De Repente Papai escrita por Lady Black Swan


Capítulo 47
Pai & Filha


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada por terem me acompanhado durante todos esses anos.
Espero que saboreiem esse capítulo lentamente ♥



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Seshoumaru sentiu a alma abandonando seu corpo, e oscilou para frente e para trás antes de, por fim, afundar o rosto entre as mãos, suspirando alto e longamente sem poder acreditar.

Então era isso?

Era realmente essa a decisão final da corte?

Não era outro de seus sonhos…?

—Sesshoumaru-Sama! — Rin investiu contra ele, abraçando-o e chorando o mais alto que conseguia — Sesshoumaru-Sama! Papai!

O calor do corpinho tremulo dela agarrado ao seu confirmou a Sesshoumaru que aquilo era real e, deitando a cabeça sobre um braço dobrado ele passou o braço livre em volta dela e a puxou para si, abraçando-a de volta, enquanto as palavras de Hibiki ecoavam em sua mente, dando infinitas voltas:

—Eu outorgo a guarda legal total da menor Kimura Rin a Taisho Sesshoumaru e determino que seus avós maternos, o casal Kimura, não poderão se aproximar a menos de cem metros da criança, até segunda ordem.

Isso estava realmente acontecendo, Sesshoumaru acariciou os cabelos de Rin, ninguém mais seria capaz de tentar tomá-la dele, pois ele agora era definitivamente seu pai.

—Olá f…

—CONSEGUIMOS! — Pervertido comemorou de repente no meio da sala — INUYASHA EU NEM ACREDITO QUE VOCÊ NÃO ESTRAGOU TUDO!

—EU DISSE QUE NÃO TINHA ESTRAGADO NADA! — Inuyasha se juntou à comemoração.

—FIQUEM QUIETOS VOCÊS DOIS! — Gata Selvagem reclamou.

Sesshoumaru podia estar, naquele instante, imaginando onde estaria Domadora que não mantinha aquele circo sob controle, ou em cento e uma maneiras diferentes de ele mesmo silenciá-los permanentemente, mas nada daquilo o incomodava agora.

—Só se sentem logo, por favor, pessoal. — ouviu Domadora praticamente implorar.

Em algum lugar alguém — Seria Izayoi? — começou a soluçar.

Enquanto Ito Hibiki, que até então não havia aturado o menor pio em sua corte sem começar a bater o martelo, dessa vez parecia estar esperando pacientemente que os ânimos se acalmassem naturalmente, pelo menos… até que a mãe de Mariko uivasse angustiada:

—Nããããããããão! — a mulher levou as mãos aos cabelos e agarrou-os como se estivesse prestes a arrancá-los — Ela é minha neta! Minha preciosa menina! A última parte de Mariko! Não pode tirá-la de mim!

—Não tem esse direito! — o pai de Mariko juntou-se ao protesto da esposa.

Uma martelada.

—Ordem! — ordenou Ito Hibiki — Tenho tanto esse direito quanto tenho o direito de mandar ambos, o senhor e sua esposa, para irem se acalmar atrás das grades, se não quiserem se acalmar aqui nesse exato instante!

Determinou com outra martelada.

Quase engolindo a própria língua o velho passou o braço em volta dos ombros da esposa e a puxou para que voltasse a se sentar.

—Meritíssima, por favor, poderíamos ter um pequeno recesso para que minha cliente possa se acalmar? — o advogado dos vós de Rin solicitou.

—Negado. — Hibiki os dispensou — Quero terminar isso agora mesmo.

Mas apesar da rispidez, ela esperou por quase sete minutos inteiros até os soluços da mãe de Mariko começarem a diminuir de intensidade e ela, por fim, poder dar continuidade a sua sentença, embora não tenha dado a mínima atenção para Rin que permanecia agarrada a Sesshoumaru como se nunca mais fosse soltá-lo e não fazia a menor menção de voltar para seu lugar:

—Eu deveria lhes impor bem mais do que apenas uma medida provisória de distanciamento preventivo por tempo indefinido, algo como uma multa indenizando por danos psicológicos à pequena Rin-chan, e também, é claro, uma multa à Nobuko Kokoro por danos morais infringidos à imagem de Kimura Keiko cuja beneficiada também seria Rin-chan. — alguém, certamente aquela velha linguaruda, exclamou assustado — No entanto, creio que exigir dinheiro de seus avós só abalaria o psicológico de Rin-chan devido a seus antecedentes. — ela tamborilou com os dedos no relatório do psicólogo infantil — Além de que nenhum processo foi aberto contra Nobuko-san, portanto, não estamos aqui para avaliar a conduta da senhora Nobuko Kokoro, mas tão somente para determinar a guarda definitiva da criança, a qual eu acabei de anunciar, embora eu não pudesse censurar se Taisho Sesshoumaru, como novo guardião de Kimura Rin, quisesse dar entrada em uma queixa formal.

