De Repente Papai escrita por Lady Black Swan


Capítulo 24
Para resumir... Inuyasha é um imbecil.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas, e muito obrigada por voltarem, espero que aproveitem o capítulo! :3



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Alguma coisa havia acontecido entre tio Inuyasha e Kagome-chan... De novo.

Eles pareciam bem até há pouco tempo, mas então, de repente, Kagome-chan simplesmente deixara de vir.

Tudo começara no primeiro dia de aulas do novo ano letivo, Rin, que agora estava no terceiro ano do primário, ficara muito feliz ao saber que estava, mais uma vez, na mesma classe de Soten e Shiori, e o melhor de tudo: Rikka-chan fora colocada numa sala separada, é claro que Rikka-chan nunca mais a incomodara desde que comprovara que Rin era mesmo filha de Sesshoumaru-Sama, mas ainda assim ela ficara aliviada ao saber que não estariam mais na mesma sala... Embora tenha ido até sua sala para lhe entregar a presilha de borboleta que Sesshoumaru-Sama lhe comprara.

—E Rikka-chan realmente ficou muito feliz com o seu presente Sesshoumaru-Sama! —Rin contou alegremente a Sesshoumaru-Sama, depois da escola.

—Hum... Sim.

Sesshoumaru-Sama respondeu mal parecendo ouvi-la enquanto andava e mexia no celular com uma expressão concentrada, talvez fossem assuntos de trabalho.

—Ah! Sesshoumaru-Sama, deixa que eu abro a porta! — Adiantou-se já com a própria chave em mãos quando viu que ele havia colocado a mão livre no bolso a procura das chaves.

Desde que ganhada sua própria chave — e tio Inuyasha misteriosamente perdera a sua, da qual restara apenas o chaveiro — Rin vinha aproveitando-se de todas as chances que conseguia para usá-la.

—Sesshoumaru-Sama, o que o senhor vai querer para o jantar?

—Hoje o jantar será por minha conta, então não se preocupe com isso. — Sesshoumaru-Sama respondeu, guardando o celular de volta no bolso ao passar por ela e entrar.

—Então... Teremos hambúrguer caseiro? — Perguntou incerta.

 Rin só não sabia se Sesshoumaru-Sama gostava de preparar hambúrgueres por eles serem mais práticos ou se era mesmo o prato favorito dele.

Tio Inuyasha, por outro lado, pareceu não ter um dia tão bom assim.

—Bem-vindo tio Inuyasha! — Cumprimentou-o ao vê-lo entrando no quarto.

—Ah, olá Rin. — Ele respondeu desanimado, arrastando os pés até a cama e jogando-se de qualquer jeito ali, com o antebraço sobre os olhos.

Não parecia estar a fim de conversa, mas mesmo assim Rin quis puxar assunto:

—Sabe tio Inuyasha, hoje também foi o meu primeiro dia de aula, eu fiquei muito feliz porque consegui ficar de novo na mesma turma que Soten e Shiori, ah! E Rikka-chan foi colocada numa sala diferente também! Já faz algum tempo que Rikka-chan não é má comigo, mas mesmo assim...

—Rin. — Tio Inuyasha a chamou em tom cansado, e dando o mesmo tipo de suspiro que Mariko sempre dava quando era dispensada de algum serviço. — Eu sei que está animada por ter passado para o segundo ano...

—Terceiro. — Ela o corrigiu.

—Terceiro. E por reencontrar suas amigas, mas... Será que pode me contar sobre tudo isso outro dia? Por favor?

Essa última parte pareceu quase uma súplica.

—Tudo bem. — Concordou, sem ver outra saída.

—Obrigado. — Ele agradeceu com um longo suspiro, virando-se na cama e dando as costas para ela.

Rin remexeu-se inquieta, tio Inuyasha não tinha emprego algum para ser dispensado — porque era um “vagabundo” segundo Sesshoumaru-Sama —, e ainda era cedo demais para já ter recebido notas ruins na escola, então ela não conseguia imaginar um motivo para ele estar daquela forma, mas quando perguntou a Sesshouma-Sama sobre aquilo ele apenas disse que “Inuyasha era apenas um adolescente idiota, então era melhor deixa-lo em paz”, e insatisfeita com essa resposta Rin decidira que perguntaria a Kagome-chan quando ela chegasse.

Só que Kagome-chan não apareceu naquele dia.

E agora já fazia três dias que ela não punha os pés por ali... E nem Sango-chan também, na verdade Miroku-kun era o único que aparecia desde então.

