Loving Can Hurt escrita por Rafaela, SweetAngel


Capítulo 65
Fica Comigo!


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo da fic!!

Boa leitura, espero que gostem!!

Não se esqueçam de comentar!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/712989/chapter/65

P.O.V Annabeth

Pavor. Foi só isso que senti antes de desmaiar na casa de Sally. Recobrei a consciência quando já estava no hospital, mas o doutor Anthony Murray me acalmou, explicando o que tinha acontecido e que eu e meu bebê estávamos bem

Eu fiquei trêmula e nervosa, mas ele colocou um calmante diluído no soro.

—Eu quero meu marido, por favor —meus olhos se encheram de lágrimas.

Ver Percy me fez ter esperança que tudo ficaria bem. Aqueles olhos verdes são melhores que qualquer remédio do mundo. Fiquei triste por vê-lo tão preocupado comigo e ter o feito passar por isso tudo.

Enfim estávamos juntos novamente e para quebrar o clima ruim, meu bebê se mexeu com o toque de Percy e Thalia havia entrado em trabalho de parto. Mas essa parte não ajudou muito, queria saber como ela estava.

Constantemente Leo ou Piper vinham me dar notícias. Diziam que Luke entrou com ela e Jason estava tendo uma crise de ansiedade.

Percy não saiu do meu lado hora nenhuma, até mesmo quando eu dormi por causa do calmante, ao acordar ele ainda me olhava, acariciando meus cabelos.

—Nasceu! Nasceu! —Jason entrou no quarto gritando em pânico e Piper corria atrás dele.

—Se acalma! —ela o segurou e na mesma hora Jason se tranquilizou, sentando-se na cadeira.

—Deu tudo certo? Thalia tá bem!? —perguntei.

—Sim, deu tudo certo pelo que Luke disse —Piper abanava o rosto do namorado. —Ele tá passando mal, Leo está lá cuidando dele e se gabando por não ser o único a ficar com pressão baixa.

—Queria vê-la —suspirei, triste.

Percy me olhou, com seu típico sorriso sarcástico (que eu sou apaixonada), como se estivesse tramando algo.

—Vou resolver isso —ele beijou minha testa e se levantou, saindo da sala.

Piper e Jason ficaram conversando comigo, o que foi bom pois algumas enfermeiras queriam me deixar sozinha, mas minha amiga sempre as convencia que estava tudo bem.

—Como você faz isso? —a olhei.

—Não faço ideia. Estranho, né? —ela respondeu.

Fiquei preocupada porque se passaram duas horas e nada de Percy voltar. Alguns funcionários nesse tempo colocaram uma cama do lado da minha e eu não entendi nada. Então percebi o que estava acontecendo e nunca me senti mais feliz.

—Oi gente —Thalia vinha sentada em uma cadeira de rodas e Luke a empurrava. Percy e Leo vinha atrás dos dois. Ela segurava seu bebê, que estava enrolado em mantas.

—Como... —a olhei surpresa, mesmo sorrindo.

—Damon queria ver a titia —Thalia sorriu. Luke pegou o bebê com cuidado e ela se levantou, sentando-se na cama que haviam trago.

—É menino? —meus olhos se encheram de lágrimas e Luke se aproximou de mim com o bebê. Ele era lindo, tinha poucos cabelos loiros e dormia feito uma pedra. —Damon?

—Isso —Thalia se deitou.

—Como conseguiram vir pra cá? —olhei para eles confusa.

—Seu marido comprou o hospital —Leo cruzou os braços e eu arregalei os olhos.

—Ele está zoando —Percy empurrou Leo de brincadeira e se aproximou de mim. —Fiz um acordo com o diretor em troca de juntar vocês duas.

—E que bom que fez isso —Luke entregou Damon para a mãe, que já tinha se ajeitado na cama. —Não aguentava mais Thalia pedindo para vir ver Annie.

—E que acordo é esse? —olhei para Percy, impressionada.

—A WEA vai fazer algumas melhoras na estrutura aqui, de graça —ele sentou-se ao meu lado.

—Ual, você realmente é louco —Jason comentou e foi até a irmã. —Posso pegar?

