We Don't Fight Fair escrita por Srta Slytherin


Capítulo 5
Capítulo 5, O Lugar dos Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Esse é o 5° capítulo gente! que surpresa saber que tem gente gostando!!! Deixem opiniões no final!



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Agressivo, essa era com toda a certeza a palavra que eu usaria para descrever meu pai nos dias que se passaram.

            Ele não olhava para a cara de Leo, gritava comigo todos os dias, queria que Max ficasse sobre vigilância 24 horas por dia, estraçalhava os mortos pelo caminho, todos eles, não economizava energias. Estávamos a poucas horas do litoral, já perto da base, Tom disse que teríamos que passar por uma área de segurança, se tudo estivesse certo, a cerca ainda estaria funcionando, Tom nos garantiu que sabia a senha para finalmente entrar e ficar em um local seguro.

            - Vai ser perfeito, poderemos encontrar pessoas, começar plantações, ficar lá por um tempo até sermos resgatados e essa coisa toda acabar, alguém deve estar a procura de uma cura, impossível ninguém ter pensado nisso ainda. – Tom comentou otimista enquanto conversávamos.

            - Realmente acha que alguém virá por nós? – Leo perguntou.

            - Sim, acho sim, acredito nisso, isso tudo é só um pesadelo, pesadelos acabam.

            - Uma cura? – Jessie se interessou – Acha que podemos salvar essas pessoas? – perguntou esperançosa.

            - Bom, talvez uma cura para não ficarmos como eles querida, não tenho certeza se eles podem ser salvos, e se puderem, morreriam rápido, a maioria pelo menos, estão sem partes do corpo, órgãos de fora, condições péssimas. – respondeu Tom com gentileza e delicadamente.

            - Ah, entendo – Jessie fez uma cara de decepção e ficou quieta por um tempo.

            - Essas coisas não são pessoas – Brendan falou – Não podem ser, comem gente, estão mortos, você atira e não caem, as pessoas que supostamente elas foram morreram, isso que está nelas é algum tipo de infecção, a pessoa morre antes de virar uma dessas coisas.

— São pessoas sim, corpos de pessoas, mas ainda assim pessoas, a mente delas pode não ser mais de uma pessoa mas seus corpos são, então são pessoas. – questionei.

            - Monstros, é o que eles são. Fim de papo – Brendan encerrou.

            Dei de ombros.                               

            - Ei pessoinhas, vejo com meus olhinhos uma cerca enorme -  Adam falou dirigindo.

            Todos olhamos para a janela, como um bando de crianças durante uma excursão.

            Cercas eram vistas, altas, seguras, existiam torres de seguranças, no fundo, depois de mais algumas cercas e alguns caminhos entre torres, era visto uma base, a bandeira dos Estados Unidos era vista balançando, nenhum mordedor a vista.

            - Bom crianças, bem vindos ao lar – Tom sorriu enquanto dizia assim que paramos na frente do portão.

            Meu pai era o único sem dar um sorriso, até Luke festejava.

            Além de não ter nenhum sinal de mortos vivos nenhuma alma humana era vista, nenhuma pessoa de verdade.

            Tom digitou uma senha no portão, o mesmo se abriu.

            E entramos.

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%

            Tudo na base estava impecável, conseguiríamos ficar lá por muito tempo mesmo, era perfeito, absolutamente perfeito, um grande estoque de comida, quartos separados, colchoes confortáveis, agua quente que vinha direto da praia e era magicamente filtrada e, uma das coisas mais importantes, um estoque de armas. Tinha arcos modificados, Crossbolts, Rifles, Munição, Pistolas, Metralhadoras. Perfeito.

            Com o tempo dividimos as tarefas de quem ia fazer o que, Jes era quem mais cuidava de Max, além disso ela também estava boa treinando tiro, tentávamos não gastar muita munição nos treinos mas o estoque era imenso, essa não era nossa maior preocupação. Meu pai continuava quieto na dele, era quem mais vigiava as cercas, obvio que os mordedores seriam atraídos para lá, meu pai os matava pelas cercas com facadas na cabeça e coisas do tipo. Adam e Tom nos ensinavam a atirar, Tom também ensinava Jessie e Leo sobre cuidados médicos. Leo ainda tinha medo de entrar nos combates direito, Brendan parecia se sentir mais a vontade conosco, sorrindo um pouco mais. Max se adaptava, ele e Luke eram inseparáveis. Eu me virava, estava realmente boa com as pistolas e revolveres, armas grandes que eram o problema, eu era um pouco pequena e não tinha muita massa corpórea, elas eram muito pesadas para mim, algum dia eu pegaria o jeito.

            Dividimos as tarefas em partes simples, meu pai ficaria na cerca junto de Leo, vigiando, vendo se a ajuda vem, vendo se alguém precisa de ajuda. Jes ficava com Brendan, eu ficava com Adam, acabamos nos tornando bons amigos, ele se dava bem com Max e estava o ensinando afazer algumas armadilhas, Tom preferia ser pacifico e ficava cuidando dele, estava vendo o que poderíamos fazer com a terra que tínhamos.

            Nos tempos que eu não estava cuidando de Max, aprendendo a usar as armas ou de vigia, gostava de passear por ai, a cerca era bem grande, espaçosa, eu sentia o cheiro do mar, tinha uma vontade louca e ir para lá, quando achei a parte da cerca que estava virada para o oceano me assustei, muitos mortos saiam da água e paravam na cerca, todos os dias tínhamos que mata-los para não atraírem mais. O mar estava infestado também, eles não morriam afogados.

            Passamos três semanas lá sem nenhuma surpresa, começando a pensar na plantação, explorando tudo, meu pai nunca tinha superado minha mãe.

            As coisas entre nós estavam bem, nenhuma briga, Jessie parecia cada vez mais próxima de Leo, isso era meio estranho já que sempre imaginei ela com Brendan, que a propósito não se falava mais com meu pai mas pararam de discutir, eu e Adam viramos bons amigos, meu pai não gostava disso, Tom era como o protetor de todos, o mais velho e sábio, era gentil, se dava muito bem com Jes e as vezes era o único que fazia meu pai ouvir a voz da razão, por mais que doesse admitir isso.


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Notas finais do capítulo

Até semana que vem!



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