Meio tempo este no qual o humor de tio Inuyasha mudara gradativamente de triste e desanimado para irritadiço e resmungão, mas “isso eram chatices de adolescentes e Rin tinha que deixá-lo em paz”.

—Por que a Kagome-chan não veio mais nos visitar Sesshoumaru-Sama? — Rin perguntou a certa altura — Já faz três dias, e ela vinha todos os dias... São as obrigações com a família novamente, como no ano novo?

Os dois estavam no quarto de Sesshoumaru-Sama, e Sesshoumaru-Sama estava sentado em sua cadeira de vidro — Rin achava que ele precisava de uma mesa, talvez de vidro, para combinar — com o tornozelo apoiado sobre um joelho, enquanto lia um livro viando suas páginas preguiçosamente, mas, ao menos, estava escutando, Rin concluiu quando o viu parar por dois segundos a meio movimento de virar uma página, provavelmente para pensar numa resposta, antes de completar o movimento ao comentar:

—Ano passado, nesta mesma época, a Domadora estava aqui no apartamento esvaziando meus armários, jogando fora tudo o que encontrava neles, alegando que tudo ali já passara da validade há semanas. — Deteve-se por um momento, apertando os lábios por não mais que meio segundo, como se tivesse se lembrado de algo, antes de virar a página e continuar: — Quando ela encontrou uma última barrinha de cereal ela e Gata Selvagem brigaram pela barrinha como se não vissem comida há semanas, no fim decidiram que levaria o “prêmio” aquela que ganhasse numa partida de Twistter. Gata Selvagem ganhou. Foi desde esse dia que passei a chama-la de “Gata Selvagem”.

Rin franziu o cenho.

—E do que chamava a Sango-chan antes?

Sesshoumaru-Sama virou mais uma página, ele estava realmente lendo? Mesmo enquanto falava com ela?

—“A do oitavo andar” — ele respondeu.

De repente Rin percebeu que estavam fugindo do assunto ali e sacudiu a cabeça.

—Mas e quanto à Kagome-chan? — retomou. — Se não é por causa da família por que ela não veio mais aqui?

Mais uma página foi virada.

—Inuyasha é um imbecil.

Rin arregalou os olhos, não por surpresa — Sesshoumaru-Sama sempre chamava tio Inuyasha de “imbecil” e outras coisas do tipo —, mas por curiosidade, sentia que finalmente estava chegando a algum lugar:

—Por quê? — Perguntou — O que aconteceu?

Sesshoumaru-Sama fechou o livro e em fim ergueu os olhos para ela, deixando o cotovelo sobre o braço da cadeira e apoiando o queixo de lado na mão.

—Não sei. — Respondeu por fim — Mas o resumo da história costuma ser sempre esse.

E então, alguns dias depois, passado uma semana que nem Kagome-chan e nem Sango-chan vinham visitá-los, Tio Inuyasha voltou furioso da escola junto com Miroku-kun.

—Aquela Kagome maldita! — ele esbravejou de repente chutando a porta do quarto e entrando.

—O-o que aconteceu? — Rin perguntou assustada arregalando os olhos.

—Não foi nada, Rin-chan, não foi nada, não precisa se preocupar. — Miroku-kun tentou acalmá-la, entrando logo atrás de Tio Inuyasha — Ei Inuyasha quer se acalmar! Também não é pra tanto, e você está assustando a menina!

Tio Inuyasha nem pareceu escutar, ele andava de um lado para o outro do quarto, jogando as mãos no ar e as sacudindo.

—Chocolates de vingança ela disse! Chocolates de vingança! Pode imaginar coisa mais idiota que essa?! — ele virou-se irritado para Miroku-kun, apertando os punhos junto ao corpo e, sem esperar resposta continuou: — E aquele Kouga! Parecia todo feliz em aceitar uma idiotice dessas! Que estúpido!

Rin fez uma careta e, vendo que ninguém lhe diria coisa alguma ali — afinal estava esperando há uma semana e ainda assim nada! — decidiu ir embora dali, fechando a porta ao sair, para procurar as respostas por si mesma.

Ela encontrou Sesshoumaru-Sama já na porta terminando de amarrar os cadarços dos tênis.

—Sesshoumaru-Sama. — chamou — O senhor vai sair?

—Aquele Inuyasha é muito barulhento, late por qualquer coisa, parece até um daqueles cachorrinhos de madame.

Rin hesitou.

—Está... Está indo ao apartamento de Eleonor-Sama?

Sesshoumaru-Sama colocou-se de pé e pegou suas chaves.

