Reconstrução escrita por Desiderio


Capítulo 5
O estrada até a praia.




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Um gelo subiu por minha espinha.
— De quem é? – Cas estava novamente ao meu lado.
— Não sei.. – eu sussurrei – Ah Jana? Você poderia se desfazer delas? – eu entreguei as Azaleias para a empregada.
— Abby? E se a pessoa ficar chateada?
— Não vai, não tem direito de ficar Cas!
— Como você sabe?
— Eu só acho... Nós podemos ir já? – Eu sorrio e passo as mãos em seu pescoço me pendurando nele.
Cas sorriu e se aproximou de mim, seus lábios quase tocando os meus.
— Claro Abby! – Ele me da um beijo casto e me olha profundamente.
Ele pegou minha pequena mala, e levou para o carro, abriu a porta e me ajudou a subir, subiu no carro, ligou e começou a sair.
—Ah e meus primos?
— Eles vão nos encontrar no posto, eu preciso abastecer e comprar umas coisas...
— Umas coisas?
— É... – Ele sorriu com malícia e eu pensei que estava perdendo alguma coisa.
Ele dirigiu rápido, e chegamos no posto em cinco minutos.
Descemos e enquanto o frentista abastecia o carro fomos para a loja de conveniência.
— Pegue algo pra comer, a gente vai ficar dentro do carro umas cinco horas. – Cas estava sorridente.
— Nossa, é longe mesmo!
— Nós estamos no interior, e vamos para o litoral, demora um pouco mesmo.
Eu dei de ombros e sai andando para ver coisas pra comer, peguei uns chocolates e batatas.
Quando me virei Cas estava pegando uns pacotinhos coloridos, pareciam balas, quando cheguei mais perto notei que eram preservativos.
Ele olhou pra mim e eu corei, desviei o olhar e fui ate a geladeira pegar duas latinhas de energéticos.
Coloquei tudo em cima do balcão e esperei por ele.
O atendente olhou pra mim e sorriu.
— Uma moça muito bonita você. – O atendente riu sem jeito, e antes que eu pudesse agradecer Cas encostou atrás de mim me abraçando e beijando meu cabelo.
Com naturalidade ele colocou 10 pacotes de preservativos junto com as coisas, avisou o numero da bomba em que seu carro estava parado.
O moço olhou para ele e para mim, e sorriu sem graça.
Eu me livrei do abraço de Cas, peguei meus chocolates, batatas e energético e sai.
O frentista sorriu e perguntou se eu queria uma lavagem rápida nos vidros, eu só balancei a cabeça em sinal de negativa e entrei no carro.
Cas chegou segundos depois.
— Obrigada Castiel!
— Não tem de que!
E eu bufei.
— O que?
— Qual a necessidade daquilo?
— Do que?
— Você sabe, a gente não vai... Você sabe... pra que todos aqueles preservativos?
— Ok! Presta atenção, eu realmente ia querer fazer isso com você, mas você foi bem clara, em “estamos nos conhecendo”, as camisinhas são para o seu primo.
Eu me senti uma idiota por estar tendo aquela conversa.
Cas começou a rir e deu partida no carro.
— Você sabe o que o cara do posto pensou, não sabe? – murmurei baixinho.
— Posso imaginar... – Ele pegou minha mão, e a beijou, depois abaixou e permaneceu segurando ela.
— Eu quero que você saiba que eu te respeito Abby.
— Eu sei Cas, desculpa.
Ele parou no acostamento perto da saída da cidade, pegou seu celular e fez uma ligação.
— Nan? Onde vocês estão?... Ok... Estamos aqui já... comprei... ok...até.
— Onde eles estão?
— Passando pra pegar a Marcella.
— Não faço a mínima ideia de quem seja, mas ok!
Ele sorriu, e se aproximou.
— Vem aqui gatinha, você ta linda!
Ele me puxou e me beijou, um beijo lendo e demorado, que foi ganhando intensidade, eu passei minha mão para sua nuca a raiz de seu cabelo, ele me puxou para o seu colo, e ficamos nos beijando até um carro com farol alto parar atrás de nós, fazendo com ficássemos separados e que eu voltasse a sentar no banco do carro.
Ouvimos Nan descer do carro, e eu olhei para Cas, e sorri, ele tinha um pouco de batom nos lábios.
Eu levantei minha mão e limpei como pude os lábios dele com meus dedos.
Ele deu de ombros e sorriu, beijando meus dedos.
Meu primo bateu no vidro, quando ele olhou para Cas sorriu com malícia.
— Então, to interrompendo alguma coisa?
— Não, não... quer dizer... – eu comecei a falar e acabei de atrapalhando, então resolvi me calar.
— Vocês não tem vergonha, não é mesmo? – Nan riu e eu senti meu rosto queimar.
— Ta tudo certo lá atrás? – Cas sorriu e nem parecia que havia algum clima estranho com eles a minutos atrás.
— Esta sim man, você comprou oq te pedi?
— Não cara, eles não vendem viagra na loja de conveniência do posto.
— Passa logo as camisinhas idiota! – Renan fez uma careta para o amigo, e Cas abriu o saco de papel pegou alguns pacotinhos e entregou o resto para meu primo.
— É isso ai man, eu não quero novos priminhos! – Renan pegou o saco de papel e saiu em direção ao carro.
Eu olhei para frente me sentindo um pouco constrangida.
— Love, eu não estou dizendo que vamos fazer algo... É só prevenção ok?
— Ok – eu sussurrei.
