Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 17
O Crime - Parte 1




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Nova Iorque, uma das cidades mais famosas do mundo. Em um determinado prédio, um homem estava sentado no sofá assistindo TV. Uma mulher abriu a porta e entrou com algumas sacolas.

— Césinha... Cheguei! - Disse ela.

— Ah, olá Irma!

Irma foi até a cozinha e colocou as sacolas em cima da mesa.

— A cidade tá um caos hoje... Ainda bem que não tem mais nada pra fazer lá fora.

— Eu sei... Essa cidade é maravilhosa, wonderful... Mas tem dias que a correria é intensa! - Disse César.

César pegou o controle remoto e mudou de canal. Irma foi até a sala e se sentou ao lado dele.

— O que está assistindo?

— Às vezes eu sinto falta do Brasil. Quero ver o que está acontecendo por lá.

O noticiário mostrava um homem no estúdio apresentando o programa.

— E agora uma notícia no mínimo inacreditável!

— Ih, lá vem alguma bomba... - Comentou Irma.

O programa passou a exibir uma cena mostrando pessoas reunidas em uma praça, aparentemente observando alguma coisa.

— Um mutante criminoso com habilidades de controlar a mente das pessoas estava tentando fazer uma vítima em uma praça, mas foi derrubado por um homem que passava no local. O mais impressionante é que esse homem parecia não sentir nenhum dano dos ataques do mutante.

A cena de um homem lutando contra um mutante que tentava em vão atacá-lo com sua mente foi exibida através de uma gravação de celular. Naquele instante, César levou um susto.

— Não pode ser... No way! - Gritou César.

Irma se assustou.

— O que foi, Césinha?

César fez um gesto para que Irma esperasse. Uma entrevista com um cidadão foi exibida.

— O que o senhor acha desse homem que conseguiu derrubar um mutante como se não fosse nada?

— É impressionante... Eu espero que ele use essas habilidades para o bem, porque ele sabe mesmo lutar. - Respondeu o entrevistado.

César se levantou.

— Irma, alguns dias atrás um homem ligou pra mim do Brasil... Ele me perguntou se há alguma chance de alguém se tornar imune à um mutante com poderes de fogo... Isso não é coincidência! That's not a coincidence!

Irma se levantou e tentou acalmar César.

— Acalme-se Césinha.

— Irma... Eu tenho certeza que tem algum tipo de projeto secreto acontecendo no Brasil!

Irma percebeu que não dava para lutar com a paranoia de César.

— Tá, então... O que você vai fazer?

— Eu não sei, eu tenho que... Espera um segundo... Wait a second...

César olhou para a televisão novamente.

— Em outras notícias, uma jovem mutante que possui poderes de fogo está sendo acusada de incendiar o próprio prédio onde vivia. A jovem Renata Sabine de 19 anos está sendo perseguida pela polícia após ser encontrada em meio ao fogo que consumia seu apartamento.

César cobriu o rosto.

— Oh... My... God...

— Mais essa agora? - Perguntou Irma.

— Eu não tenho mais dúvidas! Está tudo ligado!

César pensou.

— E se eles conseguiram fazer algum tipo de droga ou vacina que possa anular o efeito dos genes dos Mutantes... Igual aquele homem me disse no telefone, como ela chamava mesmo... Claude!

Irma se espantou.

— Mas... Uma coisa dessas existe?

— Depois de tudo que aconteceu nos últimos anos, eu não duvido de mais nada!

César refletiu por alguns instantes.

— Eu sei! I Know! Irma, nós temos que voltar pro Brasil!

— O quê?! - Gritou Irma, assustada.

Irma não acreditava no que Cesar tinha sugerido.

— Se eles realmente inventaram uma droga que faz os humanos ficarem imunes aos Mutantes, eu não acho que será usada só pra proteger a população! E se as minhas teorias estiverem certas, todo mundo que nós conhecemos por lá deve estar correndo perigo! Danger!

Irma colocou a mão na cabeça.

— O Ari, todo mundo da mansão Mayer... É, nós não podemos abandoná-los. Mas você tem certeza disso, César?

— Sim! É isso mesmo que eu quero fazer! E se essa droga realmente existe, eu quero saber mais sobre ela! Quando eu trabalhava na Progênese, nós nunca pensamos em algo desse tipo. Nunca! Never!

Irma pegou nas mãos de César.

— Tudo bem... Vamos fazer isso então!

