Start a Riot escrita por Queen Jeller


Capítulo 14
Lucky


Notas iniciais do capítulo

Eu acho que o nome do capítulo dias muito sobre ele. Esses dois são tão sortudos por terem um ao outro. Espero que gostem!



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A luz do sol invadiu o quarto dentre as cortinas brancas alcançando a ponta da minha cama. A ponta no qual eu estava deitado. Pouca luz era o suficiente para me fazer acordar, embora essa noite eu tenho dormido super bem. Abri meus olhos para encontrar uma visão celestial. Jane dormindo sob meu peito.

Sua respiração era calma, seguindo o ritmo da minha conforme meu peitoral subia e descia. Estávamos apenas com lençóis brancos sob nós. Ela dormia tão pacificamente, e observá-la assim fazia eu me sentir um sortudo. Um sortudo por poder contemplá-la daquele modo, por poder ser o local onde ela se sentia confortável para dormir tão bem. Alisei seu rosto, contemplando as linhas que tinha desenhado ali e cada pedaço dela. Eu amava tanto cada um daqueles pedaços dela. Sentia uma ternura no peito que nunca havia sentido antes, uma sensação de finalmente estar completo e feliz como nunca imaginei que fosse sentir, e sabia que era ela quem me fazia sentir assim. Senti meu peito transbordar da forma em que já havia escutado tantas pessoas descrevendo, mas só com ela pude enfim sentir. Sorri com o pensamento e beijei sua testa, que a fez se mexer um pouco.

Seus olhos se comprimiram em confusão e logo depois sua mão mexeu sob minha cintura, onde ela havia estado durante todo o sono dela, mas logo parou. Agora ela parecia rígida, e como era divertido assistir sua confusão ao acordar até que ela abriu os olhos. Deus, eu esperava que fosse tão maravilhoso para ela como havia sido para mim acordar com aquele olhar sob o dele. Sua confusão logo deu lugar a um lindo sorriso em seu rosto.

— Eu estou tão feliz que a noite passada não foi apenas um sonho. — Ela disse e então me beijou.

Ela já estava sob meu colo quando nos separamos. A cada segundo que passava, eles não pareciam ser o suficiente para ficarmos juntos depois de tudo. Nós só queríamos mais. Nos separamos já ofegantes, cada um de nós com um pedaço de sorriso que poderia contagiar uma cidade inteira. Como eu era feliz por ter aquela mulher para me fazer feliz daquele jeito e por ser o motivo dela estar tão feliz.

— Você faz tão complicado ter que levantar dessa cama.

Ela sorriu de forma leve para mim.

— Agora que eu deitei aqui vai ser difícil me tirar daqui também.

Voltamos a rir e nos beijamos até que o despertador tocou.

Rimos um pro outro e ela quase saiu de cima de mim, mas eu a segurei um pouco mais.

— Podemos voltar a este ponto mais tarde? — Perguntei com olhar de travessura.

Ela me olhou com o mesmo olhar e me deu um beijo rápido.

— Definitivamente.

Nos levantamos para ir tomar banho. Eu saí logo e comecei a preparar nosso café. Terminei, mas Jane ainda não havia saído do banheiro. Fui novamente para o quarto e bati na porta. Ela logo saiu do banheiro com uma cara assustada.

Fiquei preocupado.

— Aconteceu algo. — Disse como uma pergunta, mas acabou saindo como uma afirmação.

— É só um drama estúpido, como diria a Tasha. — Ela disse sem muita animação e me empurrou em direção a cozinha. Ela já estava vestida com uma nova calça azul, uma camisa longa branca e suas botas pretas. Nos sentamos na mesa, onde eu já havia preparado nosso café da manhã. Só não poderíamos demorar tanto por conta do trabalho.

Apenas havia feito café com algumas torradas. Sabia que devíamos comer melhor, mas por passar tanto tempo sozinho havia me acostumado a comer coisas práticas e não havia muita coisa na dispensa, coisa que eu tentaria mudar em breve.

— Desculpa por não ter muita coisa pra comer. Eu me acostumei a comer fora, e não daria tempo de pedir comida da rua.

— Eu ficaria feliz em comer qualquer coisa no café da manhã desde que você fosse minha companhia.

— Deus, você quer me deixar louco. — Eu respondi então a beijei rapidamente.

Ela sorriu pela minha reação, com seus olhos cheios de um brilho que eu esperava que estivesse sempre lá de agora em diante.

— O intuito é esse. — Ela respondeu depois.

Terminamos de comer e então fomos colocar as louças na pia. Meu celular deu o primeiro bip. Era mensagem da minha secretária com minhas senhas de acesso. Jane havia voltado para dentro do quarto quando eu bati.

— Vamos. — Eu disse, até que a vi de pé na frente do espelho.

Cheguei um pouco mais perto dela.

