Irmãs escrita por Garota de Capricórnio


Capítulo 7
Hora de Agir


Notas iniciais do capítulo

Hello, I´m back! Tudo boom?
Tenho uma novidade para vocês: a fofa da CA Batista entrou em contato comigo perguntando se eu queria ser entrevistada para sua história-talk-show, eu aceitei e queria muito que os meus amados leitores dessem uma olhadinha em como ficou, o link da fic é esse aqui: https://fanfiction.com.br/historia/721060/Cafe_com_letras_Entrevistas/capitulo/1/, espero que gostem :)
Bom sem mais enrolação bora pro capítulo que temos uma pequena reviravolta na história, vejo vocês lá embaixo :)



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~M~

Eu estava deitada na “cama” que Navarro havia colocado no quarto onde me mantinham presa,  eu estava ali há uma semana e sentia que a qualquer momento eu desabaria. As torturas físicas e psicológicas as quais me submetiam todos os dias me deixavam tonta, e eu sempre me perguntava até onde iria a maldade daqueles homens, porém agora eu tinha um motivo para ter esperanças, eu havia finalmente conseguido contato com minha família e logo todo esse pesadelo acabaria e eu voltaria para o lado de minha mãe e Isabela. Pensar em minha irmã me deixou triste, eu ainda me lembrava das palavras ditas por ela em nossa discussão como se fossem pronunciadas aqui e agora, o jeito como ela falou me magoou muito, mas eu ainda tinha esperanças de que aquilo fosse apenas da boca pra fora, palavras ditas apenas no calor da discussão quando não se pensa no que diz, era nisso que eu me agarrava todos os dias para não sofrer mais. Apesar de tudo que foi dito naquele dia eu não conseguia sentir raiva de Isabela, eu apenas sentia saudades dela, queria poder abraça-la e pedir desculpas por ser tão teimosa, eu só queria poder ver minha irmã novamente nem que fosse uma ultima vez e eu sentia que ela queria isso também. Sinto as tão conhecidas lágrimas rolarem pelo meu rosto e me encolho ainda mais na cama, meus pensamentos voltados para os momentos felizes que vivi enquanto sinto meus machucados arderem, eu não aguentava mais ficar amarrada, ser torturada, eu precisava sair daqui.

Escuto um barulho na porta e estremeço, eu não queria mais tortura naquele dia, não queria ver mais a face dos meus algozes, eu só queria fechar os olhos e não sentir mais nada. Ouço vozes conhecidas abafadas pela porta e me pergunto o que aconteceria comigo naquele momento, resolvo virar-me quando finalmente a porta abre e o que eu vejo me surpreende: parado, me olhando como se eu fosse um ser totalmente insignificante, estava a pessoa que eu mais dediquei o meu amor em toda a minha vida. Na minha frente está Mauricio, o meu pai.

—Pai? – o chamo para ter certeza de que ele realmente está ali, porém ele não se move – Pai, me responde, por favor!

—Fica quieta garota – ele diz ríspido me assustando – Você não precisa fazer drama por tudo.

—O que tá acontecendo com você? Por que você está me tratando assim pai?

—Você é mesmo muito ingênua e bobinha não é? – ele se aproxima me encarando com desprezo, a expressão em seu rosto me aterroriza – Não percebeu que eu estou participando do seu sequestro filhinha?

—Não – digo já começando a chorar – Você não seria capaz de fazer isso comigo.

—Ah que bonitinha! Ela acha que eu sou bonzinho – ele diz debochado soltando uma gargalhada em seguida – Você precisa ser mais esperta filhota, nem todo mundo tem o coração de manteiga derretida como você!

—Por que você ta fazendo isso? – pergunto enquanto as lágrimas descem livremente por minha face, meu castelo de areia havia ruído diante de meus pés – Por que pa... – me interrompi, eu não o chamaria nunca mais de pai, afinal ele nunca foi um – Por que Mauricio?

—Por causa da única coisa que sempre me interessou na vida – ele disse andando pelo quarto sem me encarar – Dinheiro, aquele pedacinho de papel magico.

—Eu não consigo acreditar que a vida da sua filha seja menos importante que um maldito pedaço de papel – eu gritei enquanto o encarava, eu não sabia se chorava de raiva ou por ser novamente rejeitada pelo meu próprio pai – Como você pode ser tão frio?

—Engraçado que eu já ouvi essa pergunta antes, deixa-me ver quando – ele fingiu pensar enquanto ria – Lembrei! Foi quando eu contei para sua mãezinha idiota e sua irmã enxerida que eu que havia armado para entrega-la para Regina e Geraldo há anos atrás.

Eu o encarei completamente perplexa, eu não podia acreditar que ele foi capaz de vender a minha irmã para aquelas pessoas que só lhe fizeram mal por tantos anos. Ele percebeu que eu não diria mais nada e retirou-se da sala rindo feito um louco enquanto dizia coisas que eu não me importava em ouvir, saber que meu pai era aquele ser horrível fez com que eu me arrependesse de cada vez que o defendi das acusações de Isabela, no fim minha irmã tinha razão como sempre e eu me enganei com a ilusão que eu criei de que ele seria um homem bom e honesto. Deitei-me encolhida na cama e deixei que as lágrimas levassem toda aquela dor de dentro de mim, eu só queria dormir e não acordar nunca mais.

—Me perdoa Isa – eu disse para o escuro do quarto – Me salva minha irmã.

