Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 6
O Vingador - Parte 6




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O carro de Claude parou em frente aos portões de uma grande mansão. Era possível ver as luzes de dentro acesas, indicando que haviam pessoas por lá.

— A Mansão Mayer... A coisa pode ficar feia aqui. É melhor eu me prevenir.

Claude pegou uma dose de MX que estava em seu bolso e injetou em seu braço, com o familiar barulho que parecia ser de um pequeno disparo confirmando que ele estava protegido. Em seguida, desceu do carro e tocou a campainha. Porém ninguém atendeu.

— Algo me diz que ela está aqui!

Após tocar a campainha novamente, mais algum tempo se passou até que a porta se abriu. Um homem de cabelo raspado foi até o portão.

— ...Pois não? - Disse o homem em tom de voz calmo.

— Meu nome é Claude Fernandes, eu sou um ex-policial. Com quem estou falando?

— Eu sou o Batista... Trabalho aqui nessa mansão.

— Ótimo... Posso entrar?

Batista se apoiou no portão.

— Depende... O que você quer?

— Fazer umas perguntas pro pessoal dessa mansão.

Uma voz ecoou de dentro da mansão.

— Quem é, Batista?

— Um homem que se diz ser um ex-policial. - Respondeu Batista, gritando.

— Deixe entrar! - Gritou o homem lá de dentro.

Batista saiu da frente do portão. Claude atravessou o gramado e se aproximou da porta de entrada.

— Entre... Eu sou Aristóteles, proprietário da Mansão Mayer.

Aristóteles era um homem bem vestido, em pé na sala, como se estivesse esperando. Haviam várias pessoas por lá. Um rapaz sentado no sofá, um casal de jovens atrás dele, um homem usando um capuz, no canto próximo à janela, uma bela mulher que observava a cena de perto das escadas, e um senhor já idoso sentado em uma cadeira.

— Vejo que cheguei em uma reunião de família... Algum motivo especial? - Perguntou Claude.

Ninguém parecia ter uma resposta. Até que o jovem que estava sentado no sofá se levantou.

— Essa é a mansão Mayer. Somos uma família bem unida.

— Sério? Bem, dá pra notar. - Respondeu Claude olhando ao redor.

O clima parecia pesado.

— Então... Você é um ex-policial, não é? - Perguntou Aristóteles.

— Exato. Meu nome é Claude Fernandes.

— E o que faz aqui, amigo? - Perguntou o mesmo rapaz de antes.

— Eu estou buscando informações sobre uma garota... - Respondeu Claude.

O outro rapaz resolveu falar primeiro.

— Sinto muito, amigo... Mas as únicas mulheres aqui são a minha irmã Ágata e a Gór. - Disse o outro jovem.

— Se você está procurando mais alguém... Desculpe, não podemos ajudar. - Disse Ágata.

Claude notou que algo estava errado naquela cena. Ele sabia que estavam escondendo alguma coisa. O homem já idoso sentado na cadeira resolveu falar.

— Se você quiser deixar um contato, nós te ligamos se encontrarmos alguma coisa.

Claude se virou para o homem idoso.

— Você é Pepe, não é? Pai adotivo da Maria.

Pepe se espantou.

— Sim... Sou eu mesmo.

Claude colocou as mãos em suas costas.

— Eu vejo que toda a tal da Liga do Bem se reuniu aqui de novo, com exceção do casal protagonista... Isso não aconteceu de propósito, não é?

Todos ficaram sem palavras. Claude olhou para o jovem casal.

— Aquiles e Ágata... Dois jovens mutantes. E você deve ser Danilo, o filho do Aristóteles, não é?

Danilo engoliu em seco. Claude olhou para a mulher que até então estava afastada do grupo.

— Ali temos Gór... Uma mutante que se redimiu e se juntou à Liga do Bem... E você aí com o capuz... Você é provavelmente o mais suspeito aqui. - Continuou Claude.

O rapaz com o capuz resolveu finalmente falar.

— Por que eu?

— Porque você é o Tarso, e se me lembro bem do material de pesquisa, você pode se teletransportar... Deixa eu adivinhar, aquela garota estava aqui até agora, não? Pra onde você a levou?

Tarso se irritou.

— Isso não é verdade!

— E acha que a sua palavra tem alguma credibilidade? - Perguntou Claude, com as mãos nas costas.

Batista interrompeu.

— Espera aí! Não fala assim com meu filho!

— Deixa pra lá, pai. Esse homem é um monstro! - Disse Tarso.

Claude ficou em silêncio. Naquele instante, Gór correu e parou em frente à Claude.

— Claude!

— Hã?

— Olhe bem nos meus olhos...

Os olhos de Gór brilharam com uma intensa luz amarela. Ao encará-la, os olhos de Claude brilharam de volta.

— Você não vai fazer nada com aquela garota... Você vai esquecer sobre ela e vai sair dessa mansão agora!

— Eu...

Os olhos de Gór e Claude pararam de brilhar.

— Eu... Eu sinto muito, se queria me hipnotizar não deu certo. - Disse Claude, em um tom calmo.

Todos se espantaram.

— Não funcionou?! - Disse Aristóteles espantado.

— Impossível! - Disse Gór, assustada.

Danilo pareceu se lembrar de alguma coisa.

— Espera... Eu vi na TV sobre um homem que enfrentou um mutante nas ruas, e ele parecia não sofrer nenhum dano enquanto lutava.

— Como assim? Ele é imune?! - Perguntou Aquiles.

Naquele instante, uma voz ecoou das escadas.

— O... O que está acontecendo?!

Era ela. A garota que Claude estava procurando.

— Você! - Gritou Claude.

Todos olharam para Renata, que descia as escadas.

— Renata, não! - Gritou Aristóteles.

— É perigoso! fique lá em cima! - Gritou Pepe.

Renata desceu as escadas e parou em frente à Claude.

— Não... Eu não quero colocar vocês em perigo...

Aquiles e Ágata pareciam assustados.

— Não faça isso! Nós podemos lutar com esse homem! - Disse Aquiles.

— Você não pode ir com ele! - Disse Ágata.

— Não se preocupem... Eu ficarei bem. - Disse Renata, em voz baixa.

Renata se aproximou de Claude.

— Vamos. Eu não quero lutar com você.

Claude ficou em silêncio por alguns segundos, e pegou Renata pelo braço.

— Vocês tiveram sorte... - Disse Claude.

— Pois fique sabendo, senhor Claude... Que a maldade só traz maldade! Você não vai conseguir se dar bem na vida seguindo esse caminho. - Disse Pepe.

— Eu sei muito bem o caminho que estou seguindo... - Respondeu Claude.

Batista baixou a cabeça e abriu a porta. Assim que Claude e Renata saíram, ele fechou e a trancou.


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