In your dreams escrita por JM


Capítulo 6
Capitulo VI - Despair


Notas iniciais do capítulo

Oii oii pessoas!

Eu não sabia se iria conseguir postar esse capitulo hoje, mas fiz um esforcinho e acabou dando certo :)

Obrigaaada as lindas e queridas da Cath Locksley Mills (espero muuuito que este capitulo tenha ficado bom miga!) e da Edilene Queen pelos comentários!
É por causa de vocês que tenho força de vontade pra continuar essa fic, mesmo com um monte de coisa que tenho pra fazer, haha

Enfim, espero que todos os leitores gostem!!

Boa leitura!



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— Daniel? O que está fazendo em casa a essa hora? Achei que estivesse trabalhando querido...- respondeu a morena, tentando da melhor forma que conseguiu desviar da pergunta que o marido havia lhe feito.

O que Daniel iria pensar se soubesse que ela conversava com Robin dentro de sua cabeça? Como ele iria reagir a isso? Da pior forma possivel, ela tinha certeza. Ele iria achar que ela estava ficando maluca, que precisava de tratamentos,  ela acabaria voltando para o inferno branco que era a clínica onde ele trabalhava. Não, Daniel não podia saber de nada, nem sequer desconfiar.

— Acabei voltando para casa porque uma vizinha nossa me ligou, disse que você estava gritando por ajuda. Aconteceu alguma coisa? Você está bem? – respondeu o outro, suas palavras soando falsas  e ensaiadas, bem diferentes da preocupação alarmante que ela sentira emanar das palavras de Robin.

Robin. Ele estava em silencio desde que Daniel entrara no quarto. Será que tinha decidido não interferir ou outra coisa teria chamado sua atenção? Internamente, Regina rezou para que não se trata-se da segunda opção, rogando para que Robin ainda estivesse ali com ela, ajudando-a a enfrentar aquela situação.

Robin? Você ainda está ai? Não sei se consigo lidar com ele sozinha...- falou, desta vez apenas em seus pensamentos, esforçando-se para manter uma pose de naturalidade aos olho de seu marido.

— Estou bem Daniel. E por que uma vizinha nossa ligou pra você? Eu só tive um pesadelo, não foi nada demais. Você pediu que ela me vigiasse Daniel? É assim que está agindo agora? – Regina respondeu, desta vez se dirigindo  seu marido, uma ponta de irritação inflamando sua fala.

Daniel sempre fora muito super protetor em relação a ela, e esse excesso de cuidado so havia piorado quando Regina retornara de seu periodo de tormenta. Mas dai a pedir que a vigiassem? Pedir a uma vizinha que ligasse para ele caso algo diferente ou estranho acontecece, já era um pouco demais. O que ele pensava que ela era? Uma criança que precisa de vigilância constante?

Naquele momento, enquanto essas perguntas rodavam na cabeça da morena e Daniel permanecia em silêncio, como se a estivesse analisando, a voz de Robin invadiu sua mente, fazendo com que internamente ela suspirasse, de certa forma aliviada pela presença dele.

—  Estou aqui milady, fique tranquila, você não está sozinha. Só não falei antes porque achei que você iria preferir lidar com ele sem mais gente falando junto....mas não se preocupe, não vou a lugar algum.— a voz dele soou aos ouvidos dela como se irradiasse calor, espantando um pouco da atmosfera gélida que a envolvera desde que a conversa com seu marido se iniciara.

Obrigada!— ela respondeu, voltando sua atenção para Daniel, que ainda permanecia em silencio.

— Olha Regina...não foi para te vigiar que pedi que nossa vizinha me ligasse, foi apenas para protege-la. Você ainda está se recuperando e eu não posso estar aqui todo o tempo caso você tenha uma recaida, entende? – a falsa preocupação de Daniel só fez irritar mais a morena, que se perguntou como não havia percebido que ele falava apenas palavras vazias, sem nenhum sentimento real...

— Daniel, só por que você acha que eu tenho uma mente fraca e que preciso de cuidados constantes, não significa que eu seja realmente assim, sabia? Eu estou ótima, e não sou um bibelô que você guarda em uma estante de vidro, está me entendendo? Eu estou bem, pode voltar pro hospital. – sem saber exatamente porque, Regina simplesmente explodiu.