~I~

Acordei mais uma vez sobressaltada chamando por Manuela, sentei-me na cama enquanto esfregava cuidadosamente os olhos na intenção de espantar o sono, encarei a janela vendo que o dia finalmente clareava levando embora a pior noite de sono que eu já havia tido na vida! Eu sonhei com minha irmã durante toda a noite, pesadelos horríveis em que Geraldo a machucava sem que eu pudesse fazer nada para impedir e quando eu conseguia chegar até ela eu acordava completamente suada e chamando por ela, mas o pior foi o que me fez acordar tão alarmada há alguns minutos. Eu vi Manuela deitada numa espécie de cama improvisada em um quarto imundo, vi seu corpo tomado por hematomas e machucados de cortes, ouvi o seu choro sofrido enquanto me pedia perdão e implorava para que eu a salvasse, eu senti a sua agonia, eu vivenciei o seu desespero e quando eu tentei tocá-la, dizer que eu estava ali ela simplesmente desapareceu do meu campo de visão e em seu lugar apareceu Geraldo dizendo que eu nunca mais a veria. Aquilo me deixou profundamente preocupada, tirando o aparecimento do homem que estava fazendo dos meus dias um verdadeiro inferno aquilo tudo foi bastante real, como se de fato o meu subconsciente estivesse me levado a ver a minha irmã em sua situação atual, como se por um momento eu tivesse sido puxada inconscientemente para aquele lugar medonho onde ela se encontrava. Ver Manuela naquele estado, ouvir a dor e o sofrimento de minha irmã me deu forças para continuar com o meu plano, eu iria até o fim para trazer Manu de volta para nossa família.

Levantei-me da cama e desci, eu precisava comer alguma coisa antes que  o contato de Geraldo fosse feito e toda a ação começasse. Cumprimentei os policiais que passaram a noite no apartamento repassando os detalhes do plano que eu havia bolado e me dirigi a cozinha encontrando minha mãe e Joaquim que conversavam com Marina.

—Bom dia – disse automaticamente e me servi de um copo de suco – Alguma novidade?

—Tudo na mesma, ela não ligou mais – meu cunhado disse preocupado enquanto batia os dedos nervosamente no balcão – Eu estou começando a ficar com medo desse seu plano, e se não der certo?

—Vai dar – eu disse tentando parecer mais confiante do que eu realmente estava – Tem que dar.

—É o que todos esperamos minha menina – Marina disse me olhando carinhosamente – Vai dar certo sim.

—Mãe? – chamei estranhando o silencio dela, normalmente ela era falante pela manhã – Tá tudo bem?

—Eu tive uma péssima noite – ela comentou com o olhar perdido – Você tem certeza que quer insistir nessa loucura? Eu não aguentaria se acontecesse alguma coisa com você, já basta a sua irmã desaparecida, é tristeza demais para uma mãe só.

Fui até onde minha mãe estava e lhe dei um abraço apertado, eu queria dizer para ela que eu confiava no sucesso daquela ideia maluca que eu tive, mas não conseguia. Eu sabia o quanto doloroso seria para ela aquelas horas de espera em que eu estaria me arriscando, mas eu precisava fazer isso, eu precisava mostrar para Manuela e pra mim mesma que eu me arriscaria por ela como um dia ela pôs a própria vida em risco por mim. Meu celular vibrou no meu bolso e eu vi que havia recebido a mensagem de Geraldo com o local marcado para a troca.

—É agora – eu disse e vi todos olharem para mim temerosos – Vai dar tudo certo – repeti para eles tentando confiar no que dizia – Me desejem sorte.

—Boa sorte – Joaquim disse enquanto minha mae e Marina cruzavam os dedos – E toma cuidado.

—Pode deixar cunhadinho, eu tomo cuidado e trago a minha maninha de volta pra casa ainda hoje.

Sai da cozinha e meu sorriso corajoso sumiu, eu tremia da cabeças aos pés e suava frio, eu não sabia o que me aguardava naquele encontro, eu não sabia o que esperar de Geraldo e companhia, a única coisa que eu sabia era que chegou a hora de agir e botar o plano em pratica para salvar a vida de Manuela. Cheguei novamente na sala e o delegado entendeu pela minha expressão que havia chegado o momento, entramos todos no elevador, os policiais repassavam todos os detalhes planejados em voz alta, porém eu só conseguia pensar no meu pesadelo e no pedido de Manuela.

“Quem tem que me perdoar é você irmãzinha” pensei tristemente ”Eu tô indo te salvar”

Chegamos ao local marcado trinta minutos depois, o delegado parou a viatura uma rua antes como havia combinado e eu segui no carro com Ofélio ao volante, ele parecia mais nervoso que eu com toda a situação. Eu segurava a mala com dinheiro e a apertava fortemente, eu estava ansiosa para rever a minha irmã. Assim que o carro foi estacionado eu saltei para fora esperançosa, olhei para frente e lá estavam os dois homens que destruíram a minha vida quando eu ainda era um bebê me encarando com olhares ameaçadores, ao lado deles estava a minha irmã. Senti meu peito doer ao encarar Manuela, ela estava mais pálida do que me lembrava e muito machucada, seus olhos derramavam grossas lagrimas e ela me encarava com desespero, eu sabia que ela temia pelo que poderia acontecer.

—Então querida – Geraldo disse me encarando – Trouxe o que eu pedi?

—Está tudo aqui – eu levantei a mala com dinheiro e seus olhos brilharam contentes – Mas primeiro você me entrega a minha irmã.

—Mudança de planos querida – ouvi uma pancada e ao me virar vi Ofélio desmaiado e Vargas segurando um pedaço de madeira com as mãos – Você vai se juntar a sua irmãzinha.


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Notas finais do capítulo

Ás vezes eu tenho vontade de bater no Maurício quando escrevo as partes dele na fic, ô homenzinho mala rs
E agora como será que nossas gêmeas favoritas sairão dessa? Será que o plano da Isa vai funcionar?
Nos vemos no próximo capitulo :)
Não esqueçam de me mandarem o que acharam, a opinião de vocês é muito importante para mim :)
Beijos e até loguinho..



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