—Estou indo tomar um café. — ele olhou-a por cima do ombro — Quer vir comigo?

—Não, tudo bem. — ela balançou a cabeça — Acho que vou subir para ficar com Sango-chan.

—Pode ficar lá para jantar se quiser, acho que esse ataque de pelancas ainda vai demorar um pouco. — Sesshoumaru-Sama concordou, abrindo a porta para que ela saísse antes.

—Certo, obrigada Sesshoumaru-Sama! — ela respondeu saindo feliz.

No corredor fez questão de esperar por Sesshoumaru-Sama para que os dois pegassem o elevador juntos, mas ele preferiu pegar as escadas então ela subiu sozinha até o oitavo andar, onde foi bater na porta de Sango-chan.

—Ah entendi, então ninguém te contou nada ainda Rin-chan. — Sango-chan disse compreensiva lhe servindo alguns bolinhos em seu quarto quando ela lhe explicou a história — Bem, acho que resumindo bem a história podemos simplesmente dizer que Inuyasha é um idiota.

Rin fez uma careta, pegando um dos bolinhos.

—Isso foi o que Sesshoumaru-Sama disse.

—Sesshoumaru sabe o que está acontecendo? — Sango-chan piscou surpresa.

—Não. — Rin balançou a cabeça — Mas ele disse que o resumo da história costuma ser sempre esse.

—Ah! — Sango-chan riu — Sim, acho que ele não está errado, geralmente é isso mesmo!

—Mas... — Rin comeu um pouco de seu bolinho — O que aconteceu?

—Ah isso... Como posso explicar? — ela franziu o cenho. — Bem, você lembra-se do dia branco quando Miroku e Inuyasha deram a mim e a Kagome aqueles braceletes?

Rin notou o bracelete ainda no pulso de Sango-chan.

—Lembro.

—Bem, acontece que Kagome não foi a única a quem Inuyasha deu um bracelete no dia branco.

Rin inclinou a cabeça de lado sem entender.

—E por isso brigaram? — perguntou — Mas Sesshoumaru-Sama também não presenteou somente a mim no Dia Branco, ele também comprou algo para Rikka-chan, e eu não me zanguei com ele por isso.

—Sim, mas... — Sango-chan mordeu o lábio inferior, ainda tentando encontrar uma maneira de explicar o que estava acontecendo para Rin. — Rin, Sesshoumaru é especial para você, não é? Por isso você deu chocolates a ele, e inclusive se esforçou muito para fazê-los, certo?

—Claro! — Rin respondeu sorridente.

—E você ficou feliz quando ele te deu aquela chave?

Rin olhou-a confusa, sem saber por que Sango-chan precisava fazer uma pergunta tão óbvia daquelas.

—Muito.

—Mas por que gostou tanto da chave?

Ainda confusa Rin franziu o cenho.

—Acho... Que é porque isso quer dizer que ele não quer mais se livrar de mim.

—Então quer dizer que Sesshoumaru pensou bem no que te dá, e te presenteou com algo que era especialmente para você. E isso a deixou feliz. Certo? — Rin ainda não tinha entendido bem aonde Sango-chan queria chegar, mas acenou lentamente com a cabeça — Mas ele também deu algo a sua amiguinha, e se ele tivesse dado a mesma coisa a vocês? E se as duas tivessem ganhado broches de borboleta? Então significaria que ele as levou em consideração, é claro, mas ambas são vistas igualmente por ele. E talvez você não se chateasse com isso, mas e se ele tivesse dado chaves para as duas?

Rin arqueou as sobrancelhas com uma expressão surpresa.

—Não é justo! — retrucou — Eu me esforcei muito para ser aceita por Sesshoumaru-Sama! Por que Rikka-chan teria uma chave também?!

Sango-chan deu um pequeno sorriso triste.

—Pois então, com Kagome é a mesma coisa: ela se dedicou e se esforçou muito para dar aqueles chocolates a Inuyasha, e ela é quem é a mais próxima dele também, logo, era de se supor que ela fosse especial, não é? Mas quando Inuyasha deu um bracelete idêntico à outra garota que deu chocolate a ele... Ele praticamente disse com todas as letras que ela é como qualquer outra para ele.

De repente Rin compreendeu.

—Tio Inuyasha é um idiota! — exclamou estupefata.

Então, para resumir os fatos, basicamente Kagome-chan não dera chocolates honmei ao tio Inuyasha, mas também não era para tratá-los como qualquer outro chocolate giri por aí.