Não aguentava mais todos aqueles cuidados. Não suportava ser tratada como uma pessoa doente, quando na verdade estava perfeitamente bem de saude. Queria alguém que cuidasse dela, que a olhasse exatamente como ela é, com todas as suas qualidades e seus muitos defeitos, e não que visse nela mais um de seus pacientes.

Ela se virou para porta, pronta pra sair correndo daquele quarto sufocante, mas Daniel colocou o corpo na frente da maçaneta, bloqueando sua passagem.

— Não Regina, você claramente não está bem. Olha só o estado alterado que você ficou por conta de uma simples pergunta que eu lhe fiz. Você precisa se acalmar querida, precisa descansar e esquecer todas as coisas que me disse....você só está nervosa.

— Já disse que estou bem Daniel. Não preciso descansar coisa nenhuma. Tudo que preciso é de ar. Anda, sai da frente da porta, estou ficando sufocada. – respondeu a morena, que se sentia presa em uma jaula extremamente apertada. Estava ficando sem ar, e a presença opressiva de seu marido ajudava em nada. Precisava desesperadamente sair daquele quarto.

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Robin sentia o desespero subindo pela voz de Regina. O nervosismo se misturando com a irritação que ela estava sentindo por Daniel. Parecia que ela iria desabar a qualquer momento, de tanta necessidade que ela demonstrava de sair do quarto no qual se encontrava.

Tudo que o loiro mais queria era poder estar com ela, pegar em sua mão e tira-la de lá. Queria desesperadamente poder ajuda-la, mas tudo que lhe restava eram as palavras. Teria que utiliza-las para tentar acalmar Regina, para que ela não demonstrasse desequilibrio ou nervosismo na frente de Daniel. Ela tinha que se mostrar forte, era a forma mais rapida de sair dali.

Milady, me escute. Fique calma está bem? Respire fundo e mantenha seu tom de voz controlado. Você tem que mostrar que está bem, que tem plena capacidade de se cuidar sozinha, entendeu? Tente ser fria, agir com cautela. Eu confio em você, tenho certeza que consegue. — falou, tentando manter um tom de voz neutro, que não demonstrasse o quão nervoso ele próprio estava com a discussão que se formava.

A verdade era que desde o primeiro momento e que pusera os olhos em Daniel, não gostara dele. O homem tinha um ar frio e distante, parecia analisar as pessoas toda vez que olhava para alguém, procurando algum defeito, alguma fraqueza.

A vontade real do loiro era ir até Regina e tira-la daquele lugar, mas haviam varios motivos que o faziam continuar exatamente onde estava, o principal deles sendo a distancia que os separava. Mesmo que saisse de casa naquele momento, demoraria varias horas para que enfim chegasse a cidade de Regina, o que acabaria por não ajuda-la em nada.

Está bem Robin, vou tentar ficar mais calma. Mas está dificil. Simplesmente não aguento mais isso sabe? Ele me trata como um valioso objeto, não como uma pessoa de verdade...

Eu sei que está complicado milady. Mas tenta ficar mais calma, transparecer tranquilidade, está bem? É a sua melhor chance de sair dai mais rápido e sem remédios. — respondeu o loiro, mesmo que estas não fossem exatamente as palavras que gostaria de estar dirigindo a ela. Queria dizer que estava a caminho, que iria tira-la de lá...mas sabia que esta era uma possibilidade irreal, e que não ajudaria em nada naquele momento.

Eu vou me esforçar, prometo.— foi a resposta que veio de Regina, em um fio de voz.

—----

A promessa que acabara de fazer a Robin permaneceu em sua mente enquanto Regina voltava a atenção para a conversa com Daniel, que aquela altura já passara de uma simples conversa e estava caminhando rapidamente para uma discussão.

— Não. Você não está. É quer saber do que mais Regina? Não sei porque você reclama tanto da forma como eu te trato. Outra pessoa, a esta altura, já teria desistido de você a muito tempo. Uma mulher fraca, dependente, cheia de montros...que não passa da sombra do que foi um dia...acredite em mim, você tem muita sorte de eu ainda estar aqui.