— Fale comigo. — Eu implorei e ela então me olhou. — Por mais que seja um drama estúpido. Eu preciso que você me fale se algo está incomodando você.

Minha voz parou um pouco enquanto eu continuava.

— É a aliança? — Eu perguntei, e ela logo virou-se completamente pra mim, parando suas mãos acima do meu cotovelo.

— Claro que não. — Ela disse sorrindo e então olhou para meu dedo onde estava a minha e depois me olhou. — Eu nem posso descrever o quão feliz eu estou pelo seu compromisso e pelo seu amor por mim. — Ela continuou depois de me beijar. — Eu tenho vontade de gritar pro mundo o quanto eu também amo você.

— Mas… — Eu completei. — Tem algo incomodando você. Eu sei disso.

— É só que é a primeira vez que eu vou aparecer como sua namorada e eu não quero parecer desajeitada.

Sua resposta me fez rir, mas meu riso logo se diminuiu quando ela não riu também.

Eu apenas a coloquei abaixo dos meus braços e beijei sua testa.

— Você é linda como você é. Você não é desajeitada. Todas as mulheres do mundo acordariam felizes se acordassem lindas como você acorda todo dia. E ainda assim você ainda seria a mais ideal para mim por quem você é.

Ela me beijou e então aconchegou-se em meus braços.

— Você é muito especial para mim. — Ela disse depois de alguns segundos em silêncio em meu peito. — Nós não podemos nos atrasar.

— Realmente não podemos. — Completei.

Nos beijamos outra vez e ela então pegou algo que estava em suas mãos e amarrou seus cabelos.

— Eu acho que fico melhor assim. — Ela disse sorrindo para mim e para si mesma.

Lembrei por um segundo de Sarah e Taylor brincando com os cabelos uma da outra, e com o meu cabelo quando éramos crianças e eu tinha bem mais do que tinha agora em minha cabeça. Agora que eu sabia o que havia acontecido, essas memórias não me pareciam mais dolorosas, mas sim agridoces.

— Eu acho que posso ajudar você com isso.

Ela me olhou com um olhar desafiante.

— Você pode?

— Eu não sei exatamente, mas acho que sim. — Eu disse e então pedi para que ela sentasse na cama.

Logo meus dedos estavam entrelaçando seus cabelos em uma trança. Eu sabia que ela estava se divertindo com aquelas situações, e eu também estava.

— Eu sabia que você tinha talentos escondidos, inclusive você me provou vários ontem a noite, mas para brincar com cabelos é novidade pra mim. — Ela disse com humor.

Terminei e ela então passou a mão em sua pequena trança e então me olhou.

— Posso te provar vários outros, mas eu acho divertido você descobri-los e eu não te contar.

Ela riu de um jeito tímido para mim e então fomos saindo de casa.

— Posso saber onde você aprendeu isso? — Ela perguntou quando entramos no carro, ainda com as mãos no cabelo.

— Quando eu era criança eu tinha apenas Sarah e Taylor para brincar e eu acabei aprendendo com elas. — Disse sorrindo e logo comecei a rir com uma lembrança. — Lembro que às vezes elas até faziam algumas coisas em meus cabelos.

Ela riu com diversão.

— Sério. Eu tinha um cabelo ainda e elas adoravam brincar com ele

— Eu pagaria pra ver isso.

— Não precisa pagar. — Eu disse olhando com malícia. — Sarah tem fotos disso, mas eu jurei arruiná-la se ela mostrasse isso a alguém.

— Mesmo que seja para sua namorada? — Ela respondeu e me olhou com diversão em seus olhos.

Ouvir Jane referir-se como minha namorada era poesia pros meus ouvidos.

— Aí depende do que eu vou receber em troca, mas tem que prometer que não irá rir. — Retruquei.

— Eu não posso prometer nada. — Ela respondeu levantando as mãos.

Parei o carro quando chegamos no estacionamento, mas ainda não saímos do carro.

Jane se aproximou de mim logo que tiramos o cinto e me beijou. Nos separamos e o sorriso de contagiar a todos ainda estava entre nós.

— Eu sou um sortudo por colocar esse sorriso em seu rosto.

— E eu sou uma sortuda por ser dona da boca onde você coloca esse sorriso.

Descemos do carro e eu logo peguei sua mão. Ela agarrou firme a minha. Entramos no elevador e não havia ninguém nele.

— Então… Preparado para aguentar todas as zoações possíveis de Tasha Zapata? — Ela perguntou

Virei o meu sorriso pros seus acesos olhos verdes e respondi com um sorriso.

— Mal posso esperar para que elas e os outros saibam a sorte que eu tive de ser aceito em namoro pela melhor pessoa que eu poderia ter.


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Notas finais do capítulo

Deixe-me saber o que você achou dessa lindeza que é Kurt Weller contemplando sua namorada Jane Doe



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