Para ser franco, Sesshoumaru tinha vontade de cortar fora a língua daquela velha venenosa e depois empalhá-la e deixá-la em exposição com um alfinete dentro de um mostruário… mas tinha plena noção de que fazer isso não seria bem aceito na sociedade e tampouco bem visto para um pai recém formado, mas abrir um novo processo seria longo e trabalhoso, então se daria por satisfeito apenas com as páginas de seus livros.

—Meritíssima. — era o advogado dos Kimura falando — A senhora mencionou “medida provisória”?

—Certamente. — Hibiki confirmou — Afinal, segundo os relatórios a mim entregues, a senhora Kimura Naoko afirmou por diversas vezes que “não estava em si” durante parte dos eventos, então estarei ordenando que faça uma avaliação psicológica com um profissional qualificado a ser determinado pela corte. — a mulher ergueu seu martelo com autoridade — Contando a partir da data do dia de hoje, Kimura Naoko deverá comparecer a uma consulta a cada dez dias, o qual, ao final de três meses, irá me fornecer um relatório completo que me servirá como parâmetro para decidir se revogo ou mantenho a sentença de distanciamento preventivo — uma martelada — E tenho certeza, senhor e senhora Kimura, que seu advogado lhes explicará detalhadamente o quão misericordiosa estou sendo, e por isso os aconselhará a não tentarem recorrer de minha decisão. Por fim; Taisho Sesshoumaru fique de pé, por favor. — os ombros de Ito Hibiki se relaxaram — Aproxime-se para que possa assinar os papéis da adoção.

Sesshoumaru tinha tanta vontade de soltar Rin quanto ela de se separar dele, então a carregou consigo até o púlpito da juíza.

Uma caneta lhe foi oferecida, mas ele tinha sua própria caneta tinteiro da sorte.

—Meus parabéns. — ela lhe estendeu a mão para um aperto de mão. — Agora vocês são pai e filha.

O primeiro ato de Rin oficialmente como sua filha foi tentar estrangulá-lo e, naquele instante Sesshoumaru a envolveu em seus braços e jurou a si mesmo não soltá-la nunca mais.

—Muito obrigado. — agradeceu inclinando a cabeça para Ito Hibiki…

… e recebeu um golpe que quase derrubou a ambos no chão.

—Pirralha, você não sabe o inferno que é a vida sem você! — exclamou Inuyasha abraçando Rin…

… e conseqüentemente Sesshoumaru também, que a estava carregando.

—Tio Inuyasha! — Rin gritou contorcendo-se nos braços de Sesshoumaru para conseguir abraçar o idiota intrometido.

Mas antes que pudesse decidir como poderia se desvencilhar daquele emaranhado, sem derrubar Rin ou agredir Inuyasha explicitamente — afinal eles ainda estavam diante da juíza — um segundo par de braços surgiu.

—Eu realmente achei que Inuyasha havia estragado tudo! — Domadora exclamou aos prantos.

E então um novo par de braços.

—Eu sabia que daria tudo certo! — exclamou Izayoi; outra mulher aos prantos.

Desse jeito ele e Rin acabariam esmagados e encharcados ali.

Aos poucos, cada vez mais braços foram surgindo para imobilizá-los, ao ponto que Sesshoumaru sequer conseguia distinguir quem era quem, aquele era Jaken ou Myuga? E ali era Domadora ou Gata Selvagem? Inuyasha ou Pervertido? Naquele ritmo Rin definitivamente seria esmagada…!

—Ótimo, vamos todos tirar uma foto! — anunciou Inutaisho.

Hibiki riu concordando e, do alto de seu púlpito, começou a dar ordens para que todos se organizassem, empurrando inclusive os papéis da adoção nas mãos de Sesshoumaru para a foto.

—Soten, Shiori, venham também! — Rin chamou acenando radiante — Advogado-san! Sra. Mãe da Shiori!