— Como você pode? Como tem coragem de jogar na minha cara o quanto você é bom por ainda estar comigo? Se quiser, pode ir embora Daniel. A muito tempo que nossa relação deixou de ser um casamento de verdade. Talvez nunca tenha sido. – as palavras de Daniel a tinham magoado, ferido, e ela sentiu que iria desabar a qualquer minuto.

Mais do que tudo, queria sair daquele lugar. Queria correr para longe de Daniel, para longe daquela prisão no qual sua vida se tornara. Tudo que queria era fugir, desaparecer para nunca mais voltar.

Ainda assim, contrariando todos os seus mais gritantes e desesperados desejos, a morena se obrigou a respirar fundo e ficar calma, lembrando-se das palavras de Robin. Ela tinha que se mostrar calma, até que conseguisse se livrar de Daniel, até que conseguisse sair dali. Ai sim, ela poderia desabar, sem ninguém que a julgasse por perto.

— Estou simplesmente dizendo a verdade. Você é uma pessoa marcada Regina, e duvido que alguém além de mim iria querer ficar com você. Agora por que não tenta se acalmar e dormir um pouco? Tenho certeza que depois de descansar e tomar um comprimido você vai se sentir muito melhor, tanto que nem vai se lembrar de nossa pequena discussão. O que acha? – a voz de Daniel soou aos ouvidos da morena mais gélida do que nunca, fazendo com que seu coração batesse descompassado, o medo influindo por suas veias.

Naquele momento, Daniel se afastou da porta, caminhando em direção a Regina de forma cautelosa, um passo de cada vez, como um tratador de circo que caminha em direção a uma fera em treinamento.

— Já disse que não preciso descansar, e nem de remédio nenhum. Me deixa em paz. Volte lá para os seus pacientes, aposto que lá tem um monte que você pode colocar para dormir e “descansar” quando tem vontade. – falou a morena, seguindo a promessa que havia feito a Robin e tentando ao máximo manter um tom de voz neutro, sem se alterar.

Aquelas palavras, Regina se desviou do marido e caminhou até a porta, abrindo-a e saindo para o corredor, finalmente sentindo que podia respirar livremente de novo. Antes que desse mais do que três passos para fora do quarto, no entanto, Daniel cobriu a distancia que os separava e a pegou pelo braço com muita força, forçando-a a se virar para encara-lo.

— Onde você pensa que vai? – o tom de voz controlado havi sumido, substituido pela raiva.

Quando encarou os olhos do marido, tudo que encontrou ali foi o desprezo e a raiva, e isso a assustou. Onde estava o homem carinhoso e preocupado com quem ela havia se casado? Onde estava aquela pessoa que prometera ama-la e respita-la? Será que ele tinha desaparecido dentro daquele édico frio ou nunca tinha existido, e fora tudo uma criação de sua mente desesperada por um pouco de afeto?

— Daniel, me solte!Você está me machucando. Anda, me larga! – as palavras sairam baixas, infladas pelo medo e pela raiva que a morena estava sentindo.

—-----

Aquela cena fez com que o coração de Robin se apertasse, desesperado e com medo do que poderia acontecer a Regina. Será que Daniel seria capaz de fazer algum mal a ela? Se isso acontecesse, ele se deu conta, nada mais importaria. Nenhuma distância seria relevante.

Se algo de ruim acontecece a ela, teve certeza de que não haveria mais nada que o seguraria em Nova York. Naquele momento, o loiro teve certeza de que sairia de sua casa e voaria para o Kansas. Iria procurar em todas as casas da cidade de Regina, até conseguir encontra-la e tira-la de perto de Daniel.

Robin sabia muito bem que aquele era um pensamento maluco, afinal, não conhecia Regina a muito tempo, e não sabia nada sobre aqueles tais monstros dos quais o marido dela falara, mas tinha certeza de uma coisa: sentia algo muito forte por ela, do qual não havia se dado conta até aquele momento, ao ve-la em perigo. Ao ver aquela cena, e pensar em tudo de ruim que poderia acontecer a ela, percebeu que faria de tudo para protegê-la, que não iria suportar se a visse sofrer ou se machucar. D repente, como se uma lamparina se acendesse em sua mente, se deu conta de que não aguentaria perde-la.

Regina, me escute. Não acredite nas palavras dele, você não é fraca, não é nada disso. Você é especial, não deixe que as palavras de Daniel te afetem. – começou, tentando transmitir algum conforto e alguma força através de suas palavras. – Saia dai milady, eu sei que você consegue. Simplesmente se vire e vá embora.