Ele deu a partida no carro e logo estávamos na estrada, com Renan nos seguindo.
Ficamos em silêncio por uns minutos enquanto eu procurava uma música que eu gostasse, parei em uma que eu tinha ouvido e decorado.
Olhei para a estrada lá fora, era escuro, muito diferente das estradas belgas.
— E as coisas lindas são mais lindas, quando você está, onde você esta...
Cas cantou o refrão e me tirou da minha distração, olhei pra ele, e sorri.
Ele olhou rapidamente pra mim, ainda cantarolando e pegou na minha mão.
— Você esta zangada?
— Não querido, não estou!
Ele sorriu e beijou minha mão.
Me aproximei dele, e deitei em seu ombro.
Eu acabei pegando no sono.
Acordei estávamos parando em um posto de conveniência.
Olhei confusa pra ele, e ele sorriu de um jeito tranquilizador.
— Só paramos pra sua prima e ir no banheiro, você precisa de algo Love?
Balancei a cabeça que não, sentei direito no banco e peguei o energético, estava um fresco ainda, ele ficou perto da saída de ar condicionado.
— Você fica linda dormindo.
— Obrigada! – Eu sorri e coloquei um chiclete na boca.
— Falta muito pra chegar?
— Não, vamos chegar as duas da manhã.
Olhei no relógio e já era quase meia noite.
— Eu vou ao banheiro, então...
— ok.
Eu entrei no banheiro mas não vi minha prima, fiquei me perguntando se eu teria entrado no lugar errado, quando sai meu primo e Cas estavam encostados no carro de Cas.
— Ai está você! – Renan abriu um sorriso enquanto Cas abria os braços para me receber.
Encostei em Cas que me prendeu no seus braços, e me aninhei em seu peito.
Eles continuaram conversando e aparentemente os dois iam apostar uma corrida pra ver quem chegava primeiro na casa da praia.
Ficamos mais uns minutos esperando minha prima, quando vi ela vindo notei que tinha uma garota com ela.
Devia ser a menina que meu primo estava levando com ele, eu esqueci completamente como ela chamava.
Ela era da altura dos meninos, vestia uma saia minúscula, e eu apostava que dava pra ver a bunda dela, olhei pra cima, não sei por qual motivo eu quis saber se Cas estava olhando para a garota.
Para minha surpresa ele estava olhando baixo para mim.
Ele sorriu e me beijou.
— Ok Castiel, pode parar com o exibicionismo.
Nos olhamos para a garota.
Ela estendeu sua mão em minha direção, mas Cas ainda me mantinha apertada em seu abraço.
A garota jogou os braços no ar e revirou os olhos.
— Prazer, Abigail sou Marcella! A ex do lindão ai!
— O Prazer é todo meu querida! – Sorri e continuei encarando.
E o silêncio reinou por mais alguns segundos.
— Elle est mort pour moi! – Cas quebrou o silencio e deu de ombros olhando para mim.
— Je sais amour.
— Quand ton cousin dit pour moi, je pense qu'es outre personne.
— ça va mon amour.
Cas ia dizer mais algo mas eu o beijei, e ele passou a mão por minhas costas, e outra para minha nuca, liberando meus braços e fazendo com que eu agarrasse seu pescoço.
— Ok! – Disse a garota quando nós paramos de nos beijar.
Eu sorri pra ela.
— Desculpa, Cas pegou esse péssimo habito de não me soltar se eu não lhe der um beijo, o prazer é todo meu Marcella. – Eu fui até ela e dei dois beijos como o costume francês.
Virei para Cas e estendi minha mão para ele, que rapidamente me puxou pra si e me deu outro beijo breve.
— Venez mon amour, je veux gagner la course.
Cas riu e me beijou novamente.
— Vocês ficam insuportáveis quando falam francês, da pra traduzir tudo isso? – Minha prima reclamou.
Cas deu de ombros e abriu a porta do carro e antes de entrar eu sorri pra ela – Eu disse que nós precisávamos ir, eu quero ver ele ganhar a corrida contra o Nan! – Beijei minha mão e soprei na direção de meu primo, que sorriu e fez como que tinha pego o beijo no ar, e encostou a mão na boca. Virei para Marcella, pisquei pra ela e entrei no carro.
Vi Cas dando a volta e meu primo apressando elas para que entrassem logo no carro.
Cas olhou pra mim antes de dar a partida, sorriu e balançou a cabeça.
Quando estávamos na estrada ele acelerou até que os faróis do carro do meu primo estivesse muito pequenos.
— E eu achando que sabia demostrar propriedade... – ele riu.
— Eu não sou sua propriedade Cas... – Sorri e deitei novamente em seu ombro.
— Eu sei... mas eu já sou seu... – ele murmurou um pouco antes de eu fechar meus olhos e voltar a dormir.
Eu acordei e Cas estava me carregando por um corredor.
— Hey meu gatinho! – eu murmurei e passei a mão em seu rosto, e ele sorriu, entrou em um quarto que era tão grande quando o meu, e me colocou na cama.
— Eu volto já love, só vou pegar as coisas no carro.
Eu balancei a cabeça em sinal de que tinha entendido e voltei a dormir.


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Notas finais do capítulo

A música que Abby coloca pra tocar no carro se chama "Coisas Tão Mais Lindas" e é do Nando Reis.



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