—Sim, de fato esse é consenso geral, embora ele mesmo não tenha se dado conta ainda... O que acho que o torna mais idiota ainda! — Sango-chan riu. — Eu também dei chocolates ao meu pai e ao Kohaku, sabia? — contou — E Kohaku também recebeu chocolates de suas amiguinhas na escola, por isso ele comprou uma caixa de bombons e retribuiu a gentileza de cada uma delas com um bombom.

—E você?

—Ah, eu também ganhei um bombom da caixa. — respondeu apoiando o rosto de lado na mão — Mas Kohaku teve o cuidado de separar especialmente para mim o meu sabor favorito. — piscou — O segredo está nos detalhes Rin-chan.

Rin concordou, comendo mais um bolinho.

—Hum... Sango-chan? — chamou — Tio Inuyasha também estava dizendo algo sobre “chocolates da vingança” agora há pouco.

—Ah! Isso! — Sango-chan achou graça — Na verdade Rin-chan, este ano Kagome foi a única que ficou numa sala separada, então por isso ficou bem mais fácil para ela evitar Inuyasha agora que está brava com ele, mas para ela isso não foi o bastante... Então ela decidiu que se ela não era diferente de qualquer outra para ele, então ele também não teria nada de especial para ela, e fez novamente chocolates, exatamente iguais aos que tinha feito para Inuyasha, só que dessa vez os deu para Kouga. — parou por um momento — Rin-chan, Kouga é...

—A pessoa do Maid Café Invertido! Do festival escolar! — Rin interrompeu feliz por lembrar — O garoto com quem Kagome-chan estava comendo nozes no outono passado!

Sango-chan franziu o cenho, como se tentasse se lembrar do que ela estava falando.

—Isso. — ela piscou surpresa um momento depois — Isso mesmo Rin, que boa memória!

—Obrigada. — Rin sorriu satisfeita.

—Bem, então Kagome decidiu dar os chocolates a Kouga hoje, e os deu propositalmente na frente de Inuyasha, ela os chamou de “chocolate da vingança”. — Sango-chan deu uma risadinha — Kagome pode ser tão infantil às vezes... Ela só queria irritar um pouco o Inuyasha.

—E ela conseguiu. — confirmou Rin.

—Ah é? — perguntou Sango-chan, ela tinha chamado Kagome-chan de infantil, mas estava com um sorriso muito satisfeito naquele exato momento — Ele ficou irritado?

—Ficou.

—Quanto?

—Muito mesmo. — a menina inclinou a cabeça de lado — Sesshoumaru-Sama disse que pode demorar até que ele se acalme então que eu poderia ficar aqui para jantar se quisesse.

—Mas é claro, fique o quanto quiser! — Sango-chan respondeu afável, levantando-se — E por falar nisso é melhor eu começar logo, hoje é meu dia de fazer o jantar.

—Sango-chan...! — Rin a chamou antes que ela fosse embora — Hã... Quando Kagome-chan vai voltar?

Sango-chan cruzou os braços, pensando na resposta.

—Eu acho... Que só quando Inuyasha pedir desculpas e os dois fizerem as pazes.

—Acho que isso pode demorar. — Rin mordeu o lábio inferior.

—É talvez um pouco. — Sango-chan concordou — Mas havia algo que você queria dizer à Kagome, Rin-chan? Talvez eu possa passar o seu recado.

Na verdade não havia nada em particular que Rin quisesse mesmo dizer a Kagome-chan, ela apenas queria vê-la, mas então, uma ideia lhe ocorreu:

—Na verdade tem sim! — afirmou com um sorriso brilhante — Tem sim uma coisa que eu gostaria que dissesse à Kagome-chan!

Rin havia tido a ideia no impulso, mas agora não sabia muito bem como faria, primeiro porque não tinha certeza se era realmente capaz de cozinha para todos, e o mais difícil: Ela não sabia se seria capaz de fazer Sesshoumaru-Sama ir também.

E ela gostaria muito que Sesshoumaru-Sama fosse.

—Rin. — Sesshoumaru-Sama a chamou assim que ela entrou no carro quando ele foi buscá-la na escola do dia seguinte — Você está com algum problema?

Sentado no banco do motorista com o braço apoiado na janela aberta e o rosto na mão, enquanto a outra mão repousava sobre o volante ele mal a olhou, mas Rin, no banco do carona, quase pulou de susto.

—E-eu? — gaguejou.

—Sim. — Ele respondeu — Eu não cheguei a ver se você voltou para casa ontem a noite, ou se ficou para dormir na casa da Gata Selvagem...

—Eu voltei! — Rin respondeu.