Eu estou tentando Robin, mas não consigo me soltar, ele está segurando meu braço com muita força. – a resposta dela chegou aos ouvidos dele com uma nota de aflição, o que só serviu para o nó em seu coração se apertasse ainda mais.

Você consegue. Tente desestabiliza-lo, fazer com   que ele perca a concentração, ai ela vai afrouxar o aperto e você vai conseguir se soltar.— respondeu o loiro, tentando passar a ela algo que pudesse ajuda-la a se livrar do marido.

—-----

Regina estava prestes a testar as palavras de Robin quando um toque de celular foi ouvido, vindo do bolso de Daniel. Rapidamente, seu marido a largou, como quem tira as mãos de algo desagradavel no qual encostou por acidente, e pegou o telefone, se afastando de Regina para atende-lo.

Quando viu seu marido se afastar, a morena sentiu como se um grande peso estivesse sendo retirado de seus ombros, sentiu que podia respirar novamente. Soltou o ar em um gesto de alivio e passou a mão no local onde Daniel a segurara, sentindo o local dolorido.

Consegui. Ele me soltou. Mas por causa do telefone. Nem mesmo durante uma briga eu consigo chmar mais a atenção dele do que seus preciosos pacientes....- Regina falou apenas para Robin, sua voz misturando alivio e amargura ao mesmo tempo.

Por mais que estivesse feliz e aliviada por ter se livrado de Daniel, de uma certa maneira sentia-se triste também. Era muito duro lembrar das palavras crueis que ele lhe dirigira, jogando sua dor aos quatro ventos. Era horrivel perceber como ela não passava de um trofeu bonito porém sem valor, aos olhos de Daniel.

Naquele momento, sentiu-se mais sozinha do que nunca, e desejou ardentemente que tivesse alguém com quem pudesse realmente contar. Alguém que olhasse por ela e a confortasse, e não que jogasse seu passado em sua cara, a condenando sem julgamento ou defesa. A voz de Robin voltou a soar em sua mente, calma e constante, fazendo seu coração se aquecer, ao menos um pouco.

Ótimo. Agora se concentre em sair dai antes que ele retorne e continue a discussão. Não se preocue com ele Regina, não sabe a sorte que tem em ter você por perto. — a voz dele soou tranquila e carinhosa, fazendo com que a morena sentisse que seus temores eram, de uma certa forma, infundados. No fim das contas, ela não estava realmente sozinha.

Antes que a morena conseguisse fazer qualquer movimento para se afastar do marido, este desligou o telefone e voltou para perto dela, seu rosto demonstrando uma falsa expressão de brandura, enquanto seus olhos faiscavam de raiva.

— Tenho que voltar ao trabalho. Terminamos de conversar outra hora. Tente se acalmar e rever seus conceitos está bem? – ele chegou ainda mais perto, parecendo que ia lhe dar um beijo de despedida, mas Regina se afastou com um gesto brusco e involuntário. Sem outras palavras, Daniel lhe deu as costas e saiu pela porta, deixando-a sozinha.

—-----

Assim que ouviu os passos de Daniel se afastando em direção a porta, Robin soltou o ar que não percebera que estivera prendendo durante aqueles minutos, respirando aliviado. Aquela fora uma discussão horrível, mas ao menos Regina teria algum tempo para descansar, se recuperar de tudo que havia acontecido naquelas poucas horas.

Regina, você está bem?— perguntou, preocupado com o silencio de sua interlocutora, que começava a se prolongar.

Eu....eu não sei. Acho que sim.— a voz da mulher chegou entrecortada aos ouvidos do loiro, como se ela estivesse prestes a chorar e tentava a todo custo segurar as lágrimas.

Regina, se abra comigo. Pode me contar. O que está se passando em sua mente? O que te abalou tanto? Tenho certeza que não foi apenas essa atitude agressiva e repugnante do seu marido que te deixou desse jeito...— continuou o loiro, não conseguindo ocultar a preocupação em sua voz.