—Já parou de dar escândalo? —ela o olhou, rindo. —Escutei seus gritos dentro do meu quarto.

—Eu só fiquei um pouco animado —ele corou, pegando Damon e nós rimos.

Me sentia grata por ter todos eles ali comigo.

—Obrigada —segurei a mão de Percy.

—Tudo por você —ele sorriu, se inclinando e me beijou.

3 MESES DEPOIS

P.O.V Percy

Annabeth ficou internada sob observação por uma semana e recebeu muitas visitas. Tyson chorou igual um neném quando viu Annie deitada na cama.

Eu conversei em seu trabalho. Eles concordaram que ela poderia começar a trabalhar em casa, depois da licença de um mês que deram para Annabeth descansar. Eu também trouxe todo o serviço para o apartamento, não queria ficar longe dela.

Doutora Mellark nos fazia visitas semanais e todos os exames no apartamento, para que Annabeth ficasse em repouso e não se locomovesse.

Ah e para minha sorte (estou sendo irônico), fiz testes sobre aquele meu problema de visão e adivinha? Fui diagnosticado com dislexia e TDAH. Thalia, Jason e Hazel também tiveram o mesmo resultado quando se consultaram.

E vai por mim, ter TDAH nesse momento não é nada bom. Fiquei mais ansioso, inquieto. Não tivemos nenhum outro susto depois do descolamento da placenta, o que foi ótimo, é claro. Nunca mais quero passar por aquele desespero de novo, mas depois daquele dia, a gravidez de Annabeth era considerada de risco. Isso não me deixava nem dormir direito e junta o TDAH... Vocês já entenderam como eu estou, né.

O bebê pelo menos parecia gostar de mim, toda vez que eu encostava em Annabeth ele se mexia. Por falar em encostar nela: nada de movimentos bruscos. Até mudamos para o quarto do primeiro andar, para que ela não subisse escadas e etc. E nada de sexo, o que estava sendo horrível para nós dois.

Maio e junho se passaram rápido e enfim chegou julho. O que foi um alívio para nós, pois Annabeth estava com oito meses e se o bebê nascesse, não seria tão preocupante.

Comemoramos os aniversários de Frank, Jason e Thalia aqui no meu apartamento, pois Annabeth estava confinada, nada de sair. O que ela achou que seria o fim do mundo. Por mim Annabeth ficaria o dia inteiro deitada, mas vocês conhecem minha esposa, ela tem uma necessidade enorme de se sentir útil.

Hoje já é sexta, dia cinco e nossos amigos se reuniram aqui para conversar como foi a última semana. Gostava da presença deles e das crianças, além de distrair Annabeth, a fazia parar de reclamar que queria sair.

Era fofo o jeito que Chloe e Tyler estavam completamente encantados por Pietro e Damon, ficavam fazendo caretas para os bebês rirem.

Quando deu dez horas eles se despediram e eu sentei no sofá com Annabeth. Liguei a TV e coloquei Newness, mas logo me arrependi. Sinceramente, ver um filme que tem muito sexo estando a três meses na seca, é torturante.

Por exemplo, os personagens agora estavam transando e eu estou aqui, sentado no sofá com a minha esposa ao lado, comendo uma sopa de alguma receita nojenta que doutora Mellark passou.

—Eu queria uma coisa —escutei Annabeth dizer e pausei o filme.

—O que é? Eu busco se não tiver na cozinha —a olhei.

Nos últimos meses Annabeth tinha vontades estranhas. No meio da noite inventava que queria morangos com manteiga (tipo... O QUE?), eu levantava e ia até o supermercado 24 horas comprar, no outro dia ela queria era pão com leite condensado... Fala sério, quem come algo assim?

—Percy... —Annabeth remexeu a sopa com a colher. —Grávidas não possuem desejo apenas por comida.

Engoli em seco. Ah meu Deus, afasta de mim essa tentação.

—Você sabe o que a doutora Mellark disse, não é? Nada de movimentos bruscos.

—E se eu ficar paradinha, sabe? —ela me encarou. —Tipo uma estátua!

—Não quero assim —sorri.