—Eleonor! — a voz de Sesshoumaru se ergueu — Largue esse celular e venha para cá!

… E é óbvio que, no meio de todo aquele tumulto, nenhum dos presentes se deu conta de quando os avós de Rin se retiraram.

—Isso foi realmente surpreendente. — Madame Eleonor comentou enquanto deixavam a sala de audiência. — Quando descobrimos que a juíza era uma de suas ex-namorados eu pensei que definitivamente o resultado seria desfavorável e, com sorte, você acabaria se tornando um escritor alcoólatra falido e fumante.

—Com sorte? — Sesshoumaru ergueu a sobrancelha.

Ela deu de ombros.

—Na pior das hipóteses você acabaria preso por seqüestro ou algo assim.

Rin apertou os braços em volta do pescoço de Sesshoumaru e deitou a cabeça em seu ombro.

—Mas Sesshoumaru-sama nunca me seqüestrou.

—Por isso eu disse “algo assim”.

Sesshoumaru girou os olhos e ajeitou melhor a filha no colo.

—Nem todas as mulheres me odeiam depois que paro de vê-las, Eleonor, algumas entendem meus termos e necessidades desde o principio.

Eleonor colocou a mão em seu ombro com um olhar sério.

—Um devasso até o fim. — afirmou categórica.

—Pense como quiser.

Sesshoumaru não achava que merecia um título desses agora que havia se tornado pai de uma garotinha, mas deixou passar, sentia que naquele dia nada seria capaz de sequer chegar perto de aborrecê-lo.

—Foi muita sorte a sua que a juíza fosse uma das mulheres compreensivas que passaram por sua vida. — Eleonor continuou com o tom irônico — Mas ainda assim você exagerou Sesshoumaru.

Sesshoumaru parou arqueando uma sobrancelha.

—A que se refere?

—Como o que? — Eleonor o olhou surpresa — O que te deu na cabeça para dizer a ela que se fosse preciso iria pegar uma mulher qualquer na rua para se casar?!

—Eu nunca disse que escolheria qualquer uma na rua. — Sesshoumaru a encarou — Que tipo de pai eu seria se de repente levasse uma completa estranha para morar comigo e minha filha?

Eleonor olhou-o desconcertada, piscando e entreabrindo a boca lentamente.

—Mas que tipo de…?

De repente Rin empurrou os ombros de Sesshoumaru, afastando-se dele e colocando-se ereta.

—Papai, me chame assim de novo! — pediu eufórica.

Sesshoumaru olhou-a.

—Como?

—Como me chamou agora há pouco!

—Ah. —  um sutil sorriso surgiu no canto de seus lábios — Olá f…

E então Rin foi tirada de seus braços.

—Vamos Sesshoumaru, pare de monopolizar Rin e nos empreste ela um pouco. — reclamou Domadora, colocando a criança no chão — Sei que está feliz, mas nós também sentimos falta dela e queremos apertá-la.

—Vocês já a apertaram o suficiente. — Sesshoumaru opinou inutilmente.

—Seu pai coruja! — ela zombou-lhe puxando Rin pela mão para longe dele.

Sesshoumaru ficou vendo-as indo se juntar ao resto da turba inconveniente, mas não as deteve.

—Eu achei que seria capaz de tirar uma daquelas fotos de momentos incríveis e únicos que as pessoas só têm uma chance na vida. — Eleonor comentou mexendo no celular.

—A que se refere?

—Ah, você sabe. — ela deu de ombros — O momento exato em que um raio atinge uma árvore, por exemplo, ou que você sorrir, ainda assim foi um bom espetáculo.

—Acha mesmo que eu sorrio com a mesma freqüência que raios atingem árvores?

—Se houvesse uma chance, hoje seria o dia. — ela tirou do bolso um saquinho de amendoins. — Servido?

Sesshoumaru estendeu a mão para aceitar os petiscos.

Agora que o “espetáculo” havia se encerrado, Eleonor não via mais razão para continuar ali, Sesshoumaru chegou a lhe oferecer uma carona para casa, porém ela a recusou categoricamente.

—E se acaso precisar de uma babá. — acrescentou antes de ir — Não se esqueça de chegar às referências dela.

Sesshoumaru deu de ombros.

—Para alguma coisa os parasitas têm que servir.