Os segundos se arrastaram, sem que uma resposta viesse. O que será que a abalara daquela forma? A ponto de deixa-la em silencio por tanto tempo? As perguntas giravam e giravam na cabeça de Robin, que tentava entender o significado por trás daquele silencio sepulcral, mas sem conseguir chegar a nenhuma resposta realmente satisfatória.

—---

Se Robin não sabia como agir ou o que fazer, sua indecisão não chegava nem perto da ebulição confusa que virara a cabeça de Regina. Por um lado, a vontade da morena era a de despejar tudo que estava sentindo, contar tudo, dividir o peso da culpa que carregava nos ombros.

Por outro lado, o medo a impedia de começar a falar. Qual seria a reação de Robin se ela lhe contasse tudo? E se ele acabasse como Daniel, vendo-a como uma pessoa fraca e quebrada, cheia de marcas? Ela já estava acostumada a lidar com a frieza e a indiferença de seu marido, mas não sabia se conseguiria lidar com isso se viesse de Robin.

Será que ele mudaria com ela? A julgaria pelas escolhas que fez? Ou seria o contrario de tudo que ela estava pensando, e ele ficaria ao seu lado? Estas eram perguntas demais, questionamentos que a impediam de voltar a falar, por medo de que ao começar simplesmente despejasse tudo que a tanto tempo guardava apenas para si mesma...

Enquanto a morena continuava perdida em seus pensamentos, mergulhada em seus medos, e ainda se recuperando de tudo que acontecera nos últimos minutos, a voz de Robin voltou a ressoar em uma mente, em um tom extremamente gentil e delicado.

Olha milady, se não quiser conversar sobre isso eu vou entender. Mas quero que você tenha certeza que pode confiar em mim está bem? Não haverá julgamentos ou acusações de minha parte, pode ter certeza disso. Só quero que você fique a vontade, se precisar falar, se abrir, estou a disposição. Apenas....confie em mim.

As palavras dele tocaram o coração dela, que não pode deixar de abrir um fraco sorriso ao se dar conta de que seus temores eram infundados. Robin não era como Daniel, ele não iria condena-la por suas escolhas. Com certeza ficaria do lado dela, faria de tudo para entendê-la.

Ainda assim, aquela havia sido uma manhã cheia de emoções, e ela não sabia se estava pronta para desenterrar mais uma avalanche de sentimentos e emoções que eram aquelas dolorosas lembranças. Sentia que precisava se acalmar, precisava distrair sua mente, retirar seu coração do turbilhão em que ele se encontrava.

Eu confio Robin, confio muito. Só estou me sentindo cansada, muito cansada. Acho que este não é o melhor momento para conversarmos sobre assuntos delicados entende? Acho que tudo que estou precisando no momento é de um pouco de paz e distração...

—----

Entendo....não tem problema, acho que nós dois já passamos por emoções demais por hoje, não é?— respondeu o loiro, tentando ao máximo deixar sua interlocutora à vontade, tranquila.

Ele sabia muito bom que aquela manhã estava longe de ter sido tranquila, e que Regina ainda tinha muitos monstros internos contra os quais lutar, assim como ele também tinha. Mas talvez, só por aquele momento, eles precisassem esquecer tudo, deixar tudo para trás, tirar um dia de folga do mundo todo.

Sim. Estou tão exausta...não sei como aguento tudo isso. Parece que carrego o mundo todo nas costas sabe? Às vezes eu queria simplesmente desaparecer, sumir, nem que fosse por algumas horas. – a voz de Regina soou ligeiramente exasperada, denunciando a situação sufocante na qual ela se encontrava.

Tive uma ideia milady. E se nós sumíssemos do mundo, mesmo que apenas algumas horas?

E para onde a gente iria?— a voz de Regina pareceu um pouco mais animada com a possibilidade que ele levantara, como se ela vislumbrasse uma chance de fuga de seus monstros.

Conheço um lugar que acho que a senhorita vai gostar de ver. Só preciso que saia de sua casa. Se ficar ai, não vai adiantar nada ver o lugar onde eu vou estar, por que você não vai mudar de ambiente. E então, vamos?— respondeu o loiro, feliz por ter conseguido fazer com que sua amiga saísse do estado de letargia e tristeza no qual ela se encontrava.

Vamos.


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Notas finais do capítulo

E ai??
Gostaram??
Por favor, deixem um oizinho pra essa humilde autora, hahaha

Beijooos



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