Segundos do Coração escrita por Débora Ribeiro


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, hoje postei dois capítulo por serem menores.
Espero que gostem e façam boa leitura.
Beijos.



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Capítulo 8 - Apollo

— Ai está o meu homem! – Tio Thomas diz assim que me vê, eu aperto sua mão antes de abraça-lo.

— Como está, tio? – Pergunto.

— Bem, parceiro. Está sendo uma boa temporada fria lá fora. – Responde com um enorme sorriso.

Tio Thomas se parecia muito com meu pai, e eu e meus irmãos nos parecemos muito com eles, o que nos tornava tudo farinha do mesmo saco.

— Aonde ela está? – Grita meu pai da cozinha.

Abro minha boca para responder quando a ouço descer na escada

— Estou aqui.

Não seguro um sorriso quando a vejo, lembrando que alguns minutos atrás eu tinha minha boca na dela.

Freyre era sem dúvidas a pessoa mais espetacular com quem já estive, e sem dúvidas eu teria que me segurar dali em diante já que ela estava há poucos passos de mim.

— Limpe a baba. – Sussurra Brian atrás de mim.

Eu rosno para ele, que ri.

— Thomas, está é Freyre, filha de Matthew. – Meu pai chega na sala fazendo a apresentação.

Não perco o olhar surpreso do meu tio quando Freyre para em sua frente, ele a olhava como se ela fosse um fantasma.

— Prazer em conhece-la querida, sinto muito pela sua perda. – Freyre acena e agradece aceitando o aperto de mão do meu tio. – Você se parece muito com sua mãe.

— Temo que tenha que discordar, Freyre é uma cópia do pai. – Diz meu pai entrando na conversa.

Olho de um para o outro, que sem dúvidas debatiam algo silenciosamente enquanto se encaravam.

— Você também conhecia meus pais? – Pergunta Freyre chegando mais perto de mim.

— Sim, nós estudamos todos juntos. – Responde Thomas. – Mas venham, vamos conversar.

Papai pede licença e volta para cozinha enquanto eu, meus irmãos e Freyre seguimos para a sala de estar junto ao meu tio.

O dia seguiu com o almoço, colocamos o papo em dia e depois jogamos cartas, e todos estávamos impressionados com a surra que Freyre tinha dado em nós na ‘’caixeta’’.

Eu nunca ficado tão fascinado com uma garota antes como estava por ela, a cada vez que ela sorria eu me fazia lembrar do nosso beijo me fazendo querer mais, muito mais.

Tio Thomas entrou na sala novamente com meu pai ao seu lado, não tinha perdido os olhares estranho que ele lançava a Freyre, tentei não me incomodar com aquilo.

— Acho que é hora do adeus. – Ele suspira pesarosamente.

— Mas já, tio? Pensei que ficaria por mais alguns dias! – Exclama Corbin, chateado.

— Bem que eu queria poder fica, mas tenho negócios para cuidar, vim por dois apenas para assinar alguns papeis. – Tio Thomas dá mais um daqueles olhares a Freyre que estava distraída olhando para a televisão antes de se voltar para nós novamente. – Nos vemos no final do ano.

— Certo. – Resmunga Corbin.

— Estaremos te esperando. – Diz Brian.

Nós abraçamos meu tio e nos despedimos por alguns minutos, Freyre apertou sua mão novamente e ele disse que estava feliz em finalmente conhece-la e que em breve a veria novamente, aquela merda era estranha e percebi que Brian também olhava desconfiado para nosso tio.

Depois que ele partiu limpamos a cozinha, e pela primeira em dias não discutimos para tirar na sorte quem faria aquilo.

Aproveitei quando meu pai foi para seu pequeno escritório, aonde ele passava muito tempo trabalhando e escrevendo, e quase chutei Brian e Corbin para fora da cozinha para ficar a sós com Freyre novamente.

Com passos lentos passo um braço em torno de sua cintura e a puxo para mim, ela se assusta e enche meu rosto de espuma das louças que lavava.

— Não faça mais isso! – Ela exclama com raiva. – Se eu tivesse uma faca em minhas mãos teria te matado, idiota!

Rio baixo e beijo seu pescoço, ela tinha um cheiro tão bom que me fazia querer ficar agarrado a ela.

— Pare com isso, Apollo. – Freyre pede com a voz mais como um gemido. – Se quiser que eu vá na festa com vocês é melhor me deixar terminar.

— Mmmm – Respondi a virando para mim.

Seus olhos castanhos me encararam intensamente.

— Seus irmãos podem entrar aqui a qualquer momento. – Ela sussurra.

— Não me importo. – Murmuro beijando sua boca brevemente, antes que eu me afastasse ela morde meu lábio me mantendo no lugar.

Abro mais seus lábios com minha língua e ela aceitou de bom grado, não nos beijamos com suavidade como antes, nosso beijo é feroz e faminto, cheio de mordidas e línguas. Eu tinha certeza que ela podia sentir a rigidez do meu pau contra seu vestido.

Freyre se afasta e me olha.

— Não podemos fazer isso aqui. – Diz frustrada, dava para sua luta interna igual à que eu estava tendo a dias. – Seu pai não aprovaria.

— Tem razão. – Concordo acariciando sua bochecha. – Vamos tomar cuidado.

Um riso baixo e descrente deixa seus lábios, ela pega um pano e me joga.

— Vamos terminar isso, se vou a uma festa tenho que me arrumar. – Fala.

Meu sorriso não deixou meus lábios em momento nenhum, ela começa a me contar histórias da sua escola e eu gargalhava alto com ela, depois me fez prometer que a levaria para o círculo novamente.

Fico contra o balcão depois que terminamos apenas vendo-a subir apressadamente pela escada em direção ao seu quarto.

— Ela fez uma enorme diferença aqui, não é mesmo? – Brian diz entrando na cozinha e ficando ao meu lado. – Vai fazer falta quando ela voltar para sua casa.

Engulo em seco e concordo acenando, não tinha passado pela minha cabeça ainda que logo ela iria embora em breve, mas Brian certamente fazia questão de me lembrar isso.

— Sei que deveria guardar minha opinião, mas é melhor ir com calma, bro. – Brian aconselha. – Nunca vi você caidinho assim por alguma mina, melhor puxar o freio dessa carroça para não acabar se machucando.

— Carroça não tem freio. – Falo sem olhar para ele.

— Você me entendeu! – Ele diz irritado.

— É, você tem razão. – Concordo e começo a sair da cozinha. – Melhor guardar sua opinião para si mesmo.

Pude ouvir Brian xingar antes de subir para meu quarto. Meu irmão me conhecia bem o suficiente para saber que não daria o braço a torcer.

Mesmo que ele estivesse certo sobre o assunto.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem.



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