—Por favor, eu estou com saudade... —Annabeth colocou a sopa na mesa e se virou para mim, passando a mão em meu peito. —Já é difícil ter que ficar sempre quieta e tudo piora quando é você o marido.

—Quê? Eu tenho feito meu melhor pra você ficar confort... —protestei, mas ela colocou a mão na minha boca, me calando.

—Não, Cabeça de Alga —ela riu. —Piora porque você é completamente... —Annabeth mordeu o lábio, me olhando com malícia.

—Sou completamente o quê? —sorri, aproximando nossos rostos.

—Completamente.... —ela fechou os olhos. —Completamente... Hospital.

—Sou completamente hospital? —franzi as sobrancelhas.

—Não, amor... —a respiração de Annabeth começou a se acelerar. —Me leva pro... Hospital...

—O que foi!? —me levantei, nervoso.

—Aquela sensação... O calor de quando a placenta deslocou... Eu estou sentindo...

—Tá, tá, já entendi —corri até a mesa e peguei minha chave do carro. Annabeth tentou se levantar, mas eu não deixei, a pegando no colo. —Nada de andar, mocinha, temos que ir rápido.

Sai correndo do apartamento para o elevador e cheguei na garagem em questão de três minutos, no máximo.

—Como se sente? —perguntei enquanto dirigia. Por mais desesperador fosse pensar que a qualquer minuto Annabeth poderia desmaiar, pelo menos até agora ela estava consciente, o que me acalmava de certa forma.

—Um calor, enorme —ela abriu o vidro, deixando o ar entrar e a refrescar.

—Bem, pelo visto nosso bebê não queria mesmo que a gente fizesse algo —comentei e Annabeth riu, mas logo parou com um semblante de dor.

No percurso, Annabeth ligou para doutora Mellark, que disse que iria imediatamente para o hospital. Também aproveitou e ligou para o pai e Thalia.

Demorou uns cinco minutos para chegarmos. Estacionei o carro e minha esposa estava ainda normal, a não ser pelo suor que descia pelo seu rosto. A peguei no colo novamente e a levei  para dentro do hospital.

Uma enfermeira que estava na recepção me viu e trouxe uma cadeira de rodas, na qual eu coloquei Annabeth. Corri até o balcão para preencher a entrada de Annie, o que foi uma dificuldade pois eu tenho dislexia agora. Fiz isso o mais rápido que pude e deixaram (finalmente) eu ir até minha esposa.

Chegando na sala, Annabeth estava deitada na cama, com os braços já ligados em máquinas que mediam seus batimentos e os médicos faziam um ultrassom.

—Promete não sair daqui —Annabeth segurou minha mão e a apertou. Apesar de estar ainda corada e com a voz normal, era nítido que estava com medo.

—Prometo, não saio do seu lado —beijei sua testa.

—Sou Stephanie Mellark, com licença —a obstetra de Annabeth entrou, passando pelos enfermeiros. —Como se sente, querida?

—Péssima —Annabeth forçou um sorriso.

—Fique tranquila —Stephanie se afastou e conversou com os dois médicos que estavam presentes. Ela franziu os lábios e voltou para nós. —Foi bom terem vindo rápido, sua placenta está deslocando aos poucos. Não é seguro fazer outra drenagem, seu filho precisa nascer.

Meu corpo esfriou e eu pensei que fosse desmaiar, mas Annabeth apertou tanto a minha mão que eu me forcei a ficar firme.

—T-Tá —Annie gaguejou. Agora ela começou a perder a cor, mas não de dor e sim de medo.

—Ei, ei —me abaixei para ficar na altura do seu rosto e acariciei seus cabelos. —Vai dar certo —sorri.

—Não posso colocar a vida do seu bebê em risco e induzir um parto, estourando a bolsa —doutora Mellark continuou. —A melhor opção é a cesárea, se você concordar.

Os olhos de Annabeth se encheram de lágrimas e eu senti minha pressão baixar. Se acalma, Jackson! Annabeth precisa que seja forte, minha cabeça começou a repetir para mim.

—C-Ce...Rto —Annie disse, com a voz falhando.

P.O.V Annabeth

Eu não queria uma cesárea, não queria que meu filho nascesse de oito meses, pois sei que isso pode ter consequências. Mas se isso significa salva-lo, tudo bem.