Porém Sesshumaru-Sama nem pareceu escutá-la:

—Mas hoje pela manhã você estava muito inquieta, os olhos não paravam de mover-se de um lado para o outro e sempre parecia que estava prestes a falar alguma coisa, mas então mudava de ideia. Como quando teve problemas na escola. — ele a olhou de canto — É a escola de novo?

Rin balançou a cabeça.

—Não senhor. — respondeu.

Sesshoumaru-Sama arqueou uma sobrancelha e deu partida no carro.

—Tem alguém a maltratando então? Ou incomodando? — mas Rin seguia balançando a cabeça, e Sesshoumaru-Sama mesmo sem desviar os olhos da estrada perguntou: — O que quer dizer-me então?

Isso não era bom, Rin não estava pronta ainda, ela ainda não sabia o que dizer e nem sequer por onde começar.

Mordeu o lábio inferior.

—Hum... Sesshoumaru-Sama, o senhor já fez hanami? — perguntou hesitante.

Sesshoumaru-Sama tamborilou levemente no volante, fazendo uma curva.

—Hanami? Creio que meus pais me levaram uma vez, mas até então eu era novo demais para ainda conseguir lembrar-me agora. Depois meu pai e Izayoi me levaram mais algumas vezes também, junto com Inuyasha, até eu dizer que preferia ir com meus amigos.

—Então o senhor gosta de Hanami? — perguntou esperançosa.

—Detesto. — Sesshoumaru-Sama deu fim em suas esperanças num piscar de olhos — Eu só disse aquilo para eles me deixarem em paz. Simplesmente não vejo sentido em sair pra comer fora, cercado por todo aquele pólen e crianças correndo, e toda aquela gente, e com flores caindo em toda comida!

Finalizou nitidamente aborrecido.

E Rin baixou a cabeça e manteve-se quieta pelo resto do caminho.

—Rin. — Sesshoumaru-Sama a chamou de pé ao lado de fora segurando a porta para ela, porém inclinando-se sobre o carro de forma a não deixá-la sair e só então a fazendo notar que eles já haviam chegado — Por que me perguntou sobre hanami? É isto que a está incomodando? Você queria fazer um hanami?

—Sim, mas...

Confirmou sem coragem para erguer os olhos, Sesshoumaru-Sama já havia deixado bem claro o quanto odiava aquele tipo de coisa, ela não queria obrigá-lo a ir.

Sesshoumaru-Sama afastou-se para o lado dando um suspiro cansado e finalmente dando a ela espaço para sair do carro.

—E não pode sair com suas amiguinhas?

—Sim, mas eu preferia ir com minha família, era assim que fazíamos quando eu era menor, antes de Mariko começar a trabalhar demais... — E ao perceber o que tinha dito, Rin se apressou a corrigir-se: — Mas Sesshoumaru-Sama não precisa ir por causa de uma coisa dessas! Sério! Eu levarei tio Inuyasha comigo, e Miroku-kun também! Está tudo bem mesmo! Sim! Verdade!

Afinal diferente de com Sesshoumaru-Sama, se era com tio Inuyasha e Miroku-kun, Rin não tinha quaisquer receios em obrigá-los a ir do jeito que fosse.

—E onde você quer fazer isso? — Sesshoumaru-Sama perguntou fechando a porta do carro e tirando o celular do bolso para checar algo nele.

Rin arregalou os olhos.

—O senhor não precisa ir Sesshoumaru-Sama! Está tudo bem! Eu sinto muito por ter dito aquilo! Está tudo bem mesmo se o senhor detesta esse tipo de coisas, sério!

Ela nem sabia por que havia falado daquilo, ter um hanami em família nem sequer era o motivo de porque ela queria fazer o hanami, Rin nem sequer pensava em um “hanami de família” há anos.

—Eu vou. — Sesshoumaru-Sama respondeu guardando o celular de volta no bolso e olhando-a seriamente sem dar qualquer margem a ela de dizer o contrário — Mas tem que ser no dia 17/04. — acrescentou — E bem longe daqui.

Rin piscou.

O que?


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Notas finais do capítulo

Hey! O que acharam do capítulo de hoje?
Concordam com a opinião geral de que Inuyasha é um imbecil? XD
E para quem será que ele deu outro bracelete?

Curiosidades do Japão:

Hanami significa “contemplar as flores”, entre o fim de março e meados de abril e maio (dependendo da região) as flores de cerejeira florescem por todo o país, e os japoneses tem, por tradição, juntar-se organizarem piqueniques para apreciarem o desabrochar das sakuras.



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