Lost In Time escrita por VitóriaWolf


Capítulo 7
Lost with my lover missing


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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POV Maxon 

 Você precisa me ajudar, porque eu já perdi a cabeça. Eu pensei que estávamos bem, mas agora estou de coração partido e não sei o que fazer para te trazer de volta para mim. Faz três horas que te vi gritar eu te amo por outro homem e correr através da porta, e mesmo assim eu já me sinto preso em uma cela inquebrável, totalmente sem chão, mas dessa vez eu não tenho você para me levantar. Eu tento correr atrás, porque eu preciso desesperadamente de ti, mas America, você desapareceu. Você desapareceu no espaço, desapareceu no tempo, desapareceu na minha vida.
       Acho melhor explicar o motivo de tanto sofrimento desde o começo. Então aqui vai.

      2 horas antes
      Eu nunca tinha estado tão confuso na minha vida. Eu poderia perdoá-la e quem sabe ser feliz um dia? Eu poderia não escolhe-la e ser feliz um dia? Meu coração me dizia que eu deveria pedi-la em casamento, independente das verdades que me escondeu. Minha cabeça mandava ela ir embora e nunca mais aparecer na minha vida. Sempre ouvi dizer que nós deveríamos amar com o cérebro, não com o coração, assim nunca sairíamos machucados. Bom, tarde demais. Então eu fiz a pior coisa da minha vida, eu te deixei ir embora.
     Eu não tinha decidido ainda o que fazer na hora em que disseram que eu teria que anunciar minha escolhida. Relembrando agora, uma parte de mim até acha que eu não iria fazer a burrada que fiz, que eu diria o seu nome, mas outra palavra saiu da minha boca, quase que instintivamente.
Em um hora consegui chegar à conclusão de que foi o meu corpo que disse, e se ele fez isso sozinho, é porque era para ser. Pode parecer a mais ridícula das explicações, mas com tudo o que está acontecendo agora, é a única coisa que consegui pensar.
     Então eu te vi, dançando com o guarda. Você não parecia triste, não parecia ter chorado. Dançava como se nunca tivesse me amado. E quando o “eu te amo” saiu de sua boca, consegui ouvir os cacos do meu coração se despedaçando e caindo no chão em câmera lenta. Nos poucos milésimos de segundos que demorei para captar a frase, ela sumiu do salão. Dispenso Kriss da maneira mais educada que consigo e corro para fora também.
     Leger também está ali. Ele grita seu nome, claramente desesperado, e corre pelo jardim a sua procura.
      _O que está fazendo aqui?- seu tom é claramente raivoso e irritado.
      _Procurando America. - respondo no mesmo tom. - O que você está fazendo aqui? Procurando a namorada?
      _Como você é inútil Maxon!-ele praticamente grita na minha cara.
      _Você não pode falar comigo assim.
      _Não me importa o que vai fazer comigo! Você causou isso seu cretino! Saiba que o que acontecer com ela, será sua culpa. - ele vira de costas para mim, mas eu agarro seu braço direito fazendo com que ele se vire para mim. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ouvimos um barulho nos arbustos perto da floresta. Instintivamente dou um passo para frente. Pode ser ela!
     _Não ouse correr atrás dela. Não acha que já fez demais?- então ele corre floresta a dentro.
     Esperei alguns poucos minutos para não ficar óbvio, e o sigo.
     