Não sei o que aconteceu desde que o anestesista aplicou a injeção na minha coluna. Se eu não estivesse tão fraca, eu teria quebrado a mão de Percy de tanto que a apertei por causa da dor. Ele parecia nervoso e agitado, mas sempre que me olhava sorria, acariciava meus cabelos e dizia que estava tudo bem.

Perdi todas as sensações do meu corpo, não sentia mais nenhuma dor, o cansaço aumentou e minha visão ficou turva. Eu agora via tudo como se fosse uma sequência de flashs. Os médicos preparavam a cessaria e colocaram um pano azul na minha frente, assim eu não conseguia ver o que eles faziam.

Percy se afastou um pouco de mim, o que me fez entrar em pânico e meus batimentos aumentarem. Mas então ele voltou, apenas tinha colocado uma máscara branca que os médicos lhe entregaram.

—Eu estou aqui —Percy voltou a segurar minha mão.

Comecei a chorar. Eu estava odiando aquilo tudo. Me sentia impotente e sem poder algum, o que era verdade. Não podia fazer nada, não podia ajudar no nascimento do meu próprio filho, não consegui chegar no nono mês... Fiquei com raiva de mim, o que eu havia feito de errado!?

—Vamos ter que dar um sedativo, a pressão dela está aumentando —escutei um médico dizer e foi aí que me desesperei.

—Não! Eu não quero ser sedada! —tentei me mexer, mas não conseguia, apenas meu pescoço e braço responderam ao meu pânico.

—Annie, para —Percy segurou meu rosto e me fez o olhar. —Não vou deixar te sedarem, ok? Mas você precisa ficar calma, pelo nosso bebê.

Afirmei com a cabeça, tentando controlar a respiração.

Então senti algo se mexendo em minha barriga. Eu não sentia dor, mas tinha uma sensação de algo sendo puxado. Apertei a mão de Percy,  que agora espiava por cima do pano azul.

—O... O que está acontecendo? —perguntei, com a voz fraca.

—Estão tirando... —ele tinha as sobrancelhas franzidas, mas logo sorriu.

Minha visão não estava tão boa, mas nunca vi Percy sorrir desse jeito. Seus olhos se encheram de lágrimas e ele me olhou. Então eu entendi. Senti meu coração aquecer quando escutei um bebê chorar.

Percy me soltou  quando um médico estendeu uma tesoura para ele cortar o cordão umbilical. Não consegui segurar as lágrimas quando eu o vi pegar o bebê.

—É a Safira —ele me olhou, emocionado.

—D-Deixa eu ver —sorri, sentindo minhas forças voltarem por um breve momento.

Percy se aproximou de mim com a menininha, que já havia parado de chorar e mexia os bracinhos com os olhos fechados. Ele a colocou em meu peito e eu a olhei. Senti o mundo parar quando toquei seu rosto e ela abriu os olhos.

Eu sempre tive muitas certezas na minha vida, mas ela era a melhor. Sempre quis viver por mim e por Percy, mas agora era diferente. Safira era a que me prendia na terra, como se a gravidade tivesse parado de existir e só tinha ela...

—Oi meu amor —sussurrei, fraca. —Bem vinda —beijei sua testa.

Percy passou a mão no rosto, limpando as lágrimas.

—Se parece com você —ele acariciou meus cabelos e beijou minha cabeça.

—Ela é linda... —senti minha voz ficar fraca.

—Precisamos coloca-la na incubadora —uma enfermeira se aproximou. Eu não queria entregar minha filha, mas sabia que era necessário.

Depois que levaram Safira, Percy colocou nossas testas.

—Você é mais forte do que eu pensava.

—Eu... —tentei falar, porém não consegui. Queria manter meus olhos abertos, mas eles começaram a se fechar. Escutei meus batimentos irem diminuindo.

—Não! —Percy segurou meu rosto, olhando desesperado para o monitor cardíaco. —Annabeth! —ele me chamou, mas sua voz estava cada vez mais longe. —Fica comigo, por favor! Annabeth! Fica comigo!

—Amo você —consegui sussurrar.

Escutei a palavra hemorragia antes de uma enfermeira tirar Percy de perto de mim.