César sorriu para Irma.

— Mas antes... Tem uma coisa que eu preciso fazer. - Disse César.

 

Bem longe de lá, em uma cidade no Brasil, uma mulher brincava na sala com um casal de crianças que aparentavam ter cinco anos de idade. Um homem abriu a porta e entrou.

— Boa tarde, família! - Disse ele.

— Olha só, o papai Marcelo chegou! - Disse a mulher.

Marcelo entrou na sala. A mulher se levantou e o cumprimentou com um beijo.

— E então? Como foi no trabalho?

— O de sempre, Maria... A melhor parte é chegar em casa e dar de cara com uma família tão linda.

Os dois sorriram. Marcelo se sentou no sofá. Maria se sentou ao lado dele. As crianças pareciam mais interessadas em brincar no chão da sala.

— A Samira e o Valente estão crescendo tão rápido... - Comentou Marcelo.

— É... Nem parece que algum tempo atrás eram dois bebês... - Disse Maria.

Naquele instante, o celular de Marcelo tocou.

— Quem é? - Perguntou Maria.

— Que estranho. É o Doutor César.

Maria se assustou.

— O Doutor César? Eu não ouço falar dele há anos.

— Nem eu... Mas deve ser importante.

Marcelo atendeu.

— Alô? Oi Doutor César, quanto tempo. Como vai? ...Nós também.

Marcelo fez uma pausa. Sua expressão ficou séria.

— Como é? Você tem certeza?

Maria parecia estar ficando preocupada.

— Mas isso não é possível...? Não, eu cheguei em casa agora, acho que a Maria não viu também...

Marcelo fez outra pausa.

— É, você tem razão... Não pode ser coisa boa. Muito obrigado por avisar. Até mais.

Marcelo desligou.

— O que aconteceu? - Perguntou Maria.

Marcelo esfregou o rosto.

— O Doutor César viu uma notícia sobre o Brasil na TV. Parece que um homem enfrentou sozinho um mutante que pode atacar usando o poder da mente. Só que ele não sentiu dano nenhum durante a luta, e o derrubou em questão de segundos.

Maria se espantou.

— Ele... Ele é imune?

— Aí vem a parte complicada... Segundo o Doutor César, alguns dias atrás um homem do Brasil ligou pra ele perguntando se um humano pode ficar imune aos poderes de um mutante do fogo se usar uma droga capaz de anular seus poderes.

Maria pareceu ter entendido.

— Espera... Então inventaram uma droga capaz de anular os efeitos de um mutante em um humano?

— O César acredita que sim... E se isso for verdade... Pode ser perigoso. E ainda levando em consideração que a sociedade parece não saber de nada. É como se fosse um segredo.

Maria suspirou.

— Eita lelê... Eu não acredito que pode começar outra guerra entre humanos e mutantes...

Marcelo pensou.

— Maria... Se for esse o caso, a Liga do Bem pode estar em perigo.

— Não... Eu não posso acreditar nisso... Nós temos que fazer alguma coisa...

Marcelo se levantou.

— Nós podemos fazer uma visita à mansão Mayer... Eu não quero pensar assim, mas tenho medo que alguma coisa ruim possa acontecer. Como o Doutor César disse, com certeza essa droga não vai ser usada só para o bem.

— Eu tenho certeza que não...

Maria olhou para as duas crianças.

— E eu não quero que ninguém mais sofra. Seja humano ou mutante.

— Sim... Nós temos que voltar.

Maria se levantou e abraçou Marcelo.

— Eu tenho certeza que tudo vai ficar bem! - Disse Maria.

— Eu também...

Naquele instante, uma jovem mulher entrou na sala e viu os dois se abraçando.

— Ué, que ocasião é essa?

— Tatiana... - Disse Marcelo.

Marcelo se aproximou de Tatiana.

— Filha, nós vamos ter que voltar pra mansão Mayer.

— Ué, por quê?

Maria se aproximou dos dois.

— Tem alguma coisa acontecendo por lá que pode colocar os mutantes em perigo... E nós vamos ter que fazer alguma coisa.

— Mas eu pensei que a guerra já tinha acabado. Não estávamos todos em paz agora? - Perguntou Tatiana.

Marcelo e Maria se entreolharam.

— Nós vamos te explicar tudo... - Disse Marcelo.

Marcelo e Maria então passaram a explicar toda a situação para Tatiana.


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