome-chan. — Rin anunciou voltando à sala — Ela está no apartamento de Sango-chan e disse pra você subir tio Inuyasha, porque vocês precisam terminar o trabalho de literatura, e Miroku-kun já está chegando também.

Ótimo, se Sesshoumaru desse sorte eles passariam o resto do dia fazendo trabalho.

Inuyasha se levantou com um suspiro.

—Eu já tinha esquecido desse trabalho. — afirmou. — Bem, até mais tarde.

Assim que ele saiu Rin pulou para o sofá.

—E então, o que estamos assistindo? — ela perguntou.

Sesshoumaru suspirou recostando-se ao sofá, é claro que nada podia ser perfeito.

Um pouco mais tarde alguém bateu à porta, com certeza aquele idiota do Inuyasha havia voltado para buscar alguma coisa e percebera que havia se esquecido das chaves também, Sesshoumau levantou-se para ir atender à porta.

É claro que Sesshoumaru esqueceu-se de que não importava o quanto a situação fosse ruim, ela sempre podia piorar.

—Olá filho. — a senhora Arina o cumprimento pondo as mãos em seus ombros e lhe dando um beijo em cada bochecha — Desculpe não ter ligado para avisar que viria, mas eu sabia que de qualquer forma você estaria em casa. Afinal sempre está, não é?

Sesshoumaru piscou saindo de seu estado de choque.

—Mamãe. — disse — O que a senhora faz aqui?

—Ora, uma mãe tem o direito de visitar o filho às vezes, não tem? — respondeu dando duas tapinhas em seu ombro e entrando — Mas e então, você já decidiu se vai fazer alguma coisa da vida ou ainda continua com aquela sua bobagem de escrever livros?

Sesshoumaru fechou a porta e recostou-se a ela tocando a testa com os dedos e fechando os olhos.

—É sempre um prazer vê-la também mamãe. — afirmou com uma pontinha de sarcasmo.

Arina subiu dois dos três degraus do pequeno saguão virou-se e emoldurou com as mãos o rosto de seu único filho.

—Ah Sesshoumaru, não me compreenda mal, eu só quero o melhor para v...

—Senhor Sesshoumaru? — Rin chamou, aparecendo sem ser convidada como sempre — Quem é que está aí com o senhor?

Droga, ele havia se esquecido da criança de novo!

Arina virou-se com as mãos nos quadris, parecendo quase ofendida por não ser reconhecida de imediato.

—Eu sou Arina a mãe de Sesshoumaru. — ergueu o queixo — E você quem é menina?

—Eu sou Rin. — a criança respondeu, e devia ter parado por ai, mas não parou. — A filha do Senhor Sesshoumaru.

—Filha dele?! — Arina levou a mão ao peito.

—Sim. — Rin a olhou por um momento — A senhora disse que é a mãe dele?

—Disse.

Rin sorriu com se tivesse acabado de receber um presente de natal, e abriu os braços.

—Vovó! — gritou pulando para abraçá-la.

Com o susto Arina acabou tropeçando e batendo as costas na parede.

—Sesshoumaru, o que significa isso?!

Ela perguntou erguendo as mãos e prensando-se horrorizada contra a parede, olhando para Rin como se ela fosse algum animal raivoso.

—Não se estresse Senhora Arina. — pediu enfadado. — Eu posso explicar.

—Então explique! — ela exigiu afastando Rin de si. — Ela é filha daquela sua namorada desenhista?

—O que? — ele franziu o cenho — Não, claro que não.

Como Arina pudera pensar em algo como aquilo? Para ser filha de Kagura, Rin teria que ter no mínimo metade da idade que tinha atualmente.

—O senhor Sesshoumaru e minha mãe se conheceram quando eram adolescentes.Rin informou largando Arina, como se ela já não tivesse colocado lenha o bastante na fogueira.

—Adolescentes! — Arina exclamou horrorizada — Sesshoumaru eu achava que você tinha mais juízo.

Sesshoumaru girou os olhos, quando foi que a vida dele havia virado aquela completa bagunça? Ah, espere, foi quando aquele pingo de gente caiu de paraquedas em sua vida gritando “Papai”.

—Eu já disse que posso explicar. — reafirmou.

Mas a criatura ainda não tinha terminado:

—E agora que minha mãe morreu é dever dele cuidar de mim.

—Morreu! — Arina olhou furiosa para o filho, como se ele mesmo tivesse matado a mãe da menina. — Sesshoumaru, explique-se!

Por que ela não calava a boca?

—Mas explicar o que se eu já expliquei tudo? — a menina perguntou cruzando os braços e franzindo o cenho.

—Tudo bem, já chega. Você já fez estrago demais por hoje Rin. — afirmou com um suspiro, puxando-a para dentro — Mamãe, por que a senhora não entra?  — convidou — Quer beber um xícara de café?

Infelizmente Sesshoumaru já estava notando certo padrão em sua vida: Ultimamente as mulheres vinham aparecendo nos momentos mais inconvenientes possíveis.


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Notas finais do capítulo

Vocês não sabem como eu corri para postar hoje, fiz a correção muito as pressas mesmo, então me perdoem por qualquer erro, ok?
E segundo... Já faz um tempo, não é?
Nossa desde julho!
Mas meus últimos meses foram uma correria e estresse sem fim, eu estava escrevendo meu TCC O.O
Felizmente já acabou, tirei nota máxima e tudo acabou bem. ^^
Se estou apavorada porque agora não tenho mais escapatória e preciso entrar no mercado de trabalho? Sim, mas vida que segue kkkk (rindo de nervoso aqui).



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