—Precisa sair —a mulher disse e parei de sentir o toque dele.

Eu quis xingar, queria Percy comigo, mas não consegui fazer nada. Meu corpo parou de responder aos meus comandos e meus olhos se fecharam.

Beba isso, uma voz ecoou na minha cabeça. Não qualquer voz, a de Atena. Senti minha boca sendo preenchida por uma espécie de líquido, juntei o resto das minhas forças e engoli... Não era ruim, na verdade era muito bom. Tinha gosto do chocolate quente que Percy me fez nesses últimos meses.

Então uma adrenalina me preencheu. Abri meus olhos em êxtase, quase gritando ao sentir meu corpo inteiro arder.

P.O.V Percy

—Eu prometi que ficaria com ela! —gritei para a enfermeira que me empurrou até eu sair da sala. —Minha filha... Ela...

—Senhor, sua mulher está com hemorragia. Seu bebê está bem, será levado ao berçário para ficar na incubadora.

—Hemorragia!? —a olhei em pânico.

—Vamos conseguir estabilizar, temos os melhores médicos aqui —então ela me deu as costas e entrou na sala.

Por um momento eu tive o mundo em minhas mãos, nada se compara ao que senti quando peguei Safira... E agora, as duas pessoas que eu mais amo foram tiradas de mim.

Caminhei pelo corredor com as mãos no rosto, sentindo meu corpo tremer. Quando entreguei minha filha para Annabeth, eu vi seu rosto ficar pálido apesar do sorriso que tinha nos lábios. Pensei que era normal, que seria por causa do cansaço... Mas saber que ela estava com hemorragia... Meu peito doía.

Cheguei na recepção. Frederick Chase e meus amigos estavam lá, com exceção de Luke, Frank e Leo, que deviam estar cuidando de seus filhos.

—E então!? —Thalia correu até mim.

—É menina —falei, me sentando na cadeira, sem reação.

—Por que essa cara? —Frederick sentou-se ao meu lado, preocupado. —É bom, não é? Ela está bem?

—Sim... — minha cabeça rodava com os muitos sentimentos que se misturavam. Eu parecia estar indo para outra realidade e voltando a todo instante. —Safira está bem, mas Annabeth teve hemorragia...

—Que inferno isso —Thalia se jogou na cadeira ao meu lado, com a mão no rosto. Hazel ficou ao seu lado, tão abalada quanto ela.

—Ela vai ficar bem —Piper segurou meu ombro e eu me senti um pouco melhor. —Annabeth é durona, todo mundo sabe disso.

O que senti quando trouxe Annabeth desacordada para o hospital pela primeira vez? Triplica e depois quadruplica. Isso não era nem um por centro que eu estava sentindo.

Me sentia sem chão, sem ânimo. Minha filha havia nascido e estava bem, o que era ótimo... Mas pensar em não ter Annabeth para a criar... Não conseguia estar feliz.

Eu amo você. A voz de Annabeth me dizendo isso antes de me tirarem de perto dela ecoava pela minha cabeça. Não poderia ter sido essa a nossa última vez juntos, não com todos os nossos planos para o futuro! Ninguém poderia tirar isso de mim. Ninguém.

Senti meu sangue ferver. Por que tinha que ser tão difícil para nós dois? Tão doloroso e complicado? Por que eu e Annabeth não podemos ter um pingo de paz? Não era justo, nada disso era justo.

Não sei quanto tempo fiquei tendo esses pensamentos, mas a voz da doutora Mellark me fez voltar para a realidade.

—Me fala que ela tá bem —implorei, me levantando.

—Ela tá bem —Stephanie sorriu. —Na verdade, foi uma espécie de milagre. A hemorragia parou sem antes mesmo termos a controlado. Quando costuramos a pele de Annabeth, seu corpo meio que ajudava a se juntar... Não entendi muito bem o que aconteceu.

Não me importava como, só sabia pensar que minha Annie estava a salvo... Sorri. Finalmente acabou toda essa agonia dos últimos meses, essa sensação de que iria a perder a qualquer momento. Poderíamos ser felizes agora, em paz. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Loving Can Hurt" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.