—Sesshoumaru, talvez você tenha se esquecido das aulas de biologia, mas se eles realmente servissem para alguma coisa, não seriam parasitas. — Eleonor sorriu de lado, pondo a mão em seu ombro — E meus parabéns “papai”.

—Sesshoumaru-Sama. — Rin o chamou, pegando sua mão.

—Diga Rin.

Ela sorriu brilhantemente, mas as palavras que disse a seguir não combinavam em nada com essa expressão:

—Eu já estou indo!

Sesshoumaru a olhou.

—O que foi isso agora há pouco? — quis saber — Que coisa mais sem sentido foi essa que você acaba de dizer?

Rin o olhou confusa.

—Eu só vim avisar que já estou voltando para a casa do senhor e da senhora Masaome. — respondeu cuidadosa.

Sesshoumaru apertou sua mão de volta.

—Por quê? — perguntou seriamente.

—Hum… bem… — Rin hesitou — Eu quero me despedir deles?

—Acene do carro.

—E também quero pegar minhas coisas?

—Eu compro coisas novas.

—Sesshoumaru-Sama! — exclamou rindo, e então puxou sua mão, fazendo Sesshoumaru se apoiar sobre um joelho — É só uma noite, certo? Amanhã de manhã o Senhor e a Senhora Masaome irão me levar, acho que depois da escola seria bom…

—Eu mesmo vou buscá-la. — determinou. — Esqueça a escola, estarei lá às 9h, não, às 7h.

Ela o olhou surpresa, mas então seu rosto abriu-se em um largo sorriso.

—O senhor está usando o medalhão de Mariko! — disse de repente.

—Desde o dia em que o deixou comigo. — confirmou.

 De repente Rin pulou sobre ele, envolvendo seu pescoço com os braços.

—Então eu vou esperá-lo amanhã cedo, e o senhor poderá me devolver o medalhão, certo?

Sesshoumaru espalmou a mão na base de suas costas e apoiou o queixo em seu ombro direito.

—Certo.

Quando ela se foi, Eleonor também já havia desaparecido, e não levou nem meio minuto para que Sesshoumaru se visse cercado.

Uma emboscada?

—Sesshoumaru. — A Sra. Arina colocou uma mão em seu antebraço. — Queremos lhe falar sobre um assunto sério.

No fim, Sesshoumaru não pôde cumprir sua primeira promessa como pai de Rin, e foi obrigado a ligar para avisar-lhe que, ao invés de ir buscá-la de manhã cedo como havia dito, ele a buscaria depois da escola, mas ao invés de parecer chateada ou preocupada com a situação, ela acabou rindo!

E não parecia estar se forçando nenhum pouco.

—Acho que seria meio preocupante se eu já começasse faltando à escola, depois que um dos pontos contra o senhor no tribunal foi justamente minhas faltas! — explicou.

Sesshoumaru levou alguns segundos antes de responder:

—Rin, você esteve falando com meu pai ou uma das minhas mães?

A única resposta de Rin a isso foi voltar a rir, por um lado, Sesshoumaru estava satisfeito que ela parecesse genuinamente feliz, mas por outro… ele era o único incomodado ali?

—Rin, o que fará se a juíza decidir que seus avós não podem voltar a vê-la? — perguntou quando foi buscá-la na escola, depois de ter pegado suas malas no lar provisório.

E parou o carro bem diante do portão, apenas porque quis.

—O psicólogo me disse que está tudo bem se eu estiver triste ou brava com meus avós. — Rin afivelou o cinto de segurança. — Vovó e vovô me magoaram, e… realmente não quero vê-los agora, mas eu sei que eles também estão magoados… eu não os odeio, só talvez seja bom que tenhamos algum tempo, antes de nossos corações sararem.

—Eu adotei uma garotinha de nove anos ou uma mulher anã de quarenta anos? — Sesshoumaru a olhou de canto.

—Pare com isso Sesshoumaru-Sama! — ela riu balançando as pernas.

—E o que fará se a juíza disser que eles podem vê-la? Você disse que não queria.

—Isso ainda vai demorar um pouco, a senhora Juíza disse que a vovó precisava ser avaliada. — Rin pensou um pouco — Mas a senhora Juíza era uma mulher muito inteligente e boa, então tenho certeza que o que ela decidir vai ser bom! — ela sorriu-lhe, estava muito sorridente — Porque agora sou sua filha, então ninguém mais pode me levar!