       Não tinha a ideia de onde estava indo. Perdi Aspen antes mesmo de encontrá-lo pela primeira vez. Admito que nunca estivesse nessa floresta antes. Ela sempre me pareceu assustadora demais, principalmente sob a luz das estrelas. Se todas as árvores, suas flores e a terra forem pretas, então vejo alguma coisa em meu campo de visão. Se o objetivo é ter alguma cor, então eu definitivamente estou perdido.
     _Seu idiota!- uma voz ecoa entre as árvores. Não a reconheço de primeira, mas quando continua a falar, o doce som de sua voz me entorpece.
     _America!- sussurro para mim mesmo e corro em direção de sua voz.
     _O que está fazendo aqui?- me escondo atrás de uma moita qualquer e observo Leger e America conversando na clareira. A escuridão me esconde perfeitamente, e ao menos que eu grite que estou ali, eles não me verão.
     _Preciso encontrar um amigo. Ele pode me ajudar a consertar tudo isso. - você diz vaga e eu me confundo. Consertar o que? Nós? A escolha?
     _O que o coveiro pode fazer pra te ajudar? Porque é dele que vai precisar se continuar andando sozinha por aqui. - interrompo meus pensamentos pela voz apreensiva do soldado.
     _Mas eu não estou sozinha. 
     _Não!Não, não, não! Não me mete em suas loucuras. - ele implora, mas é como se não te conhecesse, quando você põe alguma coisa na cabeça, nada tira.
     Então ele cede e vocês se abraçam. Meu rosto se contorce de sofrimento. Sei que ele foi seu ex namorado e que provavelmente ainda são, mas ver a intimidade e o quão íntimos são, me fez perceber que eu nunca serei assim com você.
     _Lembra do lugar que me encontrou aquela vez no ataque rebelde? Tem um alçapão por perto. Vamos para lá.
    Demoro um segundo para entender tudo o que ela disse. Eu nunca entrei nesses arredores, mas eu saberia se houvesse uma passagem secreta ou algo do tipo, não é? Meu pai com certeza não deixaria deixar algo assim despercebido, mas porque não me contar?
    Não demorei para me levantar e segui-los, mas já não tinha mais ninguém. Eu gritei por você, mas ninguém me ouviu. Tentei te procurar, mas ninguém apareceu. Para mim, nada poderia acontecer contigo. Você estava delirando e em algumas horas voltaria para o palácio, me odiando, mas viva. Eu nunca imaginei que aconteceria o que aconteceu.
     Perdi a noção totalmente enquanto me aventurava pelas matas. Assim que pisei no palácio novamente, não ouvi o barulho da música alta, ou das conversas e risadas. Somente o silêncio. Nem mesmo os guardas estão em seus postos. Subo as escadas em direção do meu quarto, mas paro antes ao ver a luz acesa no escritório do pai. Sei que essa não é a melhor hora, talvez a pior, mas com a esperança de que ele não esteja tão zangado por ter sumido, bato e adentro.
    _Onde esteva Maxon?- ele nem sequer me olha.
    _Fico feliz que tenha perguntado. - abro um sorriso e me inclino sob a mesa onde ele olha uns papeis. Ele simplesmente levanta levemente o pescoço, arrogante. –O que eu fazia não importa.
    _Ora seu...- ele se levanta ameaçador, mas o interrompo antes que ele comece a falar qualquer coisa.
    _O que importa é o que eu achei. - seus olhos brilhos de desconfiança. Ando pela sala um pouco antes de quebrar o silêncio, já tenso. - um alçapão no meio das árvores. Me assustei, mas resolvi ver o que tinha ali. E olha a minha surpresa em descobrir os túneis secretos. - minhas palavras são falsas e inocentes, mas ele não parece farejar isso. Clarkson parte para cima de mim e me empurra na parede, seus olhos soltam fogos.
    _O que encontrou lá em baixo? O QUE VIU?- berra na minha cara.
     _Então admite que sabia de tudo isso?
     _Claro que sabia! Eu sou o rei!- ele me larga e respiro fundo.
     _E eu sou o seu filho!
     Quando tinha a certeza de que sairíamos rolando pelo chão enquanto nos estapeávamos, a porta se abre e as figuras da minha mãe e Kriss aparecem na porta, envoltas em seus robes e os olhos esbugalhados de susto.
     _O que está acontecendo aqui?- minha mãe se dirige até meu pai e é como se todo o stress e a raiva se fossem.
     _Só perguntando ao nosso filho onde ele esteve no final da festa. - ele me lança um olhar de quem quer que eu fique calado e não comente nada sobre o assunto.
     _Bem, ele está aqui. Vamos esquecer esse assunto e ir dormir. Certo?
     Murmuro um sim e começo a andar em direção da porta, mas mais gente tinha que aparecer para festa.
     A primeira palavra que me vem na mente é louco. Pirado. Maluco. Essas vieram depois, mas o sentido é o mesmo. Como um daqueles cientistas malucos que se encontram em filmes. Exatamente igual. O jaleco branco, os óculos fundo de garrafa e o cabelo desgrenhado. Mas o que mais me assustou foi sua feição de puro terror. Ele deixa a porta bater com força e começa a respirar pesado. Pelo jeito ele veio correndo até aqui. Mas da onde? Nunca vi esse homem na minha vida. Porque todo o desesperado.
    Olho para meu pai em busca de compreensão, mas não vejo nada. Ele não compartilha do desespero ou da culpa. Não sente nada ao ver aquele homem farrapilho ali.
    _O que faz aqui Mikail? Devia estar trabalhando!- ele demanda e o tal de Mikail respira fundo tomando coragem para dizer alguma coisa.
     _A máquina... Ela... Ela...
     _O que aconteceu homem?- meu pai quase marcha em direção de Mikail de tão forte que seus pés pisam no chão. - Me diga agora o que aconteceu?- demanda. Minha mãe se porta em sua frente o impede de fazer qualquer coisa.
     _A garota entrou e eu não consegui impedir. A culpa não foi minha! A culpa não foi minha!- ele choraminga e cai no chão, com a mão no rosto, tapando o olho vermelho.
    Olho para o papai e depois para o homem. Para ele de novo e para Mikail. Lentamente caminho em sua direção e tento acalmá-lo.
     _Mikail. - o chamo e ele levanta a cabeça. - Por favor, me diz o que aconteceu. - seu rosto de terror se vira para o rei e eu entendi a situação. -Prometo que ele não fará nada com o senhor.
     _Mi...minha família.- ele consegue gaguejar
     _Eles estarão seguros. Nada lhe acontecerá.
     Depois se várias inspirações, ele finalmente desembucha.
     _A garota, America, ela entrou e me nocauteou. Me deixou trancado na sala. Quando acordei ela já estava na máquina. Eu tentei, juro que tentei fazê-la desistir daquela loucura, mas ela estava mais determinada. A máquina... A máquina... Bom, não sei exatamente o que aconteceu. Estava confuso demais, eu estava tonto, juro que tentei salva-la.
    _Salva-la?- me exalto. - O que aconteceu? Onde está America?- o homem se assusta comigo.
    _Eu não sei.
    _Como você não sabe? Onde está America?
    _Você devia ver com os mesmos olhos. - seu olhar misterioso me transmite medo. O que será que aconteceu dessa vez?


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