—Está certo. — concordou com um sorrisinho.

—Hã… Sesshoumaru-sama? — Rin estava olhando pela janela agora. — Esse não é o caminho de casa, para onde estamos indo?

Precisamos de mais tempo Sesshoumaru, mas não tempo demais! Não vá tendo idéias!

—Se dependesse de mim iríamos para a estação e pegaríamos o primeiro trem.

—Hã?

—Domadora salientou que se eu viesse pegá-la sozinho, haveria a possibilidade de seqüestrá-la e sumir em alguma viagem sem avisar a ninguém, mas não seria má idéia. — tamborilou de leve no volante, parando no sinal — Mas então você ficaria insatisfeita porque perderia vários dias de aula e não poderia se despedir de seus avós. — o sinal ficou verde, “apenas invente alguma coisa, seja egoísta como sempre, ela vai acreditar!” — No entanto… eles só vão embora no próximo final de semana, e tenho certeza que não irei me livrar dos parasitas até o dia em que morrer, então não faz mal se eu os fizer esperar e se preocuparem um pouco, a casa está muito cheia e preciso de um tempo.

—Sesshoumaru-Sama! — ela o repreendeu, ou tentou, mas na verdade estava rindo. — Então para onde estamos indo?

—Cinema?

—Cinema! — Rin inclinou-se deitando a cabeça em seu braço — Um tempo apenas comigo e o papai será ótimo!

Chegaram a casa por volta das 20h, todas as luzes estavam apagadas, mas a julgar pelas três dúzias de ligações perdidas, aquilo devia ter sido tempo o suficiente.

—Entre. — ele ficou dois passos para trás — Você ainda tem as chaves?

—Sim! — Rin pulou adiante, pegando a chave do bolso.

Sesshoumaru certificou-se de apoiar-se sobre um joelho bem atrás dela, para garantir que a pegaria caso ela caísse para trás quando abrisse a porta e eles…

—SURPRESA!

Rin de fato caiu para trás, quando viu todos ali: Os parasitas, Inutaisho, Izayoi e a Sra. Arina, Jaken e o velhote Myuga, e até os pirralhinhos irmãos da Gata Selvagem e da Domadora estavam por ali por alguma razão, assim como Kinoshita Keiko e Eleonor — que havia dito claramente que não viria.

—O-o que está acontecendo? — gaguejou com a mão no peito, enquanto Sesshoumaru a recolocava cuidadosamente sobre seus próprios pés.

Inuyasha se agachou diante dela.

—É uma festa de boas vindas! — anunciou — Seja bem vinda à família pirralha!

—Ah! Tio Inuyasha! — ela pulou para abraçá-lo — Eu amo você!

—Com licença. — Domadora pigarreou.

—Amo muito todos vocês! — ela completou soltou-o e esfregando o rosto.

—Ótimo! — exclamou Pervertido estalando os dedos — Então já podemos ir comer?

Gata Selvagem deu uma cotovelada nele.

—Você me mata de vergonha! — reclamou.

Rin achou graça e uniu as mãos nas costas.

—Eu também estou com fome. — concordou — Ah! Mas antes disso, só queria deixar claro: amo todos vocês, mas amo o papai acima de todos!

O grupo a olhou por talvez quinze longos e abismados segundos em completo silêncio, enquanto Sesshoumaru permanecia de pé atrás dela com um olhar de evidente superioridade.

—Bem, já sabemos que a filha será tão insensível quanto o pai.

Eleonor encolheu os ombros e deu as costas a tudo aquilo, sendo seguida pelo resto do grupo que ainda ria um pouco desconcertados.

—Rin. — Sesshoumaru a chamou fechando a porta atrás de si antes que ela pudesse segui-los também.

—Sim? — Rin virou-se.

Ele ajoelhou-se diante dela e prendeu o medalhão em seu pescoço.

—Bem vinda de volta. — e então, encostando as testas de ambos, completou: — Eu também te amo, filha.

FIM.


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Notas finais do capítulo

Eu estava escrevendo esse capítulo quando me dei conta, com um choque, que esse era o fim, assim, depois de cinco anos e meio, essa minha criança tão especial finalmente chegou ao fim de sua jornada, e eu queria agradecer a todos que separaram um parte de seu tempo para lê-la, e também me apoiaram ao longo desse caminho.
Muito obrigada a todos. ♥



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